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Instituto Superior de Ciências e Educação á

Distância

Coordenação do Curso de Direito

Curso de Direito 3º Ano

Cadeira: Registos e Notariado

Tema: Nulidades e Revalidação dos Actos Notariais

O/A Tutor/a:

Discente:

Assamina Ernesto Tembe

Maputo, Julho de 2020


INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DE EDUCAÇÃO Á DISTÂNCIA

CURSO DE DIREITO

3º ANO

NOME DA ACADÊMICA:

Assamina Ernesto Tembe

TRABALHO DE CAMPO

TITULO DO TRABALHO:

Nulidades e Revalidação dos Actos Notariais

MAPUTO, JULHO DE 2020

ÍNDICE
1.
Introdução 4
1.2. Objectivos ................................................................................................................................5
1.3. Metodologia..............................................................................................................................6
1.4. Nulidades de actos notariais .....................................................................................................7
1.4.1. Casos de nulidade por vício de forma e sua sanação. ...........................................................7
1.4.2. Outros casos de nulidade.......................................................................................................7
1.4.3. Limitação de efeitos de algumas nulidades...........................................................................8
1.5. Revalidação notariais................................................................................................................8
1.5.1. Casos de revalidação..............................................................................................................8
1.5.2. Tribunal competente e partes legítimas para a acção............................................................9
1.5.3. Petição....................................................................................................................................9
1.5.4. Citação
9
1.5.5. Execução da sentença ...........................................................................................................9
1.5.6. Recurso..................................................................................................................................9
1.5.7. Isenções..................................................................................................................................9
2.Conclusão....................................................................................................................................10
3. Referências Bibliográficas.........................................................................................................11
1.Introdução

O Direito é o objecto da justiça. No entanto, a justiça na virtude de atribuir a cada um o seu


direito. E para que os direitos sejam legitimados, foram criadas instituições várias e especificas
vocacionadas a prática de registos dos actos, em vista a salvaguarda dos direitos inerentes aos
cidadãos.

Os serviços notariais e de registos são encarregados, por definição normativa, a exercerem


funções públicas consistente em receber, interpretar e dar forma legal à vontade das partes,
redigindo os instrumentos adequados a esse fim, bem como dedicar-se ao assentamento de títulos
de interesse privado ou público, para garantir oponibilidade a todos os terceiros, com a
publicidade que lhes são inerentes. É importante salientar quês estas instituições realizam suas
actividades á luz de instrumentos legalmente aprovados.

A função notarial é de fundamental importância em uma sociedade democrática de direito, uma


vez que a preservação da sua memória e da sua história estão directamente ligadas a um sistema
notarial eficiente que relate os actos jurídicos e convénios por ela celebrados.

Os actos notariais geram segurança jurídica para as partes, e um notariado bem organizado e
estruturado, conforme Liane, apresenta reflexos em vários segmentos da sociedade, inclusive no
que se refere à prevenção de litígios, diminuindo o número de acções que tramitam nos foros
judiciais.

Portanto, o presente trabalho de campo, é sobre Nulidades e Revalidação dos Actos Notariais.

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1.2. Objectivos

Geral

 Ter noção de Nulidades e revalidação dos actos notariais.

Específicos

 Conhecer todas formas de nulidades dos actos notariais do código de notariado


Moçambicano;
 Conhecer todas formas de nulidades dos actos notariais do código de notariado
Moçambicano.

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1.3. Metodologia

Do ponto de vista metodológico, esse trabalho consiste em uma revisão bibliográfica de


literaturas de actos notariais buscando retirar dessa vasta literatura, inclusive oriunda de
tendências teóricas diferentes e até divergentes, as informações que demonstram ser válida a
hipótese levantada.

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1.4. Nulidades de actos notariais
1.4.1. Casos de nulidade por vício de forma e sua sanação
1. O acto notaria é nulo por vício de forma, apenas quando falte algum dos seguintes requisitos:

a) A menção do dia, mês e o ano ou do lugar em que foi lavrado;

b) A declaração do cumprimento das formalidades previstas nos artigos 70o e 71o;

c) A observância do disposto na primeira parte do número 2 do artigo 47o;

d) A assinatura de qualquer intérprete, abonador, perito ou testemunha;

e) A assinatura de qualquer dos outorgantes que saiba e possa assinar;

f) A assinatura do notário. (ARTIGO 75)

2. A nulidade prevista na alínea a) do número 1 considera-se sanada, e, pelo texto do instrumento


ou pelos elementos existentes na repartição, for possível determinar a data ou lugar do acto e
proceder ao respectivo averbamento. (ARTIGO 75).

1.4.2. Outros casos de nulidade


1. É nulo o acto lavrado por funcionário incompetente em razão da matéria ou do lugar, ou por
funcionário legalmente impedido, sem prejuízo do disposto no número 2 do artigo 369 o do
Código
Civil. (ARTIGO 76)

2. Determina também a nulidade do acto a incapacidade ou a inabilidade de algum dos


intervenientes acidentais. (ARTIGO 76)

3 - O acto nulo por violação das regras de competência em razão do lugar, por falta do requisito
previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo anterior ou por incapacidade ou inabilidade de algum
interveniente acidental pode ser sanado por decisão do respectivo notário, nas seguintes
situações:

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a) Quando for apresentada declaração, passada pelo notário competente, comprovativa da sua
ausência na data em causa e as partes justificarem, por escrito, o carácter urgente da celebração
do acto;

b) Quando as partes declararem, por forma autêntica, que as palavras inutilizadas, quaisquer que
elas fossem, não podiam alterar os elementos essenciais ou o conteúdo substancial do acto;

c) Quando o vício se referir apenas a um dos abonadores ou a uma das testemunhas e possa
considerar-se suprido pela idoneidade do outro interveniente.

1.4.3. Limitação de efeitos de algumas nulidades

Nos actos com disposições a favor de algumas das pessoas mencionadas no n.º 1 do artigo7.º ou
dos respectivos intervenientes acidentais, incluindo os que figurem nos instrumentos de
aprovação de testamentos cerrados e internacionais, a nulidade é restrita a essas disposições.
(ARTIGO 77).

1.5. Revalidação notariais

1.5.1. Casos de revalidação

O acto nulo, por violação das regras de competência territorial ou por falta de qualquer dos
requisitos previstos nas alíneas b) a f) do n.º 1 do artigo 75.º, que não seja susceptível de sanação
nos termos dos artigos precedentes, pode ser revalidado a pedido dos interessados, por decisão
do notário que exerça funções no cartório notarial em que o acto foi lavrado, quando:

a) Se prove a ausência do notário competente e a natureza urgente do acto;

b) Se prove que foram cumpridas as formalidades devidas;

c) Se mostre que as palavras eliminadas, quaisquer que elas fossem, não podiam alterar os
elementos essenciais ou o conteúdo substancial do acto;

d) Se prove que os intervenientes acidentais, cujas assinaturas faltam, assistiram à sua leitura,
explicação e outorga e não se recusaram a assiná-lo;

e) Se prove que os outorgantes, cujas assinaturas estão em falta, assistiram à leitura e explicação
do acto, deram a este o seu acordo e não se recusaram a assiná-lo;

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e) Se prove que os outorgantes, cujas assinaturas estão em falta, assistiram à leitura e explicação
do acto, deram a este o seu acordo e não se recusaram a assiná-lo;

f) Se prove que o acto não assinado pelo notário é conforme à lei, representa fielmente a vontade
das partes e foi presidido pelo notário, que não se recusou a assiná-lo. ( Artigo 78).

1.5.2. Tribunal competente e partes legítimas para a acção

1. É competente para a acção de revalidação o tribunal provincial, ou equiparado, do local a que


pertença a repartição notarial onde o acto foi lavrado.

2. A acção será proposta por qualquer dos interessados contra todos os demais c contra o
respectivo notário. ( Artigo 79).

1.5.3. Petição
A petição é dirigida ao juiz e deve especificar o pedido, a causa de pedir e a identidade das
pessoas nele interessadas. ( Artigo 80).
1.5.4. Citação
1 - O juiz ordena a citação dos interessados para deduzirem oposição num prazo de oito dias.

2 - Se for deduzida oposição, seguem-se os termos do processo sumário, devendo o juiz ordenar,
em caso contrário, as diligências que entender convenientes e decidir sobre o mérito do pedido.
(Artigo 81).

1.5.5. Execução da sentença


Após o trânsito em julgado, o tribunal remete ao cartório certidão de teor da sentença, que é
averbada ao acto revalidado. (Artigo 82).

1.5.6. Recurso
1. Da sentença cabe recurso, com efeito suspensivo e nos termos gerais das leis de processo para
o Tribunal Supremo.

2. Têm legitimidade para interpor recurso às partes, o notário c o Ministério Público.


3. O recurso é processado e julgado como o de agravo em matéria cível. (Artigo 83).

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1.5.7. Isenções
Os processos de revalidação judicial estão isentos de custos e selo, quando o pedido for julgado
procedente. (Artigo 84).

2.Conclusão

A função notarial é de fundamental importância em uma sociedade democrática de direito, uma


vez que a preservação da sua memória e da sua história estão directamente ligadas a um sistema
notarial eficiente que relate os actos jurídicos e convénios por ela celebrados.

Os actos notariais geram segurança jurídica para as partes, e um notariado bem organizado e
estruturado, conforme Liane, apresenta reflexos em vários segmentos da sociedade, inclusive no
que se refere à prevenção de litígios, diminuindo o número de acções que tramitam nos foros
judiciais.

Deste trabalho de campo concluiu se que, a nulidade dos actos notarias, é nulo o acto lavrado por
funcionário incompetente em razão da matéria ou do lugar, ou por funcionário legalmente
impedido. Determina também a nulidade do acto a incapacidade ou a inabilidade de algum dos
intervenientes acidentais.

O acto nulo, por violação das regras de competência territorial ou por falta de qualquer dos
requisitos previstos nas alíneas b) a f) do n.º 1 do artigo 75.º, que não seja susceptível de sanação
nos termos dos artigos precedentes, pode ser revalidado a pedido dos interessados, por decisão
do notário que exerça funções no cartório notarial em que o acto foi lavrado.

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3.Referências Bibliográficas
http://salcaldeira.com/index.php/en/component/docman/doc_download/172-decreto
Módulo de Registos e Notoriados/ISCED.
Legislação
Decreto-Lei nr. 4/2006 de 23 de Agosto

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