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Tema: Teoria Geral do Direito Notarial e Registral

Expositor: Marcus Kikunaga


14.09.2019
Email: mvk2808@gmail.com

mkikunaga1 marcus vinicius kikunaga II


LEGALE Cursos Jurídicos

 Professor: Marcus Vinicius Kikunaga

 Advogado (www.kikunaga.adv.br)
 Mestre em Direitos Difusos e Coletivos pela Universidade
Metropolitana de Santos – UNIMES
 Especialista em Direito Notarial e Registral pela Escola
Paulista de Direito - EPD.
 Coordenador da Especialização em Direito Imobiliário, Notarial
e Registral da Escola Superior de Advocacia – ESA/SP
 Professor de cursos em Direito Imobiliário, Notarial e Registral
(COGEAE-PUC/SP, ESA/SP, LEGALE/SP, EPD/SP, SBC/SP,
UNICURITIBA/PR. PROORDEM/GO, IJCS/TO)
 Professor de cursos preparatórios para concursos de cartório
 Presidente da Academia Nacional de Direito Notarial e
Registral (AD-NOTARE)
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 Objetivo:

 Capacitar o discente a sistematizar a


atividade notarial e registral
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Introdução

LITIGIOSO Poder judiciário = ofícios judiciais

(JUSTIÇA) Desjudicialização
D.MATERIAL

CONSENSUAL Particulares ou Ofícios extrajudiciais


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1. Teoria Geral do Direito Notarial e Registral


1.1. Aspectos constitucionais
Título IX – Das disposições constitucionais gerais
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em
caráter privado, por delegação do Poder
Público. (Regulamento)
§ 1º - Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade
civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de
seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo
Poder Judiciário.
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1. Teoria Geral do Direito Notarial e Registral


1.1. Aspectos constitucionais
Título IX – Das disposições constitucionais gerais
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em
caráter privado, por delegação do Poder
Público. (Regulamento)
§ 1º (...).
§ 2º - Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de
emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços
notariais e de registro.
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1. Teoria Geral do Direito Notarial e Registral


1.1. Aspectos constitucionais
Título IX – Das disposições constitucionais gerais
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em
caráter privado, por delegação do Poder
Público. (Regulamento)
§ 1º (...).
§ 2º (...).
§ 3º - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de
concurso público de provas e títulos, não se permitindo que
qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso
de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.
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1.2. Corolários constitucionais
1º) Função pública
- Particular em colaboração com o poder público = ag. público lato sensu
2º) Exercício privado
- Atos públicos (conteúdo e forma) x administração privada
3º) Fiscalização pelo Poder Judiciário
- Órgãos = C. Permanente, C. Geral da Justiça, Tribunal Pleno e CNJ
- Exerce Poder Regulatório = orientação por atos normativos = NSCGJ
Fiscalizatório = força Ordinário
Extraordinário
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1.2. Corolários constitucionais
4º) Microssistema próprio
- Lei 8.935/94
5º) Remuneração por emolumentos
- Taxa especial
6º) Ingresso
- Somente por concurso (art. 236, §3º, CF)
7º) Vacância
- Resolução 80 e 81 CNJ – Duração do concurso por no máximo 1 ano
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1.3. Conceito
- Os serviços notariais e de registro são os de organização
técnica e administrativa destinados a garantir a
publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos
jurídicos.
(art. 1º, da Lei Federal nº 8.935/94).
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1.4. Regime jurídico
a) Norma Estruturante do Sistema
- Lei 8.935/94 – regula a atividade e a resp. civil
b) Norma Tributária
- Lei 10.169/00 (emolumentos)
- Leis estaduais (Em SP = Lei 11.331/02)
c) Normas Procedimentais
- Art. 22, XXV, CF - Competência privativa da União = Registros Públicos
- Lei 6.015/73 (Lei dos Registros Públicos)
- Lei 9.492/97 (Lei dos Tabelionatos de Protestos)
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1.5. Princípios
1º) P. Publicidade
É a cientificação do ato praticado no assento.
- informativa = facultativa
- vinculativa = obrigatória = erga omnes (boa-fé)
- CERTIDÕES (art. 19, L. 6015/73)
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1.5. Princípios
1º) P. Publicidade
Espécies:
a) ATIVA – art. 19 L. 6766/79 / Bem de família (edital)
b) PASSIVA – Tabelionato de Notas

c) PLENA – informação completa (RI)


d) MITIGADA – RCPN
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1.5. Princípios
2º) P. autenticidade
a) Forma (Registros públicos) – Art. 212, L. 6015/73 e art.
1.247, CC
LRP. Art. 212. Se o registro ou a averbação for omissa, imprecisa ou não
exprimir a verdade, a retificação será feita pelo Oficial do Registro de
Imóveis competente, a requerimento do interessado, por meio do
procedimento administrativo previsto no art. 213, facultado ao
interessado requerer a retificação por meio de procedimento
judicial. (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
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1.5. Princípios
2º) P. autenticidade
b) Conteúdo (Tabelionato de Notas) – Art. 215,§1º, II e IV, CC
“Ora, ato notarial não se equipara a ato de registro e eles têm naturezas jurídicas
distintas, não obstante sejam semelhantes quanto à forma pública: a) registro é ato
administrativo e, portanto, ato jurídico de direito público; b) ato notarial (p. ex.:
escritura pública de venda e compra, mandato por instrumento público, etc.) é
negócio jurídico (bilateral, como no caso da venda e compra, e, por isso, qualificado
como “contrato”; ou unilateral, como no caso de declaração unilateral de vontade)
que, não obstante tenha a forma pública e seja lavrado por servidor público, sua
natureza (objeto ou conteúdo) é de direito privado, em regra, do sub-ramo do
direito das obrigações.”
(Processo nº 0007362642011, D.J.E. 23.05.2011 – 1ª VRP/SP)
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1.5. Princípios
3º) P. segurança
- Presunção de liberação de riscos, quanto a:
a) Tecnicidade
b) Forma
c) Existência física
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1.5. Princípios
4º) P. eficácia
- Presunção de efetividade do ato (finalidade ou resultado)
a) Efeito declaratório – ex tunc
b) Efeito constitutivo – ex nunc
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1.6. Comparativo das atividades notarial e registral
CRITÉRIO D. NOTARIAL D. REGISTRAL
Princípio BASE Autonomia Privada (4º, Legalidade (37, CF)
LINDB) ou juridicidade

Legalidade estrita Discricionária (dispositiva) Vinculada (cogente)

Autenticidade Intrínseca Extrínseca


Publicidade Inter partes/passiva Erga omnes/ativa

Objeto de tutela Vontade (Imediação) Título aquisitivo de direitos


(Não há imediação)
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1.7. Espécies de serventias
1º) Tabelionato de Notas;
2º) Tabelionato de Protesto;
3º) Tabelionato e Ofício de Registro de Contratos Marítimos;
4º) Ofício de Registro de Imóveis;
5º) Ofício de Registro de Títulos e Documentos;
6º) Ofício de Registro das Pessoas Jurídicas;
7º) Ofício de Registro Civil das Pessoas Naturais;
8º) Ofício de Registro de Distribuição.
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1.8. Características do delegatário
1ª) São considerados profissionais do direito
2ª) São dotados de fé pública.
3ª) Os atos gozam de presunção de verdade.
4ª) Os serviços outorgam eficácia aos negócios jurídicos.
5ª) Os titulares são investidos em função pública.
6ª) A investidura tem o caráter vitalício ou permanente.
7ª) A investidura é exclusiva de determinada serventia ou
especialidade.
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1.9. Linguagem específica
a) Fólio real
b) Registro
b.1. Serventia = local físico
b.2. Assento = fólio real / folha / ficha / livro
b.3. Ato de registro em sentido amplo = assento
b.4. Ato de registro em sentido estrito = art. 167, I, L. 6015/73)
b.5. Inscrição (art. 179, “a”, Decreto 4857/39) – art. 168, LRP
b.6. Transcrição (art. 179, “b”, Decreto 4857/39) – art. 168, LRP
c) Matrícula – sistema registral (base física) P. Individualização
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1.9. Linguagem específica
d) Averbação – alteração do assento
e) Anotação – remissão dos assentos
f) Título – documento hábil para registro
g) Prenotação – lançamento no livro protocolo
h) Traslado – cópia fidedigna
i) Certidão – meio de prova
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1.10. Operabilidade funcional
- Pessoalmente (presentação) ou por prepostos (representação) (art. 20,
Lei 8.935/94)
Regras gerais:
1ª) Liberdade funcional (art. 20, L. 8.935/94)
a) Quanto à contratação (exceção: parentes do PJ ligados com a CGJ)
b) Quanto à remuneração dos prepostos;
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1.10. Operabilidade funcional
Regras gerais:
2ª) Livre gerenciamento (art. 21, L. 8.935/94)
a) Gerenciamento financeiro (entradas e saídas de dinheiro).
b) Custeio (despesas operacionais de manutenção).
c) Investimento (aplicação de recursos)
d) Ordens de serviço (normas internas)
Regulação interna – delegatário ou órgão de classe
Regulação externa – Poder judiciário
e) Atribuição de funções.
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1.10. Operabilidade funcional
Regras gerais:
3ª) Hierarquia interna (art. 20, § 1º ao 5º, L. 8.935/94)
a) Substituto designado – responde pelo serviço nas ausências
b) Substituto comum – pratica todos os atos próprios
c) escreventes – pratica determinados atos
d) auxiliares – são os que auxiliam o serviço
e) terceiros – são os prestadores de outros serviços estranhos à função.
f) Interventor – é aquele sujeito que o PJ designa para responder pela
serventia. É um administrador do ESTADO.
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1.10. Operabilidade funcional
Regras gerais:
4ª) Responsabilidade pessoal do Delegatário (art. 21, 1ª p)
- É intransferível para o preposto
- Controle funcional (art. 20, § 3º)
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1.10. Operabilidade funcional
Regras gerais:
5ª) Não recepção dos vínculos obrigacionais
a) Passivo anterior à sua posse.
b) Sucessão trabalhista
c) Subrogação em direitos e obrigações com o antecessor.
EXCEÇÃO: ACERVO DA SERVENTIA (LIVROS E CLASSIFICADORES)
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1.10. Operabilidade funcional
Regras gerais:
6ª) Intervenção estatal (Art. 20, §1º)
- Somente em caso de necessidade, em benefício do serviço.
- Fiscalização da atividade
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1.11. Responsabilidade Civil
a) Teoria subjetiva – art. 22, Lei 8.935/94
Art. 22. Os notários e oficiais de registro são civilmente
responsáveis por todos os prejuízos que causarem a terceiros,
por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que
designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o
direito de regresso. (Redação dada pela Lei nº 13.286, de 2016).
Parágrafo único. Prescreve em três anos a pretensão de reparação
civil, contado o prazo da data de lavratura do ato registral ou
notarial.(Redação dada pela Lei nº 13.286, de 2016).
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1.11. Responsabilidade Civil
b) Teoria objetiva – art. 14 e 22CDC
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente
da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que
o consumidor dele pode esperar, levando-se em
consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
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1.11. Responsabilidade Civil
b) Teoria objetiva – art. 14 e 22, CDC
CDC - Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra
forma de empreendimento, são obrigados a fornecer
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos
essenciais, contínuos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou
parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as
pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
danos causados, na forma prevista neste código.
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1.11. Responsabilidade Civil
b) Teoria objetiva – art. 14 e 22, CDC
CDC - Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à
reparação pelos danos causados por fato do produto ou
do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se
a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e
de sua autoria.
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1.11. Responsabilidade Civil
c) Fundamentos da incidência do CDC
c.1. Natureza principiológica do CDC (art. 5º, XXXIII, CF)
c.2. Teoria finalista aprofundada = vulnerabilidade
1ª) vulnerabilidade técnica (ausência de conhecimento);
2ª) vulnerabilidade jurídica (falta de conhecimento dos efeitos jurídicos na
relação de consumo;
3ª) vulnerabilidade fática (insuficiência econômica, física ou psicológica);
4º) vulnerabilidade informacional (dados insuficientes sobre o serviço
capazes de influenciar no processo decisório).
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1.11. Responsabilidade Civil
D) Diálogo principiológico
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1.11. Responsabilidade Civil
E) Decisões Resp Objetiva do Estado
RE com Agravo. Administrativo. Dano material. ATOS E
OMISSÕES DANOSAS DE NOTÁRIOS E REGISTRADORES.
ATIVIDADE DELEGADA. ART. 236 da CF.
RESPONSABILIDADE DO TABELIÃO E DO OFICIAL DE
REGISTRO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, § 6º
DA CRFB/88. AGRAVO PROVIDO PARA MELHOR EXAME
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE COM AGRAVO
665.152 SC, j. 28.08.2014 – Rel. Min. Luiz Fux)
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1.11. Responsabilidade Civil
E) Decisões Resp Objetiva do Estado
A extensão da responsabilidade civil do Estado em razão de
dano causado pela atuação de tabeliães e oficiais de
registro é tema que será analisado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
A questão constitucional, apresentada pelo Estado de Santa
Catarina em Recurso Extraordinário (RE 842846), teve
repercussão geral reconhecida pela unanimidade dos
ministros, por meio do Plenário Virtual da Corte.
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1.11. Responsabilidade Civil
F) Decisões não incidência do CDC
STJ, 3ª Turma, REsp 625144 (14/03/2006): O CDC não se aplica
aos serviços notariais, pois os Cartórios de Notas e de
Registros não são fornecedores, não sendo a sua atividade
oferecida no mercado de consumo.
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1.11. Responsabilidade Civil
G) Decisões incidência do CDC
STJ, 2ª Turma, REsp 1.163.652-PE, Rel. Min. Herman Benjamin,
Dje 01/07/2010, por unanimidade, concluiu pela aplicação
do CDC à atividade notarial.
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1.11. Responsabilidade Civil
H) Decisões Responsabilidade objetiva do delegatário
AgREsp nº 615.709-DF () Rel. Min. Marco Buzzi, j. 15.03.2017
1. A jurisprudência dominante do STJ entende que os notários e
os registradores devem responder direta e objetivamente
pelos danos que, na prática de atos próprios da serventia,
eles e seus prepostos causarem a terceiros (REsp
1.163.652-PE, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe 1º.7.2010;
REsp 1.044.841?RJ, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 27.5.2009).
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1.11. Responsabilidade Civil
H) Decisões Responsabilidade objetiva do delegatário
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO
INDENIZATÓRIA - DANOS MORAIS E MATERIAIS - REEXAME
FÁTICO - SÚMULA N. 7 DO STJ - NOTÁRIOS E REGISTRADORES -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA – AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO.
1. O entendimento desta Corte Superior é de que notários e
registradores, quando atuam em atos de serventia, respondem
direta e objetivamente pelos danos que causarem a terceiros.
(AgRg no AREsp 110.035/MS, Rel. Min. MARCO BUZZI, 4ª T, j. 23/10/2012, DJe
12/11/2012)
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1.11. Responsabilidade Civil
H) Decisões Responsabilidade objetiva do delegatário
(AgRg no REsp 1027925/RJ, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 21/03/2013, DJe
11/04/2013)
(REsp 1087862/AM, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 02/02/2010, Dje
19/05/2010.) Agravo regimental improvido.
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1.12. Responsabilidade Criminal
Responsabilidade criminal = DELEGATÁRIO/PREPOSTO
- art. 23 (P. Independência) - Lei 8.935/94
- art. 24 (P. Individualização) - Lei 8.935/94
- arts. 317 a 327, CP
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1.13. Deontologia notarial e registral
CRITÉRIO DIREITOS (arts. 28 e 29) DEVERES (art. 30)

Conduta Independência jurídica 1º) Qualificação (Princípio da


(art. 28, L. 8.935/94) legalidade)
2º) Respeitar incompatibilidades
3º) Atender partes (Eficiência,
Urbanidade, Presteza)
4º) Atender as requisições
prioritariamente
5º) Proceder de forma digna
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1.12. Deontologia notarial e registral
CRITÉRIO DIREITOS (arts. 28 e 29) DEVERES (art. 30)

Serviço Participar de 1º) Respeitar os


associações impedimentos
2º) Guardar sigilo
3º) Observar prazos
4º) Encaminhar as dúvidas
5º) Observar normas
técnicas
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1.12. Deontologia notarial e registral
CRITÉRIO DIREITOS (arts. 28 e 29) DEVERES (art. 30)

Normas Percepção dos 1º) Afixar em local visível a


tributárias emolumentos tabela
(integrais) 2º) Observar os
emolumentos
3º) Dar recibo
4º) Fiscalizar os tributos
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1.12. Deontologia notarial e registral
CRITÉRIO DIREITOS (arts. 28 e 29) DEVERES (art. 30)

Acervo Organização 1º) Manter em ordem


(livros e 2º) Manter em arquivo, leis,
classificador regulamentos etc
es)
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1.13. Infrações disciplinares
1ª) a inobservância das prescrições legais ou normativas;
2ª) a conduta atentatória às instituições notariais e de registro;
3ª) a cobrança indevida ou excessiva de emolumentos, ainda
que sob a alegação de urgência;
4ª) a violação do sigilo profissional;
5ª) o descumprimento de quaisquer dos deveres descritos no
art. 30.
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1.14. Penalizações (art. 32 a 35, L. 8.935/94)
I - a de repreensão, no caso de falta leve;
II - a de multa, em caso de reincidência ou de infração que não
configure falta mais grave;
III - a de suspensão, em caso de reiterado descumprimento dos
deveres ou de falta grave.
IV - perda da delegação (sentença judicial ou administrativa)
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1.15. Extinção da delegação (art. 39, L. 8.935/94)
I - morte;
II - aposentadoria facultativa;
III - invalidez;
IV - renúncia;
V - perda, nos termos do art. 35.
VI - descumprimento, comprovado, da gratuidade estabelecida
na Lei no 9.534, de 10 de dezembro de 1997. (Incluído pela
Lei nº 9.812, de 1999)
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OBRIGADO
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