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382/2022
Tabelião Titular por 5 anos no 1º Cartório de Notas da Comarca de Caldas, Estado de MG.
Tabelião de Notas e Oficial de Registro de Imóveis Substituto por 14 anos no Estado do RJ.
Investido como Tabelião de Notas e Oficial de Registro Civil na Comarca de Cachoeiro do Itapemirim –
ES.
Concluiu o Curso de Formação para a Carreira da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, na qual foi
atuante na Vara de Registros Públicos da Capital-RJ.
Mestrando em Direito Constitucional e Democracia na FDSM.
Pós Graduado em Direito Notarial e Registral pela Signorelli
Pós Graduado em Direito Público e Privado (EMERJ)
Bacharel em Direito pela UNESA
Jurista, Escritor, capelão e palestrante.
Art. 236 da CRFB/88
Art. 8º É livre a escolha do tabelião de notas, qualquer que seja o domicílio das
partes ou o lugar de situação dos bens objeto do ato ou negócio.
Art. 12. Aos oficiais de registro de imóveis, de títulos e documentos e civis das
pessoas jurídicas, civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas compete
a prática dos atos relacionados na legislação pertinente aos registros públicos,
de que são incumbidos, independentemente de prévia distribuição, mas
sujeitos os oficiais de registro de imóveis e civis das pessoas naturais às
normas que definirem as circunscrições geográficas.
CELERIDADE, EFICIÊNCIA E REDUÇÃO DE CUSTOS
Dispensabilidade x Essencialidade???
"Considerada, por vezes, atrelada a custos e à burocracia, a detida análise promovida pelo Professor
Campilongo demonstra que a atividade notarial desempenha função essencial na dinâmica da
sociedade complexa: a fé pública do notário reduz custos de transação e aumenta a confiança nas
declarações das partes, permitindo a celebração de negócios que, na sua ausência, devido à
assimetria de informação, possivelmente não se realizariam." (CAMPILONGO, 2014, p.13)
DISPENSABILIDADE:
Exemplo:
Lei 4380/64
Art. 60. A aplicação da presente lei, pelo seu sentido social, far-se-á de modo a
que sejam simplificados todos os processos e métodos pertinentes às
respectivas transações, objetivando principalmente:
I - o maior rendimento dos serviços e a segurança e rapidez na tramitação dos
processos e papéis;
II - economia de tempo e de emolumentos devidos aos Cartórios;
III - simplificação das escrituras e dos critérios para efeito do Registro de
Imóveis.
Lei 9514/97
Art. 38. Os contratos de compra e venda com financiamento e alienação
fiduciária, de mútuo com alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de
cessão de crédito com garantia real poderão ser celebrados por instrumento
particular, a eles se atribuindo o caráter de escritura pública, para todos os
fins de direito. (redação anterior)
Art. 38. Os atos e contratos referidos nesta Lei ou resultantes da sua aplicação,
mesmo aqueles que visem à constituição, transferência, modificação ou
renúncia de direitos reais sobre imóveis, poderão ser celebrados por escritura
pública ou por instrumento particular com efeitos de escritura pública.
(Redação dada pela Lei nº 11.076, de 2004)
Problemas:
- não houve redução de custos, pois os bancos passaram a cobrar a taxa para confecção de contrato.
Lei 11441/07
Lei 11.977/09
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LEI 14.382/2022
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp),
de que trata o art. 37 da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, bem como
moderniza e simplifica os procedimentos relativos aos registros públicos de
atos e negócios jurídicos, de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de
1973 (Lei de Registros Públicos), e de incorporações imobiliárias, de que trata
a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964.
- impor prazo em dias úteis, para prenotação, pagamento e prática de atos registrais, inclusive
emissão de certidão.
- reduzir os prazos para emissão das certidões, sendo: 4 (quatro) horas, para a certidão de inteiro
teor da matrícula ou do livro auxiliar, em meio eletrônico, requerida no horário de expediente, desde
que fornecido pelo usuário o respectivo número; 1 (um) dia, para a certidão da situação jurídica
atualizada do imóvel; e 5 (cinco) dias, para a certidão de transcrições e para os demais casos.
- permitir a utilização da certidão de inteiro teor como única e suficiente para comprovar
propriedade, direitos e ônus, independente de certificação específica.
- incluir novos itens no rol de registros e averbações do art. 167., como a promessa de permuta,
legitimação fundiária, pagamento de serviços ambientais com natureza propter rem, tombamento
definitivo, sem conteúdo financeiro, sub-rogações e penhores.
- permitir que os elementos de especialidade objetiva ou subjetiva que não alterarem elementos
essenciais do ato ou negócio jurídico praticado, quando não constantes do título ou do acervo
registral, poderão ser complementados por outros documentos ou, quando se tratar de
manifestação de vontade, por declarações dos proprietários ou dos interessados, sob sua
responsabilidade.
- reduzir o prazo geral de registro de 30 dias para 10 (dez) dias, contados do protocolo. Se não
houver complementação de emolumentos ou nota devolutiva, no prazo de 5 (cinco) dias o registro
de: I - escrituras de compra e venda sem cláusulas especiais, requerimentos de averbação de
construção e de cancelamento de garantias; II - os documentos eletrônicos apresentados por meio
do Serp; e III - os títulos que reingressarem na vigência da prenotação com o cumprimento integral
das exigências formuladas anteriormente.
- dispor que, havendo exigência a ser satisfeita, ela será indicada pelo oficial por escrito, dentro do
prazo previsto no art. 188 desta Lei e de uma só vez, articuladamente, de forma clara e objetiva, com
data, identificação e assinatura do oficial ou preposto responsável.
- permitir o registro da escritura com descrição anterior a retificação, desde que não prejudicada a
identificação do imóvel;
- permitir a rejeição liminar do registrador em caso de impugnação injustificada no procedimento de
reconhecimento extrajudicial de usucapião.
- permitir que o próprio CRI providencie, preferencialmente por meio eletrônico, a requerimento e às
custas do interessado, os documentos comprobatórios necessários para mudança de denominação e
de numeração dos prédios, da edificação, da reconstrução, da demolição, do desmembramento e do
loteamento de imóveis; bem como alteração do nome por casamento ou por desquite, ou, ainda, de
outras circunstâncias que, de qualquer modo, tenham influência no registro ou nas pessoas nele
interessadas;
- permitir a alteração imotivada do prenome, uma única vez, após atingida a maioridade,
independentemente de ordem judicial.
Art. 13. A Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 7º ......................................................................................................
§ 1º ............................................................................................................
§ 2º É vedada a exigência de testemunhas apenas em razão de o ato envolver pessoa com
deficiência, salvo disposição em contrário.
§ 3º (VETADO).
§ 4º (VETADO).
§ 5º Os tabeliães de notas estão autorizados a prestar outros serviços remunerados, na forma
prevista em convênio com órgãos públicos, entidades e empresas interessadas, respeitados os
requisitos de forma previstos na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).” (NR)
“Art. 30. ......................................................................................................
.....................................................................................................................
XIV - observar as normas técnicas estabelecidas pelo juízo competente; e
XV - admitir pagamento dos emolumentos, das custas e das despesas por meio eletrônico, a
critério do usuário, inclusive mediante parcelamento.” (NR)
CELERIDADE, EFICIÊNCIA E REDUÇÃO DE CUSTOS
Art. 216-B. Sem prejuízo da via jurisdicional, a adjudicação compulsória de imóvel objeto de
promessa de venda ou de cessão poderá ser efetivada extrajudicialmente no serviço de registro de
imóveis da situação do imóvel, nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 1º São legitimados a requerer a adjudicação o promitente comprador ou qualquer dos seus
cessionários ou promitentes cessionários, ou seus sucessores, bem como o promitente vendedor,
representados por advogado, e o pedido deverá ser instruído com os seguintes documentos: (Incluído
pela Lei nº 14.382, de 2022)
I - instrumento de promessa de compra e venda ou de cessão ou de sucessão, quando for o
caso; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
II - prova do inadimplemento, caracterizado pela não celebração do título de transmissão da
propriedade plena no prazo de 15 (quinze) dias, contado da entrega de notificação extrajudicial pelo
oficial do registro de imóveis da situação do imóvel, que poderá delegar a diligência ao oficial do registro
de títulos e documentos; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
III - ata notarial lavrada por tabelião de notas da qual constem a identificação do imóvel, o nome e
a qualificação do promitente comprador ou de seus sucessores constantes do contrato de promessa, a
prova do pagamento do respectivo preço e da caracterização do inadimplemento da obrigação de
outorgar ou receber o título de propriedade; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
IV - certidões dos distribuidores forenses da comarca da situação do imóvel e do domicílio do
requerente que demonstrem a inexistência de litígio envolvendo o contrato de promessa de compra e
venda do imóvel objeto da adjudicação; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
V - comprovante de pagamento do respectivo Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis
(ITBI); (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
VI - procuração com poderes específicos. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 2º O deferimento da adjudicação independe de prévio registro dos instrumentos de promessa de
compra e venda ou de cessão e da comprovação da regularidade fiscal do promitente
vendedor. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 3º À vista dos documentos a que se refere o § 1º deste artigo, o oficial do registro de imóveis da
circunscrição onde se situa o imóvel procederá ao registro do domínio em nome do promitente
comprador, servindo de título a respectiva promessa de compra e venda ou de cessão ou o instrumento
que comprove a sucessão. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
- conceito de promessa (art. 462 à 466, CC; art. 1417, CC). Reconhecimento de firma, data,
testemunhas, etc. Constitui título executivo extrajudicial, art. 784, II e III, CPC.
Art. 54. Os negócios jurídicos que tenham por fim constituir, transferir ou modificar direitos
reais sobre imóveis são eficazes em relação a atos jurídicos precedentes, nas hipóteses em que não
tenham sido registradas ou averbadas na matrícula do imóvel as seguintes informações: (Vigência)
I - registro de citação de ações reais ou pessoais reipersecutórias;
II - averbação, por solicitação do interessado, de constrição judicial, de que a execução foi
admitida pelo juiz ou de fase de cumprimento de sentença, procedendo-se nos termos previstos
no art. 828 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil); (Redação dada pela
Lei nº 14.382, de 2022)
III - averbação de restrição administrativa ou convencional ao gozo de direitos registrados, de
indisponibilidade ou de outros ônus quando previstos em lei; e
IV - averbação, mediante decisão judicial, da existência de outro tipo de ação cujos resultados
ou responsabilidade patrimonial possam reduzir seu proprietário à insolvência, nos termos do inciso
IV do caput do art. 792 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Redação
dada pela Lei nº 14.382, de 2022)
§ 1º Não poderão ser opostas situações jurídicas não constantes da matrícula no registro de
imóveis, inclusive para fins de evicção, ao terceiro de boa-fé que adquirir ou receber em garantia
direitos reais sobre o imóvel, ressalvados o disposto nos arts. 129 e 130 da Lei nº 11.101, de 9 de
fevereiro de 2005, e as hipóteses de aquisição e extinção da propriedade que independam de
registro de título de imóvel. (Renumerado do parágrafo único com redação dada pela Lei nº 14.382,
de 2022)
§ 2º Para a validade ou eficácia dos negócios jurídicos a que se refere o caput deste artigo ou
para a caracterização da boa-fé do terceiro adquirente de imóvel ou beneficiário de direito real, não
serão exigidas: (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022)
I - a obtenção prévia de quaisquer documentos ou certidões além daqueles requeridos nos
termos do § 2º do art. 1º da Lei nº 7.433, de 18 de dezembro de 1985; e (Incluído pela Lei nº 14.382, de
2022)
II - a apresentação de certidões forenses ou de distribuidores judiciais. (Incluído pela Lei nº
14.382, de 2022)
Art. 55. (...)
Art. 56. A averbação na matrícula do imóvel prevista no inciso IV do art. 54 será realizada por
determinação judicial e conterá a identificação das partes, o valor da causa e o juízo para o qual a
petição inicial foi distribuída. (Vigência)
§ 4º A averbação recairá preferencialmente sobre imóveis indicados pelo proprietário e se
restringirá a quantos sejam suficientes para garantir a satisfação do direito objeto da ação.
Lei 11101
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do
estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores:
I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer
meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título;
II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer forma
que não seja a prevista pelo contrato;
III – a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, tratando-se
de dívida contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem objeto de outras
posteriores, a massa falida receberá a parte que devia caber ao credor da hipoteca revogada;
IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes da decretação da falência;
V – a renúncia à herança ou a legado, até 2 (dois) anos antes da decretação da falência;
VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o
pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens
suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos
credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e
documentos;
VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso
ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência, salvo se
tiver havido prenotação anterior.
Parágrafo único. A ineficácia poderá ser declarada de ofício pelo juiz, alegada em defesa ou pleiteada
mediante ação própria ou incidentalmente no curso do processo.
Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando-se o
conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido
pela massa falida.
Art. 131. Nenhum dos atos referidos nos incisos I, II, III e VI do caput do art. 129 desta Lei que tenham
sido previstos e realizados na forma definida no plano de recuperação judicial ou extrajudicial será
declarado ineficaz ou revogado. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do
pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de
pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
- reduzir o prazo de registro de 30 dias (15 + 15) para 20 dias úteis (10+10).