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Quem primeiro ocupava um solo que ainda não era ocupado por outro
europeu, tomava posse da mesma. E consequentemente adquiria o direito de
ocupar e explorar da forma que lhe aprouvesse ou interessasse.
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Fonte: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=316&evento=5
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
O Sistema das sesmarias foi substituído pelo regime das posses (caos
dominial), até que a Constituição do Império do Brasil de 1824 veio a
abolir o confisco e, simultaneamente, consagrou o direito de propriedade.
Em 1916, com a criação do Código Civil da época, o nome Registro Geral passou a
denominar Registro de Imóveis, e também foram preenchidas algumas lacunas, com
destaque para:
A inclusão indireta do registro das transmissões referentes a partilhas e
heranças.
A inclusão do registro dos atos judiciais.
A adoção de alguns princípios básicos para o sistema registral, tais como os de
prioridade, legalidade, especialidade, publicidade e presunção.
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Conceito:
As pressões sociais por uma justa distribuição de riquezas levaram o Estado a
intervir no exercício do direito de propriedade.
CF/88:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Dispor: é a faculdade de alienar a coisa, seja de forma onerosa (por meio da compra
e venda, por exemplo) ou gratuitamente (por meio da doação, por exemplo).
Oponibilidade erga omnes (contra todos): por meio desse princípio, tem-se que o
direito de propriedade pode ser oposto (contestado ou reivindicado) contra qualquer
pessoa que o viole; isso denota também o seu caráter absoluto.
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Art. 213. g) inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das partes,
comprovada por documentos oficiais, ou mediante despacho judicial quando
houver necessidade de produção de outras provas;
II - a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de medida
perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com planta e
memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova
de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura - CREA, bem assim pelos confrontantes [...].
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Lei nº 10.267
Confere uma maior segurança quanto ao controle e informação de
seus limites e confrontações
Instituiu a obrigatoriedade do Georreferenciamento de imóveis
rurais a todos os proprietários rurais,
Objetiva informar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) o exato posicionamento, característica e extensão do
imóvel rural, além de seus confrontantes.
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Desmembramento.
Parcelamento.
Remembramento.
E em qualquer situação de transferência.
PARCELAMENTO
A Lei 6.766/79 conceitua:
PARCELAMENTO
A Lei 6.766/79 conceitua:
O Decreto 4.449 atualizado pelo Decreto 5.570 determina PRAZOS para identificação
do imóvel rural, conforme se vê:
Noventa dias para os imóveis com área superior a cinco mil hectares.
Um ano para os imóveis com área de mil até menos que cinco mil hectares.
Cinco anos para os imóveis com área de quinhentos até menos que mil hectares.
Dez anos para os imóveis com área de duzentos e cinquenta até menos que
quinhentos hectares.
Quinze anos para os imóveis com área de cem amenos que duzentos e cinquenta
hectares.
Vinte anos para os imóveis de vinte e cinco a menos de cem hectares.
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Impossibilidade de desmembrar.
Impossibilidade de lotear.
Em resumo - EC 42/03:
TÍTULO AQUISITIVO
pode ser representado por:
Escritura pública.
TÍTULO AQUISITIVO
Registro Torrens
TÍTULO AQUISITIVO
Registro Torrens
Já em 1890, o proprietário passou a ter uma proteção especial no que
tange ao seu direito de propriedade.
TÍTULO AQUISITIVO
Registro Torrens – exige preliminarmente:
3. Do memorial descritivo.
TÍTULO AQUISITIVO
Registro Torrens
A grande vantagem é que esse sistema de registro é o único que traz como
benefício a presunção absoluta quanto à qualidade de proprietário.
TÍTULO AQUISITIVO
Registro Torrens
TÍTULO AQUISITIVO
TÍTULO AQUISITIVO
TÍTULO AQUISITIVO
TÍTULO AQUISITIVO
TÍTULO AQUISITIVO
TÍTULO AQUISITIVO
GRILAGEM TERRAS
Conceito:
É a venda de terras pertencentes ao poder público ou de propriedade
particular mediante falsificação de documentos de propriedade da área.
Agente que realiza essa atividade ilegal é conhecido por grileiro.
A grilagem corresponde à ocupação qualificada pela intenção deliberada de
se tornar dono de terreno público, como se este fosse particular.
Esse problema remonta suas origens às terras devolutas, isto é, terras não
habitadas, apossadas, aproveitadas e, portanto,incultas
(Lei da Terra de 1850, art. 5º, §§ 1º, 8º e 15).
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
GRILAGEM TERRAS
GRILAGEM TERRAS
Fragilidades facilitadoras
Repetição do procedimento no Instituto de Terras do Estado, no Cadastro do
INCRA e na Receita Federal dão à fraude uma aparência de legalidade.
Algumas brechas institucionais facilitam a fraude. Exemplo: a inexistência de um
cadastro único.
Os órgãos fundiários, nos três níveis (federal, estadual e municipal), não são
articulados entre si.
No Brasil não existem registros especiais específicos para grandes áreas.
Dados dos cadastros federais e estaduais não estão cruzados.
O cadastro federal, pela atual legislação, é declaratório.
A correição (fiscalização) sobre os cartórios deixa a desejar
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
GRILAGEM TERRAS
Imóveis 3.065
Área(ha) : 93.520,587
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
GRILAGEM TERRAS
GRILAGEM TERRAS
GRILAGEM TERRAS
Proposta de mudanças legais para o combate ao latifúndio:
Serão necessárias ações legislativas nas três esferas federativas para:
estabelecer limitações ao tamanho da área a ser concedida ou alienada;
prever destinação de terras ao programa de reforma, preferencialmente a famílias
de pequenos agricultores familiares;
exigir exploração satisfatória de modo a evitar a concessão ou alienação de terras
inexploradas;
Exigir que a venda se baseie em projeto sustentável de exploração dos recursos
naturais;
exigir respeito ao prévio zoneamento socioeconômico-ambiental, com destinação
de percentual de terras à preservação e conservação ambiental.
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
GRILAGEM TERRAS
Proposta de mudanças legais para o combate ao latifúndio:
Ações legislativas já incorporadas na Lei 6.015/73
modificação no processo de escrituração, matrícula e registro e registros e
averbações de imóveis rurais, distinguindo-se dos urbanos (art. 176, §10, 3, a e
b);
exigência de base cartográfica e georreferenciamento dos imóveis (art. 176, §§ 3º
a 6º);
imposição de sanções administrativas e penais mais rigorosas aos serventuários
dos Cartórios de Registro de Imóveis, que agirem por culpa ou dolo, ou a
quaisquer outras pessoas físicas ou jurídicas que de algum modo concorrer para
o cometimento de delitos relativos a registros públicos (art. 213, §14).
Legislação aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Mesmo assim, há que se apontar avanços trazidos pela Lei 10.267, de 2001, que
modificou a Lei de Registros Públicos, e veio a conferir maior segurança a partir da:
a. modificação no processo de escrituração, matrícula e registro e registros e
averbações de imóveis rurais, distinguindo-se dos urbanos (art. 176, §10, 3, a e
b);
b. exigência de base cartográfica e georreferenciamento dos imóveis (art. 176, §§
3º a 6º);
c. imposição de sanções administrativas e penais mais rigorosas aos serventuários
dos Cartórios de RI, que agirem por culpa ou dolo, ou a quaisquer outras pf ou pj
que de algum modo concorrer para o cometimento de delitos relativos a registros
públicos (art. 213, §14).