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TÓPICO
OBJETIVO DA AULA
Ao final desta aula, você deverá:
1. Saber o conceito de processo de fadiga;
2. Conhecer as zonas típicas de uma fratura por fadiga;
3. Conhecer o método de ensaio de fadiga;
4. Identificar uma máquina de ensaio de fadiga;
5. Conhecer a curva tensão-ciclagem;
6. Conhecer a curva de fluência;
7. Exercício de Fixação.
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INTRODUÇÃO
o A fadiga é um problema que afeta qualquer componente estrutural ou parte que
move. Exemplos: automóveis nas ruas, aviões (principalmente nas asas) no ar, navios
em alto mar, constantemente em choque com as ondas, reatores nucleares etc.
(perceba então a importância do fenômeno de fadiga).
o Pode-se afirmar que 90% das falhas em serviço de componentes metálicos que
experimentam movimento de um jeito ou de outro é devido à fadiga.
Frequentemente, a superfície de fratura por fadiga irá mostrar algumas
características macroscópicas de fácil identificação e associação ao fenômeno da
fadiga, tais como as marcas de praia.
o As rupturas promovidas por processos de fadiga distinguem-se por apresentarem três
estágios conhecidos. O primeiro estágio é o que abrange o período de nucleação da
falha, onde a iniciação ocorre devido à máxima tensão principal de cisalhamento a
45º com a tensão principal de tração aplicada. O segundo estágio compreende a
propagação de uma trinca, na direção ortogonal à tensão de tração. Finalmente,
ocorre a ruptura catastrófica, que é o terceiro estágio, no momento em que a seção
resistente diminui o suficiente para que não mais suporte um ciclo de carga e rompa
por sobrecarga.
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fratura
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o Efeito de superficies:
A maior parte das trincas que iniciam o processo de falha se origina na
superfície do material. Isto implica que as condições da superfície afetam
fortemente a vida de fadiga;
Projeto da superfície: evitando cantos vivos;
Tratamento da superfície:
a) Eliminar arranhões ou marcas através de polimento;
b) Tratar a superfície para gerar camadas mais duras (carbonetação) e que geram
tensões compressivas que compensam parcialmente a tensão externa.
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FLUÊNCIA
o Fluência - é a deformação plástica que ocorre
em materiais sujeitos a tensões constantes, a
temperaturas elevados:
Turbinas de jatos, geradores a vapor;
É muitas vezes o fator limitante na vida útil da
Forno peça.
Se torna importante, para metais a
temperaturas de ≈ 0,4Tf
Carga constante
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CURVA DE FLUÊNCIA
ε Terciária Na região Primária - o material
Vida de ruptura encrua, tornando-se mais rígido,
e a taxa de crescimento da
deformação com o tempo
diminui;
Secundária
Na região Secundária - a taxa de
crescimento é constante (estado
Primária estacionário), devido a uma
competição entre encruamento e
recuperação;
Na região Terciária - ocorre uma
aceleração da deformação
causada por mudanças
microestruturais tais como
Deformação instantânea
rompimento das fronteiras de
(elástica) grão.
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CURVA DE FLUÊNCIA
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E TENSÃO
o As curvas de fluência variam em função da temperatura de
trabalho e da tensão aplicada:
A taxa de estado estacionário aumenta.
ε Temperatura aumentando ε Tensão aumentando
Tempo Tempo
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CURVA DE FLUÊNCIA
INFLUÊNCIA DA TENSÃO
o Relação entre σ e taxa de fluência estacionária:
n
ε = K 1σ
ln ε = ln K 1 + n ln σ
Tensão (MPa)
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CURVA DE FLUÊNCIA
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
Taxa de fluência estacionária (%/1000 h)
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. Avalie se as afirmações abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F), em
relação à “Características gerais do processo de fadiga”.
( ) Zonas tipicas de uma fratura por fadiga e fissure na etapas de propagação;
( ) Os ensaios de fadiga consiste em submeter uma série de corpos de prova a
cargas variáveis;
( ) Sofre influencia da temperatura e tensão para fraturar.
A sequência correta é:
a) V - V – V;
b) V - V – F;
c) V - F – V;
d) F - V – V;
e) F - F – V.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
2. Quais são as etapas em que pode-se dividir o processo de fadiga de
um material metálico?
a) Propagação Fase I - após aplicação de um determinado número de ciclos
de carregamento, formam-se extrusões e intrusões, onde é intensa a
concentração de tensões;
b) Propagação Fase II - ocorre a propagação de uma trinca bem definida com
velocidade elevada, surgindo estrias com o avanço da trinca;
c) Fratura Final (Catastrófica): a trinca percorreu uma área suficiente e o
material não consegue suportar a carga aplicada, resultando na fratura da
peça;
d) As alternativas (a), (b) e (c) são corretas;
e) Apenas as alternativas (a) e (c) são corretas.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
3. Relacione as colunas entre si, sobre os seus conhecimentos adquiridos
sobre as Máquinas de Ensaios de Fadiga:
(1) Curva tensão-ciclagem; ( ) Não possuem um limite de fadiga;
(2) Ligas não ferrosa; ( ) Fatores que afetam a vida de fadiga;
(3) Quanto menor a tensão; ( ) É um gráfico que relaciona o nº. de ciclos;
(4) Nível médio das tensões; ( ) Maior é o nº. de ciclos que o material tolera;
(5) Curva de fluência; ( ) Variam em função da temperatura e tensão.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia Recomendada
o NORTON, Robert L., Projeto de Máquinas uma abordagem integrada. Porto Alegre: Bookman,
2004;
o STROHAEKER, Telmo Roberto. Mecânica da Fratura. Porto Alegre: Gráfica UFRGS, 2000;
o Charles, J. A.; Greenwood, G. W.; Smith, G.C. ? Future Developments of Metals and Ceramics,
The Institute of Materials, 1992;
o BRANCO, C.M., FERNANDES, A.A., CASTRO, P.M.S.T., Fadiga de Estruturas Soldadas. Rio de
Janeiro: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.
Bibliografia Complementar
o CHARLES, J.ª; Smith, G.C. Advances in Physical Metallurgy, The Institute of Metals,1992;
o HERTZBERG, R.W. Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials, 3rd ed.,
New York: John Wiley & Sons, 1986;
o ANDERSON, T.L., Fracture mechanics. Fundamentals and applications, 2ª ed., CRC Press,
1995;
o DIETER, G.E. Mechanical Metallurgy, SI Metric Edition, McGraw-Hill Book Company, N.Y, 1988.
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REFLEXÃO
Obrigado!
Eurico Montenegro
eurico.montenegro@gmail.com
(81) 9 9800.1656 / 9 8406.0033 - (81) 3311.4856
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