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Conexões Elétricas

ENE040 – Materiais Elétricos

Professores: Janaína Gonçalves de Oliveira


Exuperry Barros Costa
Aula passada: Oxidação do Alumínio
Corrosão Galvânica do Alumínio
Corrosão Galvânica do Alumínio
Corrosão é diferente
de oxidação!!!!
Corrosão Galvânica do Alumínio

• Alumínio é corroído e o cobre


permanece inalterado
• Contatos de alumínio e cobre devem
ser isolados do meio ambiente
Corrosão Galvânica do Alumínio
Corrosão Galvânica do Alumínio
Corrosão Galvânica do Alumínio
Corrosão Galvânica do Alumínio
Conexões Elétricas
Conexões Elétricas

8.1 Conexões por Fusão


8.2 Conexões à Pressão
8.3 Fatores Básicos para Projetos de
Conexões
Conexões Elétricas
1. Fusão
a) solda fraca
b) solda forte
c) solda a arco
d) solda “termite”
e) outros tipos
2. Pressão
a) aperto
b) compressão
Conexões por Fusão
• Suplantados pelos métodos de pressão

1. Solda Fraca
• Probabilidade de corrosão pela indução de
metais diferentes
• Enfraquece o condutor pelo seu
destemperamento
• Danos ao isolamento próximo à união
Conexões por Fusão
• Solda comum (estanho-chumbo), com fusão a
183º - aspectos positivos e negativos
• Muito utilizada na eletrônica

2. Solda Forte

• Solda de prata - temperaturas de 6500º C a


7000º C: mesma situação anterior
Conexões por Fusão
3. Solda a Arco

• Mão-de-obra
especializada,
equipamentos específicos
(gás inerte)
• Maior demanda pelo uso
do alumínio (subestações)
• Conectores especiais
“weldments”
Conector “weldment”
soldado para cabos de
alumínio
Conexões por Fusão
4. Solda Termite

Adaptado para unir condutores de cobre


2Al + 3CuO = 3Cu + Al2 O3

30 segundos, à temperaturas de 2.2000C


Conexões por Fusão

Problemas: altas
temperaturas, umidade,
têmpera do condutor utilizado,
verificação da conexão à terra
Conexões por Fusão
1. Vista do equipamento
2. Material comburente utilizado
para inicializar a reação
3. Pó de termite para a solda
4. Disco de aço
5. Abertura
6. Cavidade de soldagem
7. Cabo a ser soldado
8. Placa auxiliar
9. Base de aço
Conexões por Fusão
Conexões por Fusão
5. Outros tipos de solda

• Solda fria, solda a faísca, solda a fricção,


solda de faixa de eletrônicos, soldas à
laser e soldas à percussão
Conexões por Pressão
a) Conectores “de
aperto”
b) Conectores de
compressão
Conexões por Pressão
a) Conectores “de
aperto”
b) Conectores de
compressão

Materiais dúcteis:
melhor?
Conexões por Pressão
1. Resistência
elétrica do contato

F=pa

“p” - pressão máxima que


o metal suporta sem se
deformar – constante

“a” = área real de contato


Conexões por Pressão

Resistência de contato = Constante


a
Resistência de contato = Constante x p
F

Resistência de contato = K
F
Conexões por Pressão
Conclusões de ordem geral:
• A resistência elétrica de contato é inversamente
proporcional à força aplicada e independe da
área de contato
• Para uma força total aplicada, constante, a
resistência elétrica será a mesma,
independendo da dimensão da superfície de
contato
• Quanto maior a força (pressão), menor a
resistência
Conexões por Pressão
2. Fatores Básicos de Projeto para Conexões

1. Fluência
2. Oxidação superficial
3. Corrosão
4. Efeitos térmicos

Condutores de alumínio: mais complexos


Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
2.1. Fluência
• Escoamento plástico do metal sob
pressão:
Depende do tipo do
metal e sua dureza.

Ligas são menos


sujeitas a
deslizamentos.
Por quê?
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
• Após afrouxamento: força diminui para F2 sem
aumento significativo da resistência.

• Motivo: quebra dos filmes de alta resistência e


achatamento das pontas em locais de contato
íntimo.

• Se a fluência do metal cessa antes de ser


atingido F2, a resistência elétrica de contato
permanece próxima a R1.
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
CONCLUSÕES:

• Em conectores de pressão é desnecessário o


reaperto, após afrouxamento natural

• Utilizar o número e tamanho apropriados de


parafusos (conectores “de aperto”) e aplicar a
força apropriada com a ferramenta de
compressão (conector de compressão)
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
2.2. Óxido Superficial

•Oxidação da superfície, criando películas


superficiais isolantes, que devem ser
quebradas

•A dificuldade de quebrar a película


depende de sua natureza, espessura e do
metal do qual é composta
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
Óxido de cobre: alta resistência elétrica, mas
pode ser reduzida pela pressão aplicada, sem
necessidade de limpeza da superfícies em
contato.

Óxido de prata: quebra mais facilmente pela


pressão e se forma mais lentamente em
temperaturas elevadas.

Conclusão: pratear as superfícies de contato de


cobre que devem operar em temperaturas acima
de 2000 C.
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões

• Óxido de alumínio: película dura, tenaz


e de alta resistência elétrica, que se
forma muito rapidamente. É trans-
parente, impondo necessidade de
prévia limpeza.
• A dureza desse filme que confere ao
alumínio boa resistência à corrosão.
Óxido Superficial
2.2.1. Compostos de contato
• Impede nova formação de óxido.
Exemplos: Petrolatum®, No-Oxid® e
Penetrox®.

• Partículas de zinco: agem como pontes


da corrente facilitando a ruptura do filme de
óxido
Óxido Superficial
2.2.2. Resistência entre fios em
cabos de alumínio

• Distribuição falha de corrente entre os mesmos:


condutores externos conduzem corrente superior
à calculada, resultando em superaquecimento do
cabo

•Solução: Conectores a compressão, preenchidos


com compostos contendo partículas de zinco
Óxido Superficial
2.2.3. Galvanização eletrolítica do alumínio

Revestimentos galvanoplásticos de
estanho, cádmio ou zinco para evitar a
formação do óxido de alumínio
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
2.3. Corrosão
- Ação eletrolítica da umidade e outros
elementos da atmosfera, combinados com
os metais em contato
- Condutores e conectores de cobre ou liga
de cobre resistentes à corrosão: pouca
importância
- Vital quando a conexão é de alumínio com
cobre
Corrosão
2.3.1. Ação galvânica

Ataque ao metal anódico, deixando


incólume o metal catódico Proporcional à
intensidade da corrente eletrolítica, a qual é
proporcional à diferença de potencial
elétrico
Corrosão
Corrosão
a) Conexões de alumínio com alumínio
Escolha adequada: conector com corpo de alumínio
Cuidados com a corrosão de fendas (ocorre entre
metais semelhantes devido a uma exposição ao
oxigênio)
b) Conexões de alumínio com cobre
Melhor escolha: conector com corpo de alumínio,
(previne a corrosão galvânica do condutor de
alumínio)
Testes (EUA, 1950): melhor desempenho para
conector de liga de alumínio de proporções maciças
Corrosão
2.3.4. Teoria do “conector
maciço”
Densidade da corrente
eletrolítica sobre a face
exposta do conector de
alumínio: reduzida
Corrosão: relacionada à
densidade da corrente
sobre a superfície do
material anódico
Corrosão
2.3.4. Teoria do “conector maciço”
Conclusão: alumínio sofre corrosão mínima
Parafusos de aperto e as áreas de alta tensão
mecânica: não ficar nas regiões expostas ao
ataque

Conector de alumínio de compressão (ensaio de 1.400 horas)


Corrosão
2.3.5. Posição do condutor

Condutor de alumínio por cima do condutor de


cobre
Por quê?
Corrosão
2.3.5. Posição do condutor

Condutor de alumínio por cima do condutor de


cobre
Por quê?

Com isto, evita-se a erosão no condutor de alumínio, o


que ocorreria em consequência da lavagem dos sais de
cobre sobre o mesmo, se o alumínio estivesse por
baixo.
Corrosão

Conector de alumínio embuchado


Corrosão
2.3.7.Conector de alumínio revestido
galvanicamente

Revestimentos de cobre, zinco, estanho e


cádmio tem sido utilizados para ligar condutores
de cobre. O metal escolhido deve ser catódico
ao alumínio
Corrosão Galvânica do Alumínio
Corrosão
2.3.8. Conector de cobre para condutores de
alumínio

Conectores de liga de cobre para conexões de


alumínio com alumínio e alumínio com cobre?
Corrosão
2.3.8. Conector de cobre para condutores de
alumínio

Conectores de liga de cobre para conexões de


alumínio com alumínio e alumínio com cobre?

Revestimento quente ou fluido de estanho, por


deposição eletrolítica. Posição galvânica do
estanho intermediária entre o cobre e o alumínio.
Corrosão

2.3.8. Conector de
cobre para
condutores de
alumínio

• Conector de liga de
cobre para condutor
de cobre, modificado
Modificação: revestimento de para alumínio com
estanho e o uso de espaçador alumínio ou com
de cobre revestido a quente cobre
com estanho
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
2.4. Ciclos térmicos

•Variações de temperatura numa conexão:


pequenos deslocamentos relativos dos
componentes
•Menor para conexão com componentes do
mesmo metal e exagerado para metais diferentes
Fatores Básicos de
Projeto para Conexões
2.4. Ciclos térmicos

•Parte externa do conector: mais fria que seu


interior; maiores contrações e expansões do
condutor em relação às do conector, se os metais
forem os mesmos.
•Mais calor é gerado nos pontos de contato:
aumento progressivo da resistência elétrica de
contato
Ciclos térmicos
2.4.1. Ciclos térmicos e fluência

•Conexões de cobre e ligas de cobre: não


apresentam problemas derivados de ciclos
térmicos.
•Alumínio: coeficiente de expansão térmica 40%
maior que o do cobre e velocidade de fluência
muito maior que a do cobre, especialmente em
temperaturas elevadas ► Problemas com ciclos
térmicos
Ciclos térmicos
2.4.2. Ensaios referentes aos ciclos térmicos

•Não existe, ainda, consenso sobre a influência


dos ciclos térmicos e como efetuar suas
avaliações em ensaios.
•EEI – NEMA ( “National Electric Manufaturing
Association”): “ Ensaio dos 125o C”:
 Classe A – 500 ciclos;
 Classe B - 250 ciclos e
 Classe C - 125 ciclos
Ciclos térmicos
2.4.3. Outros procedimentos de ensaio

Projeto de rede secundária subterrânea: fusíveis


“limitadores” nas extremidades do cabo,
projetados para cortar a ligação no “ponto crítico”
de 2600C
Ciclos térmicos
2.4.4. Ciclos térmicos em conectores “ de
aperto”

Maior elasticidade de seus componentes (em


parte devido aos parafusos de alta resistência
como os de bronze-silício ou de duralumínio dos
conectores de liga de cobre ou alumínio,
respectivamente) acompanhando a fluência do
metal e reduzindo tensões mecânicas decorrentes
dos movimentos térmicos
Ciclos térmicos
Conector de alumínio e condutor de cobre:
maior expansão do conector, compensada
por sua temperatura mais baixa em
relação ao condutor. Geralmente maiores
que os conectores de cobre equivalentes,
com maior área de contato e superfície de
resfriamento, com desempenho superior
aos mesmos.
Ciclos térmicos
2.4.5. Ciclos térmicos nos conectores de
compressão

• Excelente estabilidade sob ciclos


térmicos, pela elevada pressão de contato
desenvolvida pela ferramenta de
instalação e da elasticidade do metal
(conector e condutor)
Ciclos térmicos
• Conectores de compressão de alumínio, unindo
condutores de alumínio aos de cobre, possuem
excelente estabilidade perante ciclos térmicos.
• Conectores de compressão de cobre não alojam
um condutor de alumínio, mesmo estanhado a
quente e utilizando composto antióxido (maior
dureza e elasticidade do cobre, com aumento
rápido da resistência de contato durante os
ciclos térmicos)
Conectores de Aperto
1. Conector mecânico “de
aperto” para cabo de cobre,
manufaturado em liga de cobre
de alto teor, aplicável a
condutores de diâmetros
diversos, com bloco terminal.

2. Conector mecânico “de


aperto”, para todas as
combinações de cobre, alumínio,
ACSR, AAAC e aço,
manufaturado em liga de cobre
de alta resistência, banhado em
estanho e com separador interno.
Conectores
3. Conector mecânico para
todas as combinações de
cobre, alumínio, ACSR,
AAAC, constituído em três
peças, manufaturado em liga
de alumínio, com espaçador
de alumínio. Recomendado
para serviço pesado, na
4. Conector de compressão de união de metais diferentes
alumínio, sem isolamento,
banhado em estanho,
utilizado para conexões de
condutores de alumínio e
cobre, projetado para
tensões de 35 kV e já
contendo composto de
contacto Penetrox®.
Conectores de compressão
5. Conector de compressão,
macho, de desconexão
rápida, manufaturado em
latão, com banho de
estanho, para tensões de até
600 volts.

6. Conector de compressão,
sem isolamento, com
terminação em anel,
manufaturado em cobre
puro, recomendado para
aplicações aeronáticas e
cabos flexíveis.
Conectores
7. Conector de compressão,
fêmea, de desconexão
rápida, manufaturado em
latão, com banho de
estanho, para tensões de até
600 volts

8. Conector mecânico de
aperto, para todas as
combinações de alumínio
com alumínio, alumínio com
cobre e cobre com cobre,
manufaturado em liga de
alumínio com banho de
estanho.
Conectores de compressão
9. Conector de compressão
para utilização em malha de
aterramento, manufaturado
em cobre, e já contendo
composto de contacto
Penetrox®.

10. Conector de compressão


para tensões de até 35 kV,
manufaturado em alumínio,
com banho de estanho, para
conexão de condutores de
alumínio-cobre e alumínio-
alumínio, de diferentes
diâmetros.
Conectores
11. Conector mecânico “de
aperto” para linhas aéreas de
condutores de alumínio ou
ACSR, em alumínio fundido,
com sistema parafuso-porca
em aço galvanizado, espaçador
de alumínio, para utilização
com composto de contato
Penetrox®.

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