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“Estrutura cristalina:

Metais – parte I e II”

Prof. Frederico A.P. Fernandes


codoico@gmail.com
frederico.fernandes@ufabc.edu.br

CECS - Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas


Objetivos

- Noções básicas sobre cristalinidade;


- Conhecer as células unitárias para estruturas cúbicas e
diferenciá-las;
- Entender o conceito de polimorfismo e alotropia;
Tetraedro fundamental

Estrutura:
. Natureza química dos materiais e ligações;
. Arranjo dos componentes do material e seus defeitos;

Estrutura

Processamento

Propriedades

Desempenho
Introdução
Propriedades de alguns materiais estão diretamente
relacionadas às suas estruturas cristalinas...
Estrutura dos sólidos

Estrutura: organização das partes ou dos elementos que


formam um todo.
As duas principais classificações de materiais sólidos de
acordo com a distribuição espacial dos átomos, moléculas ou
íons, são:

Sólidos Cristalinos: compostos por átomos, moléculas


ou íons arranjados de uma forma periódica em três
dimensões. A ordem se repete para grandes distâncias
atômicas (de longo alcance).

Sólidos Amorfos: compostos por átomos, moléculas ou


íons que não apresentam uma ordenação de longo
alcance. Podem apresentar ordenação de curto alcance.
Energia e organização
Estrutura dos sólidos

Exemplo: organização das partes ou dos elementos que


formam um todo.

Sílica cristalina Sílica amorfa

- Ponto de fusão??
- Fratura??
Estrutura dos sólidos

Materiais cristalinos:
- maioria dos metais e ligas metálicas;
- grande maioria dos materiais cerâmicos;

Materiais semi-cristalinos:

cristalinos
- grande maioria dos polímeros;

Materiais amorfos:
- vidros;
- alguns polímeros;

Semi-cristalinos
Estrutura cristalina
Modelo de esferas rígidas:
- Os átomos ou íons podem ser
considerados esferas de raio fixo;

- Diferentes elementos apresentam


diferentes raios das esferas (raios
atômicos);

- Raio atômico (ou iônico):


distância do centro do átomo até
seu orbital mais externo
Estrutura cristalina
Célula Unitária (unit cell):
agrupamento de átomos
representativo de uma determinada
estrutura cristalina específica.

. Sistema de eixos cartesianos (x, y e z);


. Paralelepípedo (quadrado);

PARÂMETROS DE REDE: Arestas (a, b e c)


e ângulos entre as arestas (α, β, γ).
Estrutura cristalina
Reticulado Cristalino: conjunto de pontos, que podem
corresponder a átomos ou grupos de átomos, que se
repetem no espaço tridimensional com uma dada
periodicidade.

Célula Unitária: é o menor


agrupamento de átomos
representativo de uma determinada (esferas reduzidas)
estrutura cristalina específica.

Estrutura cristalina : maneira como


átomos ou íons se encontram
espacialmente arranjados.

Cúbica Simples (CS)


Estrutura cristalina
- Idealmente, o arranjo mais estável dos átomos em um
cristal será aquele que minimiza a energia livre por
unidade de volume ou, em outras palavras, aquele que:
• preserva a neutralidade elétrica;

• satisfaz o caráter direcional das ligações covalentes;

• minimiza as repulsões íon-íon e, além disto,

• agrupa os átomos o mais compactamente possível;

- Existe um número grande de estruturas cristalinas


diferentes, desde estruturas simples (metais) até
complexas (cerâmicas e polímeros).
Estrutura cristalina
Exemplo: cúbica de face centrada (CFC)

(esferas rígidas)
(esferas reduzidas)
(agregado de átomos)

Parâmetro de rede cristalina:


combinação de comprimentos de aresta
da célula unitária e de ângulos inter-axiais
que define a geometria da célula unitária.
Estrutura cristalina
Os sete sistemas cristalinos...
Estrutura cristalina
Os 14 reticulados de Bravais...
Materiais Metálicos
- Ligação não direcional;

- Portanto não existem restrições em relação à quantidade e a


posição dos átomos vizinhos mais próximos: empacotamentos
compactos dos átomos na maioria das estruturas cristalinas dos
metais;

- Maioria dos elementos metálicos possuem estruturas


altamente densas;
- 52% - estrutura cúbica
- 28% - estrutura hexagonal
- 20% - outros 5 tipos estruturais
Fator de Empacotamento Atômico (FEA)

É a fração de espaço ocupada pelos átomos, assumindo que estes


sejam esferas rígidas.

A expressão geral para o Fator de Empacotamento Atômico (FEA)


é:
Estrutura cúbica simples (CS)

- bastante rara devido à baixa densidade de


empacotamento (somente o Po tem esta
estrutura)

- As direções de maior empacotamento são os


lados do cubo
Estrutura cúbica de corpo centrado
(CCC)
Ex: Fe-α, Cr, W, Mo...

Diagonal do cubo:
Estrutura cúbica de face centrada
(CFC)
Ex: Fe-γ, Al, Ni, Cu, Ag, Pt, Au…
Estrutura hexagonal simples (HS)

Ex: Se, Te…

- Também é rara devido à baixa densidade de


empacotamento;
- Os ângulos da base são 120° e os verticais 90°;
- O número de átomos no interior de uma célula é 3
e o F.E.A. é 0,60;
Estrutura hexagonal compacta (HC)

Ex: Be, Mg, Ti-α, Zn e Zr…


Estrutura hexagonal compacta (HC)
Cálculo do FEA:

1. Cálculo da razão c/a:

Razão c/a ideal:


c/a = 1.633
no entanto este valor varia em metais reais

2. Cálculo do FEA:
Principais Estruturas

CCC CFC HC

Estruturas compactas
Estruturas compactas
Sequência de empilhamento CFC...
Estruturas compactas
Sequência de empilhamento HC...
Estruturas compactas
Comparação entre CFC e HC...

HC CFC
Estruturas compactas
- O Cloreto de sódio (NaCl), que é um
composto com alto caráter iônico, também
possui uma estrutura do tipo CFC. Calcule
seu fator de empacotamento e compare-o
com o de uma estrutura compacta.
Para rNa+= 0,097nm e
RCl-= 0,181 nm

F.E.A.=0,67

4 – Na
4 - Cl
Resumindo
Materiais Metálicos

FCC = CFC
HCP = HC
BCC = CCC
Materiais Metálicos
Tabela periódica e estrutura cristalina
Resumindo
Densidade teórica (ρ)

- O conhecimento da estrutura cristalina permite o cálculo


da densidade (ρ):
Densidade teórica (ρ)
Exemplo:
Densidade teórica (ρ)
Exercício:

FeO, MgO
Densidade teórica (ρ)
Exercício:
Densidades típicas
Diferentes classes de materiais
De maneira geral: ρmetais > ρcerâmicas > ρpolímeros
Metais: empacotamento compacto, alta massa atômica.
Cerâmicas: empacotamento menos denso, elementos mais leves.
Polímeros: baixa densidade de empacotamento, elementos leves.

Cerâmicas

Polímeros Compósitos

Metais
Objetivos

- Isotropia e anisotropia;
- Pontos, Direções e Planos Cristalográficos;
- Densidade Linear e Planar;
- Ligas Metálicas;
Célula Unitária - revisão

Célula unitária Outra representação da


representada por célula unitária. Os círculos
Sólido cristalino CFC esferas rígidas representam as posições
(em escala) ocupadas pelos átomos

- O conceito de célula unitária é usado para representar a


simetria de uma determinada estrutura cristalina;
- Qualquer ponto da célula unitária que for transladado de um
múltiplo inteiro de parâmetros de rede ocupará uma posição
equivalente em outra célula unitária.
Parâmetros de rede - revisão

Geometricamente uma célula unitária pode ser


representada por um paralelepípedo.

A geometria da célula unitária é


univocamente descrita em termos
de seis parâmetros: o comprimento
das três arestas do paralelepípedo
(a, b e c) e os três ângulos entre as
arestas ( α, β e γ). Esses parâmetros
são chamados parâmetros de
rede.
Formação de cristais (solidificação)

Cristais

Contorno de grão:
regiões que separam
cristais de diferentes
orientações em um
policristal. É um defeito! Contorno de Grão
grão
Exemplos de materiais policristalinos

Cerâmicas:
cristalinas
amorfas (vidros).

Metais:
cristalinos.
Cerâmica:
alumina. Polímeros:
0% cristalinos (amorfos)
Metal: chumbo até 95% cristalinos.
de alta pureza.
Exemplos de materiais policristalinos

a a

b b

a) latão policristalino a) alumina


b) aço perlitico b) porcelana
(quartzo, argila e feldspato)
Materiais policristalinos x monocristalinos

MONOCRISTALINOS: constituídos por um


único cristal em toda a extensão do material
(arranjo periódico perfeito). Todas as
células unitárias se interligam da mesma
maneira e possuem a mesma orientação.

Fe-α POLICRISTALINOS: constituído de vários


cristais pequenos (grãos), cada um deles com
diferentes orientações espaciais.
Isotropia vs. Anisotropia
Anisotropia: direcionalidade das propriedades. As propriedades físicas
de um monocristal são dependentes da direção cristalográfica deste
cristal, ou seja, da direção em que a medida é feita.
- Ex: Módulo de elasticidade, índice de refração,
condutividade, limite de resistência...

E (diagonal) = 273 GPa


CCC

Ferro
Isotropia: propriedades medidas são CCC
independentes da direção.
- Ex: Sólidos amorfos...
E (edge) = 125 GPa
Isotropia vs. Anisotropia

- Os materiais policristalinos são ISOTRÓPICOS ou


ANISOTRÓPICOS? Por que?

α-Al2O3 Fe-α
HC CCC
EFe= 210GPa
Isotropia vs. Anisotropia
- E um material metálico resultante de um processo de
laminação é ISOTRÓPICO ou ANISOTRÓPICO? Por que?
Pontos, Direções e Planos Cristalográficos
- Com frequência torna-se necessário especificar um
ponto, uma direção ou plano cristalográfico no interior
de uma célula unitária.

- 3 números ou índices para


designar essa localização;

TERMINOLOGIA:
-Pontos cristalográficos: a b c
-Direções cristalográficas : [ ]
-Famílias de direções: < >
-Planos cristalográficos : ( )
-Famílias de planos equivalentes: { }
Pontos Cristalográficos
- Indicação de direções e planos envolve o estabelecimento de
posições no cristal, dadas por suas coordenadas.

P=???

- Múltiplos fracionários
dos comprimentos das
arestas (a, b e c).

Q: ¼ 1 ½
Direções cristalográficas
- linha (vetor) que une dois pontos da rede cristalina.

- Procedimento para determinação dos índices de Miller de uma


direção cristalográfica:
1. Transladar o “vetor direção” de maneira que ele passe pela
origem do sistema de coordenadas;
2. Determinar a projeção do vetor em cada um dos três eixos de
coordenadas. Essas projeções devem ser medidas em termos dos
parâmetros de rede (a,b,c);
3. Multiplicar ou dividir esses três números por um fator comum, tal
que os três números resultantes sejam os menores inteiros
possíveis;
4. Representar a direção escrevendo os três números entre
colchetes: [u v w];
Direções cristalográficas
- Exemplo:

x y z
projeções ½xa 1xb 0xc
projeções em ½ 1 0
termos de a,b e c
redução a mínimos 1 2 0
inteiros
notação [120]
Direções cristalográficas

[100]
[110] z

[111] y
[021]
[011] x
[304]
[201]
Direções Cristalográficas
<Família de direções>

<100>
[100]
[010]
[001]
[100] z
y
[010] x

[001]

Uma <família de direções> inclui todas as direções


possíveis com as mesmas coordenadas básicas.
Direções Cristalográficas
<Família de direções> z

[111]
[111]
[111]
[111]

[111] [111]
x

[111]
Família <111>
[111]
Direções Cristalográficas
- Equivalência de direções:

[101] = [110] [101] ≠ [110]

cúbico tetragonal
Direções Cristalográficas

- Exercício: Esboçar as direções [001], [112], [111] e


[110].
Direções Cristalográficas
Aspectos importantes...

1. Como as direções são vetores, determinada direção e seu negativo


não são idênticos. De fato [100] e [100] não são idênticos; eles
representam a mesma linha, mas em sentidos opostos;

2. Toda direção e seu múltiplo são idênticos. De fato, [100]


representa a mesma direção que [200]; apenas esquecemos de fazer
a redução para menores números inteiros;

3. Certos grupos de direções são equivalentes. Em um sistema


cúbico, por exemplo, uma direção [100] será a direção [010] se
redefinirmos o sistema de coordenadas; e

4. Sempre a referência a grupos de direções equivalentes é uma


famílias de direções < >.
Planos cristalográficos

Determinação dos índices de Miller de um plano cristalográfico:


1. Determinar os interceptos do plano com os eixos do
sistema de coordenadas em termos dos parâmetros de rede a,
b e c. Se o plano passar pela origem, transladar o plano para
uma nova posição no sistema de coordenadas;
2. Obter os recíprocos desses três interceptos. Se o plano for
paralelo a um dos eixos, considera-se o intercepto infinito e o
seu recíproco zero;
3. Representar na forma ( h k l );

Nota: às vezes é necessário multiplicar os três números


resultantes por um fator comum para assim obter três índices
inteiros.
Planos cristalográficos
- Como representar as posições dos planos cristalinos?

1. Desenhe a origem e a célula unitária


2. O plano x, y, z interceptará os eixos em 1/x, 1/y e 1/z.
(Ex: 1,1,1)
3. Dividir ou multiplicar os três números por um fator comum
(Ex: 1,1,1)
4. Representação por meio dos índices de Miller, entre
parênteses: (111)

z
y
x
Planos cristalográficos

Índices de Miller

(h k l) z
(100) x
y

(110)
(111)
(100)
(020)
(040)
Planos cristalográficos

FAMÍLIA DE PLANOS: conjunto de


planos cristalograficamente equivalentes,
ou seja, planos com o mesmo
empacotamento atômico. Famílias de
planos são representadas por {hkl}.
Por exemplo, a família {111} é composta
pelos planos:

(111 ), ( 1 11 ), (1 1 1 ), (11 1 ),
( 1 1 1 ), ( 1 1 1 ), (1 1 1 ) e ( 1 1 1 ).
Planos cristalográficos
{Família de planos} {110} z
É paralelo a um eixo... y
x
Planos cristalográficos
Aspectos importantes...
1. Os planos e seus negativos são idênticos (o que não ocorre com as
direções). Portanto, (020 ) = (020).

2. Os planos e seus múltiplos não são idênticos (o que também difere


do que vimos com as direções). Podemos demonstrar esse fato
definindo a densidade planar.

3. Em cada célula unitária, as famílias de plano representam


grupos de planos equivalentes que tem índices específicos, devido
à orientação das coordenadas. Representamos esses grupos de
planos por meio da notação { }.

4. No caso de sistemas cúbicos, uma direção com os mesmos


índices de um plano é perpendicular a esse plano.
Planos cristalográficos
- Determine os Índices de Miller para o
plano mostrado na estrutura abaixo:

(012)
Planos cristalográficos
- Construa o plano (011) em uma célula
unitária cúbica:
Densidade Linear e Planar

- Densidade linear = átomos/unidade de comprimento


(igual ao fator de empacotamento em uma dimensão); [át./nm]

- Densidade linear = percentual (%) (comprimento [%]


ocupado por átomos dividido pelo comprimento total da
direção);

- Densidade planar = átomos/unidade de área (igual


[át./nm2]
ao fator de empacotamento em duas dimensões);

- Densidade planar = percentual (%) (área ocupada


[%]
por átomos dividida pela área total do plano);
Densidade Linear
- Direções equivalentes possuem densidades lineares idênticas.

Número de átomos centrados sobre o vetor direção


DL =
Comprimento do vetor direção

Ex: Determinar a DL na direção


[110] para a estrutura cristalina
CFC

[át./nm]

[110]
Densidade Linear
- O Al é CFC e tem parâmetro de rede “a” igual a 0,3158nm. Calcule a
densidade das direções [110] e [100].

- Repita os cálculos para as mesmas direções, [110] e [100], sabendo


que a estrutura cristalina em questão ainda é a CFC. Calcule agora a
densidade linear percentual, sem o uso do parâmetro de rede.
Densidade Planar

- Planos cristalográficos equivalentes possuem densidades planares


idênticas.

Número de átomos centrados sobre um plano


DP=
Área do plano

- Um quarto dos
átomos A, C, D e F

- Metade dos átomos


BeE

Plano (110)

A = (4 R)(2 R 2 ) [át./nm2]
Densidade Planar
- O Al é CFC e tem parâmetro de rede “a” igual a 0,3158nm. Calcule a
densidade dos planos (100) e (111).

- Repita os cálculos para os mesmos planos, (100) e (111), sabendo


que a estrutura cristalina em questão ainda é a CFC. Calcule agora a
densidade planar percentual, sem o uso do parâmetro de rede.

CFC
Planos e direções no sistema CCC

- No sistema CCC os átomos


se tocam ao longo da diagonal
do cubo, que corresponde a
família de direções <111>.
- Então, a direção <111> é a
de maior empacotamento
atômico para o sistema CCC.

- A família de planos {110} no


sistema CCC é a de maior
densidade.

α-Fe, Mo, W
Planos e direções no sistema CCC

- Sistemas de deslizamento: {110} e <111>


- Também apresenta outros sistemas
Planos e direções no sistema CFC

- No sistema CFC os átomos


se tocam ao longo da diagonal
da face, que corresponde a
família de direções <110>.
- Então, a direção <110> é a
de maior empacotamento
atômico para o sistema CFC.

- A família de planos {111} no


sistema CFC é a de maior
densidade.

Al, Cu,
γ-Fe, Ni
Planos e direções no sistema CFC

- Sistemas de deslizamento: {111} e <110>


Ligas Metálicas
Metais puros: Praticamente inviável a obtenção e o uso;

Ligas metálicas: as propriedades podem ser totalmente


diferentes das substâncias constituintes;

Ligas ferrosas: muito importantes para a engenharia;


Ligas Metálicas

Ligas Ferrosas:

- Quantidade abundantes na crosta terrestre;


- Técnicas de extração, beneficiamento e
fabricação econômicas
- Versáteis: ampla variedade de propriedades
físicas; C > 2,14%
Ligas Metálicas
Ligas Ferrosas:
Aço Doce (baixo teor de Carbono) Aço médio Carbono
- Menos que 0,25%p de C; - Entre 0,25 e 0,60%p de C;
- Moles e fracos, mas ductilidade e - Adições de Cr, Ni e Mo = variedade
tenacidade excepcionais; resistência-ductilidade;
- Usináveis e soldáveis; - Mais resistentes, mas menos dúcteis e
- Mais baratos. tenazes que o aço doce;.
Aplicações Aplicações
- Carcaças de automóveis; - Rodas e trilhos de trens;
- Estruturas (vigas, canaletas); - Engrenagens;
- Chapas usadas em tubulações, - Peças de máquinas e componentes
edificações e pontes. estruturais que exigem combinação
de elevada resistência, resistência à
abrasão e tenacidade.
Ligas Metálicas
Ligas Ferrosas:
Aço Alto Carbono Aço Inoxidável
- Entre 0,6 e 1,4%p de C; - Mínimo 11%p de Cr;
- Mais duros, mais resistentes e menos - Adições de Ni e Mo;
dúcteis de todos aços; - Mais resistente à corrosão.
- Resistência ao desgaste e à abrasão; Aplicações
- Geralmente contem Cr, W, V e Mo; - Turbina a gás;
Aplicações - Caldeira de vapor de alta T;
- Ferramentas de corte e matrizes; - Fornos de TT;
- Facas, lâminas de corte e lâminas de - Aeronaves e mísseis;
serras; - Próteses.
- Arames de alta resistência;
- Molas.
Ligas Metálicas
Ligas de Alumínio
- O Al é o segundo metal mais abundante na crosta terrestre;
- Processamento é caro, tendo restringido a sua aplicação até
meados do século, mas é um dos materiais mais usados atualmente;
- Forma ligas com Mn, Cu, Mg, Si, Fe, Ni...
- Algumas ligas possuem resistência mecânica superior aos aços
estruturais;
Propriedades
- Baixa densidade (1/3 do aço);
- Boa condutividade térmica e elétrica;
- Elevada resistência específica;
- Grande ductilidade;
- Fácil fundição, soldagem e processamento em geral;
- Boa resistência à corrosão;
- Custo moderado; Aplicações
- Construção civil e arquitetura;
- Embalagens e contentores;
- Aeronáutica e aeroespacial;
- Indústrias automóvel, ferroviária e naval;
- Condutores elétricos alta voltagem;
- Utensílios de cozinha;
- Ferramentas portáteis.
Ligas Metálicas
Ligas de Magnésio
- Mais leve dos metais estruturais;
- 4º metal mais abundante na terra;
- Competidor ligas de Al e das de Cu;
- Processamento caro;
- Fraco em estado puro;
- Forma ligas com Al, Zn, Mn, Th, Ce...
Propriedades
- Alta resistência específica;
- Baixa ductilidade;
- Baixo ponto de fusão=>fundição;
- Soldável;
- Boa resistência à corrosão;
- Boa resistência à fadiga;
- Alta resistência ao impacto; Aplicações
- Inflamável – cuidado na maquinação. - Quase todas de peças fundidas;
- Blocos de motor, volantes, apoios de
assento, coluna de direção;
- Raquetes, patins, tacos de golf,
bastões de baseball, bicicletas;
- Componentes vários de aviação.
Ligas Metálicas
Ligas de Titânio
- Metal “mais recente” (a partir de 50)
- Abundante – custo elevado de processamento;
- Possui uma transformação alotrópica 880ºC;
- Fase – HC – pouco dúctil
- Fase – CCC – muito dúctil
- Formação ligas afeta as propriedades
- Ligas com Al, Sn, V, Mo, Nb, Mn, Cr, Fe, Co, Ta
Propriedades
- Baixa densidade (4.5 g/cm3);
- Alto ponto de fusão (1668ºC);
- Grande resistência mecânica;
Aplicações
- Excelente resistência corrosão abaixo
- Aeronáutica e aeroespacial;
de 550ºC;
- Motores a jato;
- Acima de 550ºC tem baixa resist.
- Pás e discos de turbinas;
corrosão e à fluência.
- Artigos esportivos em geral;
• Devido à grande resist. corrosão:
- Processamento químico
- Submersíveis
- Implantes biomédicos
- Permutadores de calor
Sugestão de Leitura

- Capítulo 3 (3.1 a 3.7) (3.13 a 3.15)– Livro: W.D. Callister,


Ciência e Engenharia de Materiais

- Capítulo 4 – Livro: A.F. Padilha, Materiais de engenharia.

- Capítulo 3 (3.8 a 3.15) – Livro: W.D. Callister, Ciência e


Engenharia de Materiais

- Capítulo 5 – Livro: A.F. Padilha, Materiais de engenharia.

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