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Estrutura

Cristalina de
Metais
Guilherme Carlos da Costa Souza - 475965
Eduardo Tavares de Lima - 435316
Conceitos Básicos
Estrutura Cristalina e Rede Cristalina

O conceito de estrutura cristalina está relacionado à organização dos átomos de forma


geométrica.

A descrição dessas estruturas representa os átomos como esferas rígidas que tocam os
vizinhos mais próximos. Quando um determinado arranjo de átomos é representado e repetido
no espaço, tal é chamado de rede cristalina.

Os metais formam estruturas cristalinas nas quais os átomos estão dispostos de forma
repetida ou periódica, apresentam ordem de longo alcance (o arranjo atômico se estende
através de todo o material).

As estruturas cristalinas mais comuns em metais são:

– CCC (cúbica de corpo centrado)


– CFC (cúbica de face centrado)
– HC (hexagonal compacta)
Célula Unitária

Célula unitária se trata de um agrupamento de átomos


formando uma unidade básica representativa de uma
determinada estrutura cristalina específica seja em
geometria como simetria.

A seu conceito é utilizado para representar a simetria de


uma determinada estrutura cristalina. Qualquer ponto da
célula unitária que for transladado de um múltiplo inteiro
de parâmetros de rede ocupará uma posição equivalente
em outra célula unitária.
Parâmetro de rede

A distância entre dois átomos da cela unitária


que fornece a repetição (ou periodicidade) é
chamada parâmetro de rede.

Em estruturas simples, particularmente aquelas


com apenas um átomo por ponto da rede, nós
podemos calcular a relação entre o tamanho
aparente de cada átomo e o tamanho da cela
unitária.
Fator de empacotamento (FEA)

O fator de empacotamento atômico (ou FEA) é um índice que varia de 0


a 1 e representa a fração do volume de uma célula unitária que
corresponde a esferas sólidas, assumindo o modelo da esfera atômica
rígida

Tem como objetivo informar quantos átomos podem ser organizados


numa estrutura cristalina e determinar a qualidade no empilhamento.
Número de coordenação

O número de coordenação consiste no


número de grupos, moléculas, átomos ou
iões que rodeiam um dado átomo ou ião num
complexo ou cristal.

Os metais de transição possuem,


predominantemente, o número de
coordenação seis, enquanto que os metais
das terras raras demonstram preferência
para números de coordenação de oito até
doze.
Sistemas Cristalinos

Cúbica de corpo Cúbica de face Hexagonal


centrado (CCC) centrada (CFC) compacta (HC)
Cúbica de corpo centrado (CCC)

Estrutura formada por átomos localizados nos vértices do cubo e também por um átomo no
centro do cubo. Alguns metais comuns apresentam esta forma de cristalização, como: Cromo,
Ferro e Tungstênio. As esferas tocam umas às outras na diagonal do cubo.

Cada átomo do vértice está dividido com oito células cristalinas, já os átomos do centro do
cubo não estão divididos com outras células adjacentes. Assim, existem 1/8 de átomo por
vértice e 1 átomo por cubo referente ao centro, resultando em dois (2) átomos por célula
unitária. Para a estrutura CCC, o número de coordenação é 8.
Características da estrutura cúbica de corpo centrado:
Cúbica de face centrada (CFC)

Estrutura formada por átomos localizados nos vértices do cubo e também no centro
das faces. Alguns metais comuns apresentam esta forma de cristalização, como:
Cobre, Alumínio, Prata e Ouro. As esferas tocam umas às outras na diagonal da face do
cubo.

Cada átomo do vértice está dividido com oito células cristalinas, já os átomos da face,
estão divididos com duas células adjacentes. Assim, existem 1/8 de átomo por vértice
e ½ átomo por face, resultando em quatro (4) átomos por célula unitária. Para a
estrutura CFC, o número de coordenação é 12.
Características da estrutura cúbica de face centrada:
Hexagonal compacta (HC)

Estrutura formada no topo e na base por átomos regularmente localizados nos vértices de um
Hexágono que circundam um átomo central. Em adição existe um plano intermediário de
átomos entre o topo e a base, constituído por três átomos. Alguns metais comuns
apresentam esta forma de cristalização, como: Zinco, Titânio, Magnésio e Cádmio.

O equivalente a seis átomos estão dentro das células unitárias, sendo 1/6 de cada átomo do
topo e da base nos vértices (1/6 * 12 = 2), ½ átomo no topo e ½ átomo na base (1) e ainda os
três átomos do plano intermediário (3). O número de Coordenação desta célula é 12 e o fotor
de empacotamento é de 0,74.
Características da estrutura hexagonal compacta:
Alotropia e Polimorfismo
Alotropia

Diversoso elementos, bem como compostos químicos apresentam mais de uma forma
cristalina, dependendo de condições como pressão e temperatura envolvidas. Metais de grande
importância industrial como o ferro, o titânio e o cobalto apresentam transformações
alotrópicas em tempersturas elevadas.

A alotropia é o fenômeno pelo qual um mesmo elemento químico pode originar substâncias
simples diferentes, sendo essas substâncias chamadas de alótropos daquele elemento. A
alotropia é utilizada para diferenciar um elemento químico de uma substância simples.
Exemplo: ozônio (O3) e oxigênio (O2); O diamante e o grafite que são constituídos por atómos
de carbono arranjados em diferentes estruturas cristalinas.
Polimorfismo

O polimorfismo é o fenômeno pelo qual diferentes


substâncias compostas apresentam a mesma
composição química, ou seja, a mesma fórmula
química, porém com propriedades físicas
diferentes. Exemplo: carbonato de cálcio (CaCO3)
se apresenta sob duas formas cristalinas, cada
uma com vários nomes conforme o tamanho e a
disposição dos cristais.

A variação alotrópica encontrada em cristais de


ferro pode ser considerada como um clássico
exemplo de polimorfismo. as transformações
alotrópicas do ferro ocorrem a temperaturas
muito superiores à temperatura ambiente (910°C e
1400°C)
Curiosidades:

A temperaturas abaixo de 910°C, o ferro apresenta estrutura cristalina


cúbica de corpo centrado (CCC), denominado ferro α. Acima dessa
temperatura, ocorre a transição para uma fase γ de estrutura cúbica de
faces centradas (CFC), alterando o comportamento do ferro. Continuando
o aquecimento do ferro γ, atinge-se uma temperatura (1400°C) na qual
esta deixa de ser a fase mais estável termodinamicamente, dando lugar
ao ferro δ, que é estável até 1539°C, temperatura na qual torna-se
líquido.

Analisando-se as características de cada uma dessas fases, constatou-


se que o ferro γ apresenta uma solubilidade muito maior de carbono do
que o α. A partir desse conhecimento, pensou-se em utilizar o ferro γ
para fazer aços com maiores teores de carbono, pois seria possível
dissolver esse elemento em quantidades superiores ao que seria
possível em ferro α.

O resultado é um aço com novas propriedades, por exemplo maior


resistência mecânica e dureza e que possui uma rede cúbica de corpo
centrado distorcida pela presença de uma quantidade excessiva de
carbono, a chamada estrutura tetragonal de corpo centrado (TCC). Esse
aço é denominado de martensítico.
Referências Bibliográficas
https://www.infoescola.com/quimica/estrutura-cristalina/

https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6418-estrutura-hexagonal-compacta-hc

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_de_empacotamento_at%C3%B4mico

https://www.infopedia.pt/$numero-de-coordenacao

http://www.cprm.gov.br/publique/CPRM-Divulga/Canal-Escola/Sistemas-Cristalinos-1279.html

https://engenheirodemateriais.com.br/2015/07/09/alotropia-e-sua-importancia-na-engenharia-de-materiais/

https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6416-estrutura-cubica-de-corpo-centrado-ccc

https://osucateiro.com/blog/aco-carbono

https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6417-estrutura-cubica-de-face-centrada-cfc

https://pt.wikipedia.org/wiki/Polimorfismo_(qu%C3%ADmica)

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