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1
Estrutura Atômica
2
Microestrutura
3
Sólidos cristalinos e amorfos
Segundo
S d a distribuição
di t ib i ã espacial
i l dos
d át
átomos,
moléculas ou íons, os materiais sólidos podem ser
classificados
l ifi d em:
cristalinos: compostos por átomos, moléculas
Estruturas
da cristobalita
sílica
Dado um
m composto
composto, eexiste
iste somente
uma estrutura possível?
p
6
REGRAS DE PAULING
REGRA 1
Cada íon se coordenará com um p poliedro de íons de carga
g
oposta.
Esse poliedro possuirá um número de íons determinado pela
relação
l ã entret os tamanhos
t h dosd íons.
í
Configurações estáveis são aquelas em que os íons menores
(normalmente os cátions) tem dimensão similar ou
ligeiramente maior do que os interstícios que devem ocupar
na estrutura cristalina.
8
Número de Coordenação
ç
x 0,732 x 0,414
9
Número de Coordenação
ç
x 0,225
x 0,155
10
Exceções à Regra 1 não
Coordenação Linear (NC=2) são difíceis de serem
encontradas...
átomos não são esferas
rígidas
neutralidade local
ti de
tipo d ligação
li ã
ligações covalentes tendem
a diminuir a distância
interatômica
ô
x0
11
Em resumo: Número de Coordenação
C
Contribuição
ib i ã de
d cada
d íon
í = z / NC
A carga contrária que cada íon “sente” é igual (em módulo) à sua própria
carga.
rNa = 0,102nm
rCl = 0,181nm
rNa/rCl = 0,564
Regra
eg a 1: Estrutura da Halita
Coordenação (NaCl)
Octaédrica
13
Coordenação tetraédrica
REGRA 3
Os poliedros de coordenação
“preferem”,
preferem , em ordem de
estabilidade, compartilhar
vértices a compartilhar
arestas,
t e compartilhar
tilh
aresta a compartilhar faces
inteiras.
Razão: aumento da distância
entre cátions.
Coordenação octaédrica
15
REGRA 4
A Regra 3 torna
torna-se
se tanto mais importante quanto menor é o
número de coordenação e mais elevada é a valência do íon
menor (que geralmente é o cátion).
Em cristais contendo diferentes cátions, aqueles com valência maior e
menor número de coordenação tendem a não compartilhar poliedros com
os outros
outros, e ocorrer, as arestas dos poliedros se contraem (para
e, se isso ocorrer
concentrar carga negativa entre os cátions), e os cátions podem se
deslocar de suas posições no centro dos poliedros na direção contrária à
aresta ou face compartilhada (para minimizar a repulsão entre os cátions).)
16
REGRA 5
Estruturas simples são sempre preferidas em relação a
estruturas mais complicadas (...”keep it simple”...) . Por exemplo:
Quando diferentes cátions de dimensões similares e de mesma valência
estão presentes em um cristal, eles freqüentemente ocupam o mesmo
tipo de sítio, porém distribuídos de forma aleatória, formando um tipo de
“solução
solução sólida”.
sólida .
17
Exercício 1
18
Exercício 2
Calcule a densidade do composto
p FeO supondo-o
p
estequiométrico e sabendo que sua estrutura
cristalina é igual
g à do sal de cozinha.
Dados:
Raio iônico do Fe
2+ =0,077nm
=0 077nm
Raio iônico do O
2- = 0,14 nm.
AFe=55,8
=55 8 g/mol
AO=16 g/mol
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Aplicação
p ç das Regras
g de Pauling
g
Se o cátion
á é menor do que o â
ânion, o que freqüentemente é o
caso, podemos deduzir que ocorrerá um empacotamento
compacto (CFC ou HC) de ânions.
ânions
20
Parte significativa dos compostos que formam as
cerâmicas cristalizam em estruturas baseadas no
empacotamento compacto de ao menos um dos
elementos que os compõem.
Os empacotamentos compactos:
CFC (em inglês FCC );
HC (em inglês HCP )
apresentam o mesmo fator de empacotamento atômico
(0,74).
21
Empacotamento
p HC (HCP)
( )
Posições C
22
Empacotamento
p HC (HCP)
( )
Posições A
Posições B
Posições C
23
Empacotamento
p CFC (FCC)
( )
24
Posições A
Posições B
Posições C
25
Ép
possível prever
p a estrutura cristalina de um composto?
p
26
SAL DE ROCHA ((NaCl)) : baseada em CFC
H l t
Haletos Ó id
Óxidos S lf t
Sulfetos
LiF, LiCl, LiBr, LiI, NaF, MgO, CaO, SrO, BaO, MgS, CaS, MnS, PbS,
N Cl NaBr,
NaCl, N B N NaI,
I KF
KF, NiO CoO,
NiO, C O MnO,
M O PbO F S2 ( pirita
FeS i it )
KCl, KBr, KI, RbF, RbCl,
RbBr, RbI
Estequiometria 1:1
Compostos baseados no
empacotamento CFC
posições octaédricas
ocupadas; posições
tetraédricas vazias
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FLUORITA ( MX2 ) E ANTI-FLUORITA ( M2X )
Estequiometrias
q vazia
1:2 ou 2:1
Fluorita Antifluorita
CÁTION NC = 8 NC = 4 ocupada
ÂNION NC = 4 NC = 8
28
Ép
possível prever
p a estrutura cristalina de um composto?
p
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ESFALERITA ( “Zincblende ” )
Estequiometria 1:1
30
PMT 2100: Alotropia e Polimorfismo
Diamante Grafite
Hibridização sp3 Hibridização sp2
31
POLIMORFOS
32
Polimorfismo da zircônia
“ Transformation toughening “
Transformação de tetragonal a
monoclínico envolve expansão
volumétrica
ol mét ica de 4,7%
4 7%
33
T T Z (Transformation-Toughened
g Zirconia)
A transformação de fase tetragonal -
monoclínica é a base para a “transformation
toughening”.
A zircônia parcialmente estabilizada (dopada
com Mg)
M ) consegue manter t a estrutura
t t
[tetragonal+cúbica] na temperatura
ambiente.
O corpo dad peça é fformado d d
de uma matrizi
da fase cúbica na qual estão imersas
partículas da fase tetragonal,
Quando uma trinca se propaga, há
concentração de tensão na sua ponta (vide
aula 4). Isso induz a transformação da fase
t t
tetragonal l para monoclínica,
lí i acompanhada
h d
por expansão volumétrica, que diminui a
concentração de tensão, dificultando a
propagação da trinca
trinca.
35
Polimorfismo
POLIMORFISMO DE EMPACOTAMENTO: transformações ç
entre as fases podem ocorrer simplesmente através de
deslocamentos de átomos (= displacive transformations ).
Cúbico (T>120º C)
O2- Ti4+ O2-
Ti4+
Tetragonal (T<120º C)
39
Defeitos cristalinos
40
Defeitos p
puntiformes : Lacunas e Auto-Intersticiais
lacuna
auto-intersticial
41
Defeitos puntiformes em sólidos iônicos
42
Defeitos puntiformes em sólidos iônicos
Não-estequiometria
Impurezas
43
Processamento e Microestrutura
44
Processamento
e
Microestrutura
45
Conformação
ç
46
Prensagem: enchimento do estampo da prensa
Prensagem
49
Conformação:
ç colagem
g
50
Secagem
g
Durante a secagem:
O processo de conformação vai afetar o processo de
secagem
maior ou menor porcentagem de água
Trincas podem ser formadas devido a retrações que
geralmente ocorrem durante a secagem
secagem.
Velocidade de perda de água, se não for controlada de
forma adequada, pode levar a defeitos.
A geometria do corpo cerâmico pode afetar o processo
de secagem.
51
Perda de Água
g e Retração
ç na Secagem
g
Se a perda de água for
muito rápida,
rápida pode haver
formação de trincas e
deformação da peça
cerâmica.
53
“Queima”
Q e Sinterização
ç
54
Sinterização
ç em estado sólido
Alguma
g p
porosidade sempre
p p pode p
permanecer após
p o término
da sinterização, na forma de poros abertos ou fechados.
Certas aplicações exigem a existência de porosidade, aberta ou
f h d
fechada:
Força Motriz:
Filtros: porosidade aberta
redução de energia de superfície
Catalisadores: porosidade aberta
Tijolos isolantes térmicos: porosidade fechada.
Pescoço Poro
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Sinterização
ç
Formação de “pescoço”
Força Motriz:
redução de energia superficial
grão
poro
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Exercício 3
O tempo necessário para a densificação de uma
cerâmica, durante a sinterização, é fortemente
dependente da granulometria do pó. Esse efeito está
representado na “Lei
Lei de Herring”
Herring (C.
(C Herring,
Herring J.
J Appl.
Appl
Phys., 21, 201, 1950). Sabendo que um valor típico é
p=3, calcule a economia de tempo de sinterização se o
tamanho de partícula diminuir de 1,0 para 0,1μm.
p
t (r2 ) r2
t (r1 ) r1
57
Sinterização
ç com fase líquida
q
58
Exemplo:
p microestrutura de WC sinterizado
59
Microestrutura : Fases vítreas e poros
p
A presença de fases vítreas nos corpos queimados é fundamental para
a produção
d ã ded produtos
d de
d cerâmica
â i tradicional.
di i l Nesses corpos, é
inevitável que existam poros.
Cristal
61
Microestrutura - Porcelana Quartzo: SiO2
Mulita: 3Al2O3.2SiO2
Caulinita : Al2Si2O5(OH)4
Feldspato: K ou Ca AlSi3O8
Poro Fase
Vítrea
Vít
Poro
Quartzo
Qua t o
(trincado)
Vidrado
Corpo
da Peça
63
Quartzo: SiO2
Cassiterita: SnO2
Mulita: 3Al2O3.2SiO2
Feldspato K: KAlSi3O8
Carbonato Ca: CaCO3
Caulinita : Al2Si2O5(OH)4
64
Fon
nte: Sanjad,
d, T.A.B.C.; Costa, M.L
L. Azulejariaa Histórica eem Blém do
o Pará. UFPA
A/
SED
DECT / FAPE
ESPA. Belém
m. 2009
PA /
L. Azulejariaa Histórica eem Belém do Pará. UFP
d, T.A.B.C.; Costa, M.L
m. 2009
ESPA. Belém
Quartzo: SiO2
nte: Sanjad,
DECT / FAPE
Mulita: 3Al2O3.2SiO2
Caulinita : Al2Si2O5(OH)4
Carbonato Ca: CaCO3
Feldspato K: KAlSi3O8
C
Cassiterita:
it it SnO S O2
SED
Fon
65
Referências
66
a) Utilizando a figura ao lado, indique qual é o
número de p posições
ç octaédricas ocupadas
p pelo
p sódio
na célula unitária do NaCl (que tem estrutura CFC).
1/8 ¼ 1/8
¼ ½ ¼
O número de posições ocupadas 1/8 ¼ 1/8
pelo sódio (catiônicas)
p ( ) é igual
g a:
1 + ( 12 x ¼ ) = 4 ¼ ½ ¼
½ 1 ½
b) Quais é a estequiometria dos compostos que ¼ ½ ¼
podem ter essa estrutura? Justifique sua resposta com
base na figura ao lado.
1/8 ¼ 1/8
Para definir a estequiometria, é ¼ ½ ¼
importante analisar o número de 1/8 ¼ 1/8
posições aniônicas existentes,
existentes uma vez
que o número de posições catiônicas é
conhecido (4).
¼ ½ ¼
½ 1 ½
¼ ½ ¼
C
1/8 ¼ 1/8
¼ ½ ¼
1/8 ¼ 1/8
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Calcule a densidade do composto FeO supondo-o
estequiométrico e sabendo que sua estrutura
cristalina é igual à do sal de cozinha
Dados:
Raio iônico do Fe2+ =0,077nm
0,077nm
O
Raio iônico do O2- = 0,14 nm.
Fe
AFe=55,8 g/mol
AO=16 g/g/mol
Número de Avogadro NAV = 6,02 x 1023
69
Massa de ferro presente na cela unitária
Vátomos
FEA
V célula
4 R 3 4 R 3
4 4
FEA CFC 3
3
0, 74
3 3
a (2 R 2 )
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Exercício 3
O tempo necessário para a densificação de uma cerâmica, durante a sinterização, é
fortemente dependente da granulometria do pó. pó Esse efeito está representado na “Lei
Lei de
Herring” (C. Herring, J. Appl. Phys., 21, 201, 1950). Sabendo que um valor típico é p=3,
calcule a economia de tempo de sinterização se o tamanho de partícula diminuir de 1,0
para 0,1μm.
3
t (r2 ) 0,1
0,001
t (r1 ) 1
... ou seja, o tempo de sinterização t(r2) – que corresponde ao uso de partículas de
diâ t médio
diâmetro édi de
d 0,1m
01 – será
á milil vezes menor do
d que o tempo
t t(r
t( 1) correspondente
d t à
sinterização de partículas com tamanho médio igual a 1,0m.
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