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4.2.

Lista de Exercícios

Nome: João Paulo dos Santos Candido.

Matricula: 2020000763

Curso: Engenharia Metalúrgica.

26) Baseado no raio iônico, determine o número de coordenação esperado para os seguintes
compostos: a)FeO b)CaO c)SiC d)PbS e)B2O3

a)FeO
r/R=0,65/1,72
r/R=0,378
NC=4
b)CaO
r/R=0,65/2,23
r/R=0,291
NC=4
c)SiC
r/R=0,91/1,46
r/R=0,62
NC=6
d)PbS
r/R=0,1,09/1,81
r/R=0,602
NC=6
e)B2O3
r/R=0,65/1,17
r/R=0,555
NC=6

27) Calcule a densidade do composto CdS.

r(S)=0,148            R(Cd)=0,184
r/R=0,148/0,184
r/R=0,804        NC=8 - CS(cubico simples)
A0=(2R+2r)
A0=(2*0,184+2*0,148)
A0=0,664
Massa célula.unitária = 2,4 x10-22 g
Volume cél. Unit = 0,292
Ρ=2,4*10-22 g/0,664*10-27 m3
ρ=3,61*105 g/m3 ou 0,361g/cm3.

28) Descreva a estrutura cristalina do Al2O3.

Estrutura do tipo AX2, onde 2/3 dos locais tetraédricos estão ocupados por Al+3. Este
composto mantém sua neutralidade elétrica devido a valência.

29) Descreva a estrutura cristalina tipo perovskita. Cite um exemplo.

É uma estrutura do tipo AnBmXp  que possui um óxido duplo com dois cátions, sua estrutura é
mais complexa devido a presença de mais um átomo.Ex: CaTiO3.

30)Descreva a estrutura cristalina tipo espinélio. Cite um exemplo.

A estrutura do espinélio é formada por dois metais de valência diferentes onde um forma um
interstício tetraédrico e outro um interstício octaédrico. O ânion forma a rede CFC. Ex.:
FeAl2O4.

31)Descreva a estrutura cristalina “cúbica tipo diamante”. Cite exemplos de materiais que
cristalizam nessa estrutura.

A estrutura cristalina do diamante é caracterizada pela ocupação dos interstícios, por ser
totalmente covalente e metaestável. Seus átomos se tocam pela diagonal do cubo. Os
materiais que cristalizam com esta estrutura são o Ge, o Si e o Pb.

32) Comente a cristalinidade de materiais poliméricos.

Os materiais poliméricos que não são amorfos, apresentam um estrutura semi-cristalina. O


grau de cristalinidade varia conforme a organização das cadeias poliméricas, sendo uma
importante característica que deve ser levada em conta na seleção de um material e sua
aplicação.

33) Descreva a estrutura não-cristalina dos vidros. O que são pontes-de-oxigênio e


modificadores de redes?
Os vidros são materiais amorfos, onde não há ordenamento nem na primeira vizinhança. Os
vidros inorgânicos à base de sílica, aos quais foram adicionados outros óxidos, como o CaO e o
Na2O, estes óxidos adicionados não formam redes poliédricas, ao contrário, seus cátions são
incorporados no interior através de pontes de oxigênio e modificam a rede, por esta razão
estes aditivos óxidos são chamados de modificadores de rede.

34) Como pode-se obter informações sobre estrutura cristalina de materiais a partir da
difração de raio X?

Os raios X de comprimento de onda conhecidos, são incididos sobre uma amostra. Quando
este feixe definido difrata em um cristal desconhecido, a medida do(s) ângulo(s) de difração
do(s) raio(s) emergente(s) podem elucidar a distância dos átomos no cristal e,
consequentemente, a estrutura cristalina.

35) Nos exercícios em que você calculou a densidade teórica de metais ou compostos, esta
difere dos valores que você obtém na prática analisando sólidos mesmo com porosidade
nula. A que se deve a diferença? E qual sua consequência?

A diferença entre o valor teórico e o valor real de densidade pode ser devida aos defeitos
cristalinos presentes nos materiais, oriundos do processamento ou da presença de inclusões. A
consequência destes defeitos, poderá influenciar diretamente na perda de propriedades do
material.

36) Que tipo de defeitos podem ocorrer num cristal. Quais são os defeitos pontuais?
Descreva-os.

Defeitos pontuais:
Vacâncias ou lacunas: é a falta de um átomo na rede cristalina, pode resultar no
empacotamento imperfeito na solidificação inicial.

Defeito intersticial: quando um átomo é abrigado por uma estrutura cristalina, principalmente
se esta tiver um baixo fator de empacotamento.

Defeito substitucional: quando um átomo é deslocado de sua posição original por outro, e
conforme o tamanho pode aproximar os átomos da rede, separar os átomos da rede, e como
consequência pode ocorrer à distorção da rede.

Defeito de Frenkel: um íon desloca-se de sua posição na rede para uma posição intersticial..

Defeitos Lineares: Discordâncias.

Defeitos planares: superfícies internas e externas, interfaces (falhas de empilhamento,


contorno de fases.

Defeitos volumétricos: estruturas amorfas ou não cristalinas.

37) Classifique os defeitos pontuais quanto à forma, origem e estequiometria.

Os defeitos pontuais quanto à forma são: Vacância, Inclusões, Schottky, Frenkel.


Já os defeitos quanto à origem podem ser: Intrínseco e Extrínseco.
E quanto à estequiometria são: não estequiométrico:  sub rede de cátions e sub rede de
ânions.

38) O que são defeitos: a) não-estequiométricos?

São defeitos que provocam mudança na composição química do material. Formam sub redes
de cátions e sub redes de ânions, estes defeitos podem ser dominantes,  compensadores, e
podem gerar deficiência no metal ou metal em excesso, respectivamente.

39) O que são defeitos extrínsecos e intrínsecos?

Defeitos intrínsecos : São defeitos pontuais que envolvem apenas as espécies químicas dos
constituintes do material.
Defeitos extrínsecos: São defeitos que envolvem espécies químicas diferente dos constituintes
do material. Ex  impurezas

40) O que é íon aliovalente e íon isovalente?

O íon isovalente é uma solução sólida intersticial ou substicional com valência igual, são
incorporados de forma simples, deve-se considerar a interação elástica resultante da diferença
dos raios iônicos. Neste caso aplica-se a regra de Hume-Rothery para determinar o tipo de
solução sólida formada.
Já o íon Aliovalente é a solução sólida intersticial ou substicional com diferente valência. É
caracterizado pelo excesso de cargas introduzidas que causam grande concentração de
defeitos na rede cristalina, o tipo de defeito depende da energia de formação, os defeitos de
Schottky e Frenkel são exemplos de defeitos aliovalentes.

41) Calcule o número de vacâncias por cm3 e o número de vacâncias por átomo de cobre
(a) a temperatura ambiente e (b) a 1084oC (justo acima do ponto de fusão. 83,6 kJ são
necessários para produzir uma vacância no cobre.)

nv = n x(e xp (-Q/RT) )
n = no de átomos da rede por cm3
aO Cu
c f c = 4R/(21/2)
n = no de átomos po r cé l ula/(a o)3
aO = 3.615 x10-8 e ntã o
n = 8.466 x1022 a tm/c m3

Na te mperat ura ambi ente:

nV = 8 .466x1022 xe xp [ (-8300J/mo l) /(8.31J /mol *K ) x298 K]


nV = 1 .8465x108 va câ nci as/cm3
nV = 2 .18 x10-15 vacânci as/á tomo
Na te mperat ura de 10 84 OC ( 13 57K ):
nv = 5 .1 05x1019 va câ nci a s/cm3
nv = 2 .1 8x10-15 vacâ nci as/átomo

42) Quais as consequências de um defeito tipo Frenkel na rede, por exemplo, do MgO?

O aumento da concentração de um elemento incorporado na rede.

43) Supondo o parâmetro de rede do CsCl de 4,0185 A e a densidade de 4,285 Mg/m3,


calcular o número de defeitos Schottky por célula unitária.
d=m/V   4,285= m/V    ao= 0,40185 nm
rCs+= 0,167 nm /  RCl- = 0,181 nm

rCs+/ RCl- = 0,92 então NC=8 CS tipo CsCl

Massa cél. unit.= Cs+ + Cl- então X.(MCs+ MCl)/6,02.1023 íons

Volume da célula unitária = a03 = 0,0649.10-27m3

4,285 Mg/m3= X.27,97. 10-23 g/ 0,0649 . 10-27 m3

X= 0,9943 íons

N° defeitos= (1-0,9943)/1 * 100 = 0,568%

44) O que é a notação de Kröger-Vink. Utilize esta notação para representar: a) vacância de
um cátion Mg+2 em MgO; b) vacância de um cátion Cs+ em NaCl; c) vacância de um ânion O-
2 em NiO; d) Al substituindo íon Ni em NiO; e) Mg substituindo Ni em NiO; f) Mg+2
substituindo Na em NaCl; g) Mg intersticial em MgO e O em um interstício de Al2O3
A notação de Kroger-Vink explica e representa os principais tipos de defeitos pontuais em
sólidos iônicos. A letra maiúscula indica o tipo de defeito pontual, isto é, um dos íons, dos
quais a rede cristalina é formada, ou se é vacância ou impureza. O subscrito indica a posição
que o íon ou vacância ocupa na rede: 3 possibilidades: posição do cátion, do ânion ou
intersticial. O superescrito indica o excesso de carga: se positiva: pontos; se negativa: traços; se
não há excesso de carga, pode-se indicá-lo por X.

V’’Mg
)

b) V’Cs

c) VooO

d) AloNi

e) MgoNi

f) MgooNa

g) Mgoooi
h) O’’i

45) O que são discordâncias e como podem ocorrer?

As discordâncias são defeitos lineares ou unidimensionais em torno do qual alguns átomos


estão desalinhados, são associadas à cristalização e a deformação. Sua origem pode ser
térmica, mecânica e por supersaturação de defeitos pontuais, este tipo de defeito pode ser
responsável pela deformação, falha ou rompimento de um material.

46) Qual o significado do vetor de Burgers? Qual a relação entre a discordância e a direção


do vetor de Burgers para cada tipo de discordância?

O vetor de Burgers fornece a magnitude e a direção de distorção da rede, corresponde à


distância de deslocamento dos átomos ao redor da discordância. Na discordância em espiral o
vetor de Burger é paralelo á direção da linha de discordância, na discordância em cunha o
vetor de Burgers é perpendicular à discordância em cunha.

47) Defina grão. O que é contorno de grão. Que tipo defeito é considerado um contorno de
grão?
Grão é a porção de material onde o arranjo cristalino é idêntico, variando sua orientação. O
contorno de grão é a fronteira entre os grãos. O contorno de grão é considerado um defeito
planar.

48) Como pode a superfície de um cristal ser considerado um defeito da estrutura cristalina?

O defeito de superfície externa é o defeito mais evidente devido a descontinuidade, a


coordenação atômica na superfície não é comparável a dos átomos no interior do cristal, os
átomos superficiais tem seus vizinhos em apenas um lado, logo possuem mais energia e estão
firmemente ligados aos átomos externos.

49) O que são defeitos volumétricos?

São estruturas sem ordenamento de longo alcance, estas estruturas são chamadas de
estruturas amorfas e podem formar uma matriz em cristais de polímeros formando os
polímeros semicristalinos.

50) Cite algumas propriedades influenciadas diretamente pela presença de defeitos.

Defeitos pontuais influenciam diretamente as propriedades de difusão, processos de


transporte de condução iônica, reações de estado sólido, transformações de fase, evolução da
microestrutura. Defeitos lineares influenciam diretamente nas propriedades mecânicas como a
deformação plástica, fragilidade e dureza. Defeitos planares influenciam diretamente nas
propriedades magnéticas e dielétricas. Defeitos volumétricos influenciam na estrutura
cristalina do material.

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