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CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Prof(a): Suelene Silva Araújo.


DIREÇÕES E PLANOS
CRISTALOGRÁFICOS
ONDE OS ÁTOMOS ESTÃO POSICIONADOS ?
DIREÇÕES E
PLANOS
CRISTALOGRÁFICOS
• Foram estabelecidas convenções de
identificação onde três números
inteiros ou índices são utilizados
para designar as direções e os
planos.
• A base para determinação dos valores
dos índices é a célula unitária, com um
sistema de coordenadas que consiste
em três eixos (x, y e z), cuja origem
está localizada em um dos vértices.
POR QUE ESTUDAR
PONTOS, DIREÇÕES E
PLANOS?
• Deformação em metais envolve deslizamento de
planos atômicos. O deslizamento ocorre mais
facilmente nos planos e direções de maior densidade
atômica.
• Em certos materiais, a estrutura atômica em
determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou
acelera a condução nestes planos, e, relativamente, reduz
a velocidade em planos distantes destes.
REPRESENTAÇÃO
DAS POSIÇÕES
ATÔMICAS DE
UMA CÉLULA
EXEMPLO
Especifique as coordenadas dos pontos para todas as posições atômicas em uma célula unitária
CCC.
DIREÇÕES NO
CRISTAL
a, b e c definem os eixos de um sistema de
coordenadas em 3D. Qualquer linha (ou
direção) do sistema de coordenadas pode
ser especificada através de dois pontos:
um deles sempre é tomado como sendo a
origem do sistema de coordenadas,
geralmente (0,0,0) por convenção.
DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS
• Uma direção cristalográfica é definida como uma linha entre dois
pontos, ou um vetor.
• Determine as coordenadas do ponto inicial e do
ponto final do vetor .
• Subtraia as coordenadas do ponto final das
coordenadas do ponto inicial. Esses números
devem ser apresentados como os menores
valores inteiros.
• A notação é do tipo [uvw], sem vírgulas e entre
colchetes.
• Em caso de sinal negativo, represente como
uma barra acima do número.
EXEMPLO
DETERMINAÇÃO DE DIREÇÕES

Quando as coordenadas são frações:


DETERMINAÇÃO DE DIREÇÕES

Também podem existir índices negativos


EXEMPLO

Determine as direções a
partir das coordenadas
dadas na figura ao lado
• Quando ao longo das direções o espaçamento
entre os átomo e o número de átomos forem os
mesmos, tem-se direções cristalograficamente
equivalentes.
FAMÍLIA DE • Estas são designadas por FAMÍLIA.
DIREÇÕES -
• Para as faces[100]
<HKL> • Para as diagonais das faces [110]
• Para a diagonal do cubo [111]
DIREÇÕES
PARA O
SISTEMA CCC
No sistema CCC os átomos se tocam
ao longo da diagonal do cubo, que
corresponde a família de direções
<111>.

Então, a direção <111> é a de maior


empacotamento atômico para o sistema
DIREÇÕES PARA O
SISTEMA CFC
No sistema CFC os átomos se tocam ao longo da
diagonal da face, que corresponde a família de
direções <110>
Então, a direção <110> é a de Filme
maior22empacotamento
atômico para o sistema CFC.
1. Encontre as coordenadas da célula abaixo:

3. Determine os índices de Miller das


direções da figura da questão 1.

2. Esboçe as direções
[101]
[211]
[001]

EXERCÍCIO
PLANOS CRISTALINOS
• Numa estrutura cristalina é, por vezes, necessário
fazer referência a determinados planos de átomos,
ou pode haver interesse em conhecer a orientação
cristalográfica de um plano ou conjunto de planos de
uma rede cristalina.
• Para identificar planos cristalográficos, numa
estrutura cristalina cúbica, usa-se o sistema de
notação de Miller.
• Os índices de Miller de um plano cristalográfico
são definidos como os inversos das interseções
fracionárias (com as frações reduzidas ao
mesmo denominador) que o plano faz com os
eixos cristalográficos x, y e z coincidentes com
três arestas não paralelas da célula unitária
cúbica.
• As arestas da célula unitária representam
comprimentos unitários; e as interseções do plano
são medidas em termos destes comprimentos
unitários.
PLANOS CRISTALOGRÁFICOS

01 02 03
São São Planos paralelos
representados de representados são equivalentes
maneira similar pelos índices de têm os mesmos
às direções Miller = (hkl) índices
INDICES DE
MILLER
• Observe três casos simples e básicos,
onde a distância entre planos coincide
com o tamanho da célula e o
eixo c encontra-se perpendicular ao
plano da figura e, por isso, não
aparece.
• Observa-se que h torna-se 1 quando o
plano é perpendicular à direção a e
zero quando paralelo. Isto contraria um
pouco a noção vetorial, mas todo o
mundo da Cristalografia o adota.
• No caso de planos paralelos inclinados
com relação à célula unitária, passam
a existir valores para h e k.
INDICES DE • Para uma célula cúbica de parâmetro de rede “a”, o plano que
intercepta os três eixos nos vértices da célula (x=y=z=a) terá os
MILLER índices (111).
INDICES DE
MILLER
• Se um plano interceptar os eixos numa fracção do
INDICES DE parâmetro de rede, o correspondente índice de
Miller será o seu inverso.
MILLER • Exemplo: Para um plano que intercepte o eixo x
em 1/2a, o eixo y em a e seja paralelo a z, o
índice de Miller correspondente será (210)
INDICES DE
MILLER
• Se um plano interceptar os eixos no lado
negativo os índices de Miller são
contabilizados como negativos e terão um
sinal menos sobre o índice negativo.
• Para um plano paralelo a x e que
intercepte o eixo y em –a e z em 1/2a, o
índice de Miller respectivo será (012).
1. Plano a ser determinado não pode passar pela
origem (0,0,0);
2. Planos paralelos são equivalentes;
3. Obtenção dos pontos de interceptação do plano
PROCEDIMENTO com os eixos x, y e z;
4. Obtenção dos inversos das interceptações: h=1/x,
PARA k=1/y e l=1/z;
5. Obtenção do menor conjunto de números inteiros;
DETERMINAÇÃO 6. Índices obtidos devem ser apresentados entre
parênteses: (hkl);
DOS PLANOS 7. Índices negativos são representados por uma barra
sobre os mesmos;
8. Em cristais, alguns planos podem ser equivalentes,
o que resulta em uma família de planos. A notação
empregada para representar uma família de planos
é {hkl}, que contém os planos.
EXEMPLO

• Determine os índices de
Miller para os planos
mostrados na célula
unitária ao lado.
CASO
PARTICULAR
• Se o plano cristalográfico considerado
passar pela origem, fazendo com que
uma ou mais interseções sejam zero, o
plano terá de ser deslocado para uma
posição equivalente, dentro da célula
unitária, mantendo-se paralelo ao plano
inicial. Isto é possível porque todos os
planos paralelos, de igual
espaçamento, têm os mesmos índices
de Miller.
PLANOS
CRISTALOGRÁFICOS

Família de planos – contém


Da mesma forma que todos os planos que são
temos uma família de cristalograficamente
direções, temos também equivalentes, ou seja, que
uma família de planos. possuem o mesmo
empacotamento atômico.
SISTEMA CCC
SISTEMA CFC

• A família de planos {111} no sistema


CFC é o de maior densidade atômica.
CARACTERIZAÇÃO DE
MATERIAIS
DIFRAÇÃO DE
RAIO X
• Difração de raios X é um fenômeno no qual
os átomos de um cristal, em virtude de seu espaçamento
uniforme, causam um padrão
de interferência das ondas presentes em
um feixe incidente de raios X.
• É uma técnica usada para determinar a estrutura
atômica e molecular de um cristal, na qual os átomos
cristalinos fazem com que um feixe de raios X
incidentes difrate em muitas direções específicas.
• Medindo os ângulos e as intensidades dos feixes
difratados, um cristalógrafo pode produzir uma imagem
tridimensional da densidade de elétrons dentro do cristal.
• A partir desta densidade de elétrons, as posições médias
dos átomos no cristal podem ser determinadas, bem
como suas ligações químicas, sua desordem e várias
outras informações.
• O material analisado é finamente triturado,
homogeneizado e a composição média em massa é
determinada (difração de raios X em pó).
Envio/ entrega: até dia 07/10.
ATIVIDADE Deverá ser feito em dupla.
Vale : 2,0 pontos.

• Elaborar um trabalho sobre:


• A difração de raio X e como essa descoberta foi de importante para a humanidade:
avanços na medicina e na caracterização de materiais;
• Apresentar o modo de funcionamento de um tubo de raios X;
• Falar sobre a diferença entre difração de raios X (fenômeno) e difratometria de raios X
(técnica);
• Lei de Bragg;
• Apresentar o Equipamento e suas principais partes constituintes;
• Apresentar um resultado (exemplo) de uma análise feita por DRX e suas respectivas
interpretação dos resultados.

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