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1 – INTRODUÇÃO
O World Trade Center era um complexo composto por 7 edifícios em Nova York. A
obra foi concluída em 1970 e possuía duas das maiores torres do mundo, as torres 1 e 2. A
torre 1 possuía 417m de altura, e a torre 2 possuía 415,1m. O projeto teve que contar com
diversas soluções para seu dimensionamento e construção.
Por conta da sua proximidade ao rio Hudson foi necessário construir uma barreira de
estanque para impedir a entrada de água e então iniciar as escavações e execução das
fundações. As fundações do perímetro foram ancoradas em uma parte rochosa a
aproximadamente 21 metros abaixo do nível da rua e suas colunas possuíam espessura de
aproximadamente 5 cm e tinham o formato tipo “caixa”. Nas fundações centrais, que
possuíam maior peso foi utilizado blocos metálicos que eram envolvidas com concreto para
distribuir melhor as cargas. Para melhor aproveitamento das peças e do espaço eles
utilizaram o modelo JIT (Just In Time), ou seja, o material é fabricado, transportado e
utilizado na hora exata. Ao todo as torres exigiram mais de 180.000 toneladas de aço
estrutural.
2 – DESENVOLVIMENTO
Para começar a investigação, o NIST precisou coletar alguns pedaços de aços para
catalogar, estudar e identificar de qual parte estrutura eles pertenciam. Foram identificados
90 painéis de colunas exteriores, onde 26 estavam localizados na área de impacto, 55
colunas principais com 4 delas vindo próximo da zona de impacto e outras 91 peças diversas
que não foi possível definir com exatidão a localização na estrutura, no final totalizaram 236
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pedaços de aços recuperados que representavam 0,5% de todo material usado na estrutura
do prédio.
Além de coletar os pedaços de aços para catalogar, estudar e identificar de qual parte
estrutura eles pertenciam, para uma melhor análise metalúrgica, separou-se três principais
subsistemas relevantes à estrutura das torres: as colunas externas, as colunas maciças do
núcleo e as treliças que atravessavam a parede externa e o núcleo e sustentavam os pisos.
Nestas subdivisões foram feitos testes, com base no limite de escoamento (ponto o qual a
deformação do material é irrecuperável), referente à resistência e padrões de temperatura
ambiente do aço utilizado na construção. Em primeira análise dos testes, obteve-se o valor
mínimo de escoamento do aço de 39 ksi e o máximo de 100 ksi.
Tal análise se resumiu em que as resistências dos aços recuperados medidos no NIST
foram consistentes com as especificações sob as quais foram entregues. Além de os testes
não terem produzidos evidências de que os aços fossem de alguma forma defeituosos, e
suas composições químicas medidas pelo NIST eram em quase todos os casos consistentes
com os requisitos químicos dos padrões sob os quais foram entregues.
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Nessa etapa da investigação foi constatado que o aço excedia os padrões mínimos
necessários para a construção, com uma pequena margem de erro, em decorrência de
alguns metais que foram mais afetados no acidente.
3 – CONCLUSÃO
No Brasil existe a norma NBR 14323, a qual diz respeito ao dimensionamento das
estruturas de aço e das estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de
incêndio, tendo em vista que dimensionamento se refere à estabilidade e à capacidade
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Em um estudo feito a partir do método simplificado utilizado pela ABNT NBR 14323,
foi analisado que quanto maior a massa do elemento, maior sua capacidade de absorver
calor e resistir ao efeito térmico, porém como consequência o resfriamento é lento. Quando
a massa for pequena, a temperatura é elevada rapidamente em um intervalo de tempo
menor.
Um novo complexo foi construído, agora possuindo 4 edifícios onde o mais alto
possui 541m de altura. Sua estrutura foi totalmente feita em concreto armado, as estruturas
metálicas foram utilizadas apenas nos perímetros das edificações.
4 – REFERÊNCIAS
BANOVIC, Stephen W. et al. The role of metallurgy in the NIST investigation of the World
Trade Center towers collapse. JOM, v. 59, n. 11, p. 22-30, 2007.
Banovic SW, T. Foecke e FW Gayle, “Avaliação de Aço Estrutural das Torres do World Trade
Center, Parte I: Recuperação e Identificação de Elementos Estruturais Críticos”, J. Fail. Anal.
Evitar
HELENE, Paulo; COUTO, Douglas; PACHECO, Jessika. Colapso do Edifício Wilton Paes de
Almeida–SP: lições aprendidas. Revista ALCONPAT, v. 10, n. 1, p. 114-131, 2020.
BAŽANT, Zdenĕk P.; VERDURE, Mathieu. Mecânica do colapso progressivo: Aprendendo com
o World Trade Center e demolições de edifícios. Journal of Engineering Mechanics , v. 133, n.
3, pág. 308-319, 2007.
AISI, “The Variation of Product Analysis and Tensile Properties Carbon Steel Plates and Wide
Flange Shapes,” Contribuições para a Metalurgia do Aço (Washington, DC: American Iron
and Steel Institute, 1974).