Engenharia de Produção Mecânica - Univille Ciência e Tecnologia dos Materiais

Estruturas Cristalinas

Por Que Estudar a Estrutura dos Sólidos Cristalinos?

• Porque as propriedades de alguns materiais estão diretamente relacionadas

às suas estruturas cristalinas;

• Porque existem diferenças significativas nas propriedades apresentadas por

materiais cristalinos que possuem a mesma composição. Ex: Cerâmicas e
polímeros não-cristalinos são normalmente opticamente transparentes. Já
os mesmos materiais em forma cristalina ou semicristalina tendem a ser
opacos.
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Estruturas Cristalinas

DEFINIÇÕES:

• Material Cristalino: é aquele no qual os átomos estão situados em um

arranjo que se repete ao longo de grandes distâncias atômicas. Quando
ocorre a solidificação, os átomos se posicionarão em um padrão
tridimensional repetitivo.

• Sólidos cristalinos: todos os metais, algumas cerâmicas e poucos

polímeros.

• Célula unitária: pequena entidade que se repete para formar uma

estrutura cristalina.

• Materiais não cristalinos ou amorfos: não se cristalizam ao se solidificar

e não são ordenados a nível atômico em estruturas repetitivas de longo
alcance.
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• Modelo da esfera rígida atômica: Ao descrever estruturas cristalinas, os

átomos são considerados como se fossem esferas sólidas que possuem
diâmetros bem definidos. As esferas que representam os átomos vizinhos
mais próximos tocam entre si.

• Ordenação atômica: pequenos grupos de átomos formam um padrão

repetitivo em sólidos cristalinos. Dessa forma, ao descrever estruturas
cristalinas, torna-se conveniente subdividir a estrutura em pequenas
entidades que se repetem: Células unitárias.
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• Estruturas cristalinas de metais

Muitos metais possuem uma célula unitária com geometria cúbica, com
átomos em cada um dos vértices e nos centros de todas as faces do cubo.
Esta estrutura é chamada de Cúbica de Faces Centradas (CFC).
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• Estruturas cristalinas de metais

Alguns metais possuem uma célula unitária com geometria cúbica, com
átomos em cada um dos vértices e um átomo no centro do cubo.
Esta estrutura é chamada de Cúbica de Corpo Centrado (CCC).
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• Estruturas cristalinas de metais

Menos comum, existem metais que possuem uma célula unitária que não é
cúbica. A última estrutura presente em metais possui célula unitária com
formato hexagonal.
Esta estrutura é chamada de Hexagonal Compacta (HC).
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• Raios atômicos e estruturas cristalinas de alguns metais

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• Fator de empacotamento atômico: representa a fração do volume de

uma célula unitária que corresponde a esferas sólidas, ou seja:

FEA = (Volume total de esferas na célula unitária)

(Volume total da célula unitária)

Podemos determinar FEA em função do raio atômico R.

Para Estruturas CFC, a= 2R√2 e FEA= 0,74

Para Estruturas CCC, a= 4R/√3 e FEA= 0,68
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• Cúbica de Face Centrada (CFC)

NC = Número de coordenação = nº átomos vizinhos.

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• Cúbica de Face Centrada (CFC)

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• Cúbica de Corpo Centrado (CCC)

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• Cúbica de Corpo Centrado (CCC)

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• Hexagonal Compacta
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Estruturas Cristalinas:

Exemplos de células
unitárias para alguns
sistemas cristalinos
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• Polimorfismo: quando um material possui mais de uma estrutura

cristalina, dependendo da temperatura e da pressão externa – condição
conhecida como alotropia.
Normalmente uma mudança de densidade e de outras propriedades físicas
acompanha uma transformação polimórfica.

Exemplos comuns:
• Carbono - grafita é o polimorfo estável em condições ambientes, mas o
diamante só se forma em extremas pressões.

• Ferro α - é CCC em temperaturas até 912°C, quando ocorre uma m udança

para CFC (Ferro γ).
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Monocristais:
Quando o arranjo de átomos é repetido perfeitamente e ao longo da
totalidade da amostra. Pedras preciosas e monocristais de silício são
exemplos de monocristais.
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Policristais:
A maioria dos cristais se solidifica em muitos cristais ou pequenos grãos, que
se formam em várias posições e orientações cristalográficas. Os grãos são
separados por más combinações atômicas, chamadas de contornos de grão.
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Policristais:
Quase todos os metais e muitos materiais cerâmicos são policristalinos.
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Anisotropia:
Quando as propriedades variam de acordo com a orientação cristalográfica.
Exemplo: se fizermos um ensaio de tração no sentido da direção de
laminação teremos um resultado diferente em relação ao ensaio feito no
sentido transversal.
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Anisotropia
Exemplo: Grafite.
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Materiais Amorfos:
São sólidos carentes de um arranjo atômico regular ao longo de distâncias
atômicas relativamente grandes, também chamados de líquidos super-
resfriados, visto que suas estruturas lembram as de um líquido.
Exemplo: vidro (SiO2)
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Estruturas Cristalinas
Exercícios:
1 – Calcule o volume de uma célula unitária de Alumínio (em m³);
2 – Calcule o volume de uma célula unitária de Ferro α (em m³);
3 – Descreva materiais cristalinos e materiais amorfos.
4 – Explique como uma transformação polimórfica pode alterar a densidade de
um determinado material.