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Histórico
A origem da siderurgia perde-se ao longo de milhares de anos,
juntamente com a invenção das primeiras armas e implementos
agrícolas. Pensa-se que o primeiro metal tenha surgido, quando
pedras de minério de ferro que circundavam fogueiras para
aquecer as cavernas do Período Neolítico – período da pedra polida
(décimo milênio a.C. até terceiro milênio a.C.), foram reduzidas a
metal pelo calor e em contato com a madeira carbonizada. Muito
provavelmente o homem primitivo usou, para seus artefatos,
pedaços de meteoritos recolhidos pelas tribos seminômades nos
desertos da Ásia Menor. Também na Groenlândia, descobriram-se
facas primitivas feitas de pedaços de meteoritos.
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Aula 1 – Fundição e Fusão dos Metais
Os antigos egípcios chamavam o aço de Benipe (metal do céu),
muito embora seja discutível se a expressão se reportava à sua
origem ou se a cor do aço polido lembrava a tonalidade do
firmamento. Pontas de ferro (então considerado metal
precioso) foram encontradas nas tumbas de El-Gezirah (Egito)
datado de 4.000 a.C. Na Síria, restos de barras de ferro, nas
ruínas de Ur, confirmam a existência de comércio do metal.
Mais tarde, no século VI antes de Cristo, Nabucodonosor fez
construir os portões da Babilônia com pilares e vigas cobertas
de cobre e reforçadas com ferro. A Bíblia, no livro do Gênesis,
fez referência a Tubal-Cain, o que sabia forjar instrumentos de
corte de ferro e de cobre.
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Aula 1 – Fundição e Fusão dos Metais
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Aula 1 – Fundição e Fusão dos Metais
Algumas imagens da evolução dos materiais fundidos
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Aula 1 – Fundição e Fusão dos Metais
Algumas imagens da evolução dos materiais fundidos
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O processo de conformação por fundição
consiste na fabricação de peças metálicas
semiacabadas por meio da sua fusão,
consequente liquefação e seu escoamento ou
vazamento para moldes adequados onde o
material solidifica e assume a forma desejada.
Peças fundidas são obtidas deixando-se
solidificar um metal líquido vazado em um
molde cuja forma corresponde ao negativo da
peça a ser obtida.
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Forma Processa-
Forma final
semifinal mento
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Muito tempo atrás não era conhecido o processo de
solidificação e das microestruturas dos materiais, com
isso o desenvolvimento da fundição ficou um pouco
retardado.
Quando o homem desenvolveu seu conhecimento na
solidificação dos metais houve um grande avanço na
parte dos materiais fundidos.
Salvo raríssimas exceções todos os produtos metálicos
passam necessariamente pela solidificação em algum
estágio de sua obtenção.
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Na solidificação de um metal tem-se a formação de, geralmente, vários
núcleos cristalinos envolvidos em um líquido que possui natureza amorfa
(Sólido amorfo, material amorfo ou substância amorfa é a designação dada à estrutura que não têm
ordenação espacial a longa distância (em termos atômicos), como os sólidos regulares. É geralmente aceito
como o oposto de estrutura cristalina. As substâncias amorfas não possuem estrutura atômica definida).
Núcleo atomicamente
ordenado (cristal)
Líquido atomicamente
desordenado (amorfo)
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Explicações:
A Nucleação é definida como sendo o processo que
determina quanto tempo um observador tem que esperar
antes de uma nova fase ou estrutura auto organizada
apareça.
A nucleação é frequentemente, muito sensível às impurezas
no sistema. Devido a isso, muitas vezes é importante fazer a
distinção entre a nucleação heterogênea e a nucleação
homogênea. Nucleação heterogênea ocorre em locais de
nucleação sobre as superfícies do sistema. Nucleação
homogênea ocorre longe de uma superfície. 17
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Nucleação
Nucleação Homogênea – o núcleo sólido “nasce”
totalmente a partir do líquido
Nucleação Heterogênea – o núcleo sólido “nasce” em
contato com uma superfície sólida
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PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Etapas:
1.Fabricação dos modelos
2.Fabricação dos moldes
3.Fabricação dos machos (macharia)
4.Obtenção do metal líquido (fusão)
5.Enchimento do molde com metal líquido (vazamento)
6.Retirada da peça do molde (desmoldagem)
7.Corte de canais e rebarbas (rebarbação e limpeza)
8.Inspeção
9.Tratamentos Térmicos 22
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Fabricação dos modelos
Esta etapa consiste em construir modelos com o formato da
peça a ser fundida.
O modelo é importante, pois a partir dele é que se faz a
construção do molde. Suas dimensões devem prever
a contração do metal durante o processo e
sobremetal para posterior usinagem.
Os materiais utilizados para construção do modelo podem ser
madeira, plásticos, metais leves, gesso, cera, isopor, entre
outros.
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Exemplos de modelos:
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Modelo de uma biela
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Fabricação de moldes
O molde é o dispositivo no qual o metal fundido é colocado para que se
obtenha a peça desejada. Ele é feito de material refratário composto de
areia e Aglomerante ou outros materiais. Esse material é moldado sobre
o modelo que, após retirado, deixa uma cavidade com o formato da
peça a ser fundida.
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Exemplos de moldes
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Fabricação de machos (macharia)
Macho é um dispositivo, feito também de areia, que tem a finalidade de
formar os vazios, furos e reentrâncias da peça. Eles são colocados nos
moldes antes que eles sejam fechados para receber o metal líquido.
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Exemplos de machos
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Obtenção do metal líquido (fusão)
Etapa em que acontece a fusão do metal.
A fusão do metal pode ser obtida de várias
maneiras, sendo as principais:
1.Forno Cubilô
2.Forno a indução
3.Forno a arco voltaico
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Forno cubilô
O forno cubilô trabalha com ferro-gusa, sucata de aço, calcário (para
separar as impurezas), ferro-silício, ferro-manganês e coque (tipo de
carvão), como combustível. Ele funciona sob o princípio da contracorrente
(como o alto-forno), ou seja, a carga metálica e o coque descem e os gases
sobem.
Inicia-se o processo limpando o forno, que é uma carcaça cilíndrica,
vertical de aço, revestida internamente com tijolos refratários. Em
seguida, coloca-se um pouco de madeira e o coque no fundo e ateia-se
fogo. Quando o fogo atravessa toda a camada de coque e madeira, liga-se
o sopro de ar. Nesse momento, é iniciada a carga: em camadas, são
colocadas quantidades predeterminadas de ferro-gusa, sucata, coque e
fundente (calcário). Esse carregamento continua, até atingir o nível da
porta de carga e assim deve ser mantido durante toda a operação. 31
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A operação pode ser intermitente ou contínua. Se ela for
intermitente, a corrida metálica, ou seja, a retirada do ferro
fundido do forno, é feita periodicamente, sempre que
necessário. No segundo caso, o material fundido (metal e
escória) é despejado continuamente na calha de vazamento.
Nessa calha, há uma bacia que separa a escória do metal. Esta,
por apresentar menor densidade, flutua e escorre
lateralmente. O ferro corre para a panela de fundição.
O forno cubilô não permite que se faça um controle rigoroso da
composição química do metal. Por isso, ele é empregado para a
produção de ferro fundido que será usado na fabricação de
peças que não sofrerão grandes esforços. 32
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Forno de indução
O forno de indução é um projeto avançado em termos de
fornos de fundição e que usa a eletricidade sob a forma de
corrente alternada (AC) para criar o calor necessário na
fundição do minério. Grandes bobinas de cobre são colocadas
no interior do forno de indução conforme a energia elétrica AC
é passada através das bobinas. A fim de evitar a destruição das
bobinas de cobre de aquecimento causada pelo
sobreaquecimento, a água é passada através das bobinas para
trazer a temperatura para baixo. Estes fornos de fundição são
mais adequados para a fusão e criação de ferro e outros metais
não-ferrosos.
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Forno a arco voltaico
Um forno a arco elétrico é um tipo de forno industrial
que usa uma corrente elétrica alternada para produzir
calor. Estes equipamentos servem como uma
alternativa para os altos fornos tradicionais e
desempenham um papel importante na produção de
aço globalmente. Em um forno de arco elétrico, a
corrente elétrica passa através do aço e de outros
metais, o que resulta na produção de aço de modo
mais rápido e eficiente. 34
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Uma concha de pedra pesada forma o corpo do forno e
impede a contenção de calor em materiais fundidos. A
fornalha da unidade é geralmente removível, de modo que
as matérias-primas podem ser inseridas. Três eletrodos
metálicos sobressaem a partir da abertura do forno, e cada
eletrodo pode ser ajustado para controlar o percurso do
arco elétrico. O metal acabado sai da fornalha através de
uma abertura ao longo de um elevado lateral do aparelho,
acima do nível do aço fundido. Outros modelos de forno de
arco elétrico também são construídos sobre uma plataforma
de inclinação, de modo que o material acabado pode ser
facilmente despejado em moldes próximos. 35
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Enchimento do molde com metal líquido (vazamento)
O vazamento é o enchimento do molde com metal líquido.
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Retirada da peça do molde (desmoldagem)
Após determinado período de tempo em que a peça se solidifica dentro
do molde, e que depende do tipo de peça, do tipo de molde e do metal
(ou liga metálica), ela é retirada do molde (desmoldagem) manualmente
ou por processos mecânicos.
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Corte de canais e rebarbas (rebarbação e limpeza)
A rebarbação é a retirada dos canais de alimentação,
massalote e rebarbas que se formam durante a
fundição. Ela é realizada quando a peça atinge
temperaturas próximas às do ambiente.
A limpeza é necessária porque a peça apresenta uma
série de incrustações da areia usada na confecção do
molde. Geralmente ela é feita por meio de jatos
abrasivos.
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Inspeção
Para a inspeção geralmente são usados ensaios não
destrutivos.