O documento discute os riscos à saúde e segurança enfrentados por trabalhadores da indústria metalúrgica, como ruído, problemas ergonômicos, fumaça, iluminação inadequada, riscos de incêndio, temperaturas extremas e exposição a produtos químicos. Ele recomenda medidas como programas de combate ao ruído, adaptação de equipamentos, melhoria da ventilação, treinamento contra incêndios e adequação das condições ambientais.
O documento discute os riscos à saúde e segurança enfrentados por trabalhadores da indústria metalúrgica, como ruído, problemas ergonômicos, fumaça, iluminação inadequada, riscos de incêndio, temperaturas extremas e exposição a produtos químicos. Ele recomenda medidas como programas de combate ao ruído, adaptação de equipamentos, melhoria da ventilação, treinamento contra incêndios e adequação das condições ambientais.
O documento discute os riscos à saúde e segurança enfrentados por trabalhadores da indústria metalúrgica, como ruído, problemas ergonômicos, fumaça, iluminação inadequada, riscos de incêndio, temperaturas extremas e exposição a produtos químicos. Ele recomenda medidas como programas de combate ao ruído, adaptação de equipamentos, melhoria da ventilação, treinamento contra incêndios e adequação das condições ambientais.
O Setor de Metalurgia Básica, segundo a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas, subdivide-se em Siderurgias, Fabricação de Produtos Siderúrgicos, Fabricação de Tubos, Fabricação de Metais Não ferrosos e Fundição. Ela é responsável por um conjunto de procedimentos e técnicas para extração, fundição, tratamento e fabricação dos metais e ligas. Dessa forma, o trabalhador fica constantemente exposto a diversos tipos de riscos, alguns bastante preocupantes.
Por isso é importante à análise dos “fatores de riscos” que possam
existir neste ambiente e, consequentemente, possam agredir os trabalhadores e/ou o meio ambiente. A investigação dos riscos é feita pelos trabalhadores, através de grupos homogêneos (trabalhadores expostos aos mesmos riscos) e a indicação do problema depende do consenso do próprio grupo, ou seja, é considerado um risco presente se a maioria menciona a sua existência.
Recomenda-se adotar a representação gráfica dos riscos, através da
confecção do “mapa de riscos”. Este mapa consiste na indicação dos riscos identificados por círculos de tamanhos e cores diferentes que possibilitem aos trabalhadores visualizar a localização dos riscos na fábrica e a gravidade dos mesmos. Quais são os riscos aos quais os trabalhadores metalúrgicos ficam expostos? Como evitá-los? Quais as medidas de segurança adotadas?
RUÍDO: Por se tratar de problema de grandes dimensões, estar
presente em todas as áreas da empresa e apresentar diversas causas de origem, o ideal é se estabelecer um PROGRAMA DE COMBATE AO RUÍDO. Desse modo, é necessário uma análise em cada posto de trabalho, e, a partir disto, se implementar medidas de controle como por exemplo: podem ser aplicados rodízios entre os trabalhadores (diminuindo o tempo de exposição), troca de ferramentas (pneumáticas), uso de silenciadores, enclausuramento de máquinas, instalação de barreiras absorventes, mudanças em layouts, mudanças em processos de trabalho, entre outros. Quando essas medidas não forem suficientes ou aplicáveis, utiliza-se métodos de proteção individual – EPI, como protetores auriculares. Estes não eliminam o agente danoso, somente minimizam a forma pela qual o ruído atingirá o trabalhador.
ERGONOMICOS: É recomendado a adaptação das máquinas,
equipamentos e ferramentas ao trabalhador, visando aumentar o conforto, e eliminar movimentos repetitivos e esforços desnecessários à execução do trabalho. Os problemas relacionados a Ergonomia estão presentes em quase todos os setores das empresas pois, na prática e salvo exceções, as empresas não se dispõe a investir em métodos e desenvolvimento de projetos ergonômicos no Brasil, ao menos, até o presente momento. O quê fazer? Análise dos movimentos e esforços nas tarefas, reorganização dos postos de trabalho, substituição de ferramentas e equipamentos, diminuição do ritmo e inclusão de pausas para descanso dentro da jornada de trabalho são necessárias.
Aqui também podemos incluir os ritmos de trabalho que muitas vezes
são determinados pelo ritmo da máquina. Com isso, o trabalhador acaba efetuando movimentos repetitivamente podendo ser acometido por doenças como LER/DORT. Esse tipo de doença é decorrente da forma como o trabalho é realizado. Além das doenças, o trabalhador é acometido com fadigas musculares, alteração da sensibilidade, perda de controle dos movimentos, dor e formigamentos. A melhor forma de prevenção é a intervenção na forma como as atividades são realizadas no local de trabalho. Medidas como ginástica laboral, intervalos durante a jornada, adequação das ferramentas de trabalho ao trabalhador, etc. são algumas das possíveis soluções para o problema.
FUMAÇAS: A fumaça é a presença de partículas em suspensão no ar
decorrente da queima de determinadas substâncias. Sua toxicidade varia de acordo com o tipo de substância que a produziu. Pode afetar os trabalhadores de formas diferentes, provocando desde uma simples sensação de sufocamento, que desaparece rapidamente quando levamos a pessoa afetada para um ambiente ventilado, até intoxicações graves quando as substâncias tóxicas presentes na fumaça atingem os pulmões e caem na corrente sanguínea. A fumaça, em contato com a pele, olhos, boca e nariz, pode provocar alergias e irritações. O quê fazer? Este problema pode ser amenizado, por exemplo, com a instalação e melhoria dos sistemas de exaustão nos postos de trabalho.
ILUMINAÇÃO: Quando inadequada nos postos de trabalho pode
acarretar problemas aos trabalhadores. Quando a quantidade de luz é insuficiente causa maior cansaço visual e mental, fadiga, insônia, dores de cabeça. A luminosidade excessiva também é prejudicial e além dos sintomas já mencionados pode provocar irritação nos olhos, lacrimejamento, e irritabilidade nervosa. O quê fazer? A avaliação dos níveis de iluminância e adequação aos mesmos em cada posto de trabalho se fazem necessária.
PERIGO DE INCÊNDIOS E EXPLOSÕES: Substâncias de uso industrial
intenso como gasolina, álcool, thiner, gases e óleos, tintas e solventes e outras chamadas “inflamáveis” ou “combustíveis”, pegam fogo facilmente e podem provocar incêndios e explosões, dependendo da quantidade e das condições de armazenamento e as consequências são do conhecimento de todos. O quê fazer? São necessários sistemas eficazes de prevenção e combate a incêndios. Estes sistemas devem ser compostos de hidrantes, mangueiras e extintores apropriados e até mesmo de caminhões tanques, dependendo do tamanho da fábrica. Todos os trabalhadores devem receber, consequentemente, treinamento para a prevenção e combate a incêndios. Normalmente as empresas, mesmo de posse de seguros, cumprem as exigências legais das normas, pois não querem correr o risco de perder seu patrimônio num incêndio.
CALOR E FRIO: Trabalhar em locais com temperatura ambiente
elevada causa muitos problemas para a saúde. Um deles, a desidratação que ocorre pela perda excessiva de água pelo suor e pela respiração. Juntamente com a perda de água o trabalhador perde também sais minerais, o que ocasiona sensação de cansaço e fraqueza, cãibras e dores musculares, baixa da pressão arterial, etc. Em casos extremos pode levar a desmaios e desidratação grave.
O frio provoca o consumo maior de energia do próprio organismo,
podendo alterar a pressão e o metabolismo e gerar estados de fraqueza, contração muscular excessiva e tremedeiras.
O frio e também o calor, surgem devido a alguns fatores: falta de
compartimentação e isolamento entre as áreas; cobertura com pouco isolamento térmico; lay-out inadequado e concentração das fontes de calor ou de frio (máquinas e equipamentos).
O quê fazer? O problema do calor é também tratado considerando-se
cada posto de trabalho e modificações de caráter coletivo, como por exemplo, a cobertura e a ventilação/exaustão dos galpões, mudanças no lay-out, instalação de barreiras isolantes, mudanças nos processos de trabalho, devem ser colocados em prática. Soluções mais efetivas dependem e necessitam de, além das medidas citadas acima, alterar as características de construção dos edifícios destinados a abrigar empresas e a disposição das máquinas e equipamentos, dentro de uma visão de oferta de conforto térmico adequado.
PRODUTOS QUÍMICOS, METAIS E OUTROS: Em geral, chamamos de
“produtos químicos” aquelas substâncias que não estão presentes na natureza, ou seja, são artificiais (fabricadas), e se encontram na forma de gases, líquidos, pastas, pós, graxas, óleos, etc. Estes produtos são utilizados largamente nos processos industriais para limpeza, proteção e lavagem de peças ou como solventes e catalisadores em pintura. Além disso, podem se originar como “restos” de processos de galvanoplastia (gases, vapores e borras) ou de soldagem (gases, vapores).
Estas substâncias de cheiro e gosto estranhos, podem se apresentar
frias ou quentes e causar irritações na pele, nos olhos, nariz e garganta. Estes sinais e sintomas funcionam como alerta para nosso organismo, da presença de algum produto prejudicial a nossa saúde e, com o passar do tempo, podem ocasionar doenças graves nos pulmões, fígado, rins, olhos, sistema nervoso. Por se apresentarem como elementos “mascarados”, pouco lembrados e, às vezes, omitidos nos processos industriais metalúrgicos, normalmente pouca atenção se tem dado às substâncias e às consequências do seu uso.
Alguns dos principais produtos utilizados na metalurgia: Bário, Cádmio,
E outras substâncias usadas na indústria metalúrgica são:
Acetileno, comumente empregado como gás básico no processo de
corte e solda de metais. Ácido Cianídrico (ácido ússico), amplamente usado no tratamento do minério de prata e outros metais. Ácido Fluorídrico, com grande poder de corrosão é empregado industrialmente como solvente ou amolecedor de minerais. Ácido Nítrico, usado no tratamento de vários metais. Ácido Sulfídrico, com cheiro de ovo podre, utilizado no refino de minérios. Ácido Sulfúrico, empregado como solvente na degradação de certos minérios. Benzeno: líquido inflamável, incolor, muito volátil (forma vapores no ambiente) e com odor específico, não deve ser confundido com a benzina que é um outro solvente comercial. Na indústria é utilizado na destilação do alcatrão da hulha, destilação de petróleo, na fabricação de borracha, como combustível, na fabricação de sabão e como solvente. No ramo metalúrgico é muito usado como desengraxante, como solvente de óleos, graxas e tintas, o que agora é proibido. Cloreto de Amônia: utilizado nos processos de soldas. Hidróxido de Sódio (soda cáustica): de poder cáustico extremo e corrosividade. Monóxido de Carbono: É utilizado na indústria metalúrgica como agente redutor do níquel em carboneto de níquel.
O quê fazer? De modo geral, todas as substâncias apresentadas aqui
anteriormente são muito eficientes na sua capacidade de produzir danos passageiros ou irreparáveis aos seres vivos. É necessário que se substituam o produtos usados nestes processos; que se utilizem outros processos e produtos que não sejam agressivos a saúde do trabalhador e, como paliativo, que haja a instalação de sistemas coletivos de proteção adequados e capazes de minimizar os impactos causados pelo emprego.