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Textura Botrioidal
Piromorfita
Sistemas Hidrotermais e
Metalogênese
GSA 0407
Caetano Juliani
(cjuliani@usp.br)
http://rochasmineraisgemasfosseis.blogspot.com.br/2014/
http://www.calibremining.com/s/QwikReport.asp?IsPopup=Y&printVersion=now&XB06=655437
https://www.sec.gov/Archives/edgar/data/701818/000118811208003038/ex99-1.htm
ALTERAÇÃO PROPILÍTICA
-O termo propilite de Von Richtofen foi adotado por Becker (1882, em Meyer
& Hemley, 1967) para designar os andesitos alterados de Comstock Lode,
Nevada, USA.
- A alteração propilítica propriamente dita caracteriza-se pela adição de H2O,
CO2 e, localmente S, havendo um metassomatismo de H+ e remoção pouco
intensa de cátions metálicos. A adição de H2O provoca a hidratação dos
alumino-silicatos e os minerais típicos destas zonas de alteração são
epidoto, clorita, carbonatos, albita, feldspato potássico e pirita, podendo,
localmente, ser comum a presença de sericita, óxidos de Fe, montmorillonita
e zeólita (Meyer & Hemley, 1967).
- Albitização intensa, cloritização e carbonatização das rochas encaixantes
são considerados separadamente. O termo de alteração propilítica aplica-se
para alterações onde o metassomatismo de H+ não é intenso (Meyer &
Hemley, 1967).
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Upper photo: Dacite affected by pervase propylitization, followed by silicification and later fissural
propylitization
Lower photo: Sericitized and propylitized dacite tuff. Both rocks compose interbededed flows in lower
rhyolitic post-caldera unit.
Granodiorito Fofoquinha e
Granito Palito with
propyllitic alteration–
(Palito Au-Cu porphyry)
Fofoquinha
ALTERAÇÃO CLORÍTICA
- A predominância de clorita em zonas de alteração hidrotermal deve-
se à grandes adições de Mg e/ou de Fe nestas zonas.
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Chl
Chl 1
Cb
Chl 2
Orogenic Gold
Orogenic Gold
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Alteração hidrotermal em sistemas de Cu-Mo pórfiro Colapso da pluma hidrotermal em sistemas de Cu-Mo pórfiro
Sillitoe (2010)
Sillitoe (2010)
ALTERAÇÃO SERICÍTICA
- Este tipo de alteração é por vezes chamada de alteração filítica pela
classificação utilizada por Burnham (1962).
- Esta classificação gerou muita confusão no uso do termo filítico pois na sua
definição é incluída a biotita, que quando presente, encontra-se associada a
zonas de alteração potássica e, sericita, a zonas de alteração sericítica,
conforme classificação de Meyer & Hemley (1967).
- Assim, o termo alteração sericítica é mais apropriado já que a assembléia
típica que representa estas zonas de alteração é quartzo-sericita-pirita (QSP).
- Nesta assembléia o termo sericita refere-se a micas brancas di-octaédricas de
granulação fina, podendo ser muscovita, paragonita, phengita, fuchsita ou
roscoelita.
- O termo pirita está essencialmente representado por pirita e, secundariamente,
por calcopirita e molibdenita.
- Os sulfetos podem representar até 20% do volume da rocha.
- Outras fases minerais que geralmente estão presentes nestas zonas de
alteração são feldspato potássico, caolinita, calcita, biotita, rutilo, anidrita,
apatita, hidromuscovita e illita (Hemley & Jones, 1964; Meyer & Hemley, 1967;
Kouzmanov_Pokrovski(2012) SEG Pirajno, 1992).
Muito embora o uso do termo alteração fílica ainda seja Setas descendentes
indicam elementos
comum, Meyer & Hemley (1967) consideram que o termo
adicionados e setas
não é adequado porque a biotita representa uma fase da ascendentes
alteração potássica. elementos lixiviados.
O Alumínio
Além do mais o termo fílica lembra o filito das rochas essencialmente é um
metamórficas. elemento imóvel.
Assim, Meyer & Hemley (1967) propoem que deveria ser (segundo MacKenzie, 1983, em
Pirajno, 1992).
usado o nome alteração sericítica, ou QSP, para este tipo
de alteração hidrotermal, cuja associação de minerais é
mais compatível com o termo “sericítico”.
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Sericitização
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Albita
Ab
10
Mc
Ab
Mc
log( aNa+/a H+)
8 Ab
Kln
Ab
Ab Gib
6 Ha l
Microclínio
Muscovita
Gib Ms
4
Ha l Ms
Ha l Ms
Kln Ms
2 Caolinita
Gib Mc
Kln Mc
Ms Mc
0
-2 0 2 4 6 8 10
Ab - albita
Gi b - gibbsita
Kl n - caol inita
Mc - microclínio
log(aK+/aH+)
Ms - muscovita
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ALTERAÇÃO ADULÁRIA-SERICÍTICA
- Típica de sistemas epitermais low-sulfidation em rochas vulcânicas e/ou
vulcanoclásticas. Fissural em pórfiros.
- Minerais diagnósticos: Sericita/illita+adulária
- Minerais associados: Quartzo, albita, clorita, pirita, illita-esmectita
intereestratificada, esmectita, calcita, hematita, ouro nativo, electrum e
(epidoto).
- Vênulas: Sericita, quartzo, adulária, calcedônia, hematita, calcita (geralmente
placóide e substituída por quartzo ou calcedônia)
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ALTERAÇÃO ARGÍLICA
- Caracterizam-se pela atuação de um intenso metassomatismo de H+
(lixiviamento ácido) num intervalo de temperaturas entre 100 e 300 oC onde argilo-
minerais são formados principalmente pela substituição do plagioclásio e de
silicatos máficos, essencialmente hornblenda e biotita.
- Internamente, zonas de alteração argílica gradam para zonas de alteração
sericítica e, externamente, para zonas de alteração propilítica.
- No entanto, a lixiviação de cátions dos alumino-silicatos pode favorecer um
enriquecimento em sílica e, portanto, estas zonas podem também gradar para
zonas silicificadas como exemplificado na seguinte reação, na qual são
removidos elementos relativamente imóveis.
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Alunite
Advanced
argillic
alteration
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Swayze et al. (2014) Mapping Advanced Argillic Alteration at Cuprite, Nevada, Using
Imaging Spectroscopy. Economic Geology
Hikov (2013) Geol Balcanica_Geochemistry hydrothermally altered rocks Asarel porphyry copper deposit Central
Srednogorie
SILICIFICAÇÃO
- Corresponde à substituição dos minerais pré-existentes por quartzo ou
sílica amorfa.
- As rochas afetadas por este processo têm muitas vezes toda sua
assembléia mineral e texturas obliteradas por quartzo microcristalino,
podendo também conter hematita ± pirofilita ± alunita ± sulfetos e relíquias
de feldspatos.
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pH
ARGÍLICA SUB-
PROPILÍTICA
epizonal
temperatura
mesozonal
ARGÍLICA PROPILÍTICA
AVANÇADA
Alunita SERICÍTICA
Bi Anf
hipozonal
POTÁSSICA Kf Cb
Anf Cpx
SKARN Cpx Gr
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CARBONATIZAÇÃO
- Sericita, clorita e carbonatos são os minerais mais comuns
produzidos por alteração hidrotermal, onde Mg, Fe, Ca e Mn são os
principais metais fixados nos carbonatos.
Fine-grained chloritized albitite dyke on the 4175 foot level of the McIntyre Mine, intruding sericitized
Pearl Lake porphyry. Both the albitite dyke and the altered porphyry are cut by quartz-ankerite-albite
veins (from Brisbin, 1997; photograph by Nadia Melnik-Proud, caption after Melnik-Proud, 1992;
photo obtained by B. Dubé from D. Brisbin).
(F) Tourmaline-quartz
vein, Clearwater deposit,
James Bay area.
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EPIDOTIZAÇÃO
- Ocorre em diversos tipos de sistemas hidrotermais, em especial em
rochas félsicas.
Ca2(Al,Fe)Al2O(SiO4)(Si2O7)(OH)
HEMATITIZAÇÃO
Jasperites (photographs of polished
specimens):
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HEMATITIZAÇÃO
Replacement microtextures in jasperites:
1 km 1 km
Cu, S,
Hydrolytic alteration Au, U Hydrolytic alteration
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TURMALINIZAÇÃO
DESCARBONATIZAÇÃO E BLEACHING
Zunyita
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ALUNITIZAÇÃO
- Substituição de feldspatos de rochas vulcânicas por alunita/natroalunita, quartzo CAOLINITIZAÇÃO
e/ou opala, devido a ácidos com enxofre oxidado. - Substituição de aluminossilicatos, principalmente de feldspatos, por caolim.
- Ocorre típicamente de rochas vulcânicas ácidas e intermediárias cálcio-alcalinas. É comum em riolitos, andesitos, granitos, etc.
- Pode ter associado barita, anidrita, hematita e sulfetos.
BASTITIZAÇÃO ILLITIZAÇÃO
- Substituição de aluminossilicatos, principalmente de feldspatos, por illita.
- Bastita é um pseudomorfo de enstatite por minerais do grupo da serpentina - É comum em riolitos, andesitos, granitos, etc.
- O processo é a substituição de silicatos ferro-magnesianos (piroxênios, anfibólios, - Outros tipos de argila pode predominar (dickita, esmectitas, etc).
flogopita, etc) por serpentina.
- A substituição de olivinas não são é incluída neste processo.
- Os piroxênios são os minerais mais sensíveis a esse tipo de transformação. KELIFITIZAÇÃO
- Pseudomorfos de granada formados por uma mistura de piroxênios, minerais do
grupo dos espinélios e por vezes anfibólios, geralmente devido à descompressão,
BAUERITIZAÇÃO que forma bordas kelifíticas nos cristais de granada.
- Lixiviação de ferro e magnésio de micas máficas, que perdem a cor e o - Este processo é típico de piropo de peridotitos.
pleocroísmo e se tornam semelhantes a micas brancas, como a muscovita.
FENITIZAÇÃO PINITIZAÇÃO
- Substituição de cordierita, nefelina, topázio, andalusita e feldspato por uma mistura
- Metasomatismo alcalino causado por influxo de sódio durante a intrusão de rochas de biotita, muscovita, clorita e pirofilita. Pode resultar em pseudomorfos dos
alcalinas e carbonatitos. minerais pre-existentes ou substituição das bordas e ao longo de clivagens.
- Tem como associação mineral típica com albita, piroxênio alcalino (aegirina),
anfibólio alcalino (arfvedsonita) e mais raramente nefelina.
ESCAPOLITIZAÇÃO
- Processo metassomático geralmente devido a fluidos ricos em NaCl, que resultam ESPILITIZAÇÃO
na formação de marialita (Na4Al3Si9O24Cl). Típica das partes distais e profundas dos - Alteração de basaltos de fundo oceânico devido à intereação com a água marinha,
sistemas IOCG. resultando na albitização do plagioclásio e substituição dos minerais máficos por
- Outros membros do grupo da escapolita são a algerita (Ca4Al6Si6O24CO3), meionita epidoto e clorita.
(Ca4Al6Si6O24CO3) e silvialita ((Ca,Na)4(Al6Si6O24)(SO4,CO3))
- A escapolita substitui preferencialmente o plagioclásio. TALCIFICAÇÃO OU ESTEATITIZAÇÃO
- Comumente tem associado magnetita, fluorita, biotita, albita, piroxênios, anfibólios
- Processo metassomáticos que resulta na substituição de minerais magnesiandos
e titanita.
por talco, com introdução de sílica.
SAUSSURITIZAÇÃO URALITIZAÇÃO
- Substituição parcial de plagioclásios intermediários a básicos por uma mistura de
- Substituição de hornblenda formada pela hidratação de piroxênios por
finos cristais de clinosoizita, zoisita, epidoto, sericita, calcita, quartzo, albita e
tremolita/actinolita fibrosa e rochas básicas e sienitos.
escapolita.
SERPENTINIZAÇÃO ZEOLITIZAÇÃO
- Substituição de feldspatos de rochas vulcânicas por minerais do grupo das
- Substituição principalmente da olivina e subordinadamente de piroxênios e zeólitas. A zeolitização a baixa temperatura de vidro vulcânico dá origem a natrolita,
anfibólios magnesianos por minerais do grupo da serpentina (antigorita, lizardita, chabasita, heulandita, phillipsita e estilbita.
crisotila) e brucita, magnetita e talco em rochas ultramáficas e máficas.
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FIM
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