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Usinagem Química

Perspectiva histórica

Os pioneiros na utilização da via química para conformar metais foram os gravadores.


Esses artistas empregavam, e usam até hoje, uma mistura de ácido nítrico e água para
desoxidar e gravar metais, conhecida como água forte. Afim de obter gravuras o ácido
era preparado para corroer as partes expostas da estampa, enquanto as partes protegidas
permaneciam em relevo. Porém, essas técnicas não correspondem às exigências atuais
de mercado.

Há em média duas décadas que a indústria aeronáutica vem se beneficiando desse


processo para diminuir o peso das aeronaves, eliminando quimicamente os materiais
desnecessário de certas peças, afim de melhorar o desempenho em relação a peso e
resistência das naves, sem nenhum tipo de prejuízo na resistência mecânica.

Há cerca de uma década, as indústrias elétricas e a de mecânica de precisão também


aderiram a este processo, para confeccionar um número crescente de materiais
miniaturizados, que devem ser produzidos em série.

Princípio de Funcionamento

A usinagem química acontece através da imersão de peças ou partes delas em solução


agressiva. As partes que não forem ser tratadas têm de ser protegidas, o que é feito
colocando-se uma camada de material insensível à substâncias corrosivas sobre a peça,
com as formas e dimensões adequadas.

Etapas do Processo

Preparação da superfície do metal: A parte da peça que ficará coberta durante o


processo de usinagem, deve ser cuidadosamente limpa e desengordurada. Sendo que as
vezes é necessário um leve ataque corrosivo sobre essas partes, para que haja uma
melhor aderência do material de revestimento, principalmente quando se trata de resinas
fotossensíveis.

Depois de limpo o material deve ser protegido da poeira e ser manipulado o mínimo
possível, de preferência com luvas.

Confecção do revestimento da peça: Diversos materiais podem ser empregados na


confecção do revestimento, tais quais: borrachas, vernizes, rezinas fotossensíveis,
plásticos, etc. Os requisitos principais são: o material deve resistir à meios com soluções
agressivas, apresentem boa aderência à peça o tempo que for necessário para obter o
resultado desejado e que possam ser recortadas nas dimensões estabelecidas.

Usinagem Química: Nesse estágio realiza-se a dissolução das partes das peças que
devem desaparecer. A solução agressiva é posta em contato com o metal, e a dissolução
se processa até ser atingido o equilíbrio químico. As soluções cáusticas (para alumínio e
aço) e ácidas (para níquel e cobre) são agentes corrosivos típicos. Para que a solução
não perca suas propriedades, ela deve ser constantemente renovada, por meio de
dispositivos acoplados ao tanque de usinagem.

Limpeza da peça: Consistem em livrar a peça das máscaras aplicadas. Terminada a


usinagem deve ser feito um escovamento mecânico da peça , seguido de um banho.
Quando a fragilidade da peça não permite o escovamento mecânico, recorre-se ao
processo de ultrassom.

Vantagens e desvantagens da usinagem química

Suas vantagens são: Apresenta peças sem rebarbas, sem deformação e estruturalmente
íntegras, pois este método de usinagem não se baseia no impacto ou na remoção de
material à força. O tempo de produção de uma peça frágil, de formas complexas, com
tolerâncias apertadas, é muito menor por usinagem química que por meio mecânico.

Suas desvantagens são: O recorte não é rigorosamente perpendicular à superfície e os


ângulos obtidos são mal reproduzidos. A execução da máscara, nas dimensões ideais, é
uma tarefa complicada, que só chega a bom termo depois de várias tentativas e
aproximações.

Aplicações

Aplicado na indústria aeronáutica na redução de materiais desnecessários, sem


prejudicar a resistência mecânica destas.

Fabricação de componentes de computadores, na indústria de eletrônica e micro


eletrônica.

Fabricação de gabaritos de letras e números de metais.

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