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Idade da Pedra
PRIMEIRAS FERRAMENTAS
Matéria Prima Pedra, madeira, ossos e chifres.
Atividades Quebrar, cortar, raspar, perfurar, polir.
Vantagens Facilidade de obtenção da matéria prima.
Desvantagens Desgaste rápido, utilização limitada.
Raspador
Perfurador
Polimento
Faca
Figura 1.1 – Ferramentas típicas da idade da pedra.
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PRIMEIROS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO NA ERA DOS METAIS
Forjamento
Características
Primeiro método utilizado para confecção de objetos metálicos.
Deformação do metal a golpes.
Maleabilidade do cobre propicia seu fácil forjamento.
Vantagens Obtenção de formas mais complexas.
Desvantagens Na sua forma rudimentar (artesanal) a produtividade é baixa.
Fundição
Características
Aquecimento do metal até atingir seu ponto de fusão, sendo então utilizado
para preencher cavidades no formato do objeto desejado.
Primeiras peças fundidas utilizaram o cobre e o bronze devido ao seu baixo
ponto de fusão.
Contribuiu para o aprimoramento do conhecimento humano em relação aos
metais.
Vantagens Maior velocidade de produção.
Desvantagens Sem os devidos conhecimentos e controles há a produção de
peças frágeis e defeituosas, com porosidades.
Molde Peça
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Figura 1.4 - Produção rudimentar das primeiras ligas metálicas
O Ferro
Características
Metal encontrado na natureza na forma de minério.
Passou a substituir o cobre e o bronze a partir de 1500 a.C.
Mais duro e resistente que o cobre.
Vantagens
Abundante na natureza.
Alta temperatura de fusão.
Desvantagens
Forjamento dificultado pela alta dureza.
Num buraco feito na terra era aquecida uma mistura do mineral e carvão vegetal
A mistura aquecida se transformava em uma massa pastosa que era batida para
eliminar as impurezas e a escória
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Figura 1.4 – Os principais produtos fabricados eram armas e ferramentas
O Ferro Fundido
Características
Devido às ótimas características mecânicas e abundância buscou-se aprimorar os
processos de fundição de ferro através da construção de fornos.
O material a ser fundido misturado com carvão e com a injeção forçada de ar passou
a gerar temperaturas superiores a 1300° C ( O ferro funde a 1540oC)
A alta quantidade de carbono existente na sua composição conferia alta dureza, porém
fragilidade ao ferro, chegando a impossibilitar o seu forjamento.
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Os Primeiros Aços
Características
Percebeu-se que quanto menos carbono era absorvido pelo ferro menos frágil ele
ficava. Isto era possível através de técnicas de refino posteriores ao primeiro processo
siderúrgico de redução do minério de ferro.
Com isso foi possível obter um metal de alta resistência e com maleabilidade suficiente
para permitir o seu forjamento.
Por estas razões pode-se considerar o aço, o metal mais importante da Era dos
Metais.
A Alavanca
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A Roda
Inicialmente houve o uso de troncos arredondados e discos de pedra como roda. Com o
passar do tempo, uma infinidade de outras aplicações foram descobertas para a roda e seus
derivados. Uma das principais aplicações da roda em elementos de máquinas diz respeito à
capacidade de transmissão e transformação de movimento.
Transmissão: Passagem do mesmo tipo de movimento de um componente para outro.
Exemplos: Engrenagens, correias e polias.
Transformação do movimento: Quando ocorre a alteração do tipo do movimento.
Exemplos: Sistemas biela-manivela, engrenagem-cremalheira e came.
Correia e polias
Engrenagem e cremalheira
Biela
Engrenagens Manivela
Came
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1.2 Produção em Massa
Um dos principais fatores que motivaram a produção em massa foi o aumento da
população, necessitando assim, um maior número de bens de consumo, alimentos, etc.
Século XVIII: Inventada a máquina a vapor por James Watt. Exemplos: Maria-
Fumaça, Barcos a vapor, automóvel.
Pioneirismo Inglês;
Burguesia industrial ávida por maiores lucros, menores custos e alta produção;
Avanços Tecnológicos
Grandes máquinas substituíram o trabalho humano;
Aprimoramento tecnológico.
As Fábricas
Condições de trabalho precárias
Baixos salários
Castigos físicos
Cartistas: Grupo que buscou melhores condições de trabalho por meios políticos
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Grandes máquinas (teares)
1° Revolução Máquinas a
Inglaterra Locomotivas e barcos a vapor
Industrial Vapor
Primeiras máquinas ferramenta
Automóveis
2° Revolução Máquinas
EUA Utilidades domésticas
Industrial Elétricas
Produção em massa (Taylor e Ford)
Informatização, automatização
3° Revolução Máquinas Robotização, comunicação
Japão
Industrial Automatizadas Controles em tempo real
Sistemas de produção enxuta
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1.5 Processos de Fabricação
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
1.5.1 Moldagem
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Metalurgia do pó: Técnica metalúrgica que consiste em transformar pó de metais
em peças resistentes sem recorrer à fusão, mas apenas pelo emprego de pressão e
temperatura.
1.5.2 Conformação
A conformação mecânica para a produção de peças metálicas inclui um grande
número de processos. Estes processos caracterizam-se por alterarem a geometria do
material através de forças aplicadas por ferramentas adequadas que podem variar desde
pequenas matrizes até grandes cilindros. As peças resultantes terão características
mecânicas que serão função da matéria prima utilizada e das condições impostas pelo
processo tais como o tipo e o grau de deformação, a velocidade de deformação e a
2
temperatura em que o material é deformado. Alguns exemplos de processos de
conformação estão apresentados abaixo:
Matriz
Tarugo
Rebarba
Matriz
3
Figura 1.17 – Prensa de extrusão vertical e peças de alumínio extrudadas.
Zona cilíndrica
Ângulo de Entrada
Força de tração
Ângulo de saída
Ângulo de Trefilação
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1.5.3 Corte ou separação
Fresagem: Processo no qual se corta com a fresa. A peça pode ficar estática ou
movimentar-se enquanto a ferramenta de corte gira em torno do próprio eixo e
avança contra a peça.
(a) (b)
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Figura 1.22 – Ilustração de um processo de aplainamento.
Furação: Neste processo uma ferramenta de dois gumes (broca) executa uma
cavidade cilíndrica na peça. O movimento da ferramenta é uma combinação de rotação e
deslocamento retilíneo ao longo do eixo da broca.
Uma variante da furação é o alargamento de furos, onde uma ferramenta similar à
broca, porém com múltiplos gumes, remove material de um furo, aumentando seu diâmetro
e ao mesmo tempo conferindo-lhe um alto grau de acabamento e cilindricidade.
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Retificação: Na retificação a ferramenta remove material da peça por ação de grãos
abrasivos. A ferramenta gira em torno de seu próprio eixo além de poder executar
movimento de translação. A peça a usinar também pode movimentar-se. O processo é de
alta precisão dimensional e proporciona grau de acabamento elevado (polimento). A figura
8 apresenta algumas variações do processo.
rebolo
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Lapidação: O processo de lapidação consiste na aplicação de um líquido, que pode
ser água ou óleo, sobre uma placa metálica e a posterior aplicação de um pó abrasivo sobre
esta superfície. Em seguida, passa-se a superfície da peça a ser lapidada sobre a placa
preparada, imprimindo-lhe movimentos circulares, como ilustrado na figura 1.27.
Tubo de gás
Cabo elétrico
Deslocamento
Tubo de contato
Poça de metal
fundido
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1.5.5 Recobrimento ou tratamento superficial
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2. NOÇÕES SOBRE MATERIAIS FERROSOS E NÃO FERROSOS
Material é definido como qualquer substância que pode ser usada em aplicações
práticas. O termo Novos Materiais surgiu a partir dos anos 70 tendo como objeto os
materiais recém-descobertos ou desenvolvidos. Englobava também aqueles já conhecidos
que evoluíram tecnologicamente na fabricação e no uso de suas funções.
De uma maneira geral, os materiais podem estar divididos em 5 grupos:
Materiais Materiais Materiais
Polímeros Compósitos
Naturais Cerâmicos Metálicos
Materiais
formados por Substância
Materiais átomos dotados de constituída de Materiais
Materiais
inorgânicos, não grande número de moléculas desenvolvidos a
encontrados na
metálicos, elétrons caracterizadas partir da
natureza que não
obtidos suficientemente pela repetição associação de
passaram por livres para se
geralmente múltipla de uma dois ou mais
nenhuma movimentarem a
através de ou mais espécies materiais de
transformação partir de baixos
tratamento de átomos ou diferentes
industrial. potenciais
térmico. grupos de classes.
elétricos ou
átomos.
térmicos
Madeira Cerâmicas estruturais Ferro e aço Plásticos Fibras de carbono
Pedra Porcelanas Ligas de Alumínio Cristais líquidos Resinas termoplásticas
Ossos Refratários Ligas não ferrosas Adesivos Vidros fosfatados
Peles de animais Vidros Compósitos Borracha Concreto
Cimento Intermetálicos
Superligas
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7.1 Propriedades técnicas dos materiais
Todos os materiais são caracterizados por uma série de propriedades que definem o
seu comportamento em determinadas circunstâncias. Abaixo estão citadas algumas das
propriedades técnicas mais utilizadas:
f) Fragilidade: Propriedade que tem o material de, a frio ou a quente, não se deixar
deformar sem que ocorra a ruptura.
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i) Plasticidade: Propriedade que tem o material de se deixar deformar a frio sem
ruptura.
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3. NOÇÕES SOBRE TRATAMENTO TÉRMICO DOS METAIS
Aquecimento;
Tempo de permanência à temperatura;
Ambiente de aquecimento;
Resfriamento;
Ferro é o metal mais utilizado pelo homem. A abundância dos minerais, o custo
relativamente baixo de produção e as múltiplas propriedades físico-químicas que podem ser
obtidas com adição de outros elementos de liga são fatores que dão a este metal uma
extensa variedade de aplicações.
Alguns metais, como o cobre, por exemplo, podem ser usados no estado
quimicamente quase puro. Entretanto, isso não ocorre com o ferro. No uso prático, está
sempre ligado ao carbono e a outros elementos e, assim, no âmbito da ciência dos materiais
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e também na linguagem do dia-a-dia, a palavra "ferro" deve ser entendida como uma liga
dos elementos químicos ferro, carbono e outros.
O equilíbrio ferro-carbono
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Figura 3.1 – Diagrama de equilíbrio ferro-carbono.
A B
Figura 3.2 – Aço visto ao microscópio. Ferrita x400 (A) e Perlita x800 (B)
Ferros fundidos
Como já foi mencionado, o ferro fundido é uma liga de aço e carbono com teor de
carbono acima de 2,11%. Além disso, um teor considerável de silício está quase sempre
presente e, por isso, alguns autores consideram o ferro fundido uma liga de ferro, carbono e
silício. Outra característica é a existência de carbono livre, na forma de lamelas ou veios de
grafita.
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III IV
De forma similar aos aços, os ferros fundidos podem ser hipoeutéticos, eutéticos ou
hipereutéticos, com o valor eutético definido pelo ponto de equilíbrio entre a austenita e a
cementita (aproximadamente 4,3%, ponto G no diagrama da figura 3.3).
Quando o ferro fundido eutético é solidificado, logo abaixo do ponto G, há
formação de uma estrutura com fundo de cementita e glóbulos de austenita, denominada
ledeburita. Continuando o resfriamento, abaixo de 727°C não poderá mais existir a
austenita e, portanto, a ledeburita será composta por glóbulos de perlita sobre fundo de
cementita.
Um ferro fundido hipoeutético (linha III no diagrama) deve apresentar áreas de
perlita, ledeburita e cementita.
Um ferro fundido hipereutético (linha IV) apresenta cristais de cementita em forma
de agulhas sobre fundo de ledeburita.
Nos aspectos de componentes de liga e tratamentos térmicos, os ferros fundidos
podem ser classificados conforme apresentado abaixo:
Cinzento: a superfície recém cortada tem aspecto cinza escuro. O silício está
presente em proporção considerável e a estrutura contém carbono livre (grafita) em forma
de veios ou lamelas. Os veios de grafita exercem significativa influência no comportamento
mecânico. Eles produzem aumentos localizados de tensões, que podem iniciar pequenas
deformações plásticas sob tensões relativamente baixas na peça e trincas sob esforços
maiores. Como resultado, uma peça de ferro fundido cinzento não tem, na prática,
comportamento elástico, mas dispõe de um elevado fator de amortecimento de vibrações,
característica importante no caso de máquinas operatrizes.
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resistência à abrasão são fundamentais, como cilindros de laminação, matrizes de
estampagem, etc.
Nodular: No estado líquido, passa por um tratamento especial para produzir grafita
em forma esférica, o que confere uma boa ductilidade. O ferro fundido nodular é
amplamente empregado por apresentar um bom equilíbrio entre custos e propriedades
mecânicas, algumas delas próximas dos aços. Algumas aplicações: válvulas para vapor e
produtos químicos, cilindros para papel, virabrequins, engrenagens, etc.
A B
Figura 3.4 - Ferro fundido cinzento (A) e nodular (B). Aumento: x200.
Elementos de Liga
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Chumbo (Pb): não se liga ao aço, mas quando adicionado, se distribui na estrutura
em forma de partículas microscópicas, o que resulta em maior facilidade de usinagem.
Entretanto, devido ao baixo ponto de fusão (cerca de 327°C), aços com chumbo não devem
ser usados em temperaturas acima de 250°C.
Cromo (Cr): melhora a resistência à corrosão (aço com cerca de 12% Cr resiste à
ação da água e de vários ácidos), aumenta a resistência à tração (em média, 80 MPa para
cada 1% de cromo), melhora a temperabilidade, aumenta a resistência à alta temperatura e
ao desgaste.
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Vanádio (V): refina a estrutura do aço, impedindo o crescimento dos grãos. Forma
carbonetos duros e estáveis e é usado em aços para ferramentas para aumentar a capacidade
de corte e dureza em altas temperaturas.
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3.2 Tratamentos Térmicos
Recozimento
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Normalização
Com isso, procura-se obter perlita mais fina e tamanho de grão menor;
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Têmpera
Revenimento
Têmpera Superficial
Aplicada em peças que necessitam de alta dureza superficial, porém com núcleo
relativamente dúctil (peças sob solicitações dinâmicas);
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Aplicada em peças cuja têmpera total é impossível;
a b
Figura 3.3 – Aço temperado (a) e revenido (b). Amp.: 1000 vezes. Gráfico do processo.
a b
Figura 3.4 – Têmpera superficial com o aquecimento por chama (a) e por indução (b).
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Coalescimento
Austêmpera
Ideal para aços com teor de carbono maior que 0,5%; ou menor teor de carbono
e alto teor de Mn.
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Martêmpera
São processos que visam o endurecimento superficial dos aços pela modificação
parcial da sua composição química e aplicação simultânea de um tratamento térmico.
Cementação
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A temperatura do tratamento deve estar acima da zona crítica;
Tipos de Cementação:
- Cementação Sólida (em caixa)
- Cementação Líquida
- Cementação Gasosa
- Cementação sob vácuo
Nitretação
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Tipos de Nitretação:
- Nitretação a gás;
- Nitretação líquida.
Cianetação
Aquecimento do aço a uma temperatura entre 760° e 870°C num banho de sal
de cianeto fundido;
Boretação
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4. COMPONENTES DE MÁQUINAS
Na mecânica é muito comum a necessidade de unir peças como chapas, perfis e barras.
Qualquer construção, por mais simples que seja, exige a união de peças entre si. Os componentes
utilizados para este fim são chamados de elementos de fixação, sendo que, alguns exemplos estão
apresentados abaixo:
Rebites
1 – pino cônico
2 – pino cônico com rosca
3 – pino cilíndrico
4 – pino elástico
5 – cavilhas
6 – contra-pino
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Parafusos e Porcas
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Arruelas
Arruela Arruela
Lisa Serrilhada
Arruela
Arruela
de
Ondulada
Pressão
Arruela Arruela de
Dentada Travamento
Anéis Elásticos:
Chavetas
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Buchas
Guias
31
Mancais
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Rolamentos
Rolamento fixo
de uma carreira
de esferas
Rolamento de
contato angular
de uma carreira
de eferas
Rolamento
autocompensador
de esferas
Rolamento de
rolo cilindrico
Rolamento
autocompensador
de uma carreira
de rolos
Rolamento
autocompensador
de duas carreiras
de rolos
Rolamento de
rolos cônicos
Rolamento axial
de esferas
Rolamento axial
autocompensador
de rolos
Rolamento de
agulhas
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Molas
Molas Helicoidais
Tração
Compressão
Torção
Molas Planas
Plana Simples
Mola Prato
Mola de Feixes
Espiral
Polias e correias
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Polia de aro Polia com
plano guia
Polia
Polia em “V”
escalonada múltipla
Correntes
Cabos
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Roscas de transmissão
Engrenagens
Engrenagem
cilíndrica de
dentes retos
Engrenagem
cilíndrica de
dentes
helicoidais
Engrenagens
cônicas
Cremalheira
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Cames
Acoplamentos
Acoplamento
rígido com
flange
parafusado
Acoplamento
elástico
Borracha
Anel de pressão
Acoplamento
perflex
Eixos
Esfera de aço
Junta
homocinética
Calha
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Exemplos de Máquinas Complexas
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5. FERRAMENTAS DE GEOMETRIA DEFINIDA
Ferramenta de
torneamento
Ferramenta de
fresagem
Ferramenta de
furação
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Cavaco é o material removido do tarugo, durante a usinagem, com o objetivo de
obter a forma final da peça.
Tipos de cavaco
Condições de Corte
Fluido de Corte
Quebra Cavaco
Ângulo de Saída
Raio de Quina
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Geração de calor e distribuição de temperatura
Aço Ferramenta
Aço Rápido
Ligas Fundidas
Metal Duro
Cermet
Cerâmica
Nitreto de Boro Cúbico
Diamante
Fluidos de corte
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São divididos em:
Principais Benefícios
Diminuição da temperatura;
Corrosão de peças;
Corrosão da máquina;
Sujeiras e impurezas;
Risco de incêndio;
Prejuízos à saúde;
Poluição do meio-ambiente.
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6. FERRAMENTAS DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
Ter estabilidade química: Não reagir quimicamente com o fluido de corte sob
altas pressões e temperaturas.
Coríndon (Al2O3)
Diamante
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Ligantes
Tem a função de manter os grãos abrasivos presos até que estes estejam sem
capacidade de corte.
Materiais ligantes
Mecanismo da usinagem
Formas de desgaste
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A maior parte da energia mecânica é convertida em energia térmica;
A maior parte da energia é absorvida pela peça, uma vez que os gumes de corte
não são afiados.
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7. ESTUDOS DOS MOVIMENTOS, FORÇAS E POTÊNCIAS DE CORTE
Ativos
Corte: movimento que provoca a remoção de material apenas durante uma volta
quando não está associado ao movimento de avanço;
f
f Direção de
avanço
Passivos
Grandezas de penetração
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Figura 7.2 – Grandezas de penetração.
Velocidade de corte
Vc = Velocidade corte
Aplainamento Vc = 2 . c . GPM (m/min)
Brochamento
1000 c = comp. da peça + folga
(mm)
GPM = golpes por minuto
ap
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Figura 7.4 – Movimentos e velocidades num processo de furação.
Velocidade de avanço
Direção de
avanço Direção de Direção de
corte corte
f Direção de
avanço
Vf = GPM . f Vf = n . f
Vf = Vc . 1000 . f Vf = Vc . 1000 . f
2.c π.D
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7.3 Tempos de usinagem
tc = Lf / Vf
Vf = velocidade de avanço
ve
vc
vc = Velocidade de corte
vf = Velocidade de avanço
ve = Velocidade efetiva
Ff = Força de Avanço vf
Fc = Força de Corte
Ft = Força Ativa Ff
Fc
Ft
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ve
vc
vc = Velocidade de corte
vf = Velocidade de avanço
ve = Velocidade efetiva
Fp = Força Passiva vf
Fp
Ft = Força Ativa
Fu = Força de Usinagem
Ft
Fu
Nos processos de usinagem é muito difícil a medição direta das forças de corte. Um
dos motivos é o fato de não se ter conhecimento preciso da direção e do sentido das forças.
Para tanto, foram determinados métodos empíricos que possibilitam a determinação das
forças de corte. A fórmula básica do método de Kienzle é representada pela equação:
Fc = Ks . A
A=b.h
b
ap
b = ap / sen(χχ) χ h
h = f . sen(χ
χ)
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A fórmula de Kienzle para a determinação da força de corte pode ser representada
conforme as equações abaixo:
Fc = Ks1 . h1-z . b
ap = 1,00 mm
A tabela abaixo fornece os valores obtidos para 1-z e Ks1 nos experimentos de
Kienzle para alguns tipos de materiais (Fonte: Diniz, 2000).
Fc ⋅ Vc
Pc = [cv]
60 ⋅ 75
Fc ⋅ Vc
Pc = [kW]
60 ⋅ 100
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A potência do motor da máquina ferramenta pode, então ser estimada levando-se
em conta o seu rendimento (η), de acordo com a equação abaixo:
Pc
Pmotor =
η
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8. SOLDAGEM
Eletrodo
Tubo de gás
Cabo elétrico
Deslocamento
Tubo de contato
Poça de metal
fundido
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PROCESSO MANUAL com
ELETRODO REVESTIDO
(BAIXA PRODUÇÃO)
PROCESSO
SEMI-AUTOMÁTICO
(ALTA PRODUÇÃO)
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Tipos de chanfro
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Resistência mecânica de juntas soldadas
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- São colocados na parte central da linha de referência,
podendo ser posicionado acima ou abaixo dela, dependendo
do lado da peça a que se refere.
junta junta
côncavo plano cônvexo
de topo em ângulo
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9. CONFORMAÇÃO MECÂNICA
Tipos de conformação
Prever etapas de conformação de tal forma que os níveis de tensão gerados não
ultrapassem o valor máximo suportado pelo material;
Etapas de fabricação
2. Dimensionamento da peça
- Sobremetal;
- Tolerâncias dimensionais;
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- Ângulos de saída;
- Arredondamentos de cantos;
- Excentricidade;
- Determinação da linha de rebarbas.
3. Dimensionamento do tarugo
- O princípio da conservação de massa determina que o volume do tarugo é o
mesmo da peça ao final do processo.
- Podem ocorrer cerca de 3% de perdas devido à oxidação e descarbonetação
durante o processo.
5. Dimensionamento da matriz
- O dimensionamento da matriz se baseia nos resultados obtidos nos cálculos da
etapa anterior.
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- O material selecionado, após o tratamento térmico, deverá possuir elevada
dureza, tenacidade, resistência ao desgaste, à fadiga, a choques, oscilações
térmicas e elevado limite de escoamento.
- Os materiais mais utilizados são os aços-carbono ligados ao cromo, vanádio,
molibdênio, níquel e tungstênio.
Matriz superior
Matriz inferior
Largura Altura livre
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRARESI, Dino. Usinagem dos materiais. Edgard Blücher. 3v. São Paulo, 1970.
FREIRE, J. Tecnologia mecânica. LTC. 2v., 3v., 4v. e 5v. Rio de Janeiro, 1976.
REMY, A., GAY, M., GONTHIER, R. Materiais. Editora Hemus. Curitiba, 2002.
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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DOS VINHEDOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA NATUREZA E TECNOLOGIA
TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO MOVELEIRA
TECNOLOGIA MECÂNICA