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ENGENHARIA MECÂNICA

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA

ATIVIDADE 1
CRISTALIZAÇÃO DO SULFATO DE COBRE

UNIP Tatuapé
2021

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CRISTALIZAÇÃO DO SULFATO DE COBRE

Trabalho apresentado à Universidade


Paulista – UNIP, referente ao curso de
Engenharia Mecânica como um dos
requisitos para a avaliação na disciplina
MCMA Materiais de Construção Mecânica
Aplicada.

UNIP Tatuapé
2021

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................4

2 OBJETIVO.........................................................................................................................4

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................5

3.1 Definição de Cristais......................................................................................................5

3.1.1 Monocristal e Policristal............................................................................................6

3.2 Cristalização.....................................................................................................................6

3.3 Nucleação..........................................................................................................................7

4 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................8

4.1 Materiais............................................................................................................................8

4.2 Procedimento Experimental.........................................................................................8

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................9

6 CONCLUSÕES................................................................................................................10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................11

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1 INTRODUÇÃO

A cristalização pode ser descrita como uma operação em que a partir de


uma solução, ou sólido fundido, se obtém cristais de um dos componentes
dessa mistura líquida. A capacidade de purificar substâncias e modificar e/ou
diminuir propriedades que venham comprometer a aplicação de um produto
definem a necessidade de estudar esse processo. Nesse procedimento se
manipula alguns atributos termodinâmicos a fim de causar o agrupamento
molecular em estruturas elevadamente organizadas, que recebem o nome de
cristais. A grande instabilidade de uma mistura líquida supersaturada favorece
a nucleação (formação de cristais), e graças a esse fator se torna a alma dos
processos de cristalização. É necessário o entendimento das relações de
equilíbrio de fases para modelar esse processo (CARDOSO; CASTRO;
PEREIRA; SOUSA, 2016).

Vale ressaltar que os metais e as ligas metálicas possuem estruturas


cristalinas, que por conseguinte os caracterizam como metais. Com base
nessas informações, realiza-se o estudo da cristalização do sulfato de cobre
para que haja uma melhor compreensão do assunto.

2 OBJETIVO

Verificar as etapas da operação de formação de cristais a partir de uma


solução líquida supersaturada e diferenciar um monocristal (cristal individual)
de um policristal (agregado cristalino).

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Definição de Cristais

Os cristais têm como característica uma conformação atômica muito


organizada em uma rede espacial tridimensional (FIGURA 1). Essa rede possui
distâncias e ângulos fixos e repetitivos entre as suas partículas e seus
parâmetros podem ser determinados a partir de um padrão característico de
difração de raios x. A nível macroscópico temos um sólido com formas
geométricas bem definidas (FOUST, 1982).

Figura 1 – Representação, na ordem, de uma estrutura cristalina, célula unitária


e agregado de átomos

FONTE: (CALLISTER, 2016, p. 78)

Na cristalização, a melhoria nas propriedades as vezes não é o


suficiente, mas também importa o formato e o tamanho do cristal. Na maioria
das vezes é requerido que o cristal possua uniformidade em suas dimensões.
Esse aspecto previne descontinuidades indesejáveis.

Alguns materiais são passíveis de cristalizar em dois ou mais sistemas


diferentes, no que tange às condições as quais a cristalização ocorre. Dentre
os sistemas, alguns são cúbicos, hexagonais, trigonais, tetragonais,
monoclínicos, dentre outros. Carbonato de cálcio, por exemplo, é comumente
encontrado na natureza na forma hexagonal (calcite).

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3.1.1 Monocristal e Policristal

Também descrito como cristal individual, representa um corpo sólido


formado por substâncias cujas ligações atômicas ou moleculares são
caracterizadas por uma periodicidade. Tais padrões dão uma forma geométrica
definida nas estruturas internas para cada substância. Essas características
são influenciáveis pela temperatura, sendo recomendado que permaneça
abaixo do ponto de fusão da substância.

Os policristais, por outro lado, são constituídos de grandes números de


pequenos agregados de cristais, chamados de grãos. No geral, materiais
metálicos são policristalinos. Os grãos são observáveis apenas com o uso de
microscópio.

3.2 Cristalização

A cristalização é um processo que se utiliza de uma fase homogênea


para formar partículas sólidas. Como exemplo, temos o processo de
congelamento da água para formar gelo, a formação de partículas solidificadas
em um dado material fundido e utilização de um líquido para formar cristais
sólidos. Este último possui maior relevância comercial e à vista disso é o mais
estudado. No processo de cristalização, a solução concentrada é arrefecida até
o ponto em que a concentração do soluto exceda a sua solubilidade. Em
seguida, o soluto sai da solução dando origem a cristais quase puros
(CARDOSO et al., 2016).

Cristalizar uma solução se tornou uma tecnologia muito utilizada na


indústria química, graças a capacidade de obtenção de materiais da química
fina que outrora não eram acessíveis ou muito difíceis de obter, tais como:
carbonato de sódio, cerâmica, sal, precursores de poliéster, alimentos e
fertilizantes (JONES, 2005).

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3.3 Nucleação

A etapa que antecede o processo de cristalização, dando surgimento


aos cristais decorrente de uma solução supersaturada recebe o nome de
nucleação. Núcleos cristalizados se formam a partir de átomos, íons ou
moléculas. A agilidade com a qual as partículas se movem lhes concedeu a
alcunha de unidades cinéticas.

A nucleação pode ser classificada de duas formas:

 Nucleação Primária: Os agentes de nucleação são as próprias


superfícies sólidas. É um processo espontâneo. Formados os primeiros
cristais, também podem se transformar em núcleos novos.
 Nucleação Secundária: Estimulada por intermédio da introdução de
núcleos (cristais estáveis) que já haviam se formado no sistema, e
também requer um menor grau de supersaturação a fim de que se
acelere o processo.

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Materiais

Segue-se a relação dos equipamentos necessários para realizar o


experimento.

 Chapa de aquecimento
 Béquer de 50 ml
 Proveta de 150 ml
 Cilindro Graduado
 Termômetro de Mercúrio
 Baqueta de vidro

Quanto aos materiais, foram utilizadas:

 50 gramas de Sulfato de Cobre Hidratado


 Água destilada (100ml)

4.2 Procedimento Experimental

1) Colocar 100ml de água destilada em um Becker de 500ml.


2) Colocar o Becker sobre a chapa de aquecimento e colocar o seletor de
temperatura em 10.
3) Colocar o termômetro dentro da água. Quando a temperatura do
termômetro atingir 70ºC, diminuir a temperatura da chapa a fim de
manter constante a temperatura de 70ºC.
4) Adicionar aos poucos 50 gramas de sulfato de cobre.
5) Misturar até obter uma solução homogênea.
6) Colocar dentro do Becker algumas pedrinhas de sulfato de cobre, cobrir
e aguardar 48 horas para que os cristais se formem.
7) Retirar a água do Becker e observar os cristais formados.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como descrito na metodologia, houve um aumento da solubilidade do


cobre em água ao submeter o material ao calor, à vista de que maiores
quantidade de soluto são passíveis de serem dissolvidas em um solvente ao
aumentar a temperatura de trabalho, excedendo a temperatura ambiente. A
Figura 2 descreve a influência da temperatura na solubilidade do sal,
fornecidos pelo PERRY (2008).

Figura 2 – Solubilidade do CuSO4.5H20 em função da temperatura.

Fonte: (PERRY, 2008)

Após todos os procedimentos, foi possível a solubilização completa do


sulfato de cobre e a obtenção de cristais.

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6 CONCLUSÕES

Ao longo do trabalho, vale pontuar a utilização de sólidos


monocristalinos artificiais e também de elevada pureza na indústria, mais
especificamente, em dispositivos eletrônicos, como por exemplo:

 Circuitos integrados eletrônicos: Si, Ge, GeAs, etc.


 Memória óticas: LiNb03, Fe, Bi12TiO20
 Lasers de estado sólido: GaAs, Al2O3, Y3Al5O12, entre outros.

Esses materiais podem ser obtidos de formas variadas que vão


depender da solubilidade do material e da aplicação posterior. Para serem
obtidos, exige-se técnicas que priorizem o controle minucioso da síntese a fim
de que o cristal tenha uma desenvoltura cinética adequada. A pressão, a
temperatura e a concentração dos reagentes devem ser controladas
meticulosamente para que, na fase líquida, os átomos façam as interações e
formem os retículos cristalizados, se propagando pelo material sem quaisquer
alterações. (NILSO, BARELLI; MATILDES; BENEDETT, 2003).

Conclui-se, portanto, que a obtenção de novos materiais e/ou a síntese


controlada de materiais que já são conhecidos são grandes desafios
tecnológicos, o que contribui para as pesquisas no âmbito, haja vista que o
desenvolvimento desses setores culmina na melhor e mais abrangente
aplicação em diferentes áreas além de favorecer novos métodos de obtenção
dos mesmos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FOUST, A.S.; CLUMP, C.W.; WENZEL, L.A. Princípios de Operações Unitárias.


Rio de Janeiro: LTC, 1982.

JONES. A: RIGOPOULOSS.; ZAUNER, R. Crystallization and precipitation


engineering. Compurers and Chemical Engineering. v. 29, p. 1159—1 166,
2005.

NILSO, BARELLI; MATILDES, B.; BENEDETT, A. V. DESENVOLVIMENTO DE


UM DISPOSITIVO PARA OBTENÇÃO DE MONOCRISTAIS DE LIGAS À
BASE DE COBRE. v. 26, n. 5, p. 757– 762, 2003.

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