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ELET032 – Materiais Elétricos e Magnéticos

5º período

AULA 02 – Perspectiva histórica

Prof. Raphael Batista


(raphael.louro@ifmg.edu.br)

Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Avançado Itabirito


Engenharia Elétrica
AULA 02 – Perspectiva histórica

1. PERSPECTIVA HISTÓRICA
• Nosso cotidiano é influenciado, em menor ou maior grau, pelos
materiais:

Transporte
Eletrônicos Compras
Calçados
Construção

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1. PERSPECTIVA HISTÓRICA
• Desenvolvimento e avanço da sociedade → produção e
manipulação de materiais: Idade da Pedra (2,5 milhões a.C.), Idade
do Bronze (3500 a.C.) e Idade do Ferro (1000 a.C.);
• Início com número limitado de materiais: pedra, pele, madeira, argila...
• Descoberta de técnicas para produção de novos materiais: cerâmica,
metais;
• Mudança de propriedades de um material por processos térmicos e
adição de outras substâncias.

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1. PERSPECTIVA HISTÓRICA
• Nos últimos 100 anos, a ciência permitiu relacionar os elementos
estruturais dos materiais com suas propriedades;
• Capacidade de alterar a propriedade dos materiais → dezenas de
milhares de materiais diferentes desenvolvidos, como plásticos, vidros
e fibras;
• Seria possível popularizar o automóvel sem aço ou material substituto
a custos baixos? E o desenvolvimento de eletrônicos por meio de
materiais semicondutores?

Relevância da ciência e engenharia de materiais

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2. OS COMPONENTES DA CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS


• Ciência de materiais → investiga as relações que existem entre as
estruturas e propriedades dos materiais;
• Engenharia de materiais → usa os conceitos da ciência de materiais
em projetos ou engenharia da estrutura de um material (obter um
conjunto predeterminado de propriedades).
Exemplo:
Cientista de materiais → desenvolve ou sintetiza novos materiais
Engenheiro de materiais → cria novos produtos ou sistemas com
materiais existentes e/ou desenvolve técnicas para o processamento
de materiais.

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2. OS COMPONENTES DA CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

Processamento Estrutura Propriedades Desempenho

a) Propriedade: característica de um material em termos do tipo e


magnitude da sua resposta a um estímulo específico que lhe é imposto.
Exemplo: condutividade elétrica (campo elétrico é o estímulo).
b) Estrutura: refere-se, em geral, ao arranjo dos componentes internos do
material. Exemplo: estrutura cristalina (escala microscópica).
c) Processamento: forma com que o material é processado ou
manipulado. Exemplo: passos para matéria-prima virar produto acabado.
d) Desempenho: resultados do material na tarefa para o qual foi
projetado. Exemplo: eficiência na absorção de água de um certo material.

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3. RAZÃO DE ESTUDAR CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

• Projetos que demandam o uso de materiais com determinadas


propriedades, como um chip de um circuito integrado;
• A solução costuma ser a seleção do material correto entre vários
disponíveis para o problema – definição dos critérios de escolha;
• Critérios: Condições de serviço (escolha de uma propriedade em
detrimento de outra), deterioração das propriedades durante o tempo
de operação e, principalmente, o custo (custo-benefício)

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4. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS


a) Metais: compostos por um ou mais elementos metálicos (Fe, Al, Ti...)
e, não necessariamente, por elementos não metálicos (C, N, O...) em
quantidades relativamente pequenas;
Os átomos estão arranjados de maneira muito ordenada e são
relativamente densos;
São relativamente rígidos, resistentes e dúcteis (capaz de deformar
sem fraturar);
Grande número de elétrons não localizados ou livres (sem conexão a
algum átomo em particular);
Bons condutores de eletricidade e calor, não transparentes à luz visível,
aparência brilhosa quando polidos e podem ter boas propriedades
magnéticas.

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4. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS


b) Cerâmicas: compostos formados entre elementos metálicos e não
metálicos, costumam ser óxidos, nitretos e carbetos (óxido de alumínio
Al2O3, sílica SiO2). As cerâmicas tradicionais são materiais compostos
por argila (porcelana), assim como o cimento e o vidro;
São relativamente rígidos e resistentes, comparáveis aos metais, mas
nada dúcteis e muito sensíveis à fratura (cerâmicas “engenheiradas”
podem ter melhor resistência → faca e panela de cerâmica, discos de
freio em automóveis);
Isolantes de eletricidade e calor, mais resistentes à temperatura
elevada que metais e polímeros. Podem ser translúcidas (vidro) ou não
(cimento) e podem ter comportamento magnético (magnetita Fe3O4 ou
FeO.Fe2O3).

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4. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS


c) Polímeros: incluem os plásticos e borracha, compostos orgânicos (C,
H) e outros não metálicos (O, N, Si);
Estruturas moleculares muito grandes, frequentemente na forma de
cadeias e compostas por átomos de carbono. Exemplos: polietileno,
nylon, PVC (cloreto de polivinila), borracha silicone e poliestireno.
Costumam ter baixa massa específica (massa/volume), nem tão rígidos
e resistentes quanto outros tipos de materiais. Por terem baixas
densidades, podem ter rigidez e resistência em relação à sua massa
similar às dos metais e cerâmicas. Muitos são extremamente dúcteis e
flexíveis (isto é, plásticos), sendo conformados em formas complexas.
Costumam ser inertes e terem como desvantagens o amolecimento
e/ou decomposição em temperaturas modestas. Baixa condutividade
elétrica e não são magnéticos.

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4. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS


d) Compósitos: compostos por dois (ou mais) materiais individuais (metal,
cerâmica e polímero), têm o objetivo de combinar propriedades não
exibidas por qualquer material isolado e incorporar as melhores
características de cada um dos materiais que as compõem;
Existem compósitos naturais, como a madeira e os ossos, mas a maioria é
sintética (isto é, feita pelo homem);
Um dos mais comuns é a fibra de vidro → pequenas fibras de vidro
encerradas em um material polimérico (epóxi ou poliéster). As fibras de
vidro são relativamente resistentes e rígidas (são frágeis), enquanto o
polímero é mais flexível. Material final é relativamente rígido, resistente e
flexível.
A fibra de carbono (PRFC ou polímero reforçado com fibras de carbono)
também é um compósito.

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Metais

Polímeros

Cerâmicas

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Ductibilidade

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[Siemens por metro])

Considerado material
avançado

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