Você está na página 1de 290

INSTITUTO FEDERAL DE

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


CEARÁ
Campus Tabuleiro do Norte

Disciplina
MATERIAIS de CONSTRUÇÃO
MECÂNICA E ENSAIOS

Professor
Allan da Silva Maia
Apresentação da
Disciplina
Programa da Disciplina

Unidade 1: Unidade 2:
- Definição de condições de altas - Fragilização de dutos por
temperaturas e altas pressões. hidrogênio.
- Termodinâmica de materiais - Técnicas de revestimento interno de
submetidos a altas temperaturas e dutos para altas temperaturas e
altas pressões. pressões.
- Influência da pressão nos - Comportamento mecânico dos
diagramas de fases binários e materiais estruturais;
ternários. - Normalização de ensaios;
- Influência da temperatura e - Medidas de carga e deformação;
pressão na microestrutura. - Fundamentos da fratura; fratura
- Influência de altas pressões e dúctil; fratura frágil; princípios da
temperaturas nas propriedades mecânica da fratura; fratura estática
mecânicas de materiais metálicos, e dinâmica; fratura sob fluência.
cerâmicos, polímeros e compósitos:
fluência, fadiga, fratura.
- Especificação de materiais para
dutos: metais, cerâmicos,
compósitos.
Objetivos da disciplina

 Conhecer a influência dos elementos químicos nas


propriedades dos materiais;
 Conhecer os tratamentos térmicos e termoquímicos e suas
influências nas propriedades dos metais; Selecionar materiais
para aplicações industriais;
 Identificar materiais ferrosos, não ferrosos e poliméricos.
 Diferenciar materiais ferrosos (aços e ferros fundidos), não
ferrosos (alumínio, cobre, bronze e latão) e poliméricos
(termofixos, termoplásticos e elastômeros);
 Indicar pontos críticos no diagrama TTT e TRC;
 Operar dispositivos de geração de calor para tratamentos
térmicos e termoquímicos;
Objetivo da disciplina

 Operar dispositivos de geração de calor para tratamentos


térmicos e termoquímicos;
 Observar mudanças de fases após os tratamentos térmicos;
 Determinar o tratamento térmico ou termoquímico ideal para
cada aplicação.
 Realizar ensaios destrutivos e não-destrutivos em materiais
metálicos;
 Compreender as técnicas e limitações de cada ensaio;
 Correlacionar parâmetros entre os ensaios de materiais;
 Ler e interpretar os resultados dos relatórios de ensaio.
 Descrever o procedimento técnico dos diferentes ensaios;
 Utilizar corretamente Normas Técnicas relativas aos ensaios
 Elaborar relatórios de ensaios
Materiais e a
Sociedade
DEFINIÇÕES

• Materiais são substâncias com propriedades que as


tornam úteis na construção de maquinas, estrutura,
dispositivos e produtos. Em outras palavras, os
materiais do universo que o homem utiliza para
“fazer coisas”.
DEFINIÇÕES

Exemplos de Materiais

 Metais: Fe, Au, Cu, Al, .... e suas ligas;


 Cerâmicas: vidros, argilas, cimentos;
 Polímeros: plásticos (Ex.: polietileno), borrachas
(Ex.: neoprene), espumas;
 Compósitos: (fibra de vidro embebida em matriz
epóxi, madeira, concreto, metal duro);
 Semicondutores: (Si, SiGe, GaAs, InGaAsP).
DEFINIÇÕES

Trabalha com diferentes classes de materiais.

metais cerâmicos polímeros compósitos


DEFINIÇÕES

• Metais • Materiais metálicos são


geralmente uma combinação de
elementos metálicos.
• Os elétrons não estão ligados a
nenhum átomo em particular e
por isso são bons condutores de
calor e eletricidade.
• Não são transparentes à luz visível
• Têm aparência lustrosa quando
polidos.
• Geralmente são resistentes e
deformáveis.
• São muito utilizados para
aplicações estruturais
DEFINIÇÕES
DEFINIÇÕES
DEFINIÇÕES

• Materiais cerâmicos são


• Cerâmicas geralmente uma combinação de
ALUMINA elementos metálicos e não-
metálicos.
• Geralmente são óxidos, nitretos e
carbetos
• São geralmente isolantes de calor
e eletricidade
• São mais resistêntes à altas
temperaturas e à ambientes
severos que metais e polímeros
• Com relação às propriedades
mecânicas as cerâmicas são duras,
porém frágeis
• Em geral são leves
DEFINIÇÕES
OS MATERIAS CERÂMICOS NA TABELA PERIÓDICA

Os cerâmicos são constituídos de metais e não-metais


DEFINIÇÕES

• Polímeros • Materiais poliméricos são


geralmente compostos orgânicos
baseados em carbono, hidrogênio
e outros elementos não-
metálicos.
• São constituídos de moléculas
muito grandes (macro-moléculas)
• Tipicamente, esses materiais
apresentam baixa densidade e
podem ser extremamente
flexíveis
• Materiais poliméricos incluem
plásticos e borrachas
DEFINIÇÕES
DEFINIÇÕES

• Materiais compósitos são


• Compósitos constituídos de mais de um tipo
de material insolúveis entre si.
• Os compósitos são “desenhados”
para apresentarem a combinação
das melhores características de
cada material constituinte
• Muitos dos recentes
desenvolvimento em materiais
envolvem materiais compósitos
• Um exemplo classico é o
compósito de matriz polimérica
com fibra de vidro. O material
compósito apresenta a resistência
da fibra de vidro associado a
flexibilidade do polímero
DEFINIÇÕES

• Materiais semicondutores
• Semicondutores apresentam propriedades
elétricas que são intermediárias
entre metais e isolantes
• Além disso, as características
elétricas são extremamente
sensíveis à presença de pequenas
quantidades de impurezas, cuja
concentração pode ser controlada
InP em pequenas regiões do material
(para formar as junções p-n)
• Os semicondutores tornaram
possível o advento do circuito
integrado que revolucionou as
indústrias de eletrônica e
computadores
• Ex: Si, Ge, GaAs, InSb, GaN, CdTe..
DEFINIÇÕES

• Biomateriais • Biomateriais são empregados em


componentes para implantes de
partes em seres humanos
• Esses materiais não devem
produzir substâncias tóxicas e
devem ser compatíveis com o
tecido humano (isto é, não deve
causar rejeição).
• Metais, cerâmicos, compósitos e
polímeros podem ser usados
como biomateriais.
DEFINIÇÕES
Materiais avançados

– São materiais utilizados em aplicações de tecnologia


de ponta, ou seja, são materias utilizados para a
fabricação de dispositivos ou componentes que
funcionam ou operam usando princípios sofiscados
– Exemplos destas aplicações incluem: equipamentos
eletrônicos (VCRs, CD players, DVDs), computadores,
sistemas de fibra óptica, foguetes e mísseis militares,
detectores, lasers, displays de cristal líquido,
indústria aeroespacial, etc.
– Estes materiais são geralmente materiais tradicionais
cujas propriedades são optimizadas ou materiais
novos de alto desempenho.
Materiais avançados

Materias que apresentem:

- Alto desempenho
- Baixo peso e alta resistência
- Resistência à altas temperaturas
- Desenvolvimento de materiais que
sejam menos danosos ao meio
ambiente e mais fáceis de serem
reciclados ou regenerados
Propriedades x estrutura

A escolha do material adequado à fabricação de


um produto deve levar em conta suas propriedades, as
quais podem ser divididas em 6 categorias:

• Propriedades mecânicas;
• Propriedades elétricas;
• Propriedades magnéticas;
• Propriedades ópticas;
• Propriedades térmicas;
• Propriedades deteriorativas
Propriedades x estrutura

As propriedades dos sólidos são determinadas, entre


outros fatores, pela sua estrutura e pelas forças de coesão
entre as partículas que os constituem e que, portanto,
variam segundo a natureza dessas partículas.

As propriedades dos materiais dependem:


Escala atômica - Estrutura Cristalina, defeitos;
Escala Microscópica – Microestrutura;
Escala Macroscópica – Macroestrutura.
Propriedades x estrutura

E
N
G
E
N
Microestrutura
H
A
R
I
A
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura

• O projeto adequado desses componentes exige o conhecimento do


COMPORTAMENTO MECÂNICO ou das PROPRIEDADES
MECÂNICAS dos materiais de que são fabricados.

• Algumas propriedades mecânicas importantes:


• RESISTÊNCIA MECÂNICA (À TRAÇÃO, À COMPRESSÃO, À
TORÇÃO, À FLEXÃO, AO IMPACTO ...).
• DUCTILIDADE.
• DUREZA.
Propriedades x estrutura

Principais propriedades dos materiais e


correspondentes aspectos de desempenho
Propriedades x estrutura

1.1 - Propriedades térmicas

Determinam o comportamento dos materiais


quando são submetidos a variação de
temperatura.
As propriedades térmicas mais importantes
são:
1.1.1 - Ponto de fusão
1.1.2 - Dilatação
1.1.3 - Condutividade térmica 32
Propriedades x estrutura

1.1.1 – Ponto de fusão

Ponto de Ponto de
Elemento Símbolo Elemento Símbolo
fusão (°C) fusão (°C)

Hélio He -272 Manganês Mn 1246


Hidrogênio H -259 Silício Si 1414
Oxigênio O -218 Níquel Ni 1455
Mercúrio Hg -39 Ferro Fe 1538
Estanho Sn 232 Titânio Ti 1668
Chumbo Pb 327 Crômio Cr 1907
Zinco Zn 420 Vanádio V 1910
Magnésio Mg 650 Nióbio Nb 2477
Alumínio Al 660 Molibdênio Mo 2623
Prata Ag 962 Tântalo Ta 3017
Ouro Au 1064 Tungstênio W 3422
Cobre Cu 1085 Carbono C 3527
33
Propriedades x estrutura

1.1.2 - Dilatação
Coeficiente de
Material dilatação linear
o -1 -5
em C (x 10 )
Pb 2,9
Al 2,4
Latão 2,0
Ag 1,9
Cu 1,7
Au 1,4
Fe 1,2
Aço 1,1
Concreto 1,0
Vidro comum 0,9
Vidro pirex 0,3
Propriedades x estrutura

•Porque quando seguramos um metal,


sentimos eles gelados?
Propriedades x estrutura

1.1.3 - Condutividade térmica


É a habilidade dos materiais de conduzir
energia térmica, ou seja, de proporcionar calor.
A porosidade nos materiais cerâmicos pode ter
influência dramática sobre a condutividade
térmica.
> volume dos poros < condutividade térmica.

36
Propriedades x estrutura

1.1.3 - Condutividade térmica


Condutividade
Material
térmica (Κ)

Alumínio 237
Cobre 401
Ferro 80,2
Ouro 317
Prata 429
Tungstênio 174
Vidro 0,79
Tijolo 0,6
Madeira (pinho) 0,13
Espuma de poliestireno 0,03
Polipropileno 0,25
Espuma de poliuretano 0,02
Água 0,61
Ar 0,03
Propriedades x estrutura

1.2 – Propriedades de massa

1.2.1 - Densidade

3 3
Elemento Densidade (g/cm ) Elemento Densidade (g/cm )
Ósmio 22,48 Ferro 7,80
Irídio 22,40 Estanho 7,30
Platina 21,45 Zinco 7,14
Mercúrio 13,60 Alumínio 2,70
Ouro 13,60 Grafita 2,27
Prata 10,50 Magnésio 1,74
Molibidênio 10,20 Água 1,00
Cobre 8,96 Ácool 0,79
Propriedades x estrutura

1.3 - Propriedades elétricas


Determinam o comportamento dos materiais
quando são submetidos à passagem de uma
corrente elétrica.
1.3.1 – Condutividade elétrica
Propriedades x estrutura

1.4 - Propriedades deteriorativas


Propriedades x estrutura

1.5 - Propriedades Tecnológicas ou de


Fabricação

No processamento de componentes
mecânicos, certas propriedades devem ser
consideradas, para que o material a ser
processado tenha um comportamento que não
comprometa seu desempenho tanto durante o
processamento, como em sua utilização.
1.5.1 - Usinabilidade
1.5.2 - Soldabilidade
1.5.3 - Conformabilidade
41
Propriedades x estrutura

1.5.1 - Usinabilidade
É a facilidade com que o material pode
ser cortado, torneado, fresado ou furado
sem prejuízo de suas propriedades
mecânicas.
O seu conhecimento é importante na
escolha dos materiais a serem usinados
na indústria.

42
Propriedades x estrutura

1.5.2 - Soldabilidade

É a capacidade que os materiais tem de


ser unidos pelo processo de soldagem,
tendo por objetivo a continuidade das
propriedades mecânicas dos materiais
soldados.

43
Propriedades x estrutura

1.5.3 - Conformabilidade
É a capacidade do material de ser
deformado plasticamente, através de
processos de conformação mecânica.

44
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas


Constituem uma das características mais
importantes das ligas metálicas ferrosas em
suas várias aplicações, visto que o projeto e
a execução de componentes mecânicos
estruturais são baseados nas propriedades
Mecânicas.
É o grupo de propriedades mais importante
para a construção mecânica.
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas

As propriedades mecânicas podem ser


compreendidas como a resposta do material
quando submetido a esforços mecânicos,
sendo determinadas através de ensaios.
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas

1.6.1 - Resistência Mecânica


1.6.2 - Elasticidade
1.6.3 - Ductilidade
1.6.4 - Tenacidade
1.6.5 - Fragilidade
1.6.6 - Dureza
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas


1.6.1 - Resistência Mecânica
É a capacidade de suportar as forças
externas.
Estas forças externas podem ser de diversos
tipos:
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas

1.6.2 - Elasticidade
Propriedade de um corpo sofrer deformação,
quando submetido à tração, e retornar
totalmente à forma original.
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas

1.6.3 - Ductilidade
É a capacidade que os materiais possuem
de sofrer deformação permanente sem se
romper.
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas


1.6.4 - Tenacidade
É a capacidade do material resistir ao
impacto (choque).
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas


1.6.5 - Fragilidade
É quando um material tem baixa resistência
ao choque.
Esta propriedade é oposta a tenacidade.
Propriedades x estrutura

1.6 - Propriedades Mecânicas


1.6.6 - Dureza
As ferramentas devem ser duras para que não
se desgastem a possam penetrar em um
material menos duro.
A dureza é, portanto, a resistência que um
material oferece à penetração de outro corpo.
Propriedades x estrutura

Teste seu conhecimento


1) Qual é o nome da propriedade que indica a
facilidade com o qual o material pode ser
cortado?

1) Qual é o nome da propriedade que indica a


capacidade do material de ser deformado
plasticamente?
Propriedades x estrutura

Teste seu conhecimento

3) Qual é o grupo de propriedades mais


importante para a construção mecânica?

3) O que determina o comportamento dos


materiais quando submetido a variações de
temperatura são:
–( ) as propriedades elétricas
–( ) as propriedades térmicas
–( ) as propriedades químicas
–( ) as propriedades mecânicas
Propriedades x estrutura

Teste seu conhecimento

• 4) A forma como os materiais reagem aos


esforços externos chamamos de propriedade
.............................
Evolução dos materiais
Evolução dos materiais
Estrutura dos
sólidos
Propriedades x estrutura

“As propriedades dos materiais sólidos cristalinos


depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira na
qual os átomos, moléculas ou íons estão
espacialmente dispostos”

Materiais sólidos podem ser classificados de


acordo com a regularidade com que seus
átomos ou íons se combinam entre si.
• Cristalinos
• Amorfos

Todos os metais, muitas cerâmicas e alguns polímeros formam


estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura

• Sólido Cristalino
• Existe ordem de longo alcance dos átomos.
• Os sólidos cristalinos são formado por células
unitárias que se repetem em longas distâncias
formando uma estrutura cristalina.

Célula unitária é o menor Video:


Estrutura
agrupamento de átomos Cristalina
representativo de uma parte01
determinada estrutura
cristalina.
Propriedades x estrutura

CÉLULA UNITÁRIA: 2D
Propriedades x estrutura

CÉLULA UNITÁRIA: 3D
Propriedades x estrutura

ESTRUTURA CRISTALINA =
RETÍCULO + ÁTOMOS
Propriedades x estrutura
Propriedades x estrutura

• Os átomos podem estar dispostos


tridimensionalmente de forma:

• ORGANIZADA ALEATÓRIA
Propriedades x estrutura

• Sólido Cristalino ou Amorfo?


Propriedades x estrutura

• Sólido Cristalino ou Amorfo?


Propriedades x estrutura

MATERIAL CRISTALINO: organização


periódica dos átomos que se repete ao
longo de grandes distâncias (metais,
muitos cerâmicos e certos polímeros).
MATERIAL NÃO-CRISTALINO OU AMORFO:
ausência de ordem, de um padrão na
disposição de seus átomos/moléculas.
ESTRUTURA CRISTALINA: arranjo espacial,
ordenado e repetitivo, dos átomos no
Propriedades x estrutura

Por quê estudar a estrutura cristalina dos


materiais?

“ESTRUTURA LEVA A PROPRIEDADES”


Propriedades x estrutura

• O material ser ou não cristalino explica a


diferença significativa nas propriedades de
materiais de mesma composição química.

Cerâmicas e Polímeros

Não-Cristalino Cristalino

Transparente Opaco
Propriedades x estrutura

Célula unitária: modelo de esferas rígidas

Célula Unitária
Propriedades x estrutura

Célula unitária mais comuns nos metais


Propriedades x estrutura

Célula unitária mais comuns nos metais


Propriedades x estrutura

Estrutura cristalina de alguns metais

Estrutura Metal

CCC Cromo, Tungstênio, Molibdênio, Ferro-

CFC Alumínio, Cobre, Níquel, Ouro, Prata, Platina,


Chumbo, Ferro-

HC Zinco, Titânio, Cobalto, Cádmio, Magnésio, berílio


Propriedades x estrutura

7 Sistemas, 14 Arranjos

Hexagonal
Cúbico Tetragonal

Romboédrico

Ortorrômbico Monoclínico

Triclínico
Propriedades x estrutura
Materiais monocristalinos e policristalinos

MATERIAIS MONOCRISTALINOS: constituídos por um único cristal.


• Todas as células unitárias se ligam da mesma maneira e possuem
a mesma direção
Materiais monocristalinos e policristalinos

MATERIAIS POLICRISTALINOS: formados por um grande número


de pequenos cristais (GRÃOS). É o caso dos metais, sob
condições normais de solidificação.
Materiais
Metálicos
DEFINIÇÕES
Metais Ferrosos

• Ferro
– Não é encontrado puro na natureza.
Encontra-se geralmente combinado com
outros elementos formando rochas as quais
dá-se o nome de MINÉRIO.
• Minério de ferro
– Retirado do subsolo, porém muitas vezes é
encontrado exposto formando verdadeiras
montanhas.
– Principais minérios: Hematita e Magnetita.
– Para retirar as impurezas, o minério é
Metais Ferrosos
Metais Ferrosos
Metais Ferrosos
Metais Ferrosos
Metais Ferrosos

 Formas comerciais do aço


 Para os diferentes usos industriais, o aço é
encontrado no comércio na forma de vergalhões,
perfilados, chapas, tubos e fios.
 Vergalhões - são barras laminadas em diversos
perfis, sem tratamento posterior à laminação.
Metais Ferrosos

• Formas comerciais do aço


– Perfilados - São vergalhões laminados em perfis
especiais tais como: L (cantoneira), U, T, I (duplo T),
Z.
Materiais Metálicos:
Solidificação
Recristalização dos metais

• Os metais, ao se solidificarem, formam cristais.

• Durante a solidificação de um metal puro, sua


TEMPERATURA PERMANECE CONSTANTE até que
todo o material mude de fase.

• À medida que a solidificação prossegue, os átomos


perdem energia, formando pequenos cristais, que
surgem em diferentes pontos do material.
Recristalização dos metais
Recristalização dos metais
Recristalização dos metais

A fronteira entre dois


grãos adjacentes é o Aço ABNT 1006
CONTORNO DE
GRÃO.
Recristalização dos metais

• Contorno de grão e grão


Todos os grãos de uma mesma fase do material
possuem a mesma estrutura cristalina, diferindo
somente na orientação.

Contorno de grão

Grão
Recristalização de fundidos
Recristalização dos metais

A forma do grão é
controlada:
- pela presença dos grãos
circunvizinhos

O tamanho de grão é
controlado
- Composição
- Taxa de cristalização ou
solidificação
Recristalização dos metais

No contorno de grão os átomos


estão desordenados. É uma
região QUIMICAMENTE REATIVA.
Recristalização dos metais
O contorno do grão

• A espessura do contorno de grão é de apenas alguns


diâmetros atômicos;
• Mudanças de fase e segregação de átomos de impureza
ocorrem preferencialmente ao longo do contorno de grão.
• Apesar do arranjo desordenado e irregular dos átomos ao
longo do contorno, a força de coesão entre os grãos é grande.
• ESTRUTURAS MUITO GROSSEIRAS (GRÃOS GRANDES) SÃO
INDESEJÁVEIS.
• A redução do tamanho de grão de um material é uma técnica
em que se melhora a resistência mecânica e a tenacidade do
material (resistência ao choque).
Recristalização da poça de fusão
Recristalização da poça de fusão

A velocidade solidificação da poça de fusão é muito


maior

A partir da zona parcialmente fundida ocorre a


solidificação da solda e o crescimento se se realiza com a
mesma orientação cristalina. Esse tipo de crescimento é
chamado de epitaxial. Ou pode ser competitivo onde o
crescimento dos grãos competem entre si.

Esses fenômenos determinam se a estrutura final da


solda será grosseira ou refinada.
Recristalização da poça de fusão

• Ocorre de duas formas Epitaxial ou


Competitivo.
• Epitaxial, o crescimento de um cristal na
superfície de outro cristal, acompanhando a
estrutura reticular do cristal de apoio.
Recristalização da poça de fusão

• Competitivo, os grãos
melhor orientados em
relação à direção de
extração de calor
tendem a crescer à
frente dos demais grãos,
bloqueando-os e
impedindo o seu
crescimento
Recristalização da poça de fusão

Zona Fundida Metal de Base


Recristalização da poça de fusão
Polimorfismo e alotropia

Alguns elementos químicos podem ter mais de


uma estrutura cristalina dependendo da
temperatura e/ou pressão ao o qual estão.

Poli = muitas
Morphos = formas
Polimorfismo = várias formas
Exemplos:
Carbono
Grafite: estável nas condições ambientes
Diamante: formado sob pressões extremamente elevadas
Ferro
912ºC: CCC (Fe-) → CFC (Fe-)
1394ºC: CFC (Fe- ) → CCC (Fe-)
Polimorfismo e alotropia

Alotropias do Ferro
o
C
Ferro líquido
150 0
Ferro  CCC
140 0

Ferro  CFC
“É preciso malhar o Ferro
enquanto ainda está quente”.
9 10

Ferro  CCC
Polimorfismo e alotropia

Dos elementos químicos conhecidos, 40 % apresentam


variações alotrópicas
Alotropia do titânio

FASE 
 Existe até 883ºC
 Apresenta estrutura hexagonal compacta
 É mole
FASE 
 Existe a partir de 883ºC
 Apresenta estrutura ccc
 É dura
Propriedades x estrutura

As propriedades dos sólidos são determinadas, entre


outros fatores, pela sua estrutura e pelas forças de coesão
entre as partículas que os constituem e que, portanto,
variam segundo a natureza dessas partículas.

As propriedades dos materiais dependem:


Escala atômica - Estrutura Cristalina, defeitos;
Escala Microscópica – Microestrutura;
Escala Macroscópica – Macroestrutura.
Imperfeições em sólidos cristalinos

Ferrita Perlita
Imperfeições em sólidos cristalinos
Classificação dos aços
Classificação do aços

Os critérios usados na classificação dos aços são:

 quanto à composição química;


 quanto à aplicação;
 quanto ao processo de fabricação;
 quanto à normas técnicas.
Classificação do aços

QUANTO AS PROPRIEDADES OU APLICAÇÃO


Aços para fundição
Aços para ferramentas
Aços estruturais
Aços para nitretação
Aços resistentes ao calor
Acos para fins elétricos
Aços para fins magnéticos
Classificação do aços

Aços especiais (ligas)

• Aços de construção: são usados na manufatura de


componentes de equipamentos industriais.
• Aços para ferramentas e matrizes: compreendem os
aços resistentes ao choques, para trabalho a frio e a
quente e aços rápidos.
• Aços Inoxidáveis e resistentes ao calor: correspondem
aos aços inoxidáveis martensíticos, ferríticos e
austeníticos, mais aços refratários.
• Aços com características especiais: como por
exemplos, aços para imans permanentes, para núcleos
de transformadores,...
Classificação do aços

Quanto ao processo de fabricação

• Aços Siemens – Martin;


• Aços Bessemer;
• Aços LD: conversor de oxigênio de Linz-
Donawitz;
• Aços elétricos, etc.
Classificação do aços

QUANTO A COMPOSIÇÃO

Aço-Carbono  sem elemento de liga


(elementos residuais: Si, Mn, P, S)
Alto, baixo e médio teor de carbono

Aço-Liga baixa liga (máximo 3-3,5%)


média liga
alta liga (teor total mínimo de 10-12%)
Classificação do aços

Quanto a composição química

Extra – doce < 0,15% C


Baixo Carbono
Doce 0,15 - 0,30% C

Meio – doce 0,30 - 0,40% C


Médio Carbono
Meio – duro 0,40 - 0,60% C
Duro 0,60 - 0,70% C
Alto Carbono
Extra – Duro 0,70 - 1,20% C
Classificação do aços

AÇOS BAIXO CARBONO


Equipamentos elétricos, engrenagens,...

AÇOS MÉDIO CARBONO


Indústrias automobilística, ferroviária, naval,
tratores,..

AÇOS ALTO CARBONO


Matrizes, cilíndros de laminadores, partes de
máquinas,...
Classificação do aços

Aplicações
1) 0,05% a 0,15% de C (extra doce)
Chapas, fios, parafusos, tubos trefilados e produtos de caldeiraria
2) 0,15% a 0,30% (doce)
Barras laminadas e perfiladas, arruelas e outros órgãos de
máquinas.
3) 0,30% a 0,40% (meio doce)
Peças especiais de máquinas, motores e ferramentas para
agricultura
4) 0,40% a 0,60% (meio duro)
Peças de grande dureza, ferramentas de corte, molas e trilhos
5) 0,60% a 1,5% (duro e extra duro)
Peças de grande dureza e resistência, molas, cabos, etc.
Metais Ferrosos

Aços
Baixo

Médio

Alto
Classificação do aços

SAE 1 0 4 0

Quatro algarismos para designar os aços


• Os dois últimos algarismos  teor de carbono
• Os dois primeiros algarismos indicam o tipo e a
quantidade aproximada dos elementos da liga;
• Quando o primeiro algarismo é 1, os aços são
simplesmente aços-carbono, desprezando seus
teores mínimos de manganês, silício, fósforo, e
enxofre. Neste caso, esses teores são considerados
iguais a zero;
Classificação do aços

Aço ABNT NBR 6006 XXYY(Y)

Teor médio de carbono X 100:


YY: %p C < 1,0%
YYY: %p C > 1,0 %

Classe

No de registro da norma

EXEMPLO: Aço ABNT NBR 6006


1020.
Classificação do aços

Exemplo de representação do aço ABNT para


construção civil:

• ABNT CA 25A – aços para construção civil com


sesc=25Kgf/mm2.

ABNT – SAE – construção mecânica


SAE 1010 - aço carbono com 0,10% de carbono.
SAE 1008 - aço carbono com 0,08% de carbono.

1 – indica que é um aço carbono, desconsidera a presença de


pequenas quantidades de outros metais como Mn, Si, P, S;
0 – indica a % de elementos de liga.
Classificação do aços

Composição química dos aços-carbono

Elemen Teor máximo Função


to (%p)
Mn 1,65 Desoxidante
Teores máximos de alguns e
elementos nos aços sem liga:
dessulfurante
 Al – 0,10%  Ni – 0,30
Si 0,30
 Bi – 0,10Desoxidante
 Nb – 0,06
P  B – 0,0008
0,04  Pb – 0,40
Normalmente
 Cr – 0,30  Se – 0,10
 Co – 0,10 nocivo
 Si – 0,50
S  Cu – 0,05Normalmente
0,05  Ti – 0,05
 Mn – 1,65  W – 0,01
 Mo – 0,08nocivo
 V – 0,10
Classificação do aços

Aços (Especiais) liga

São os aços que contem um ou mais elementos de liga além


do Fe e C, em quantidades tais que modifiquem ou melhorem
substancialmente uma ou mais de suas propriedades quer
sejam físicas, mecânicas ou químicas.
Quanto ao teor de elementos de liga os aços classificam-se
em:
• Aços de baixa liga – quando o somatório dos teores dos
elementos de liga é inferior a 5%.
• Aços de alta liga – quando o somatório dos elementos
de liga (teores) é superior a 5%.
Classificação do aços
OBJETIVOS DA ADIÇÃO DE ELEMENTOS DE LIGA:
Alterar as propriedades mecânicas.
Aumentar a usinabilidade, a temperabilidade e a resistência
ao desgaste.
VANTAGENS DO AÇO-LIGA SOBRE O AÇO-CARBONO:
Maior temperabilidade.
Menor distorção e trincas após tratamento térmico de
têmpera.
Maior resistência à fadiga.
Maior ductilidade com maior resistência mecânica.
DESVANTAGENS:
Custo mais alto.
Maiores cuidados durante o tratamento térmico, entre outras.
Classificação do aços

A introdução de outros elementos de liga nos aços


carbono é feita quando se deseja um ou diversos
dos seguintes efeitos:
• aumentar a dureza e a resistência mecânica;
• conferir resistência uniforme através de toda a seção em peças
de grandes dimensões;
• diminuir o peso (consequência do aumento da resistência) de
modo a reduzir a inércia de uma parte móvel;
• conferir resistência à corrosão;
• aumentar a resistência ao calor;
• aumentar a resistência ao desgaste;
• aumentar a capacidade de corte;
• melhorar as propriedades elétricas e magnéticas
Elemento Influência na estrutura Influência nas Aplicações Produtos
De ligas propriedades
Níquel Refina o grão. Aumenta a LRT. Aço para construção Peças para automóveis.
Diminui a velocidade de Boa ductilidade. mecânica. Utensílios domésticos.
transformação na estrutura Caixa para tratamento
do aço. térmico.
Manganês. Estabiliza os carbonetos. Aumento da resistência Aço para construção Peças para automóveis
Aumenta temperabilidade. mecânica e temperabilidade. mecânica. e peças para usos
Diminui a velocidade de Resistência ao choque. gerais em engenharia
transformações. mecânica
Cromo. Forma carbonetos. Aumenta a resistência a Aços para a construção Indústria química;
Acelera o crescimento dos corrosão e a oxidação. mecânica. talheres; válvulas e
grãos. Aumento da resistência a Aços-ferramentas. peças para fornos.
altas temperaturas. Aços inoxidáveis. Ferramentas de cortes.
Molibdênio Influência na estabilidade do Alta dureza ao rubro. Aços-ferramentas, Aço Ferramentas de cortes.
carboneto. Aumento da LRT. cromo-níquel, substitui
Aumento da temperabilidade. W em aços rápidos.

Vanádio Inibe o crescimento grãos. Maior resistência mecânica, Aços cromo-vanádio. Ferramentas de cortes.
Forma carbonetos. tenacidade e temperab.
Resistência a fadiga e
abrasão.
Tungstênio Forma carbonetos duros. Aumento da dureza. Aços rápidos. Ferramentas de corte.
Diminui a velocidade das Resistência da resistência a Aços-ferramentas.
transformações. altas temperaturas.
Inibe crescimento dos grãos.
Cobalto. Forma carboneto. Aumento da dureza. Aços rápidos. Ferramentas de cortes.
(fracamente). Resistência à tração. Aços ferramenta.
Resistência à corrosão.
Resistência à erosão.
Silício. Auxilia na desoxidação. Resistência a temperaturas Aços alto carbono. Peças fundidas.
Auxilia na grafitização. elevadas. Aços para a fundição
Aumenta a fluidez. Melhora temperab./ LRT. em areia.
Classificação do aços

Efeito dos elementos de adição (liga):


 Vanádio (V): Tenacidade e excelente desoxidante;
 Cromo (Cr): Aumento a resistência ao desgaste;
 Boro (B): Resistência a fadiga;
 Níquel (Ni): Boa ductilidade e resistência à corrosão;
 Tungstênio (W): Alta resistência mesmo em altas TºC;
 Manganês (Mn): Ductilidade, resistência ao desgaste/choque;
 Silício (Si): Aumenta a elasticidade e resistência;
 Alumínio (Al): Desoxidante;
 Molibdênio (Mo): alta resistência ao amolecimento;
Classificação do aços

• Condições de serviço que exigem aços liga:


– Altas temperaturas: fluência, oxidação;
– Baixa temperaturas: fratura frágil;
– Meio corrosivo: corrosão acelerada;
– Produtos especiais: contaminação;
– Segurança: materiais tóxicos, explosivos, inflamáveis;
– Alta resistência: grandes esforços.
Classificação do aços

1  aço carbono
2XXX  Aço ao Níquel
2  Ni
3  Ni – Cr 3XXX  Aço ao Níquel e Cromo
4  Mo
5  Cr 4XXX  Aço ao Molibidênio
40XX  Mo 0,15-0,3%
6  Cr – V
41XX  Mo, Cr
7  W 43XX  Mo, Cr, Ni
8  Ni – Cr – Mo 5XXX  Aço ao Cromo
9  Si - Mn 6XXX  Aço ao Cromo e Vanádio
8XXX  Aço ao Níquel, Cromo e M
Classificação do aços

Exemplos
SAE 2350
Aço ao níquel com 3% de níquel e 0,50% C;

SAE 5130
Aço ao cromo com 1% de cromo e 0,30% de C;

SAE 9220
Aço ao silício – manganês com 2% de Si-Mn e 0,20% C.
Classificação do aços

10 XX Aços ao carbono comuns.


11 XX Aços de fácil usinagem com alto teor de enxofre.
12 XX SeP

13 XX Aços ao manganês com 1,75% de Mn


15 XX (1,6-1,9%)

Designação C% Mn % Si %
1340 0,38 – 0,43 0,60 – 0,90 0,20 –0,25
Classificação do aços

CLASSIFICAÇÃO SAE* DOS AÇOS-CARBONO E AÇOS DE BAIXA LIGA


TIPO SAE TIPO SAE

AÇOS-CARBONO 1XXX AÇOS COM MOLIBDÊNIO 4XXX


Simples (% p Mn MAX = 1,00) 10XX AÇOS-CROMO 5XXX
Ressulfurado 11XX AÇOS-CROMO-VANÁDIO 6XXX
Ressulfurado e refosforado 12XX AÇOS-TUNGSTÊNIO- 7XXX
CROMO
Com adição de Nióbio (Nb) 14XX AÇOS-NÍQUEL-CROMO- 8XXX
MOLIBDÊNIO
Simples (%p Mn > 1,00 %) 15XX AÇOS-SILÍCIO- 92XX
MANGANÊS
AÇOS-MANGANÊS 13XX AÇOS-NÍQUEL-CROMO- 93XX, 94XX,
MOLIBDÊNIO 97XX, 98XX
AÇOS-NÍQUEL 2XXX AÇOS COM BORO XXBXX
AÇOS-NÍQUEL-CROMO 3XXX AÇOS COM CHUMBO XXLXX
Classificação do aços

AÇOS PARA CONSTRUÇÃO MECÂNICA ABNT NBR 6006/80

Classe Designação Teor aproximado dos elementos que


identificam a classe
Aços-carbono
10XX Carbono Mn máx.: 1,00 %p
11XX Ressulfurado S: 0,08 a 0,33 %p
12XX Ressulfurado e refosforado -
14XX Adição de Nióbio Nb: 0,10 %p
15XX Carbono Mn: de 1,00 a 1,65 %p
Aços-liga
13XX Manganês Mn: 1,75 %p
23XX Níquel Ni: 3,5 %p
24XX Níquel Ni: 5,00 %p
31XX Níquel-cromo Ni: 1,25 %p, Cr: 0,65 a 0,80 %p
Classificação do aços

Classes dos aços para construção mecânica ABNT NBR 6006/80


Classe Designação Teor aproximado dos elementos que
identificam a classe
Aços-liga
32XX Níquel-cromo Ni: 1,75 %p, Cr: 1,07 %p
33XX Níquel-cromo Ni: 3,5 %p, Cr: 1,50 a 1,57 %p
34XX Níquel-cromo Ni: 3,00 %p, Cr: 0,77 %p
41XX Cromo-molibdênio Cr: 0,50, 0,80 e 0,95 %p
Mo: 0,12, 0,20, 0,25 e 0,30 %p
43XX Níquel-cromo-molibdênio Ni: 1,82 %p, Cr: 0,50 e 0,80 %p, Mo: 0,25%p
47XX Níquel-cromo-molibdênio Ni: 1,05 %p, Cr: 0,45 %p, Mo: 0,20 e 0,35 %p
81XX Níquel-cromo-molibdênio Ni: 0,30 %p, Cr: 0,40 %p, Mo: 0,12 %p
86XX Cromo-níquel-molibdênio Ni: 0,55 %p, Cr: 0,50 %p, Mo: 0,20 %p
87XX Cromo-níquel-molibdênio Ni: 0,55 %p, Cr: 0,50 %p, Mo: 0,25 %p
88XX Cromo-níquel-molibdênio Ni: 0,55 %p, Cr: 0,50 %p, Mo: 0,35 %p
Classificação do aços

Classes dos aços para construção mecânica ABNT NBR 6006/80

Classe Designação Teor aproximado dos elementos que


identificam a classe
Aços-liga
93XX Cromo-níquel-molibdênio Ni: 3,25 %p, Cr: 1,20 %p, Mo: 0,12 %p
94XX Cromo-níquel-molibdênio Ni: 0,45 %p, Cr: 0,40 %p, Mo: 0,12 %p
97XX Cromo-níquel-molibdênio Ni: 0,55 %p, Cr: 0,20 %p, Mo: 0,20 %p
98XX Cromo-níquel-molibdênio Ni: 1,00 %p, Cr: 0,80%p, Mo: 0,25 %p
46XX Níquel-molibdênio Ni: 0,85 e 1,82 %p, Mo: 0,20 e 0,25 %p
50XX Cromo Cr: 0,27, 0,40, 0,50, 0,65 %p
51XX Cromo Cr: 0,80, 0,87, 0,92, 1,00, 1,05, 1,15 e 1,25 %p
50XXX Cromo Cr: 0,50 %p
51XXX Cromo Cr: 1,02 %p
52XXX Cromo Cr: 1,45 %p
61XX Cromo-vanádio Cr: 0,60, 0,80, 0,95 e 1,05 %p, V: 0,10 a 0,15 %p
Classificação do aços

Classes dos aços para construção mecânica ABNT NBR 6006/80

Classe Designação Teor aproximado dos elementos que


identificam a classe
Aços com adições
especiais
XXBXX Adição de boro -
XXLXX Adição de chumbo Pb: 0,15 a 0,35 %p
Aços para construção mecânica

• CLASSE 10XX: compreende os aços-carbono comuns, DE


BAIXO CUSTO, com teor MÁXIMO de carbono de 0,96%p.
 APLICAÇÕES: serviços de menor responsabilidade, onde
não se exijam elevadas resistência mecânica e/ou
resistência ao desgaste e a temperatura não é muito alta.
• Aços com baixo teor de carbono:
1010: painéis de automóveis, pregos e arames.
1020: tubos, chapas.
• Aços com médio teor de carbono:
1040: virabrequins, parafusos.
1080: talhadeiras, martelos.
1095: facas, lâminas de serra para metais.
Aços para construção mecânica

CLASSE 11XX (RESSULFURADO): apresenta teor de S mais alto (de 0,08 a


0,33 %p), o que torna os aços dessa classe de FÁCIL USINAGEM:

O S forma MnS (SULFETO DE MANGANÊS), inclusão não-metálica FRÁGIL e


ALONGADA.
O MnS atua como CONCENTRADOR DE TENSÃO, facilitando a QUEBRA DO
CAVACO durante a operação de usinagem do material.

Inclusões frágeis de MnS

Microestrutura de um aço
11XX
Aços para construção mecânica

• CLASSE 12XX: apresenta teores de S e P mais altos, o que


torna também os aços dessa classe de FÁCIL USINAGEM:
 Além do efeito do S, descrito anteriormente na classe 11XX,
o P torna a ferrita MAIS DURA, ao formar SOLUÇÃO SÓLIDA
SUBSTITUCIONAL com o Ferro.
• CLASSE 14XX: os aços dessa classe apresentam Nióbio em
sua composição (0,10 %p), o qual promove o refino de grão
do material:
 O Nb forma CARBONETOS e CARBONITRETOS quando
presente no aço, os quais se precipitam no contorno de grão
da austenita.
 Esses carbonetos agem como uma espécie de CINTURÃO,
impedindo mecanicamente o crescimento do grão.
Aços para construção mecânica

• CLASSE 12XX: apresenta teores de S e P mais altos, o que


torna também os aços dessa classe de FÁCIL USINAGEM:
 Além do efeito do S, descrito anteriormente na classe 11XX, o
P torna a ferrita MAIS DURA, ao formar SOLUÇÃO SÓLIDA
SUBSTITUCIONAL com o Ferro.
• CLASSE 14XX: os aços dessa classe apresentam Nióbio em
sua composição (0,10 %p), o qual promove o refino de grão
do material:
 O Nb forma CARBONETOS e CARBONITRETOS quando
presente no aço, os quais se precipitam no contorno de grão
da austenita.
 Esses carbonetos agem como uma espécie de CINTURÃO,
impedindo mecanicamente o crescimento do grão.
Aços para construção mecânica

• CLASSE 13XX (AÇOS-MANGANÊS): apresenta teor


mais alto de Mn (de 1 a 1,6 %p):
– O Mn reduz a composição de carbono da reação eutetóide,
aumentando a quantidade de PERLITA que se forma,
comparada a de um aço comum COM O MESMO TEOR DE
CARBONO.
– A maior proporção de perlita torna o material mais
resistente mecanicamente, sem que se precise aumentar o
teor de carbono.
Durante a operação de soldagem, o
– RESFRIAMENTO
O baixo teor de RÁPIDO
carbonodagarante uma boa
junta soldada SOLDABILIDADE.
aliado a
um TEOR MAIS ALTO DE C favorecem a formação
– de
A combinação BOA RESITÊNCIA MECÂNICA + BOA
MARTENSITA, o que fragiliza a junta soldada.
SOLDABILIDADE faz com que os aços dessa classe sejam
normalmente empregados como COMPONENTES
ESTRUTURAIS.
23
Aços para construção mecânica

• CLASSES 2XXX (AÇOS-NÍQUEL): o teor de níquel mais elevado


nesses aços aumenta a temperabilidade, permitindo um
resfriamento mais lento nos tratamentos de têmpera.
• CLASSES 3XXX (AÇOS-NÍQUEL-CROMO): o níquel aumenta a
ductilidade e tenacidade, enquanto o cromo confere maior
temperabilidade.
– APLICAÇÕES: eixos, engrenagens, pinos para altos esforços mecânicos,
peças cementadas, entre outras.
• CLASSE 41XX (CROMO-MOLIBDÊNIO): são baratos,
apresentam boa temperabilidade, soldabilidade e ductilidade.
– APLICAÇÕES: vasos de pressão, peças estruturais para aeronáutica,
eixos.
23
Aços para construção mecânica

• CLASSES 43XX e 47XX (AÇOS-CROMO-NÍQUEL-MOLIBDÊNIO):


de grande aplicação, devido à excelente resposta aos
tratamentos de têmpera + revenido e austêmpera. Apresentam
alta temperabilidade e boa resistência à fadiga (principalmente
os aços 43XX).
– APLICAÇÕES: peças grandes que necessitam de alta resistência com boa
ductilidade e tenacidade, componentes sujeitos a altas cargas periódicas,
engrenagens de avião e peças para aeronáutica.
• CLASSES 8XXX e 9XXX (AÇOS-CROMO-NÍQUEL-MOLIBDÊNIO):
apresentam teores mais baixos de elementos de liga. Possuem
alta tenacidade e ótima resposta à tempera e revenido.
– APLICAÇÕES: em peças onde o esforço mecânico não é muito intenso,
brocas, engrenagens, serras e peças fundidas. 23
Aços para construção mecânica

• CLASSE 46XX (AÇOS-NÍQUEL-MOLIBDÊNIO): possui altas


resistência mecânica, ductilidade, tenacidade, altas resistência
à fadiga e à abrasão.
– APLICAÇÕES: onde se necessita de alta resistência mecânica associada
com alta resistência à fadiga, engrenagens de transmissão, mancais,
eixos rotativos, pinos de corrente etc.
• CLASSES 5XXX (AÇOS-CROMO): apresentam boa
temperabilidade, resistência mecânica e ao desgaste.
– APLICAÇÕES: esferas e roletes para mancais.
• CLASSE 6XXX (AÇOS-CROMO-VANÁDIO): apresenta boa
temperabilidade, tenacidade e propriedades de fadiga.
– APLICAÇÕES: eixos, pinhões, engrenagens de alta resistência mecânica,
à fadiga e à fluência. A liga 6150 é usada em molas, devido ao seu alto
limite elástico na condição tratada termicamente. 23
Aços para construção mecânica

• CLASSE XXBXX (AÇOS COM ADIÇÃO DE BORO): o boro é


usado em aços-carbono e aços-liga contendo só Cr ou Ni-
Cr-Mo para aumentar a temperabilidade. O teor de boro é
de 0,0005 a 0,003%p.
a b

Seção transversal de uma barra temperada e revenida a


177 ºC por 1 hora (a região mais clara é martensita): a)
aço 1035; b) aço 10B35
23
27
Aços para construção mecânica

CLASSE XXLXX (AÇOS COM ADIÇÃO DE CHUMBO):o


chumbo melhora a usinabilidade. É introduzido em
teores de 0,15 a 0,35%p na maioria dos aços das
séries 10XX e 11XX, ainda líquidos, durante o
vazamento em moldes.

23
Aços para construção mecânica

Aço inoxidavel
• Composição: baixo teor de carbono (0.15%)+cromo
(18%)+ niquel (aumenta a dureza 8%)
• Cementação superficial: cromo, carbono, niquel;
• Capeamento: cromagem, niquelagem, galvanização.

23
FERRO
FUNDIDOS
FERROS FUNDIDOS

Liga de ferro – carbono - silício que contém


teores de carbono acima de 2,11%.

O ferro fundido tem na sua composição maior


porcentagem de ferro, pequena porcentagem de
carbono, silício, manganês, enxofre e fósforo.

Sua composição os torna excelentes para


fundição. Apresenta atributos não encontrados
em nenhum outro material e também é um dos
metais mais baratos que se dispõe.
23
FERROS FUNDIDOS

 Tipos de ferro fundido (liga ternária): Fe, C e Si


 Ferro fundido cinzento
 Ferro fundido branco
 Ferro fundido nodular
 Ferro fundido maleável

23
FERROS FUNDIDOS

Vantagens:

 Baixo ponto de fusão

 Apresenta contração baixa

 Excelente usinabilidade

 Propriedades mecânicas bem definidas

23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO BRANCO


APLICAÇÕES
PROPRIEDADES
Principal aplicação é a
Grande resist. à produção de ferro fundido
compressão e ao desgaste maleável
(cementita) Peças sujeitas a elevada
Extremamente frágil compressão e atrito
Não pode ser usinado Esferas de moinhos e rolos
Soldagem impossível de laminadores
Baixo custo Elevada taxa de
resfriamento necessária
limita o tamanho das peças.
23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO CINZENTO

É caracterizado pelos fatores que


favorecem a formação da grafita
A fratura é de cor cinzenta
É barato
É o mais usado
É de boa resistência Mecânica (até 40
Kgf/mm2), ao desgaste e elevada dureza
É de fácil usinagem e difícil soldagem
É obtido pelo resfriamento lento
É de fácil fusão
Elevado coeficiente de amortecimento
23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO CINZENTO


Aplicações
Ferro fundido mais usado (75%)
Fundição de componentes mecânicos em geral
Blocos de motores
Engrenagens de grandes dimensões
Máquinas agrícolas
Carcaças e suportes de máquinas

23
FERROS FUNDIDOS

Classificação quanto à resistência à tração

Ferro fundido cinzento

Os ferros fundidos cinzentos são


classificados pela norma NBR 6589, de acordo
com seus limites de resistência à tração.

A classificação é codificada por duas letras e


um número de três dígitos: FC-XXX.
23
FERROS FUNDIDOS

Designação Resitência à tração


(MPa)
FC – 100 100
FC - 150 150
FC - 200 200
FC – 250 250
FC - 300 300
FC - 400 400

23
FERROS FUNDIDOS

23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO CINZENTO


Aplicações

Anéis de pistão, produtos sanitários,


tampas de poços de inspeção, tubos,
conexões, carcaças de compressores,
rotores, pistões hidráulicos,
engrenagens, eixos de comandos de
válvulas, virabrequins, etc

23
FERROS FUNDIDOS

Ferro fundido nodular

O ferro fundido nodular é designado por um conjunto


de duas letras e um número de cinco dígitos, no qual os
três primeiros algarismos indicam a resistência à tração
em [MPa] e os dois últimos, a porcentagem de
alongamento.

Segundo a norma NBR 6916, o ferro fundido nodular é


classificado nos seguintes tipos: FE 38017, FE 42012,
FE50007, FE 60003, FE 70002, FE 80002.

Um ferro fundido FE 50007 é um ferro fundido nodular,


23
FERROS FUNDIDOS

A ABNT classifica este tipo de ferro fundido como:

FE 38017

Alongamento (%)

Resistência à tração MPa

Ferro Grafita Esferoidal


23
FERROS FUNDIDOS

Designação Resitência à tração


(MPa)
FE 38017 380
FE 42012 420
FE50007 500
FE 60003 600
FE 70002 700
FE 80002 800

23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO DUCTIL (ou nodular, ou esferoidal)

PROPRIEDADES
Alta resistência, tenacidade e ductilidade
Excelente usinabilidade
Possibilidade de deformação a quente
Grande resistência ao desgaste, compressão, tração,
escoamento e a corrosão
Fluidez boa
Soldabilidade melhorada
Baixo custo (superior ao ff cinzento)

23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO DUCTIL (ou nodular, ou esferoidal)


APLICAÇÕES
 Válvulas, carcaça de bombas, virabrequins,
engrenagens, pinhões, cilindros e outros
componentes de máquinas e automóveis.
FERROS FUNDIDOS

Ferro fundido maleável de núcleo branco

Os ferros fundidos maleáveis de núcleo branco são


normalizados pela NBR 6914 e são designados por
um conjunto de quatro letras e cinco dígitos,
seguindo o mesmo critério dos ferros fundidos
maleáveis de núcleo preto: FMBS 38012.

Um ferro fundido FMBS 38012, é um ferro fundido


maleável de núcleo branco com 380 [MPa] de
limite de resistência à tração e 12% de porcentagem
mínima de alongamento. 23
FERROS FUNDIDOS

Ferro fundido maleável de núcleo preto

O ferro fundido maleável de núcleo preto é


normalizado pela NBR 6590. Sua designação
é composta por três letras e cinco dígitos, dos
quais os três primeiros indicam a resistência
à tração em [MPa] e, os dois últimos, indicam
a porcentagem de alongamento: FMP 30006,
FMP 35012, FMP 45007, FMP 50005, FMP
55005, FMP 65003, FMP 70002.
23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO MALEÁVEL

PROPRIEDADES
Variando a taxa de resfriamento, pode obter-se
um largo espectro de propriedades
Boa resistência à corrosão
Boa usinabilidade e fluidez
Propriedades similares ao ff dúctil
Alta resistência, tenacidade e ductilidade

23
FERROS FUNDIDOS

FERRO FUNDIDO MALEÁVEL

APLICAÇÕES

Aplicação similares ao ff dúctil


Peças sujeitas a alta temperatura
Elementos de ligação
Juntas universais
Pequenas ferramentas
FERROS FUNDIDOS

Cinzento Vermicular Nodular


Propriedade Cinzento Vermicular Nodular
LR 55 100 155
E 75 100 110
Al 0 100 200
Dureza 85 100 115
Condutividade térmica 130 100 75
Amortecimento de vibrações 285 100 65 23
Seleção de
Materiais
Seleção de Materiais

COMO ESCOLHER ??
Seleção de Materiais

Como definir qual o melhor material para um


determinado fim?
• Custo
Exemplo: Copo
• Tempo de vida ou
• Vidro Durabilidade
• Aparência
• Cerâmica • Finalidade: Natureza do
líquido (ex: copo de metal
• Plástico Depende e papel não pode ser
usado para café, suco de
• Madeira laranja não pode ser
armazenado numa taça
• Metal antiga de peltre porque
• Papel remove o Pb da liga)
Seleção de Materiais

O problema geral consiste em selecionar um


material que:

• Atenda as condições de segurança em serviço;


• Com menor custo possível;
• Levando em conta as propriedades
mecânicas;
• Resistência a corrosão;
• Facilidade de obtenção e fabricação;
• Vida útil esperada.
Seleção de Materiais

 Ex.Resistência:
Material Aço-liga Ti Al PRFC
(alta resist.) (AA7074)

Resist. (MPa) 1000 800 500 700


à tração

PRFC= Polímero reforçado com fibra de carbono


Seleção de Materiais

 Ex. Resistência/peso:

Material Aço-liga Ti Al PRFC


(alta resist.) (AA7074)

133 170 185 390


Seleção de Materiais

 Ex. Custo p/Kg/US$:

Material Aço-liga Ti Al PRFC


(alta resist.) (AA7074)

0,75 15 3 20
Seleção de Materiais

TIPOS DE INDÚSTRIA - INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS

INDÚSTRIA DE PONTA PRODUÇÃO EM MASSA

 Grande exigência  Produtos não


tecnológica diferenciados
 Utilização dos mate-  Utilização de materiais
riais nos limites abaixo dos limites

SELEÇÃO CUIDADOSA SELEÇÃO CUIDADOSA


(FATOR CUSTO SECUNDÁRIO) (FATOR CUSTO PRIMORDIAL)
Seleção de Materiais

Materias (modernos) que apresentem:


- Alto desempenho
- Baixo peso e alta resistência
- Resistência à altas temperaturas
- Desenvolvimento de materiais que sejam
menos danosos ao meio ambiente e mais
fáceis de serem reciclados ou regenerados
Seleção de Materiais

CAUSAS DE FALHAS EM GERAL


• Seleção incorreta de materiais 38%
• Defeitos de fabricação 15%
• Tratamento térmico incorreto 15%
• Falha de projeto 11%
• Condições imprevistas de operação 8%
• Controle inadequado condições de trab. 6%
• Prob. De inspeção e CQ 3%
• Troca equivocada de materiais 2%
Seleção de Materiais

CAUSAS DE FALHAS EM PLANTAS INDUSTRIAIS


Requisitos de seleção
Requisitos de seleção
Evolução dos materiais
Falhas
Falhas em serviço

Podem falhar pela ação de um ou mais dos seguintes


processos:
 Processos Mecânicos
• Deformação permanente ou ruptura (excesso de
carga);
• Fratura frágil;
• Deformação permanente ou ruptura (Fluência);
• Distorção por colapso incremental (fadiga térmica).
Falhas em serviço
 Processos Mecânico-Químicos:
• Fadiga associada à corrosão;
• Fragilização e danos causados pelo hidrogênio;
• Fragilização por metal liquido;
• Corrosão-erosão
 Processos Químicos e eletroquímicos:
• Corrosão generalizada;
• Oxidação, carbonetação, sulfetação e outros processos
corrosivos em altas temperaturas;
• Corrosão por pites, em frestas, intragranular, seletiva ou
outras formas de corrosão localizada.
Falhas em serviço
 Processos Mecânico-Químicos:
• Fadiga associada à corrosão;
• Fragilização e danos causados pelo hidrogênio;
• Fragilização por metal liquido;
• Corrosão-erosão
 Processos Químicos e eletroquímicos:
• Corrosão generalizada;
• Oxidação, carbonetação, sulfetação e outros processos
corrosivos em altas temperaturas;
• Corrosão por pites, em frestas, intragranular, seletiva ou
outras formas de corrosão localizada.
Falhas em serviço

O Processo de Falha

Sob o ponto de vista microscópico, a falha de


uma estrutura se dá de acordo com a seguinte
sequência:
 acúmulo de danos
 iniciação de uma ou mais trincas
 propagação de trinca
 fratura do material
Falhas em serviço

Falha numa Estrutura


Considera-se que uma estrutura ou uma parte dela
FALHA quando acontece uma das condições:
Quando fica totalmente inutilizada,
Quando ela ainda pode ser utilizada, mas não é
capaz de desempenhar a função satisfatoriamente,
Quando uma deterioração séria a torna insegura
para continuar a ser utilizada
Falhas em serviço

PORQUE UMA ESTRUTURA FALHA...


Negligência durante o projeto, a construção ou a
operação da estrutura;
aplicação de um novo projeto, ou de um novo material,
que vem a produzir um inesperado ( e indesejável)
resultado.

O PROCESSO DE FALHA
Sob o ponto de vista microscópico, a falha se dá de acordo
com a seguinte seqüência:
acúmulo de danos iniciação da(s) trinca(s)
propagação de trinca Fratura do Material
Pouso Bem Sucedido de um 737 que Perdeu o
Teto Durante o Vôo, Devido à uma Falha por
Fadiga (após mais de 32 mil decolagens)
DC-9 Fraturado Durante um Pouso “Normal”
(notar que os pneus não estão furados nem os
trens de pouso estão quebrados, logo a falha não
pode ser debitada à barbeiragem do piloto)
Navio Quebrado em Dois no Porto (em 1972)
Vaso de Pressão Fraturado Durante o Teste Hidrostático
E.P. de Deus

Ponte sobre o Rio Ohio, em Point Pleasant, W.Virginia, USA


(similar à ponte Hercílio Luz em Florianópolis, SC)
E.P. de Deus

Restos da Ponte Após a Falha (com 46 mortes) Causada por


uma Pequena Trinca que Levou ~50 anos para Ficar Instável
ANALISE DA FRATURA
Uma maneira bem simples de se definir fratura é dizer que ela é a
separação ou a fragmentação de um corpo sólido em duas ou mais
partes, sob a ação de uma tensão.

O processo de fratura pode ocorrer em duas etapas:


1. O início de uma trinca;
2. A propagação desta trinca.

As fraturas podem ser classificadas como:


a) Fratura frágil;
b) Fratura dúctil.
FRATURA DÚCTIL
• Caracterizada pela ocorrência de uma apreciável
deformação plástica antes e durante a propagação da trinca;
• A superfície de fratura apresenta normalmente uma
quantidade considerável de deformação;
• O processo se desenvolve de forma relativamente lenta à
medida que a trinca propaga;
• Este tipo de trinca é denomidado estável porque para ela so
se propaga houver um aumento da tensão aplicada no
material;
FRATURA FRÁGILL

• O material se deforma pouco,


antes de fraturar;
• O processo de propagação de
trinca pode ser muito veloz,
gerando situações catastróficas;
• A partir de um certo ponto, a
trinca é dita instável porque se
propagará mesmo sem aumento
da tensão aplicada sobre o
material.
FRATURA FRÁGIL

Característica catastrófica e relacionada a presença


de um estado plano de deformações e/ou
fragilização do material;

Algumas razões para a fragilização:


– Estado de tensões (espessura);
– Temperatura baixa (aços ferríticos);
– Taxa de aplicação do carregamento;
– Presença de hidrogênio na matriz.

A presença de uma trinca de dimensão crítica na


estrutura irá falhar quando se alcance o
carregamento necessário no material;
TRANSIÇÃO DÚCTIL-FRÁGIL
• A ductilidade dos materiais é função da
temperatura e da presença de impurezas.

• Materiais dúcteis se tornam frágeis a


temperaturas mais baixas. Isto pode gerar
situações desastrosas caso a temperatura de
teste do material não corresponda a temperatura
efetiva de trabalho.

• Ex: Os navios tipo Liberty, da época da 2ª Guerra,


que literalmente quebraram ao meio. Eles eram
fabricados de aço com baixa concentração de
carbono, que se tornou frágil em contato com as
Energia de Impacto (J)

Temperatura (ºC) Temperatura (ºC)


Aços com diferentes Aços com diferentes
concentrações de carbono concentrações de manganês
Efeitos da soldagem

A microestrutura é afetada pela soldagem por


causa de seus efeitos térmicos ou mecânicos,
ou ambos, mas as alterações ficam confinadas
à região da solda.

As alterações metalúrgicas na região local do


metal de base (chamada de zona termicamente
afetada) podem ter um profundo efeito no
desempenho em serviço de uma junta soldada.
Zonas de uma junta soldada
Zonas de uma junta soldada

Zona fundida

Zona afetada pelo calor

Metal de base
Efeitos térmicos

Caracterizada por um aquecimento localizado


das peças, permanecendo o restante destas em
temperaturas muito inferiores.

As regiões aquecidas tendem a se dilatar, mas


esta dilatação é restringida pelas partes
adjacentes submetidas a temperaturas menores,
o que resulta em tensões internas que tendem a
apresentar mudanças permanentes de forma e
de dimensões
Efeitos térmicos

Tensões residuais não são visíveis


diretamente, mas afetam o comportamento
da junta soldada em diferentes aspectos

• Levando à formação de trincas


• Mudanças na resposta à fadiga
• À tendência à fratura frágil
• à corrosão
Efeitos térmicos

Tensões residuais são aquelas que


permanecem na peça quando todas as suas
solicitações externas são removidas.

Peças submetidas a diferentes processamentos


térmicos ou mecânicos
• Fundição
• Soldagem
• Laminação
• Forjamento
• Usinagem
• Dobramento
Efeitos térmicos

caracterizada por
Efeitos térmicos

caracterizada por
Descontinuidade

Classificação das descontinuidades

• Dimensionais
– Distorções
– Dimensões incorretas da solda
– Perfil incorreto da solda
• Estruturais
– Porosidade
– Inclusões de escória
– Falta de fusão
– Falta de penetração
– Mordedura
– trincas
• Propriedades inadequadas
Descontinuidade
CORROSÃO

A corrosão atua provocando mudanças, não


somente visuais nos materiais, mas também
em suas propriedades mecânicas e físicas. O
corpo que sofre corrosão geralmente
apresenta perda de material e de
resistência.
CORROSÃO
CORROSÃO

Em metais ela pode assumir uma das seguintes


designações:
galvânica;
 em frestas;
 por pites;
 intergranular;
por lixívia seletiva;
 erosão-corrosão
 corrosão sob tensão.
CUSTOS DA CORROSÃO
CUSTOS DA CORROSÃO

1- Custos Diretos:

Referem-se aos custos corretivos (substituição


de estruturas, equipamentos, tubulações
corroídos) e preventivos (adoção de materiais
mais resistentes à corrosão, inibidores de
corrosão, revestimentos protetores, proteção
catódica).
CUSTOS DA CORROSÃO

2- Custos Indiretos:

Referem-se à interrupção da atividade em


unidades de produção, unidades geradoras
de energia, perdas de produto como
petróleo, gás, água, entre outros devido a
vazamentos causados pela corrosão.
Soluções sólidas e
fases de equilibrio
Fases dos materiais

Limite de solubilidade: é o limite máximo de


soluto que pode ser dissolvido em um
solvente.

Solvente: maior quantidade (água)


Soluto: menor quantidade (açucar)
Fases dos materiais

Uma fase Duas fases

Solução sólida
Fases dos materiais

Fase: é a porção homogênea de um sistema que


tem características físicas e químicas definidas.

A interação de 2 ou mais fases em um material


permite a obtenção de propriedades diferentes
Fase dos materiais

 Fases impuras:
 Fases impuras pressupõem a formação de soluções
sólidas, na qual átomos de um soluto (em menor
quantidade) conseguem se “dissolver” em uma estrutura
principal, com átomos de solvente.

 Exemplos de soluções sólidas aplicadas aos metais:


 solução sólida substitucional;
 solução sólida intersticial.
Fase dos materiais

 Solução sólida substitucional:


 Ocorre quando o átomo do soluto tem dimensões e
estruturas eletrônicas semelhantes ao átomo do
solvente. Dessa forma, podem ocorrer substituições
de alguns átomos da matriz do solvente por átomos
“semelhantes” do soluto, formando-se uma solução
sólida substitucional.
Fase dos materiais

Solução sólida substitucional característica do latão, em que se têm os átomos


de zinco (soluto) substituindo, de forma aleatória, os átomos de cobre do
solvente (VAN VLACK, 1970)
Fase dos materiais

 Solução sólida intersticial:


 Ocorre quando a dissolução se dá não por
substituição entre átomos, mas sim pela inserção
de novos átomos do soluto em interstícios ou
espaços entre átomos do solvente.
 Assim os átomos a serem inseridos devem ter
devem ter dimensões iguais ou inferiores aos
interstícios entre os átomos do solvente.
Fase dos materiais

Solução de carbono na austenita CFC. O maior insterticio no ferro γ tem


quase o tamanho de um átomo de carbono, favorecendo o estabelecimento
de uma solução sólida intersticial (VAN VLACK, 1984)
Fase dos materiais

Carbono
Zinco
Ferro
Cobre
Fase

Aço ABNT 1006 Aço ABNT 1076

Sistema homogêneo: 1 fase Sistema heterogêneo: + de 1 fase


Diagramas de fases

Diagrama de fase ou equilíbrio é uma representação


gráfica de um sistema de ligas, onde os estados
físicos (sólido, líquido e gasoso) e as estruturas
(fases) são conhecidos em função das suas
composições e temperaturas.
Diagramas de fases

A partir de um diagrama de equilíbrio (ou de FASES) é


possível se obter as seguintes informações:
QUAIS AS FASES PRESENTES.
QUAIS A TEMPERATURAS DE INÍCIO E DE FIM DE
SOLIDIFICAÇÃO DA LIGA.

QUAL A COMPOSIÇÃO DE CADA FASE.

QUAL A QUANTIDADE (%) DE CADA FASE.

De acordo com a temperatura e composição


Diagramas de fases

Diagrama Binário
Eixo y: representa-se a
escala de temperaturas.

Eixo x: estão indicadas as


composições químicas em
percentuais.

Diagrama ternário
Diagramas de fases

O estudo do diagrama de fase é de grande


importância pois o mesmo serve de instrumento
para compreender e prever o comportamento dos
metais e suas ligas nas transformações térmicas,
como a solidificação, fusão e tratamentos térmicos.
Microestrutura

• Arranjo de fases, sujeito à observação microscópica direta.


• A microestrutura é caracterizada pelo número de fases
presentes, suas proporções, distribuição e morfologia.

• A microestrutura depende:
ELEMENTOS DE LIGA PRESENTES.
CONCENTRAÇÕES DOS ELEMENTOS.
TRATAMENTOS TÉRMICOS:
Aquecimento.
Permanência na temperatura.
Resfriamento.
Microestrutura

Martensita

Cementita

Ferrita

PERLITA BAINITA SUPERIOR


Microestrutura
Fases x Microestrutura

2 FASES

2 MICROESTRUTURAS

Aço hipoeutetóide com 0,38 %C. Ferrita pró-eutetóide


(grãos claros) e perlita (grão lamelares)
Sistemas isomórficos binários

Os componentes apresentam MISCIBILIDADE TOTAL


tanto na fase LÍQUIDA quanto na fase SÓLIDA
(HOMOGÊNEOS). Exemplos: Cu + Ni, Sb + Bi.

Curvas de Resfriamento Diagrama Isomorfo


80% Ni puro Líquido (L)
1500 Cu 20% 50% Ni 1500 1455 ºC

Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)

puroNi Ni
1400 1400 Liquidus
1300 1300
L+
1200 1200 Solidus

1100 1100 
1084 ºC
Tempo 0 20 40 60 80 100%
Percentagem ponderal de Ni
Regras de Hume - Rothery

Para se garantir que dois metais formem solução


sólida substitucional em quaisquer proporções
(MISCIBILIDADE TOTAL), os mesmos devem
satisfazer a 4 condições:

1. TAMANHOS SEMELHANTES: raios atômicos não podem


diferir em mais do que 14-15%.
2. MESMA ESTRUTURA CRISTALINA.
3. ELETRONEGATIVIDADE SEMELHANTE.
4. MESMO NÚMERO DE VALÊNCIA.
Regras de Hume - Rothery

• Cu + Ni são solúveis em todas as


proporções
Cu Ni

Raio atômico 0,128nm=1,28 A 0,125 nm=1,25A

Estrutura CFC CFC

Eletronegatividade 1,9 1,8

Valência +1 (as vezes +2) +2


Sistemas isomórficos binários

L L
L (35%p Ni) 35%p Ni

1290 a
Temperatura (ºC)
+L
1265
b
1250 c
 
d   
1220  

1180 e   
  
 


 

 

20 30 40 50
Composição (%p Ni)
Sistemas isomórficos binários

A quantidade relativa de cada fase em uma região bifásica é


determinada como se segue:
W + WL = 1 T C - CL
Onde WL e W são as frações(ºC) das L
1. F = 0: C0 - CL
fases líquida e sólida. E ainda: L+
W + WL = R = 1 O
WC + WLCL = C0 T0
1. Mo = 0: R W
WC + (1 - W)CL = C0 WL
W(C - CL) – R(C0 – CL) = 0
(C - CL)W = C0 - CL
C0  CL
Wα 
Cα  CL 
De modo análogo:
0 CL C0 C
C  C0
WL  α
Cα  CL
Sistemas isomórficos binários

1.C1 = 30%p Sb, T1 = 600ºC:


 Início da solidificação:
Ti ~450ºC
 Fim da Tf ~320ºC
Bi-Sb, Bismuto-Antimônio
solidificação:
2. C2 = 70%p Sb, T2 = 500ºC:
 ~43% 1
 CL~84%
C
REGRA DA ALAVANCA:
2
Cα  C 2
WL   100 ~450ºC
Cα  C L
3
~320ºC
84 - 70 ~84%
WL   100 4
~43%
84  43
WL  34,1%  Wα  65,9%
Propriedades mecânicas de ligas
isomórficas
Sistemas eutéticos binários

A 327 ºC L Sistema Pb-Sn


300
Liquidus
Solidus 232 ºC
 F
+L E
Temperatura (ºC)

200 B
B 183 ºC  +L G
18,3 61,9 97,8

100
Solvus
+
C H

0
0 20 40 60 80 100
%p Sn
Sistemas eutéticos

L L L
  L
L Liquidus

300

Liquidus 300  
+L  L

  
  +L  
Temperatura (ºC)

Temperatura (ºC)
200 Solidus 200  
Solidus

100 + 100



Solvus Solvus +

0 10 20 30 0 ~6 10 20 30
C0 %p Sn C1 %p Sn
Sistemas eutéticos

L Sistema Pb-Sn
300
Liquidus L
Solidus

+L
Temperatura (ºC)

200 183 ºC  +L
18,3  97,8
(CE) (CE)
REAÇÃO 
100
Solvus EUTÉTICA 
+
61,9
0
0 20 40 60 80 100
%p Sn
Sistemas eutéticos


 Pb Pb
Pb
Direção do
Sn crescimento do
 Sn
Sn
eutético
 Pb
Pb
Pb

 Sn
Sn L
Sn

 Pb


Sistemas eutéticos

L Sistema Pb-Sn
300 Liquidus

Solidus L

+L
Temperatura (ºC)

200  +L 
 
 183 ºC

 
REAÇÃO
100
 
EUTÉTICA
Solvus eutético
 pró-
+ eutético
0
0 20 40 60 80 100
%p Sn
Sistemas eutéticos

Em dupla deve se pesquisar um artigo que


esteja relacionado a materiais e construir um resumo.

Apresentar o artigo em sala


• Relacionar o conteúdo do artigo o que foi
apresentado na disciplina.

• http://www.ipesi.com.br/Edicao/Index/7
• http://www.inspebras.com.br/materiais/materiais_
01_Artigo_Revista_Aco_n1.pdf
• http://www.inspebras.com.br/materiais/proprieda
des_03_Artigo_Revista_Aco_n10.pdf
Sistemas eutéticos

Em dupla deve se pesquisar um artigo que


esteja relacionado a materiais e construir um resumo.

Apresentar o artigo em sala


• Relacionar o conteúdo do artigo o que foi
apresentado na disciplina.

• http://www.inspebras.com.br/materiais/aplicacao
_01_Artigo_Revista_TMM_vol%206.pdf
• http://www.inspebras.com.br/materiais/Artigo_Re
vista_Aco_12_Willy_Ank_Claudio%20Diogo.pdf
• http://www.inspebras.com.br/materiais/Artigo_Re
vista_Aco_13_Willy_Ank_Claudio%20Diogo.pdf
SEMINÁRIO

ORIENTAÇÕES:

1. Os grupos serão formados por 4 componentes;


2. Cada grupo terá 10 minutos no mínimo e 40
minutos no máximo para expor o seu trabalho;
3. O trabalho deve ser exposto em slides;
4. Cada grupo deve elaborar 5 questões objetivas
sobre o seu tema e ao final da apresentação
responder em sala de aula;
5. O seminário valerá 4,0 pontos;
Sistemas Ferro-Carbono

LIGAS FERRO-CARBONO:
AÇO: denominação genérica para ligas de ferro-carbono com
teores de carbono de 0,08 a 2,11%, contendo outros elementos
residuais do processo de produção.
FERRO FUNDIDO: é a designação genérica para ligas de ferro-
carbono com teores de carbono acima de 2,11%.

FASES SÓLIDAS PRESENTES:


FERRITA: solução de carbono em FERRO- (CCC).
AUSTENITA: solução de carbono em FERRO-γ (CFC).
CEMENTITA: (Fe3C) composto intermediário, representado por
uma linha vertical passando pela composição de 6,7%p C.
(ortorrômbica)
FERRO-δ: solução de carbono em ferro com estrutura CCC,
existente a altas temperaturas (não magnético).
Sistemas Ferro-Carbono

Efeito de Carbono no aço:


- Aumento da dureza;
- Aumento da resistência mecânica (LRT e Lesc);
- Diminuição do alongamento;
- Redução da tenacidade;
- Menor facilidade na soldagem.

Solução Sólida intersticial de Fe-C


Fe=1,24 Å
C=0,77 Å
+
Sistemas Ferro-Carbono

+
Sistemas Ferro-Carbono

FERRO  = FERRITA

• Estrutura= CCC
• Faixa de temperatura =
até 912 C
• Fase Magnética até 768 C
(temperatura de Curie)
• Solubilidade máx do
Carbono= 0,02% a 727 C
• É mole e dúctil
Sistemas Ferro-Carbono

FERRO  = AUSTENITA

• Estrutura= CFC (tem +


posições intersticiais)
• Faixa de temperatura =
912 -1394C
• Fase Não-Magnética
• Solubilidade máx do
Carbono= 2,14% a 1147 C
• É mais dura Fe

C
Aço de Damasco
1300 d.C.
Sistemas Ferro-Carbono
CEMENTITA (Fe3C)

• Forma-se quando o limite de solubilidade do carbono


é ultrapassado (6,7% de C)
• É dura e frágil
• É um composto intermetálico metaestável, embora a
velocidade de decomposição em ferro  e C seja
muito lenta
• A adição de Si acelera a decomposição da cementita
para formar grafita
Sistemas Ferro-Carbono

SAE 1045 Laminado a quente


(barra ou tubo)

Obtenção: laminação em
temperaturas entre 1000 e
1200°C.
Sistemas Ferro-Carbono

SAE 1045 Normalizado

Obtenção: tratamento
térmico de normalização a
850°C durante 30 min.
Sistemas Ferro-Carbono

SAE 1045 Austemperado

Obtenção: tratamento
térmico de austêmpera a
400°C durante 10min.
Sistemas Ferro-Carbono

SAE 1045 Temperado.

Obtenção: tratamento
térmico de têmpera em
água.
Diagrama de fases Ferro-Carbono

1600
1538 ºC
L
δ 1400
1394 ºC
γ+L Fe3C
1200 L + Fe3C
γ, austenita
Temperatura, ºC

2,14 4,30
1000 AÇOS
0,08 ≤ %C ≤ 2,11
912 ºC γ + Fe3C
0,022 +γ
800 727 ºC
 0,76
600  + Fe3C
Fe3C, cementita
Fe

400
0 1 2 3 4 5 6 6,7
Composição, %p C
Diagrama de fases Ferro-Carbono

1600 A Transformações do Fe PURO


1538 ºC
L

Fe-δ (CCC) 1400


1394 ºC B D
1200 E γ+L B C
→ L +A
Fe3C
γ, austenita F
Temperatura,ºC

2,14 Solidus 4,30 1148 ºC


1000 912 ºC
γ + Fe3C Fe3C,
G
A3 G cementita
Fe-γ (CFC) + γ 800 S A1 727 ºC
P K
, ferrita Q tempo
600 0,022 0,76
 + Fe3C
Q
400
0 1 2 3 4 5 6 6,7
Composição, %p C
Sistemas Ferro-Carbono

Ponto Eutético: 1 líquido se transforma em 2


sólidos.
Ex.: L Austenita + Cementita

Ponto Eutetóide: 1 sólido se transforma em 2


sólidos.
Ex.: Austenita Ferrita + Cementita

Ponto Peritético: 1 sólido +1 líquido se transforma


em 1 sólido.
Ex.: Líquido + ferrita delta Austenita
Sistemas Ferro-Carbono
Diagrama de fases Ferro-Carbono

Estrutura lamelar, com lamelas alternadas de ferrita


e cementita.
Propriedades da perlita
• A perlita é composta por 88,5% de ferrita e
11,5% de cementita.
• Dureza varia de ~165 - 370 HB
• L.R. = 735 N/mm2
• Alongamento de 15%.
Diagrama de fases Ferro-Carbono

Mecanismo de formação da PERLITA a partir da


AUSTENITA:

 C C

Direção do
C

Fe3C
crescimento
 C
C
C da perlita
Fe3C
γ
 C
Diagrama de fases Ferro-Carbono

1100
γ
γ γ
1000 γ + Fe
γ γ 3C
REAÇÃO
900 EUTETÓIDE
γ γ
Temperatura (ºC)

800 γ γ
 +γ 727 ºC
γ
700 γ
γ γ
600  pró-eutetóide

500 PERLITA = Fe3C +


γ + Fe C -eutetóide
3
400
C0 1,0 2,0 6,7
Composição, %p C
Diagrama de fases Ferro-Carbono

Perlita – Ferrita + Cementita

 +

Austenita com 0,8%C Ferrita com 0,008%C Cementita Fe3C


Microestrutura em ligas Fe-C

Ferrita Perlita
Sistemas Ferro-Carbono

AÇO 1100
γ
HIPEREUTETÓIDE γ γ
(>0,76%p C) 1000
REAÇÃO γγ+ Fe
EUTETÓIDE γ 3C
900
γ γ

Temperatura (ºC)
800 γ γ
 +γ 727 ºC
700
γ Fe3C pró-eutetóide
γ
600 γ γ
PERLITA =  +
500  + Fe3C Fe3C-eutetóide
0,76 γ
400
1,0 C0 2,0 6,7
Composição, %p C
Sistemas Ferro-Carbono

Aço hipereutetóide com 1,4


%C. Perlita (grão lamelares) e
cementita pró-eutetóide (rede
clara nos contornos da perlita)
Sistemas Ferro-Carbono
Sistemas Ferro-Carbono
Sistemas Ferro-Carbono

Ferro Puro Fe + 0,45% C Fe + 0,8% C


Sistemas Ferro-Carbono
Sistemas Ferro-Carbono
Sistemas Ferro-Carbono

Microconstituintes e fases formadas durante o


resfriamento em CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO:

AÇO %p C Microconstituintes Fases

HIPOEUTETÓIDE < 0,76 FERRITA PRÓ-EUTETÓIDE + FERRITA () e


PERLITA CEMENTITA (Fe3C)
EUTETÓIDE = 0,76 PERLITA FERRITA () e
CEMENTITA (Fe3C)
HIPEREUTETÓIDE > 0,76 CEMENTITA PRÓ-EUTETÓIDE FERRITA () e
+ PERLITA CEMENTITA (Fe3C)
Sistemas Ferro-Carbono
Sistemas Ferro-Carbono
Sistemas Ferro-Carbono

FASE MARTENSITA
Estrutura Tetragonal
Dura
Frágil
Sistemas Ferro-Carbono

Aplicações dos aços carbono


Sistemas Ferro-Carbono

Não temperáveis Fácil Usinagem Temperáveis

a. AISI 1006/1010 d. AISI 1112 g. AISI 1040


b. AISI 1020 e. AISI 1140 h. AISI 1045
c. AISI 1030 (temperável) i. AISI 1050
f. AISI 1150 j. AISI 1060
(temperável) k. AISI 1080
l. AISI 1095

Algumas recomendações na selecção de aços ao carbono

a e b devem ser usados para peças que levarão extensa deformação plástica
d~f devem ser usadas quando peças requerem usinagem
g~j usam-se para endurecimento superficial
k~l são para têmpera total

Você também pode gostar