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Faculdade de engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica
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Universidade Católica de Moçambique
Faculdade de engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica
TEMA
Isolantes
Discente:
Docente:
Alfredo Debuenda
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4
Isolantes ............................................................................................................................ 5
Resistência de isolamento............................................................................................... 14
Constante dieléctrica....................................................................................................... 15
Conclusão ....................................................................................................................... 20
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Introdução
Isoladores eléctricos, também conhecidos como isolantes eléctricos, são materiais que
têm a propriedade de resistir ao fluxo de corrente eléctrica. Eles são utilizados para
separar condutores eléctricos, evitando a passagem indesejada de electricidade entre
eles. Esses isoladores desempenham um papel fundamental em várias aplicações, desde
sistemas eléctricos de alta tensão até dispositivos electrónicos de baixa potência. A
principal característica dos isoladores eléctricos é a sua alta resistividade eléctrica. Isso
significa que eles possuem poucos electrões livres em sua estrutura, tornando difícil a
passagem de corrente eléctrica. Como resultado, esses materiais são utilizados para
evitar curtos-circuitos, vazamentos de corrente e outras falhas eléctricas indesejadas.
Objectivo Geral:
Objectivo Especifico:
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Isolantes
Os materiais isolantes são aqueles que oferecem grande oposição à passagem de cargas
eléctricas. Nesses materiais, os electrões encontram-se, de modo geral, fortemente
ligados aos núcleos atómicos e, por isso, não são facilmente conduzidos.
Alguns materiais isolantes podem ser polarizados, isto é, quando expostos a um forte
campo eléctrico externo, formam em seu interior um campo eléctrico contrário,
dificultando ainda mais a formação de correntes eléctricas. Os materiais isolantes
capazes de apresentar tal comportamento são chamados de dieléctricos e são muito
utilizados em capacitores, por exemplo.
Um exemplo simples de entender essa ideia é o do fio eléctrico. O fio eléctrico tem seu
interior feito geralmente de cobre ou algum outro metal – que, como vimos
anteriormente, são óptimos condutores eléctricos – e revestido com um material isolante
para que a electricidade percorra somente dentro do fio e não cause acidentes ou fugas
de energia eléctrica em vão.
Além dos fios e cabos, o isolamento eléctrico também é usado em sistemas de energia.
Por exemplo, pequenos transformadores, motores eléctricos e geradores de energia
possuem um isolamento das bobinas de arame por meio de verniz polimérico.
Há também a fita isolante de fibra de vidro que é usada como um separador de bobina
de enrolamento.
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Além de evitar choques eléctricos, o isolamento também protege os materiais pelos
quais a corrente eléctrica transita. O isolamento eléctrico limita o fluxo de corrente entre
os diferentes condutores eléctricos.
Importante ressaltar que não existe um material de isolamento eléctrico perfeito. Cada
material possui certa resistência a electricidade, mas não é uma resistência infinita. Por
isso é ideal escolher o tipo de material adequado para cada situação.
Os isolantes opõem-se fortemente à movimentação de cargas e por isso são usados para
isolar superfícies de contacto, evitando acidentes com choques eléctricos ou diminuindo
perdas de energia em fios condutores. Confira alguns exemplos de materiais isolantes:
Ar;
Cerâmica;
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Mica
Vidro
Fig.3.isolante de vidro.
Plástico
Óxidos;
Água destilada;
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Óleos;
Borracha;
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Cerâmicos: São frequentemente usados em isoladores de alta tensão, devido às suas
propriedades dieléctricas e capacidade de resistir a ambientes adversos.
Polarização
Existem 3 tipos fundamentais de Polarização:
Polarização dipolar
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A Polarização dipolar aumenta a princípio com o aumento da temperatura, enquanto que
o enfraquecimento das forças moleculares influencia mais que a intensificação do
movimento térmico caótico. Depois quando esta última se intensifica, a Polarização
dipolar cai a medida que aumenta a temperatura.
Polarização estrutural
Se as variações do campo eléctrico ocorrerem de forma mais lenta que o movimento das
partículas microscópicas, então neste caso a Polarização e o campo eléctrico aplicado
estarão em equilíbrio em um dado instante t, dessa forma o estado de Polarização do
material é quase estático (BÖTTECHER; BORDEWIJK, 1987). No caso de um
dieléctrico isotrópico linear, há uma proporcionalidade directa entre a Polarização e o
campo eléctrico aplicado, fato este dado experimentalmente, podendo se assim
expressar P em função do campo por meio de uma equação linear
P (t) = χe (t)
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Classificação geral dos materiais isolantes
Classe Y: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 90°C.
Constituídos por materiais tais como: algodão, seda, papel, polietileno reticulado, papéis
e cartões isolantes sem impregnar, fibra vulcanizada, madeira, etc.
Classe A: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 105 °C.
Estão constituídos pelos seguintes materiais: algodão, seda e papel impregnados ou
submersos em um dieléctrico líquido. Além disso, encontramos o PVC, vernizes com
base de resinas naturais, madeira tratada ou convenientemente impregnada.
Classe E: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 120 °C.
Estão constituídos pelos seguintes materiais: esmaltes a base de PVC, papel baque
lizado, moldados e estratificados com base de papel e resinas entre outros.
Classe B: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 130 °C.
Estão constituídos por materiais ou associações de materiais a base de mica, fibra de
vidro, amianto e outros materiais inorgânicos similares. Entre estes materiais podemos
mencionar esmaltes à base de resinas de poliuretanos, tecidos de vidro, isolamento
de borracha etileno – propileno, tecidos de vidro – amianto, vernizes de resina de
melanina, entre outros.
Classe F: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 155 °C.
Estão constituídos por materiais ou associação dos mesmos, tais como: fibra de vidro,
mica, amianto e outros materiais inorgânicos similares. Estes materiais são os seguintes:
tecidos de fibra de vidro tratado com resina de poliéster, mica e papel de mica,
estratificado a base de tecidos de vidro e estratificados de amianto – vidro entre outros.
Classe H: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 180 °C.
Estão constituídos por materiais, tais como: os elastómeros de silicone ou associação de
materiais como mica, fibra de vidro, amianto e outros materiais inorgânicos similares.
Estes materiais são: isolamentos de elastómeros de silicones, tecidos de fibra de
vidro, mica, papel de mica, resinas de silicones, vernizes isolantes a base de resina de
silicones.
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Classe C: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho maior de 180
°C. Estão constituídos por materiais, tais como: mica, porcelana, quartzo, vidro e
materiais similares, tais como: mica pura, estratificados de papel de mica, estratificados
de amianto, aglomerados inorgânicos, porcelana, vidro e quartzo, entre outros.
Resistência de isolamento
É a resistência que se opõe a passagem da corrente eléctrica. Se expressa em megohms.
A corrente que circula pelo isolante é a corrente de fuga e segue dois caminhos que a
seguir descrevemos:
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Rigidez dieléctrica
É a propriedade de um material isolante de se opor a ser perfurado pela corrente
eléctrica ao ser aplicado um potencial eléctrico. Se expressa em kv/mm.
É a máxima tensão com a qual o material é perfurado. Quanto maior for a tensão de
perfuração de um material, menor será o risco de perfuração em serviço.
Por tanto, os materiais isolantes óptimos, terão uma alta rigidez dieléctrica.
Constante dieléctrica
É um valor que quantifica o efeito capacitivo nos condutores eléctricos que se cria como
consequência da passagem da corrente eléctrica pelos mesmos, em função do material
isolante.
A eficácia dos dieléctricos mede-se por sua relativa capacidade de armazenar energia e
se expressa em termos da constante dieléctrica (também denominada permissividade
relativa), tomando como unidade o valor do vácuo. Os valores dessa constante variam
desde pouco mais de 1 na atmosfera até 100 ou mais em certas cerâmicas que contém
óxido de titânio.
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Fig.6. Rigidez dieléctrica de alguns materiais.
Permissividade dieléctrica
A permissividade dieléctrica é determinada pela capacidade de um material
polarizar-se em resposta a um campo eléctrico aplicado, cancelando parcialmente o
campo dentro do material, Também designada como permissividade relativa ou
constante dieléctrica ε de um material, pode ainda ser definida pela razão ε = C/ , onde
C é a capacitância entre duas placas paralelas separadas pelo material isolante sob
estudo e É a capacitância das mesmas placas paralelas separadas por vácuo,
desprezando-se o efeito de borda.
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Resistência ao arco
Os arcos se deslocam em velocidades muito altas, da ordem de 200 a 250 m/s com
correntes da ordem de 15 a 20 ka eficazes, por exemplo, em um conjunto de barras de
BT, separadas no ar aproximadamente 300 mm.
A resistência ao arco mede-se pelo tempo que o material isolante é capaz de resistir aos
efeitos destrutivos de um arco, antes de inutilizar-se, por ter formado o arco um
caminho carbonizado sobre a superfície do isolante.
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Isolamento Acústico: Materiais isolantes são usados para reduzir a propagação do som
em edifícios, veículos e espaços industriais, melhorando o conforto acústico.
Isolamento de Veículos: Materiais isolantes são usados em veículos, como carros, trens
e aviões, para manter temperaturas confortáveis e minimizar a transferência de ruído.
Isolamento de Cabos e Fios: Materiais isolantes são aplicados em cabos e fios eléctricos
para garantir que a corrente eléctrica flua apenas pelo caminho desejado, evitando
vazamentos de corrente e curtos-circuitos.
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Propriedades químicas
O ambiente onde trabalham os materiais isolantes dos condutores eléctricos está
submetido à acção de ambientes que contem líquidos, gases e vapores corrosivos que
envelhecem prematuramente seu tempo de vida, motivo pelo qual revisaremos as
seguintes propriedades químicas.
Resistência à luz solar: Devido a seu conteúdo de radiações ultravioletas, a luz solar
provoca reacções químicas, especialmente no verão. Os efeitos de luz solar sobre os
isolantes são sua descoloração e transformação em um material frágil, que pode resultar
inadequado.
Resistência aos ácidos e álcoois: Uma das mais vantajosas propriedades de muitos
isolantes é sua conhecida resistência aos efeitos destrutivos dos ácidos e dos alcalis. O
efeito dos ácidos e dos alcalis sobre os materiais isolantes difere de seu efeito sobre os
metais, pois estes se dissolvem pela acção dos ácidos, enquanto que, em geral, os
isolantes decompõem-se pela acção dos ácidos fortes e dos alcalis.
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Conclusão
Os isoladores de campo desempenham um papel fundamental na manutenção da
segurança e funcionamento adequado de sistemas eléctricos, evitando a propagacção
indesejada de campos eléctricos e correntes eléctricas entre diferentes regiões ou
componentes. Podem ser feitos de diversos materiais dieléctricos, como plásticos,
cerâmicas, vidro e borracha. A escolha do material dependerá das necessidades
específicas da aplicacção, incluindo a tensão eléctrica envolvida, a temperatura e o
ambiente em que o isolador será utilizado.
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Referências bibliográficas
Electrical Insulation for Rotating Machines: Design, Evaluation, Aging, Testing,
and Repair" por Greg Stone, Edward A. Boulter, et al.
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/condutores-isolantes.htm
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