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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica

Técnicas de Alta Tensão

Chimoio, agosto 2023

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Universidade Católica de Moçambique
Faculdade de engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica

Técnicas de Alta tensão

TEMA

Isolantes

Discente:

 Jorge Luís Jaime

Docente:
 Alfredo Debuenda

Chimoio, agosto 2023

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4

Isolantes ............................................................................................................................ 5

Por que o isolamento eléctrico é importante ................................................................. 5

Polarização....................................................................... Erro! Marcador não definido.

Polarização dipolar ..................................................................................................... 10

Polarização estrutural .................................................................................................. 11

A Polarização e a sua dependência com o campo eléctrico aplicado ................. 11

A função resposta dieléctrica ................................................................................... 12

Isolante pode tornar-se condutor................................................................................. 14

Resistência de isolamento............................................................................................... 14

Rigidez dieléctrica .......................................................................................................... 15

Constante dieléctrica....................................................................................................... 15

Permissividade dieléctrica .............................................................................................. 16

Permissividade complexa, ângulo de perdas e fator de dissipacção ........................... 16

Resistência ao arco ......................................................................................................... 17

Aplicacção dos materiais isolantes no geral ................................................................... 17

Propriedades químicas .................................................................................................... 19

Conclusão ....................................................................................................................... 20

Rerferencias bibliográficas ............................................................................................. 21

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Introdução
Isoladores eléctricos, também conhecidos como isolantes eléctricos, são materiais que
têm a propriedade de resistir ao fluxo de corrente eléctrica. Eles são utilizados para
separar condutores eléctricos, evitando a passagem indesejada de electricidade entre
eles. Esses isoladores desempenham um papel fundamental em várias aplicações, desde
sistemas eléctricos de alta tensão até dispositivos electrónicos de baixa potência. A
principal característica dos isoladores eléctricos é a sua alta resistividade eléctrica. Isso
significa que eles possuem poucos electrões livres em sua estrutura, tornando difícil a
passagem de corrente eléctrica. Como resultado, esses materiais são utilizados para
evitar curtos-circuitos, vazamentos de corrente e outras falhas eléctricas indesejadas.

Objectivo Geral:

 Entender o comportamento dos materiais dieléctricos na presença de um


campo.

Objectivo Especifico:

 Conhecer conceitos básicos tais como, Polarização, constante dieléctrica,


rigidez dieléctrica.

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Isolantes
Os materiais isolantes são aqueles que oferecem grande oposição à passagem de cargas
eléctricas. Nesses materiais, os electrões encontram-se, de modo geral, fortemente
ligados aos núcleos atómicos e, por isso, não são facilmente conduzidos.

Alguns materiais isolantes podem ser polarizados, isto é, quando expostos a um forte
campo eléctrico externo, formam em seu interior um campo eléctrico contrário,
dificultando ainda mais a formação de correntes eléctricas. Os materiais isolantes
capazes de apresentar tal comportamento são chamados de dieléctricos e são muito
utilizados em capacitores, por exemplo.

A função do material isolante é separar o condutor eléctrico e fazer com que a


electricidade percorra somente onde deve percorrer, sem escapar para outros lugares
desnecessários.

Um exemplo simples de entender essa ideia é o do fio eléctrico. O fio eléctrico tem seu
interior feito geralmente de cobre ou algum outro metal – que, como vimos
anteriormente, são óptimos condutores eléctricos – e revestido com um material isolante
para que a electricidade percorra somente dentro do fio e não cause acidentes ou fugas
de energia eléctrica em vão.

Além dos fios e cabos, o isolamento eléctrico também é usado em sistemas de energia.
Por exemplo, pequenos transformadores, motores eléctricos e geradores de energia
possuem um isolamento das bobinas de arame por meio de verniz polimérico.

Há também a fita isolante de fibra de vidro que é usada como um separador de bobina
de enrolamento.

Por que o isolamento eléctrico é importante

O isolamento eléctrico não é só importante, como necessário. O principal motivo de se


fazer o isolamento eléctrico é para manter a segurança e evitar choques eléctricos.

O choque eléctrico pode ocasionar feridas fatais, resultados de movimentos


involuntários. Também pode causar morte por fibrilacção ventricular (problemas no
bombeamento do coracção) ou contracção muscular.

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Além de evitar choques eléctricos, o isolamento também protege os materiais pelos
quais a corrente eléctrica transita. O isolamento eléctrico limita o fluxo de corrente entre
os diferentes condutores eléctricos.

Importante ressaltar que não existe um material de isolamento eléctrico perfeito. Cada
material possui certa resistência a electricidade, mas não é uma resistência infinita. Por
isso é ideal escolher o tipo de material adequado para cada situação.

Os isolantes opõem-se fortemente à movimentação de cargas e por isso são usados para
isolar superfícies de contacto, evitando acidentes com choques eléctricos ou diminuindo
perdas de energia em fios condutores. Confira alguns exemplos de materiais isolantes:

Ar;

Cerâmica;

Fig. 1. Isolante de cerâmica.

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Mica

Fig.2. Isolante de mica.

Vidro

Fig.3.isolante de vidro.

Plástico

Fig.4. Isolante de plástico.


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Porcelanas

Fig.5. Isolante de porcelana.

Óxidos;

Água destilada;

Fig.6. Água destilada como isolante.

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Óleos;

Fig.7. Óleo isolante.

Borracha;

Fig.8. Luvas de borracha.

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Cerâmicos: São frequentemente usados em isoladores de alta tensão, devido às suas
propriedades dieléctricas e capacidade de resistir a ambientes adversos.

Porcelanas: : destinada a fabricação de isoladores de baixa, media e alta tensão para


redes eléctricas, dispositivos de comando, transformadores, etc.

Borrachas: são usadas em isoladores eléctricos e em aplicações que requerem


resistência a altas temperaturas.

Ar: é um isolante gasoso comum usado em muitas aplicações. É frequentemente usado


como um espaço isolante em janelas duplas ou em estruturas isoladas, onde o ar preso
entre as camadas atua como barreira térmica.

Polarização
Existem 3 tipos fundamentais de Polarização:

Polarizações electrónica e iónica – ocorre de um modo praticamente instantâneo sob a


acção de um campo eléctrico e sem dissipação de energia.

A Polarização electrónica - Diminui com o aumento da temperatura, devido a dilatação


do dieléctrico e consequente diminuição do número de partículas por unidade de
volume.

A Polarização iónica é intensificada com o aumento da temperatura, uma vez que se


debilitam as forças elásticas interiônicas quando aumentam as distâncias entre os iões
devido a dilatação do corpo.

Polarização dipolar

Difere da electrónica e da iónica com relação ao movimento térmico das partículas, s


moléculas dipolares, que se encontram em movimento térmico caótico se orientam
parcialmente pela acção do campo, o qual é a causa da Polarização.

Com o aumento da temperatura se enfraquecem as forças moleculares e diminui a


viscosidade da substância, de forma que se intensifica a Polarização dipolar.

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A Polarização dipolar aumenta a princípio com o aumento da temperatura, enquanto que
o enfraquecimento das forças moleculares influencia mais que a intensificação do
movimento térmico caótico. Depois quando esta última se intensifica, a Polarização
dipolar cai a medida que aumenta a temperatura.

Polarização estrutural

Aparece apenas em corpos amorfos e em sólidos cristalinos polares como o caso do


vidro, onde um corpo é parcialmente constituído de partículas de iões. iões

Vem a ser a orientação de estruturas complexas de material, perante a acção de um


campo externo, aparecendo devido ao deslocamento de iões e dipolos, na presença de
aquecimento devido a perdas Joule.

Quanto a dependência com a temperatura tem comportamento semelhante a Polarização


dipolar.

A Polarização e a sua dependência com o campo eléctrico aplicado

Como visto anteriormente, os vários tipos de Polarização ocorrem predominantemente


em faixas de frequências distintas. Nesta seção será identificada a conexão existente
entre a Polarização observada e o campo eléctrico aplicado. Inicialmente o interesse é
descrever de forma simples cada os efeitos do campo eléctrico em um meio
dieléctrico, ou seja, a Polarização do dieléctrico, para que posteriormente seja feita uma
descrição mais detalhada sobre este processo.

Uma vez definido o conceito de Polarização, como visto, consiste da reorganização


espacial de cargas, ou seja, do somatório dos momentos de dipolos por unidade de
volume resultante da aplicação de um campo, pode ser então estabelecida a relação
entre a Polarização e o campo eléctrico aplicado. Para isso deve-se notar que os
movimentos de reordenação associados as partículas microscópicas, necessitam de um
certo tempo para que ocorram, assim se a variação do campo eléctrico se der de forma
mais rápida do que a resposta do meio, então a Polarização deste meio será variável com
o tempo e dependente das propriedades de interacção entre o campo aplicado e as
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moléculas do qual o meio dieléctrico é formado, pois cada uma apre- senta um tempo de
relaxação τ de resposta, estes ainda podendo variar de acordo com as condições em que
o dieléctrico se encontra, bem como pressão e temperatura.

Se as variações do campo eléctrico ocorrerem de forma mais lenta que o movimento das
partículas microscópicas, então neste caso a Polarização e o campo eléctrico aplicado
estarão em equilíbrio em um dado instante t, dessa forma o estado de Polarização do
material é quase estático (BÖTTECHER; BORDEWIJK, 1987). No caso de um
dieléctrico isotrópico linear, há uma proporcionalidade directa entre a Polarização e o
campo eléctrico aplicado, fato este dado experimentalmente, podendo se assim
expressar P em função do campo por meio de uma equação linear

P (t) = χe (t)

Neste caso é considerada a susceptibilidade eléctrica χ constante, porém se o interesse


fosse descrever de forma mais completa o processo, a mesma deveria ser descrita
levando-se em consideração algumas condições do material, bem como temperatura,
pressão e composição, tornando a abordagem um tanto complexa.

Quando o interesse é estudar as propriedades de um campo eléctrico E (t) em um dado


material, como em um dieléctrico por exemplo, é introduzido o conceito de vector
deslocamento eléctrico D(t), este por sua vez representa o campo eléctrico aplicado no
material. A relação entre o vector deslocamento e o campo eléctrico aplicado pode ser
descrita por meio da seguinte equação para o caso quase estático

A função resposta dieléctrica

Em geral o comportamento da resposta dieléctrica de um material a interacção com o


campo aplicado irá depender além das características do campo, das propriedades dos
dipolos eléctricos microscópicos que compõem o material, que podem ser permanentes
ou induzidos pelo campo eléctrico. Nesta seção serão descritas funções resposta
dieléctrica hipotéticas, descrevendo a Polarização orientacional de um meio devido a
aplicação do campo eléctrico, de forma que posteriormente a utilização de modelos
mais complexos se dê de forma natural.

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Classificação geral dos materiais isolantes

Classe Y: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 90°C.
Constituídos por materiais tais como: algodão, seda, papel, polietileno reticulado, papéis
e cartões isolantes sem impregnar, fibra vulcanizada, madeira, etc.

Classe A: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 105 °C.
Estão constituídos pelos seguintes materiais: algodão, seda e papel impregnados ou
submersos em um dieléctrico líquido. Além disso, encontramos o PVC, vernizes com
base de resinas naturais, madeira tratada ou convenientemente impregnada.

Classe E: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 120 °C.
Estão constituídos pelos seguintes materiais: esmaltes a base de PVC, papel baque
lizado, moldados e estratificados com base de papel e resinas entre outros.

Classe B: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 130 °C.
Estão constituídos por materiais ou associações de materiais a base de mica, fibra de
vidro, amianto e outros materiais inorgânicos similares. Entre estes materiais podemos
mencionar esmaltes à base de resinas de poliuretanos, tecidos de vidro, isolamento
de borracha etileno – propileno, tecidos de vidro – amianto, vernizes de resina de
melanina, entre outros.

Classe F: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 155 °C.
Estão constituídos por materiais ou associação dos mesmos, tais como: fibra de vidro,
mica, amianto e outros materiais inorgânicos similares. Estes materiais são os seguintes:
tecidos de fibra de vidro tratado com resina de poliéster, mica e papel de mica,
estratificado a base de tecidos de vidro e estratificados de amianto – vidro entre outros.

Classe H: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho de 180 °C.
Estão constituídos por materiais, tais como: os elastómeros de silicone ou associação de
materiais como mica, fibra de vidro, amianto e outros materiais inorgânicos similares.
Estes materiais são: isolamentos de elastómeros de silicones, tecidos de fibra de
vidro, mica, papel de mica, resinas de silicones, vernizes isolantes a base de resina de
silicones.

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Classe C: São aqueles que suportam uma temperatura limite de trabalho maior de 180
°C. Estão constituídos por materiais, tais como: mica, porcelana, quartzo, vidro e
materiais similares, tais como: mica pura, estratificados de papel de mica, estratificados
de amianto, aglomerados inorgânicos, porcelana, vidro e quartzo, entre outros.

Isolante pode tornar-se condutor

"Sob condições especiais, como altas temperaturas, tensão mecânica ou enormes


diferenças de potencial, os materiais isolantes tornam-se condutores. Quando isso
acontece, a corrente eléctrica que os atravessa geralmente causa um grande aquecimento
em razão do efeito Joule, ou seja, devido às colisões entre os electrões e os átomos que
constituem o material em questão.

O exemplo mais simples de ruptura da rigidez dieléctrica é a da formação dos raios: o


campo eléctrico que se forma entre as nuvens carregadas e o solo é tão grande que o ar
torna-se ionizado, permitindo que os electrões saltem de átomo para átomo. Entretanto,
mesmo sendo capaz de conduzir a corrente eléctrica, o ar volta a tornar-se um meio
isolante após a descarga atmosférica.

Resistência de isolamento
É a resistência que se opõe a passagem da corrente eléctrica. Se expressa em megohms.

A corrente que circula pelo isolante é a corrente de fuga e segue dois caminhos que a
seguir descrevemos:

Resistência de isolamento superficial: É a resistência que oferece a superfície do


material na passagem da corrente, quando se aplica uma tensão entre duas zonas de tal
superfície.

Resistência de isolamento transversal: É a resistência que opõe o material ao ser


atravessado pela corrente, quando se aplica uma tensão entre suas duas faces.

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Rigidez dieléctrica
É a propriedade de um material isolante de se opor a ser perfurado pela corrente
eléctrica ao ser aplicado um potencial eléctrico. Se expressa em kv/mm.

É a máxima tensão com a qual o material é perfurado. Quanto maior for a tensão de
perfuração de um material, menor será o risco de perfuração em serviço.

Por tanto, os materiais isolantes óptimos, terão uma alta rigidez dieléctrica.

Constante dieléctrica
É um valor que quantifica o efeito capacitivo nos condutores eléctricos que se cria como
consequência da passagem da corrente eléctrica pelos mesmos, em função do material
isolante.

A eficácia dos dieléctricos mede-se por sua relativa capacidade de armazenar energia e
se expressa em termos da constante dieléctrica (também denominada permissividade
relativa), tomando como unidade o valor do vácuo. Os valores dessa constante variam
desde pouco mais de 1 na atmosfera até 100 ou mais em certas cerâmicas que contém
óxido de titânio.

Além das características mencionadas até aqui, as quais estão directamente


relacionadas às solicitações dieléctricas, outras características são decisivas para
avaliação do desempenho de um sistema dieléctrico.

Estas outras grandezas envolvem características térmicas e mecânicas, e devem ser


consideradas do ponto de vista do projecto e das condições de operação do equipamento
no qual o sistema isolante estará contido.

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Fig.6. Rigidez dieléctrica de alguns materiais.

Permissividade dieléctrica
A permissividade dieléctrica é determinada pela capacidade de um material
polarizar-se em resposta a um campo eléctrico aplicado, cancelando parcialmente o
campo dentro do material, Também designada como permissividade relativa ou
constante dieléctrica ε de um material, pode ainda ser definida pela razão ε = C/ , onde
C é a capacitância entre duas placas paralelas separadas pelo material isolante sob
estudo e É a capacitância das mesmas placas paralelas separadas por vácuo,
desprezando-se o efeito de borda.

Normalmente εr não é um parâmetro fixo, mas depende da temperatura, da frequência,


bem como da estrutura molecular do material.

Permissividade complexa, ângulo de perdas e factor de dissipação

Para o estudo da resposta a tensões alternadas, os sistemas dieléctricos são normalmente


representados por um modelo composto da associação paralela de um capacitor e um
resistor.

O capacitor C representa a própria capacitância do dieléctrico e o resistor R representa


as perdas resultantes de condutividade iónica ou electrónica, orientação de dipolos,
Polarização de cargas ou ainda as perdas oriundas de impurezas no meio dieléctrico.

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Resistência ao arco
Os arcos se deslocam em velocidades muito altas, da ordem de 200 a 250 m/s com
correntes da ordem de 15 a 20 ka eficazes, por exemplo, em um conjunto de barras de
BT, separadas no ar aproximadamente 300 mm.

Quando os condutores eléctricos são submetidos à acção de arcos eléctricos podem


chegar a inutilizar a isolação.

A resistência ao arco mede-se pelo tempo que o material isolante é capaz de resistir aos
efeitos destrutivos de um arco, antes de inutilizar-se, por ter formado o arco um
caminho carbonizado sobre a superfície do isolante.

Para diminuir a acção do arco incorporam-se sistemas de protecção eléctrica


(protecção magnética) para diminuir o tempo de acção.

Aplicação dos materiais isolantes no geral


Os materiais isolantes são usados em uma ampla variedade de aplicações para fornecer
isolamento eléctrico, térmico e acústico, bem como para proteger contra vazamentos de
calor, dissipar cargas eléctricas indesejadas e melhorar a eficiência de sistemas. Aqui
está um resumo das aplicações gerais dos materiais isolantes:

Isolamento em Construções: Materiais isolantes são amplamente empregados em


edifícios para reduzir a transferência de calor através das paredes, tetos e pisos,
melhorando a eficiência energética e o conforto térmico.

Isolamento em Equipamentos Eléctricos: Isolantes dieléctricos e gases isolantes são


utilizados em transformadores, capacitores e disjuntores para evitar a passagem de
corrente eléctrica indesejada, garantindo a segurança e a eficiência desses dispositivos.

Isolamento em Equipamentos Electrónicos: Materiais isolantes são usados para isolar


componentes electrónicos sensíveis e prevenir curtos-circuitos, interferência
electromagnética (EMI) e danos por descargas electrostáticas.

Isolamento Térmico em Processos Industriais: Isolantes térmicos são aplicados em


equipamentos industriais, como fornos, caldeiras e tubulações, para reduzir a perda de
calor e melhorar a eficiência energética.

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Isolamento Acústico: Materiais isolantes são usados para reduzir a propagação do som
em edifícios, veículos e espaços industriais, melhorando o conforto acústico.

Isolamento de Tubulações: Materiais isolantes são envolvidos em torno de tubulações


de fluidos quentes ou frios para evitar a perda de calor ou a formação de condensação.

Isolamento de Veículos: Materiais isolantes são usados em veículos, como carros, trens
e aviões, para manter temperaturas confortáveis e minimizar a transferência de ruído.

Isolamento de Cabos e Fios: Materiais isolantes são aplicados em cabos e fios eléctricos
para garantir que a corrente eléctrica flua apenas pelo caminho desejado, evitando
vazamentos de corrente e curtos-circuitos.

Isolamento em Aplicações Criogénicas: Materiais isolantes são usados em sistemas


criogénicos para manter temperaturas extremamente baixas e minimizar a entrada de
calor do ambiente circundante.

Isolamento em Componentes e Estruturas Especiais: Materiais isolantes são aplicados


em componentes espaciais, equipamentos médicos, indústria de petróleo e gás, entre
outras áreas especializadas

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Propriedades químicas
O ambiente onde trabalham os materiais isolantes dos condutores eléctricos está
submetido à acção de ambientes que contem líquidos, gases e vapores corrosivos que
envelhecem prematuramente seu tempo de vida, motivo pelo qual revisaremos as
seguintes propriedades químicas.

Resistência ao ozônio: O ozônio é uma forma alotrópica do oxigénio cuja fórmula


química é um trioxido, ou seja, que tem uma molécula constituída por três átomos de
oxigénio (a fórmula do oxigénio molecular comum é dióxido, ou seja, que está
constituída por dois átomos de oxigénio). O ozônio é produzido ao ionizar-se o ar por
acção do campo eléctrico; é muito mais oxidante que o oxigénio comum e facilmente
reconhecível por seu cheiro que lembra o marisco.

Resistência à luz solar: Devido a seu conteúdo de radiações ultravioletas, a luz solar
provoca reacções químicas, especialmente no verão. Os efeitos de luz solar sobre os
isolantes são sua descoloração e transformação em um material frágil, que pode resultar
inadequado.

Resistência aos ácidos e álcoois: Uma das mais vantajosas propriedades de muitos
isolantes é sua conhecida resistência aos efeitos destrutivos dos ácidos e dos alcalis. O
efeito dos ácidos e dos alcalis sobre os materiais isolantes difere de seu efeito sobre os
metais, pois estes se dissolvem pela acção dos ácidos, enquanto que, em geral, os
isolantes decompõem-se pela acção dos ácidos fortes e dos alcalis.

Resistência aos óleos: Em geral, os isolantes são resistentes à penetração do óleo e à


perda de resistência por esta causa, tanto no caso de óleos minerais, vegetais ou animais.

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Conclusão
Os isoladores de campo desempenham um papel fundamental na manutenção da
segurança e funcionamento adequado de sistemas eléctricos, evitando a propagacção
indesejada de campos eléctricos e correntes eléctricas entre diferentes regiões ou
componentes. Podem ser feitos de diversos materiais dieléctricos, como plásticos,
cerâmicas, vidro e borracha. A escolha do material dependerá das necessidades
específicas da aplicacção, incluindo a tensão eléctrica envolvida, a temperatura e o
ambiente em que o isolador será utilizado.

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Referências bibliográficas
Electrical Insulation for Rotating Machines: Design, Evaluation, Aging, Testing,
and Repair" por Greg Stone, Edward A. Boulter, et al.

N.Nikulin (1984). Materiais de Montagem Eléctrica, Moscovo: Editora Mir

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/condutores-isolantes.htm

Fávaro, W. C., & Silva, J. A. (Ano de publicação). Materiais Elétricos e Isolantes.


Editora.

Costa, E. T., & Marques, C. (Ano de publicação). Isolantes Elétricos: Características e


Aplicações. Título da Revista, Volume(Issue), Páginas. DOI

21

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