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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

Departamento de Engenharia Civil

SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICOS E


SANITÁRIOS 1

Profa. Dra Katia Sakihama Ventura

PROJETOS DE SISTEMAS PREDIAIS HIDRAULICOS E


SANITÁRIOS

Emily da Silveira

José Wilson Pollo Jr

Vitor Pimenta

Willian Souza

Junho de 2016
Memorial Descritivo......................................................................................................3
Objetivo e dados do projeto...........................................................................................3
Considerações................................................................................................................3
ÁGUA FRIA..................................................................................................................3
 Alimentação........................................................................................................3
 Distribuição.........................................................................................................4
 Sub Ramais.........................................................................................................4
 Reservatório........................................................................................................4
Especificações do material.............................................................................................4
Objetivos........................................................................................................................4
Especificações................................................................................................................5
 Tubulações..........................................................................................................5
 Conexões.............................................................................................................5
 Válvulas e Registros...........................................................................................5
ÁGUA QUENTE...........................................................................................................5
 Critérios de dimensionamento............................................................................5
 Distribuição.........................................................................................................5
Memorial de Cálculo.........................................................................................................6
ÁGUA FRIA..................................................................................................................6
 Dimensionamento de água fria...........................................................................6
 Cálculo do consumo de água do edifício............................................................7
ÁGUA QUENTE.........................................................................................................10
Dimensionamento de água quente...............................................................................10
 Consumo de água quente..................................................................................10
 Volume de água quente na mistura...................................................................10
Memorial de Cálculo e Descritivo – Sistemas de Águas Pluviais...................................12
Objetivo:......................................................................................................................12
Procedimento de Cálculo.............................................................................................12
PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO..........................................................................23

Tabela 1- Cálculo das misturas de água quente e água fria utilizadas............................11

Figura 1- Modelo escolhido do aquecedor......................................................................12

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Memorial Descritivo

Objetivo e dados do projeto


O presente memorial tem por objetivo descrever os projetos dos sistemas
hidrossanitários de água fria e água quente desenvolvidos para um edifício residencial
localizado em área urbana.

O edifício é composto por 9 pavimentos, sendo oito pavimentos “tipo” com 4


apartamentos em cada, mais um pavimento térreo composto por um salão para festas,
uma área de bar e um banheiro, vestiário para funcionários e jardim.

Todas as tubulações, tanto de água fria como de água quente serão de PVC. O sistema
estrutural escolhido é de alvenaria de concreto armado. Todos os cálculos seguiram as
normas da ABNT e bibliografias que seguem às normas referentes a eles.

Considerações
As normas utilizadas para confecção do projeto foram:
NBR 5626/98 – Instalação predial de água fria
NBR 7198/93 – Instalação e execução de instalações prediais de água quente

ÁGUA FRIA
 Alimentação

O fornecimento de água potável será realizado pela rede da concessionária local, até o
hidrômetro a ser instalado. A caixa de proteção e o cavalete do hidrômetro serão
executados pelo construtor.

A partir do hidrômetro será abastecido um reservatório inferior, que através de um


sistema de bombeamento, recalcará a água para um reservatório superior de duplo
compartimento. No reservatório superior será também armazenada a porcentagem de
água reservada ao combate de incêndios.

O registro deve ser instalado fechado. Deve-se vedar a extremidade dos tubos da
instalação com fita veda rosca para evitar o uso excessivo. Depois deve-se rosquear o

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registro até chegar na posição desejada. Os registros devem ser utilizados na
manutenção, e não para controlar a vazão. E deve trabalhar sempre totalmente fechado
ou aberto.

O edifício é residencial, mas o consumo de água é diversificado por causa da


necessidade de abastecimento do piso térreo de maneira diferenciada. Somente esse
pavimento foi tratado como sendo comercial pois a quantidade de água necessária para
o seu abastecimento é diferente dos pavimentos “tipo”.

 Distribuição
A água fria potável será distribuída para todos os apartamentos e ambientes do edifício
pelo reservatório superior. Caso um dos compartimentos se encontre em manutenção, a
água será proveniente do compartimento adjacente.

Como a pressão estática disponível não ultrapassou o valor de 40 mca não há a


necessidade de utilizar válvulas redutoras de pressão. Na saída do reservatório terá dois
registros de gaveta, que formarão o barrilete. Do barrilete derivarão dois ramais de
alimentação para os shafts das tubulações, alimentados por gravidade.

O diâmetro inicial da coluna e suas reduções progressivas, foram calculadas


considerando-se as perdas de carga de cada dispositivo utilizado para a execução do
projeto. Todas as tubulações serão de PVC.

 Sub Ramais
Os sub-ramais e as derivações que alimentarão os pavimentos serão em PVC.

 Reservatório
Os reservatórios serão de alvenaria com capacidade de armazenamento de 15670 litros
no reservatório inferior e de 18450 litros no reservatório superior; sendo esse valor
dividido entre os dois compartimentos do mesmo.

Especificações do material

Objetivos

Estabelecer as especificações das tubulações e dispositivos utilizados no projeto de


instalações hidrossanitárias de água fria.

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Especificações

 Tubulações
Os tubos serão de PVC soldável de classe 15. Os locais, diâmetros e comprimentos
deverão seguir o que foi previsto no projeto. As distâncias entre apoios deverão
respeitar as recomendações dos fabricantes.

 Conexões
As conexões serão de PVC soldável e os locais e diâmetros deverão o que foi previsto
no projeto.

 Válvulas e Registros
Serão instalados conforme o projeto e terão a finalidade de interromper o fluxo d’água
caso seja necessária a realização de alguma manutenção.

ÁGUA QUENTE
O sistema de aquecimento adotado é de aquecedor por acumulação. O traçado da rede
está representado no projeto. Ele foi elaborado de modo a garantir o fornecimento de
água em temperatura e pressões adequadas, e em quantidade suficiente.

 Critérios de dimensionamento
O projeto de instalação da rede de água quente foi dimensionado trecho a trecho,
caracterizando-se a vazão, velocidade, perda de carga e pressão nos pontos. A rede foi
projetada com o objetivo de que a pressão seja suficiente em todos os locais.
Utilizou-se para o cálculo o método dos pesos, previsto na NBR 5626. E as perdas de
carga foram calculadas para tubos de CPVC. A tubulação que sairá do boiler
(reservatório de água quente), seguirá para a alimentação dos chuveiros, das pias das
cozinhas e dos banheiros dos apartamentos, respeitando os diâmetros estabelecidos no
projeto.
Na cozinha

 Distribuição
A distribuição da água quente para os apartamentos será feita for meio de tubulações de
CPVC, partindo do boiler, paralelamente ao sistema de água fria na direção dos
pavimentos, seguindo o que foi previsto em projeto.

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Memorial de Cálculo
ÁGUA FRIA

 Dimensionamento de água fria


Dados do Edifício:

 8 Pavimentos
 4 Apartamentos por pavimento

Dados dos apartamentos segundo NBR 5626/1998, tabela A.1:

N Aparelho sanitário Peça de utilização Q (L/s) Peso


°
2 Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
2 Bacia sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3
2 Lavatório Torneira ou misturador (água 0,15 0,3
fria)
1 Pia cozinha Torneira ou misturador (água 0,25 0,7
fria)
1 Pia varanda Torneira 0,25 0,7
1 Tanque Torneira 0,25 0,7

ΣP por apartamento:

ΣP=2⋅0 , 4 +2⋅0 , 3+2⋅0 ,3+1⋅0 ,7 +1⋅0 , 7+1⋅0 ,7

ΣP=4 ,1
No pavimento térreo, ainda consta um salão de festas, vestiário para funcionários e
jardim.

Em termos de peças, temos:

N Peça Peça de utilização Q (L/s) Peso


°
1 Pia cozinha Torneira ou misturador (água 0,25 0,7
fria)

6
2 Lavatório Torneira ou misturador (água 0,15 0,3
fria)
2 Bacia sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3
2 Torneira de jardim Torneira 0,20 0,4

 Cálculo do consumo de água do edifício.


1 – Pavimentos tipo:

pessoas Apto.
4 ×4 × 8 Pav . = 128 pessoas
Apto. Pav . no edifício.

Adotando que cada pessoa consome uma média de 200 L/dia, temos:

L
128 pessoas × 200 = 25600 L/dia
pessoa⋅dia

2 – Térreo:

 Funcionários
3 funcionários
consumo comercial = 50 L/dia

3×50 L/dia = 150 L/dia

 Salão de Festas
área total = 63,2 m²
taxa de ocupação = 1 pessoa / 2,5 m²
consumo será de 25 L/ dia
considerando que, em média o salão de festas é usado três dias na semana,
usaremos um fator de correção de 0,4 para o cálculo.
63 , 2
=25 ,28≈26 pessoas
2 ,5
L
26 pessoas × 25 ×0 , 4 = 260 L/dia
dia⋅pessoa
 Jardinagem

7
área dos jardins = 70,19 m²
consumo = 1,5 L/m²
L
70 , 19 m²×1 ,5 = 105 ,29 L/dia
m ²⋅dia

Portanto, o consumo diário do edifício será:

CD=25600+150+260+105,29 → CD≈ 26115 L/dia

Cálculos dos volumes dos reservatórios superior e inferior.

Rsup =0 ,4⋅CD+8 → R sup=0 , 4⋅26 ,115+8 → Rsup=18 ,45 m ³/dia

R Inf =0,.6⋅CD → R Inf =0,6⋅26 ,115 → R Inf =15 ,67 m³ /dia

Cálculo dos pesos das colunas por pavimento:

 Coluna AF1: 1 tanque de lavar roupas (0,7), 1 pia de cozinha (0,7) = 1,4 por
pavimento. No térreo, 1 torneira de jardim (0,4)

Peso total AF1 = [1 x 0,7 + 1 x 0,7 ] x 8 pav. + 1 x 0,4 = 11,6

 Coluna AF2: 2 vasos sanitários com caixa de descarga acoplada (0,3), 2


chuveiros (0,4), 2 lavatórios (0,3) e 1 pia churrasqueira (0,7) = 2,7 por
pavimento

Peso total AF2 = [2 x 0,3 + 2 x 0,4 + 2 x 0,3 + 1 x 0,7] x 8 pav. = 21,6

 Coluna AF3 = 2 vasos sanitários com caixa de descarga acoplada (0,3), 2


chuveiros (0,4), 2 lavatórios (0,3) e 1 pia churrasqueira (0,7) = 2,7 por
pavimento

Peso total AF3 = [2 x 0,3 + 2 x 0,4 + 2 x 0,3 + 1 x 0,7] x 8 pav. = 21,6

8
 Coluna AF4 = 1 tanque de lavar roupas (0,7), 1 pia de cozinha (0,7) = 1,4 por
pavimento. No térreo, 1 lavatório (0,3), 1 vaso sanitário com caixa de descarga
acoplada (0,3), 1 pia de cozinha (0,7), torneira de jardim (0,4)

Peso total AF4 = [1 x 0,7 + 1 x 0,7] x 8 pav. + 1 x 0,3 + 1 x 0,3 + 1 x 0,7 + 1 x


0,4 = 12,9

 Coluna AF1’ = 1 tanque de lavar roupas (0,7), 1 pia de cozinha (0,7) = 1,4 por
pavimento

Peso total AF1 = [1 x 0,7 + 1 x 0,7 ] x 8 pav. = 11,2

 Coluna AF2’: 2 vasos sanitários com caixa de descarga acoplada (0,3), 2


chuveiros (0,4), 2 lavatórios (0,3) e 1 pia churrasqueira (0,7) = 2,7 por
pavimento

Peso total AF2’ = [2 x 0,3 + 2 x 0,4 + 2 x 0,3 + 1 x 0,7] x 8 pav. = 21,6

 Coluna AF3’ = 2 vasos sanitários com caixa de descarga acoplada (0,3), 2


chuveiros (0,4), 2 lavatórios (0,3) e 1 pia churrasqueira (0,7) = 2,7 por
pavimento

Peso total AF3’ = [2 x 0,3 + 2 x 0,4 + 2 x 0,3 + 1 x 0,7] x 8 pav. = 21,6

 Coluna AF4’ = 1 tanque de lavar roupas (0,7), 1 pia de cozinha (0,7) = 1,4 por
pavimento. No térreo, 1 lavatório (0,3), 1 vaso sanitário com caixa de descarga
acoplada (0,3)

Peso total AF4’ = [1 x 0,7 + 1 x 0,7] x 8 pav. + 1 x 0,3 + 1 x 0,3 = 11,8

Peso total que chegará aos reservatórios = 133,9

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ÁGUA QUENTE
Dimensionamento de água quente
Optou-se pela utilização de água quente somente nos chuveiros de cada apartamento. O
aquecedor será por acumulação e individual, localizado na lavanderia.

 Consumo de água quente


Considerando um banho com duração de 10 minutos, com uma vazão do chuveiro de 12
litros por minuto, e podendo ocorrer dois banhos simultâneos em cada apartamento,
tem-se um volume total de água utilizado nos banhos de 240 litros.

 Volume de água quente na mistura


O cálculo do volume das misturas de água fria e água quente foi realizado utilizando as
fórmulas:
Vm x Tm = Vf x Tf + Vq x Tq
e
Vm = Vf + Vq
Onde:
Vm = Volume da mistura [L]
Vf = Volume de água fria [L]
Vq = Volume de água quente [L]
Tm = Temperatura da mistura [ºC]
Tf = Temperatura da água fria [ºC]
Tq = Temperatura da água quente [ºC]
Para os seguintes valores adotados:
Vm = 240 litros
Tm = 40 ºC

10
Tf = 20 ºC
Tq = 60 ºC
Obteve-se os volumes de 120 litros de água fria e 120 litros de água quente.

Fator de estratificação

Com o fator de estratificação de 0,7, por causa da não homogeneidade da


temperatura dentro do aquecedor:

Vq necessário= 120/0,7= 171, 43 litros.

Então, o volume mínimo que o aquecedor deverá suportar deverá ser de


171,43 litros.

Dimensionamento do aquecedor

Com base nos cálculos realizados, optamos pela utilização da um


aquecedor por acumulação da marca Giacometi, com capacidade de 160
litros. Ele será posicionado na vertical, entre a pia da cozinha e o shaft de
água fria. A água fria será proveniente das tubulações de água fria
presentes no local e, dele se iniciará a rede de água quente, que abastecerá
os chuveiros dos apartamentos.

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Memorial de Cálculo e Descritivo – Sistemas de Águas
Pluviais

Objetivo:

Segundo CREDER (2006), os códigos de obras dos municípios, em

geral, proíbem o caimento livre da água dos telhados de prédios de mais de

um pavimento, bem como o caimento em terrenos vizinhos

Esta água deve ser conduzida aos condutores de águas pluviais,

ligados a caixas de areia no térreo, podendo, então, ser lançada nos

coletores públicos de águas pluviais.

Tendo como base a NBR 10844, temos que esta Norma fixa exigências
e critérios necessários aos projetos das instalações de drenagem de águas
pluviais, visando a garantir níveis aceitáveis de funcionalidade, segurança,
higiene, conforto, durabilidade e economia para a edificação em questão.

Esta Norma se aplica à drenagem de águas pluviais em coberturas e


demais áreas associadas ao edifício, tais como terraços, pátios, quintais e
similares. Esta Norma não se aplica a casos onde as vazões de projeto e as
características da área exijam a utilização de bocas-de-lobo e galerias.

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Foi analisado também a possibilidade de um sistema de
reaproveitamento de água em toda a extensão da edificação.

Procedimento de Cálculo

1) Calha

Chapas de aço galvanizado, folhas-de-flandres, chapas de cobre, aço


inoxidável, alumínio, fibrocimento, PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou
alvenaria.

Utilizou-se na concepção da captação de águas pluviais os calhas em


aço galvanizado por serem mais maleáveis e de fácil acesso e colocação.

Em pátios ou áreas abertas, recorre-se às canaletas aberta com grelhas,


tampas de concreto armado ou ferro fundido.

2) Condutores Verticais

Tubos e conexões de ferro fundido, fibrocimento, PVC rígido, aço


galvanizado, cobre, chapas de aço galvanizado, folhas-deflandres, chapas de
cobre, aço inoxidável, alumínio ou fibra de vidro
Utilizou-se no projeto, tudo de PVC rígidos, pela facilidade manipulação e
por ser bem como na região onde o edifício está localizado.

3) Condutores Horizontais

Tubos e conexões de ferro fundido, fibrocimento, PVC rígido, aço galvanizado,


cerâmica vidrada, concreto, cobre, canais de concreto ou alvenaria.
Utilizou-se no projeto, tudo de PVC rígidos, pela facilidade manipulação e
por ser bem como na região onde o edifício está localizado.

Dados:

Cidade de São Carlos

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5.1.1. A determinação da intensidade pluviométrica
“I”, para fins de projeto, deve ser feita a partir da
fixação de valores adequados para a Duração de
precipitação e o período de retorno. Tomam-se como
base dados pluviométricos locais.

5.1.2 O período de retorno deve ser fixado segundo


as características da área a ser drenada,
obedecendo ao estabelecido a seguir:

T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde


empoçamentos possam ser tolerados;
T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;
T = 25 anos, para coberturas e áreas onde
empoçamento ou extravasamento não possa ser
tolerado.

5.1.3 A duração de precipitação deve ser fixada em t


= 5min.”

Equação Pluviométrica de São Carlos

0,199
1681 , 8 x Tr Tr
Imáx= 0,936
(t+16)

Sendo assim, para Tr = 5 anos e t= 5 min, temos que:

Imáx=134 , 05 mm /h

1) Cálculo de área de contribuição (Ac): No cálculo da área de


contribuição, devem ser considerados os incrementos devidos á
inclinação da cobertura e ás paredes que interceptam água de chuva
que também deva ser drenada pela cobertura.

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A1 = Área da superfície Inclinada da Cobertura
A1 = (a+h/2) * b = (8,90 + 0,89/2) * 16,96
A1 = 158,40 m²

A2 = Área da superfície vertical inclinada


A2 = A * B = 5,90 * 8,80
A2 = 51, 92 m²

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A3 = Área de contribuição da Laje
A3 = A * B = 3,30 * 8,80
A3 = 29,04 m²

2) Cálculo da Vazão de Projeto – Q

I∗A
Q=
60

Onde: Q – Vazão de projeto [l/min]


I – Intensidade de chuva [mm/h]
A – Área de contribuição [m2]

Sendo assim,

Q(A1 + A2) = 134,05 * 210,32 / 60 = 469,88 L/min

Q(A3) = 134,05 * 29,04 / 60 = 469,88 L/min

3) Vazão da Calha

Usando a fórmula de Manning-Strickler (item 5.5.7 da NBR 10844/89)

Onde: Q – Vazão de projeto [l/min]


S – Área da seção molhada [m2]

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n – Coeficiente de rugosidade [tabelado]
RH – Raio hidráulico [m]
P – Perímetro molhado [m]
i – Declividade da calha [m/m]
K – 60000 (coeficiente para transformar a vazão em m3/s para
l/min)

Coeficientes de rugosidade - fórmula de Manning-Strickler

 Plástico, fibrocimento, alumínio, aço inoxidável, aço galvanizado,


cobre e latão - 0,011

 Ferro fundido, concreto alisado e alvenaria revestida 0,012

 Cerâmica e concreto não-alisado 0,013

 Alvenaria de tijolos não-revestida 0,015

Adotado n = 0,011 e a inclinação de 0,5% (menor inclinação possível


dentro de Norma), conseguimos calcular a largura e a altura da calha.

Visto isso, podemos calcular os valores de “a” e “b”, um em função do


outro, sabendo as seguintes particularidades. Adota-se também que a = 2b,
já que seria o tamanho ideal para que se possa fazer manutenção na calha.

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Desse forma, temos:

Q = K * b² * (b/3)^(2/3) * i ^(1/2) / n

469,88 = 60000 * b² * (b/3)^(2/3) * 0,005^(1/2) / 0,011

Usando a ferramenta solver, temos que ‘b” = 0,10 m aproximadamente e


“a” = 0,20 m

Adotou-se então o diâmetro comercial de b =10 cm e a = 20 cm

Para a laje, utilizando o mesmo procedimento, com o valor de vazão de


projeto Q = 64,66 L/min, obtemos b = 5 cm e a = 10 cm.

4) Cálculo do condutores verticais

O dimensionamento dos condutores verticais pode ser feito a partir dos


seguintes dados e por meio de ábacos.

 Q – Vazão de projeto [L/min]


 H – altura da lâmina d’água da calha [ mm]
 L – comprimento do condutor vertical [m]

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Entretanto, existe um outro método que também calcula-se o diâmetro dos
condutores verticais, sendo ele:

c∗I ∗A
Q=
60

Onde: Q – Vazão de projeto [l/min]


I – Intensidade de chuva [mm/h]
A – Área de contribuição [m2]

Sabemos também que:

Q=v∗A

Onde: Q – Vazão de projeto [l/min]


V = Velocidade = 1 m/s

A = Área do coletor (m)

Podemos então igualar as duas equações anteriores e obter a área de


absorção de água de cada coletor:

v∗Acoletor=c∗I ∗A

2 −3
6∗πd 1∗134 , 05 x 10
0, = ∗A (t /c)
4 3600

Adotado d = 0,10 m, obtemos que A(t/c) = 126,55 m², ou seja, 1 coletor absorve
água equivalente a uma área de 126,55 m².

Para obter-se o número de coletores, temos:

Atotal de contribuição
N=
Aabsorção de 1 coletor

210 , 32
N= =1 , 66 , portanto , 2 coletores serãoconsiderados
126 , 55

O mesmo equivale para a laje. Como o (At/c) se mantém, temos que:

19
29 , 04
N= =0,229 , portanto ,1 coletores será considerado
126 , 55

5) Condutores Horizontais

Devem ser projetados, sempre que possível, com declividade uniforme e


de no mínimo 0,5%.

Tubulações enterradas em locais de tráfego pesado, com profundidades


menores que 1,50 m, devem ser de ferro fundido. As caixas devem possuir
tampas reforçadas.
O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve
ser feito para escoamento com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno
do tubo.

Desse modo, temos que a área de atuação de cada condutor equivale


proporcionalmente em relação a quantidade condutores verticais, logo, como
possuímos 2 condutores em cada extremidade, utilizaremos a metade da área
de contribuição da cobertura inclinada.
Pela equação, podemos obter o valor de vazão de projeto.

c∗I ∗A
Q=
60

05∗158 , 4
1∗134 ,
2 L
Q= =176 , 94
60 min
A mesma verificação é realizada para a laje:

L
Q=1∗134 , 05∗29 , 04 /2 ¿ ¿ =32 , 43
60 min

Como os dois valores em questão são menores que o suportado pela


estrutura, a verificação está ok! Note a tabela abaixo;

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Desse modo, para a cobertura inclinada, com 2 condutores verticais de
capacidade de 176,96 L/min e diâmetro de 100mm, ele chegara a caixa de
inspeção (condução horizontal) ainda com o diâmetro de 100 mm. E assim que
sair da caixa de inspeção, terá que alterar o seu diâmetro para 125 mm visto

21
que acumulou-se os 4 condutores verticais (2 esquerdo e 2 direito) e a vazão
também aumentou.

Já para a laje, o condutor vertical de 100 mm permanecerá com o mesmo


diâmetro assim que chegar no condutor horizontal. Após chegar na caixa de
inspeção, alterará seu valor, visto que se juntara aos outros 4 condutores da
cobertura inclinada.

Como o procedimento de cálculo foi detalhado anteriormente com 2 tipos


de coberturas, tendo em vista que há mais 3 coberturas em todo o terreno, os
cálculos não serão mostrados, mas os resultados finais podem ser consultados
na tabela a seguir.

Cobert Ár Vazã Coeficie Inclinaç Largu Altu Diâmetro Diâmet Ø que


ura ea o de nte de ão ra ra do ro do chegar
(m Proje Rugosida da da Condutor Condut á na
²) to de Calha Calh Vertical or caixa
(Q) (n) (A) a (mm) Horizon de
(L/mi (m) (B) tal inspeç
n) (m) (mm) ão
COB 1 17 399,9 0,011 0,005 0,2 0,1 3- Ø125m Ø150
9 Ø100mm m mm
COB 2 92 205,5 0,011 0,005 0,16 0,8 2- Ø125m Ø150
Ø100mm m mm
COB 3 49 109,5 0,011 0,005 0,14 0,7 1- Ø125m Ø150
Ø100mm m mm
Tabela 1 - Diâmetros da tubulação e calha das outras 3 coberturas no térreo

6) Dimensionamento dos reservatórios para o aproveitamento de


água pluvial

Método Inglês

V = 0,05 x P x A

Onde : P = precipitação média anual, milímetros


A = Área de coleta em m²
V = Volume de água aproveitável

22
Reservatório do Jardim:
V = 0,05 * 560 * 160 = 4,480 m³ de água – Reservatório com 1,70 x 1,70
x 2,00 m.

Reservatório do Jardim:
V = 0,05 * 560 * 464,28 = 13,101 m³ de água – Reservátório com 2,50 x
2,50 x 2,50 m
Para o funcionamento adequado do filtro lento de areai, ainda que a taxa
de infiltração seja variável, deve-se ter um máximo de 6m³/m²;dia. Dessa
forma, adotou-se a taxa de infiltração de 3m³/m².dia e consequentemente o
filtro com área de 2,25 m², uma vez que tal dimensão será possível filtrar 4,08
m³/dia, valor este que representa a precipitação considerada mais crítica no
município de São Carlos.

Com relação a caixa de inspeção, adotou-se um tamanho de 0,50 m de


largura e comprimento, para facilitar o acesso e a limpeza da mesma.

PROJETO DE ESGOTO SANITÁRIO

Para o dimensionamento da rede de esgoto sanitário, foi utilizada a Unidade


Hunter de Contribuição (UHC).
Os dimensionamentos foram feitos de acordo com as seguintes tabelas tiradas
da NBR 8160/99

23
24
APARTAMENTO
Banheiro

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Para o ramal de descarga e pela tabela 1, teremos:
DN mínimo
Número de
Peça Quantidade do ramal de DN adotado
UHC
descarga
bacia
1 6 100 100
sanitária
lavabo 1 1 40 40
chuveiro 1 2 40 40

Para o ramal de esgoto e pela tabela 2, teremos:


Número de Soma dos
Peça Quantidade DN adotado
UHC UHC
lavabo 1 1
3 40
chuveiro 1 2

Para o tubo de queda do esgoto e pela tabela 3, teremos:


Número de Soma dos
Peça Quantidade DN adotado
UHC UHC
bacia
1 6
sanitária
128 100
lavabo 1 1
chuveiro 1 2

Soma dos UHC dada por:


Nº de UHC por banheiro X Nº de banheiros que alimenta o TQ x Nº de
pavimentos
8 x 2 x 8 = 128

Área de serviço
Para o ramal de descarga e pela tabela 1, teremos:
DN mínimo
Quantidad Número de
Peça do ramal de DN adotado
e UHC
descarga
tanque de lavar
1 3 40 40
roupas
máquina de lavar
1 3 50 50
roupas
26
Para o ramal de esgoto e pela tabela 2, teremos:
Quantidad Número de Soma dos
Peça DN adotado
e UHC UHC
tanque de lavar
1 3
roupas
6 50
máquina de lavar
1 3
roupas

Para o tubo de queda do esgoto e pela tabela 3, teremos:


Quantidad Número de Soma dos
Peça DN adotado
e UHC UHC
tanque de lavar
1 6
roupas
48 75
máquina de lavar
1 2
roupas

Soma dos UHC dada por:


Nº de UHC por área de serviço X Nº de áreas de serviço que alimenta o TQ x
Nº de pavimentos
6 x 1 x 8 = 48
Área de lazer
Para o ramal de descarga e pela tabela 1, teremos:
DN mínimo
Quantidad Número de
Peça do ramal de DN adotado
e UHC
descarga
pia de cozinha 1 3 40 40

Para o tubo de queda do esgoto e pela tabela 3, teremos:


Quantidad Número de Soma dos
Peça DN adotado
e UHC UHC
pia de cozinha 1 3 24 50

Soma dos UHC dada por:


Nº de UHC por área de lazer X Nº de áreas de lazer que alimenta o TQ x Nº de
pavimentos
3 x 1 x 8 = 24
Cozinha

27
Para o ramal de descarga e pela tabela 1, teremos:
DN mínimo
Quantidad Número de
Peça do ramal de DN adotado
e UHC
descarga
pia de cozinha 1 3 40 40

Para o tubo de queda do esgoto e pela tabela 3, teremos:


Quantidad Número de Soma dos
Peça DN adotado
e UHC UHC
pia de cozinha 1 3 24 50

Soma dos UHC dada por:


Nº de UHC por cozinha X Nº de cozinhas que alimenta o TQ x Nº de
pavimentos
3 x 1 x 8 = 24

Temos que os tubos de queda (TQ) estão distribuídos da seguinte forma:


TQ Local DN
adotado
TQ 1 = TQ 1’ = TQ 8 = TQ 8’ banheiro 100
TQ 2 = TQ 2’ = TQ 7 = TQ 7’ área de lazer 50
TQ 3 = TQ 3’ = TQ 6 = TQ 6’ área de serviço 75
TQ 4 = TQ 4’ = TQ 5 = TQ 5’ cozinha 50

ÁREA EXTERNA
Coletores e subcoletores
TQ Local DN UHC total
adotado
TQ 1 = TQ 1’ = TQ 8 = TQ 8’ banheiro 100 6 x 2 x 8 = 96
TQ 2 = TQ 2’ = TQ 7 = TQ 7’ área de lazer 50 3 x 1 x 8 = 24
TQ 3 = TQ 3’ = TQ 6 = TQ 6’ área de serviço 75 6 x 1 x 8 = 48
TQ 4 = TQ 4’ = TQ 5 = TQ 5’ cozinha 50 3 x 1 x 8 = 24

28
De acordo com a tabela 4 e considerando uma declividade mínima de 1%,
teremos:
Trecho Comprimento UHC UHC do UHC total DN
(m) anterior trecho adotado
AB, A’B’ 5,70 0 96 96 100
BD, B’D’ 2,95 96 48 144 100
CD, C’D’ 4,30 0 96 96 100
DE, D’E’ 2,95 240 48 288 150
EF, E’F’ 7,70 288 0 288 150
FG, F’G’ 6,40 288 0 288 150
GH, G’H’ 3,60 288 96 384 150
H - RUA 7,00 384 x 2 = (poço 768 200
768 subsolo)

CAIXA DE INSPEÇÃO
A caixa de inspeção terá as seguintes dimensões:
Borda interna = 0,75 m
Profundidade = 0,50 m
Capacidade de retenção = 0,28 m³ = 281,25 litros
CAIXA DE GORDURA
A caixa de gordura utilizada será a tigre com dimensões:
Diâmetro interno = 0,60 m
Parte submersa do septo = 0,35
Capacidade de retenção = 120 litros
Diâmetro da tubulação de saída = 50 mm

VENTILAÇÃO
Seguindo as tabelas 5 e 6:
Local UHC Bacia DN mín. DN mín. UHC L máx
Sanitária ventilação TQ TQ (m)
Banheiro 9 Sim 50 100 128 8
Área 6 Não 40 75 48 8
serviço
Área lazer 3 Não 40 50 24 15
Cozinha 3 Não 40 50 24 15

29
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