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Eu Outro
Outro como objeto do pensamento
Em relação ao
Pensamento
Eu Outro
Outro como objeto do sentimento
Em relação ao
Eu Outro
Sentimento
Exemplo: Atração.
Outro como objeto do comportamento
Em relação ao
Eu Outro
Cognitivo
Eu Influencia Outro
Eu Influencia Outro
Afetivo
Influência Social
Eu Influencia Outro
Um grupo
Em relação ao
Cognitivo
Eu Influencia Outro
Categoria
de pessoas
Presença
Afetivo
imaginária
Comportamental
Sociedade
Relações Sociais
Comunicação;
Conflito;
Intimidade;
Liderança;
Dinâmicas de Grupo.
Outras Definições
Pensamento social
1. Construímos nossa realidade
social
2. Nossas intuições sociais são
poderosas, às vezes perigosas
3. Atitudes moldam e são moldadas
pelo comportamento social
Conceitos Fundamentais
Influências sociais
4. Influências sociais moldam o
comportamento
5. Disposições moldam o
comportamento
Conceitos Fundamentais
Relações sociais
6. Comportamento social também é
comportamento biológico
7. Sentimentos e ações em relação
às pessoas às vezes são negativos e
às vezes positivos
Conceitos Fundamentais
Aplicando a psicologia
social
Os princípios da psicologia social são
aplicáveis à vida cotidiana.
Bases epistemológicas
Em 1908, duas obras, publicadas por diferentes autores (William McDougall – Uma introdução à Psicologia Social e
Psicologia Social: uma resenha e um livro texto, de Edward Ross) continham pela primeira vez a expressão
Psicologia Social.
Sendo o ano de 1908 considerado pelo mundo acadêmico como o ano de fundação da Psicologia Social.
Na Inglaterra:
A Teoria da Evolução de Charles Darwin (1809 – A Origens das Espécies) e o conceito de seleção natural
influenciou Herbert Spencer (1820 – 1903) que era adepto do movimento conhecido como darwinismo social.
Spencer publicou em 1870 um livro chamado Princípios da Psicologia e é dele a conhecida expressão
“sobrevivência dos mais adaptados.”
Nesta obra, Spencer argumenta que haveria uma escala evolucionista dos povos, a partir de seu grau de
desenvolvimento, organização social, poder e capacidade de adaptação. Esta abordagem influenciou alguns
psicólogos sociais no início do século XX.
Breve História
Na Alemanha
Respirando os ares do período de reunificação da Alemanha, Wihelm Wundt escreveu entre 1900 e 1910, dez volumes da
obra intitulada Psicologia dos Povos (Völkerpsychologie). Onde busca entender a mente como um fenômeno histórico
coletivo, produzido pela cultura (linguagem – artes – mitos e costumes).
A Psicologia dos Povos contribuiu para os estudos da Psicologia Social relacionados à determinação sócio-histórica do
indivíduo e pela metodologia de análise não experimental.
Na França
Da França, dois grandes autores produziram obras que consolidaram a Psicologia Social na Europa:
1 - Emile Durkheim publicou em 1859 o livro Representações Individuais e representações coletivas, onde estabelece uma
distinção entre o coletivo (religiões, mitos, etc.) e o indivíduo.
Durkheim postula que os sentimentos privados só se tornam sociais quando extrapolam os indivíduos e associam-se,
formando uma combinação que se perpetua no tempo, transformando-se na representação de toda sociedade.
2 – Gustav Le Bon publica também em 1859 o livro Psicologia das multidões, em que defende que as multidões são seres
psíquicos diferentes dos indivíduos que as compõem, que perdem suas características e autonomia.
Desta forma, as pessoas perdem sua capacidade de raciocínio tornando-se altamente sugestionáveis, o que as leva a
cometer atos que não cometeriam individualmente.
Breve História
Retomando o percurso no século XX
No século XX, os estudos voltados para a Psicologia Social mudam seu eixo gravitacional
para os Estados Unidos.
A duas obras produzidas por William McDougall e Edward Ross (citadas anteriormente)
acabam por delimitar duas vertentes da Psicologia Social:
A Psicologia Social Sociológica que tem como foco o estudo da experiência social que o
indivíduo adquire a partir de sua participação nos diferentes grupos sociais com os quais
convive.
Breve História
Outro ponto de inflexão que ajudou a alavancar a Psicologia Social foi a segunda guerra
mundial, que levou aos Estados Unidos vários estudiosos da Psicologia e criou um novo cenário
de desenvolvimento dos estudos.
A própria segunda guerra mundial foi objeto de vários estudos que buscavam compreender as
causas, comportamentos dos seres humanos que levaram ao horror e ao extermínio de milhões
de pessoas.
Carl Hovland desenvolveu pesquisas sobre comunicação e persuasão e seus efeitos nas
atitudes dos indivíduos;
No Brasil
Na década de 1930, o Laboratório de Psicologia da USP inicia pesquisas em Psicologia Social.
A Psicologia Social foi reconhecida como cátedra acadêmica em 1962, pelo Conselho Federal
de Psicologia.
Na década de 1970 e seguintes, os Psicólogos brasileiros iniciam um movimento de ruptura com
a Psicologia Social tradicional produzida no continente americano.
Em 1979, Eclea Bosi publica o livro “Memória e sociedade”, considerado o primeiro mais
autêntico trabalho em Psicologia Social produzido no Brasil.
O enfoque da obra é a participação política e o mundo do trabalho no Brasil.
No Brasil, a professora Silvia Lane é reconhecida como o maior nome da Psicologia Social.
A partir da leitura de Karl Marx, Silvia cria uma Psicologia Social voltada para a realidade
brasileira, baseada em pesquisa e intervenção social.
Dessa nova abordagem, deriva a Psicologia Comunitária.
Breve História
“(...) em um grupo pessoas agem sem raciocínio crítico. Chamo isso de psicologia das
Massas. É porque existe uma vida mental inconsciente .”
Esta teoria sugere que as massas se formam em meio a crises que forçam seus membros
a abandonarem concepções prévias sobre comportamento apropriado, em prol da
busca por novas maneiras de agir. Quando uma multidão se forma, não há norma
particular governando o comportamento da massa, e não há líder.
Em 1898, ele escreveu o que agora é reconhecido como o primeiro estudo publicado no
campo da psicologia social.
Em um dos primeiros estudos de psicologia social Norman Triplett notou que ciclistas
tinham melhores performances quando pedalando em grupo. Para testar sua ideia,
reuniu um grupo de crianças e foram a uma pescaria. Triplett registrou a velocidade em
que os sujeitos recolhiam a linha no molinete.
Meninos de 12 anos são mais rápidos em enrolar anzol a sós do que em conjunto. O
experimento suscitou novas pesquisas mostrando que em grupos e em competição,
tarefas nessas condições são executadas mais rapidamente.
William McDougall (1908)
Um voluntário apresentava-se para participar na experiência, sem saber que seria avaliado na sua capacidade de
obedecer a ordens. Era colocado no comando de uma falsa máquina de infligir choques; Os sujeitos eram encarregues
num suposto papel de “professor” numa experiência sobre “aprendizagem”.
A máquina estava ligada ao corpo de um homem mais velho e afável, que era submetido à uma entrevista numa sala
ao lado. O voluntário podia ver o homem mais velho, mas não era visto por ele;
O voluntário era instruído por um investigador a accionar a máquina de choques todas as vezes que a pessoa errava uma
resposta. A intensidade dos choques aumentava supostamente 15 volts por cada erro cometido, desde 15 (marcado na
máquina como “choque ligeiro”) até 450 volts (marcado na máquina como“perigo: choque severo”);
À medida que a intensidade dos choques aumentava a pessoa queixava-se cada vez mais até que se recusa a
responder;
O experimentador ordena ao sujeito para continuar a administrar choques.
”Você não tem alternativa, tem que continuar”;
65% (dois terços) dos participantes continuaram até o mais alto nível de 450 volts. Todos os participantes continuaram até 300
volts. Milgram surpreendeu o mundo ao mostrar o quanto as pessoas podem parecer más diante de uma ordem.
Bibb Latané e John Darley
O ano era 1964 e um bárbaro crime chocou os moradores da região metropolitana de Nova Iorque. Catherine
Susan Genovese foi atacada por Winston Moseley quando chegava em casa, no Queens, na madrugada do
dia 13 de março, sendo apunhalada duas vezes pelas costas. Seus gritos espantaram momentaneamente o
agressor que chegou a entrar em seu carro e ir embora.
Mesmo ferida, ela tentou chegar em casa. Minutos depois Moseley voltou, procurou por ela e, ao encontrá-la,
tornou a esfaqueá-la. Enquanto agonizava, foi estuprada e US$ 49,00 foram roubados de sua bolsa. Ferimentos
em suas mãos mostraram que ela lutou por sua vida durante agonizantes 35 minutos, gritando
desesperadamente por socorro.
Quando finalmente a polícia chegou, dois minutos após ter sido chamada, era tarde demais. Kitty, como era
conhecida por seus amigos, morreu a caminho do hospital, aos 28 anos de idade.
Esse caso ficou conhecido como a síndrome de Genovese é baseado no estupro e assassinato Kitty
Geonovese de 28 anos visto por 38 pessoas no bairro de Queens em Nova Iorque. Por que ninguém fez nada?
Philip Zimbardo
Década de 70
A experiência prevista para duas semanas foi encerrada após apenas 6 dias pela
gravidade da de violência no comportamento dos participantes.
Como é usada? Onde vejo mais?
Aplicações, literatura e referências
Aplicações
ADAMS, J.S. Inequity in social exchange. Em L. Berkowitz ( Org.), Advances in experimental social psychology (Vol. 2, pp.
267-299). New York: Academic Press, 1965.
ALVES, Cecília Pescatores, e SILVA, Antonio Carlos Barbosa. Psicologia escolar e psicologia social: articulações que
encontram o sujeito histórico no contexto escolar. 2006.
ASSMAR, E. M. L. Percepção e reação à injustiça na perspectiva da vítima: Uma proposta de abordagem integrada.
Arquivos Brasileiros de Psicologia, 47(2), 59-80, 1995.
CARVALHO, Tércio Santos Vieira. Psicologia Social: Conceitos, História e Atualidade. 2017.
MACEDO, Jhonatan Dhimmy Fraga, e NETO, Pedro Adalbeto Gomes. Os Paradigmas Cartesiano e Hegeliano como Bases
Epistemológicas da Psicologia Social. 2008.
MILGRAM, S. Liberating effects of group pressure. Journal of Personality and Social Psychology, 1, 127-134. 1965.
Referências Bibliográficas
“O que é a psicologia social e qual sua atuação principal?”. UniBF, 2020. Disponível em:
https://www.unibf.com.br/novidades/educacao/o-que-e-psicologia-social-e-qual-sua-atuacao-
principal
P. A., Carlos, S. A., & Fonseca, T. M. G. (1998). Psicologia social contemporânea (3ª ed.) Petrópolis: Vozes.
RIBEIRO, Renilde Furtado, e NETO, Manoel de Christo Alves. Revisando os conceitos e as práticas de
psicologia social comunitária sob a ótica discente. 2009.
TAFJEL, H. Human groups and social categories: Studies in social psychology. Cambridge: Cambridge
University Press, 1981.
TORRES, Claudio Vaz e NEIVA, Elaine Rabelo. Psicologia Social Principais Temas e Vertentes. 2011.