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Conclusão

O papel do psicólogo
Propõe-se como ideia central fazer a
conscientização do indivíduo, isto é, o psicólogo
deve ajudar as pessoas a superarem sua identidade
alienada, pessoal e social, ao transformar as
condições opressivas onde o indivíduo está inserido.
Ideologia, Alienação e Conscientização.
O autor compreende alienação como o estado em que
uma classe social expressa os interesses da classe
dominante em detrimento de seus próprios interesses. O
autor, sustenta-se no diálogo com as perspectivas de
Marx, Alain Toureie e Paulo Freire. Para o autor, a
alienação é a concretização da ideologia (dominante),
sendo assim, é a expressão da forma de consciência
desenvolvida pela ideologia, uma consciência parcial, a
qual não consegue compreender o real em suas
determinações e, por isso, se expressa como uma falsa
consciência.
A perspectiva de falsa consciência.
Seguindo essa linha de raciocínio, a falsa consciência, que
se articulam os conceitos de conscientização e de
alienação. Enquanto alienação é a expressão da ideologia
na consciência individual, a concretização da ideologia,
conscientização é o processo de desenvolvimento da
consciência na contramão da ideologia. Também por
essas razões, em alguns momentos ideologia e alienação
parecem se confundir.
Sobre o processo de conscientização
A conscientização não consiste, portanto, em uma
simples mudança de opinião sobre a realidade, em uma
mudança da subjetividade individual que deixe intacta a
situação objetiva; a conscientização supõe uma mudança
das pessoas no processo de mudar sua relação com o
meio ambiente e, sobretudo, com os demais.
Finalmente, a tomada de consciência aponta diretamente
ao problema da identidade tanto pessoal como social,
grupal e nacional. A conscientização leva as pessoas a
recuperar a memória histórica, a assumir o mais
autêntico do seu passado, a depurar o mais genuíno do
seu presente e a projetar tudo isso em um projeto
pessoal e nacional.

Qual foi o legado deixado por Martín Baró.


Martín-Baró apresenta uma perspectiva da
psicologia para olhar o sujeito e sua
subjetividade a partir de sua realidade. Uma
psicologia que aponte para uma relação entre
a produção de conhecimento e a práxis social;
uma ciência capaz de compreender os
diferentes modos de vida.
Seguindo essa linha de raciocínio, Martín cria
a psicologia da libertação que tem foco na
ação, tomando partido das populações
oprimidas e os grupos menos privilegiados.

Citações
MENDONCA, Gabriel Silveira; SOUZA, Vera Lucia Trevisan
de; GUZZO, Raquel Souza Lobo. O conceito de ideologia na
psicologia social de Martín-Baró. Rev. psicol. polít., São
Paulo , v. 16, n. 35, p. 17-33, abr. 2016 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S1519-549X2016000100002&lng=pt&nrm=iso>.
https://doi.org/10.1590/S0103-166X2013000200011
DIAS, Maria Sara de Lima. O legado de Martin-Baró: a
questão da consciencia latino americana. Psicol. Am. Lat.,
México , n. 33, p. 11-22, jul. 2020 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S1870-350X2020000100003&lng=pt&nrm=iso>.

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