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Aula 2 – Ideologia e aparelhos ideológicos do estado, Louis Althusser

No texto, Althusser se debruça sobre os conceitos para se fazer entender a reprodução dos
meios de produção. Em cada uma de suas notas, busca elencar e, ao mesmo tempo, explicar
quais são esses conceitos, numa franca tentativa de fazer o leitor percorrer os caminhos que o
levaram a entender de tal forma a constituição.

Reproduzir tem o sentido de reafirmar, garantir?

Questionamento:
Como é possível, se é possível, conscientizar o sujeito da ideologia e para uma tentativa de
subvertê-la ou de, ao menos, ser agente diante dela?

Hoje o aparelho de estado se coloca em uma cruzada contra “a ideologia”, como se pudesse se
colocar como uma fuga à Ideologia. Como é possível conscientizar os sujeitos dos múltiplos
aparelhos ideológicos constituintes da realidade?

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Apontamentos

Manter as duas páginas da resenha.


Posicionar-se em relação ao texto.
Saber do gesto de leitura de cada um.
Colocar a pergunta junto da resenha.
É preciso entrar no texto com um olhar crítico. A ideia é mobilizar-se diante do texto, se
desafiar diante da leitura.

O futuro dura muito tempo, Althusser.


Um livro analítico.

Escolhas são da ordem do inconsciente, do que só se vai dar conta na análise.

A ordem é falha sempre, para mostrar que não é necessário o controle.


A gente tem a ilusão que a gente controla o sentido, o modo como o outro detém nossa
palavra.

Lidar com a falta o tempo todo.


O lugar de fala é o dizer por si, não deixar que digam sobre si.

Pagar com a vida para sustentar um conceito filosófico.

A ideologia é uma peneira. Há sempre algo que escapa.

Leitura sintomal – no livro “Ler O Capital” – O Capital tem alguns sintomas do que tem a ver a
sociedade. A gente vai atrás do que não está na evidência.

Num contexto que tem questionado os gestos de leitura, o que “ler” significa.

Althusser relê Marx, Pecheux relê Susseure, Lacan relê Freud

O que é um sintoma, psicanaliticamente? Ele diz algo, é uma metáfora. Um indício de que há
algo a ser investigado.

Um aparelho ideológico em funcionamento – a universidade

Maria Aunice Paieur – aparelho ideológico maior é a mídia


Revista A Rua
Antes o grande monumento é a escola e a Igreja, hoje é o shopping.

Muda o modo de interpelação objetiva.

Leitura sintomal - Um olhar de leitura que descobre o que falar e se calar diz e não diz. A
tensão do dito e do não dito.

Interpelação do sujeito (Althusser). Para ele, a ideologia interpela. Lacan diz que a própria
interpelação falha. Um sujeito dividido, clivado, da ordem da contradição. Estou enunciando
da minha posição de professora, mas sou clivada pela posição de aluna, de filha, de irmã, de
amiga, de feminista. Num determinado lugar, eu enuncio de uma determinada maneira. O que
eu calo no movimento feminista?

Ficar vermelho, tem algo que produz uma significação.

A identificação ideológica não é plena, por isso vamos questionar.

Quando se pensa em ideologia, a gente não considera a quantificação. Mesmo que o sujeito
não leve o seu corpo aos demais aparelhos ideológicos ele é afetado por ele.

Alguns têm uma percepção dessa contradição que piora as coisas.

Todo conhecimento implica a expulsão de algum paraíso. Cora Coralina

A família é ideológica e impõe o controle dos corpos.


A ideologia é sempre uma questão de contradição.

Não tem consciência de classe e se enuncia enquanto classe dominante.

É preciso tirar a ideologia do campo da ideia. Ela é a-histórica, ela é e sempre já desde ali.
É nas diversas materialidades que se pode ver a ideologia funcionando. A ideologia não é uma
função, mas sim a forma de funcionamento.

Cada família tem uma materialidade.

É no século 19 que se constituí a noção de uma família nuclear. A mulher – mãe – dentro do lar
e o homem fora de casa.

Quem está fora da ideologia, é o louco. A ideologia é da ordem da normalidade. Se eu fizer


algo que foge ao contrato social estabelecido, o sujeito vai ser punido.

Ordem da contradição. Ir pra Cuba sendo de direita.

Os aparelhos estão em função do poder do Estado.

Para a análise do discurso, não somos alienados, somos assujeitados. O sujeito é interpelado
em ideologia para se tornar sujeito. Para eu ser sujeito, eu preciso esquecer que sou sujeito.
Por exemplo, um soldado esquece que é soldado, mas o fato de ele esquecer não o faz deixar
de ser soldado. Nós sempre somos já sujeitos. Marx diz que a ideologia aliena o sujeito, para a
análise do discurso a ideologia constitui o sujeito. É como se nosso corpo fosse cortado pela
ideologia para que fosse sujeito.

Rituais são os mecanismos materiais ideológicos dos aparelhos ideológicos.

Althusser: o objetivo da sociedade é derrubar o Estado.

A forma sujeito-histórica é determinada pelo capital, o que estrutura é o capitalismo.

Ninguém escapa à interpelação ideológica.

Você só não entra na linguagem por um problema fisiológico ou se criado fora da sociedade
humana.

Interpelado pela ideologia e pelo inconsciente (FALTA UMA PARTE AQUI)

Sujeito da análise do discurso é ideológico e inconsciente.

Para a análise do discurso, ele é um sujeito do inconsciente, mas é um sujeito desejante, e por
ser desejante ele faz coisas.
Para eu levantar da cama, eu preciso desejar algo da vida. Só que esse desejo a gente não sabe
muito bem de que ordem é, de onde vem, por que vem. É uma construção social, mas até que
ponto o social te determinou?

Quando a gente tem um centro de gravidade permanente, é a morte.

Qual é o sentido da sua vida?

O sujeito afetado pela ideologia descentradamente.

Ideologia é identificação. É possível romper, mas você terá que se identificar com outra
ideologia.

Primeiro ela se repete enquanto farsa, depois como tragédia.

Pêcheux percebe que há falhas dentro dos aparelhos. Althusser não.


Pêcheux diz que, dentro da caixinha, pode haver falhas.

Leitura psicanalítica:
A repressão é tudo que o sujeito silencia dentro de si por conta de algo externo.

O imaginário da sociedade é repressivo.

Quando o sujeito se forma sujeito só faz isso por conta da repressão.

Ouvindo o que está sendo falado e não escutando o que está sendo calado.

O que é preciso perceber que não é homogêneo, é a tentativa de homogeneizar, mas há


resistências.

Olhar para os traumas sociais.


Produzir ranhuras no discurso.
Produzir resistência pelas bordas.

O objetivo da análise do discurso é analisar o que está evidente. Isso é a leitura sintomal.

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