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Pré-socráticos II

Resumo: Texto de apoio.

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Manaus, Amazonas - Brasil

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Os pensadores pré-socráticos simbolizam uma mudança no pensamento grego por serem os
primeiros a buscar explicações sobre como o Universo (cosmos) e a natureza (phisys) se
formaram.
Por meio de um discurso racional (logos), rompem gradualmente com o recurso mítico.
Em suas teses, buscavam identificar um princípio unificador (arché) que pudesse servir de
referencial básico para alicerçar suas teorias, que foram desenvolvidas em várias localidades
ao longo de todo o mundo grego (Samos, Mileto, Éfeso), construindo diferentes escolas que
defendiam princípios explicativos com base em elementos da natureza.
Não havia uma unificação no pensamento.
Escola Itálica (ou Pitagórica)
Defendia que todas as coisas são números e o princípio fundamental de tudo seria a
estrutura numérica.
O mundo surgiu quando precisou haver uma limitação para o ápeiron e essa limitação eram
formas numéricas sobre o espaço.
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Pitágoras de Samos “todas as coisas são números”.
(584-496 a. C.) Influirá na ideia platônica da transmigração das almas: um modo de vida
consciencioso e pautado pela moderação para salvá-lo das sucessivas
reencarnações (orfismo)

O conhecimento como instrumento Introduz a dualidade


de purificação da alma mente e corpo

O mundo teria surgido da fixação de limites para o ilimitado, da imposição de formas


numéricas sobre o espaço. E da estrutura numérica da realidade derivam problemas como
finito e infinito, par e ímpar, unidade e multiplicidade, reta e curva etc.
Há, um monismo em Pitágoras quando ele diz que tudo é número. No entanto, sua doutrina
sobre a origem do mundo nos leva a pensar em uma concepção dualista da realidade, pois
afirma que o mundo surgiu de um ápeiron (o indeterminado) determinado pelo limite –
princípio este que instaura o múltiplo, mas mantém a unidade e a ordem universal.

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Escola atomística Há um número infinito de unidades indivisíveis. Átomos
Diferem em tamanho e forma mas são idênticos entre si.
Não têm nenhuma qualidade, exceto a de serem sólidos e impenetráveis.
Infinitos em seu número, agitam-se no vazio ao acaso.
Átomo explica o surgimento dos entes.
Os átomos podem existir de formas variadas e habitam uma outra forma de
infinitude: o vazio.
Neste, os átomos se agregam, se desagregam, se deslocam, formando os seres
que percebemos pelos sentidos (movimento).
Demócrito afirma que tudo é composto por partículas minúsculas, invisíveis e indivisíveis. Para
ele, os átomos eram eternos, imutáveis e plenos.

Escola da Pluralidade Corrente materialista e mecanicista - A única realidade existente


são os corpos em movimento
Empédocles Anaxágoras
Reagem contra as ideias de Heráclito e Parmênides
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Pluralistas Não elegeram apenas um elemento primordial, mas vários elementos que se
juntaram para formar todo o Universo, de acordo com as suas teorias.
Empédocles (c. 483-430 a.C.), nascido em Agrigento (atualmente na Sicília), na
Magna Grécia. Místico, taumaturgo e médico.
Tudo o que existe deriva da mistura do que ele chama de “raízes" (rizómata),
movida pela força interna do amor e do ódio: enquanto o amor une, o ódio
separa, num ciclo de repetição eterno.
Ontologia é o ramo da filosofia que estuda
Escreveu dois poemas a natureza do ser, da existência e da
própria realidade.
Sobre a natureza Onde ele aborda questões
ontológicas e cosmológica A cosmologia é a tentativa de explicar o
mundo (Universo) como um todo.
Carmem Lustral Onde ele aborda questões ontológicas e cosmológica

Terra, água, ar e fogo constituem os quatro elementos da teoria de Empédocles

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“Nascimento e morte não existem. O que há é o se misturar e se dissolver de
RIZOMATA
algumas substâncias que permanecem eternamente iguais e indestrutíveis.
Cada um deles é intransformáveis e inalteráveis
Anaxágoras (c. 499-428 a.C.), nascido em Clazômenas, mudou-se para Atenas,
onde foi mestre de Péricles.
As coisas são formadas por minúsculas partículas, as "sementes” (homeomerias
ou spérmata)

Estas sementes no começo viviam justas, mas o NÔUS as separou.


Sementes que dão origem a realidade em sua plenitude de
manifestações
NÔUS - força que transformou o mundo. É a substancia eu agrega
e separa os elementos que constituem os seres.

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CONCLUSÕES
Escola Jônica: em busca do “arché”.
Tales, Anaximando e Anaxímenes.

Pitagóricos: os números.
Pitágoras e Filolau de Crotona.
Período Pré-Socrático
(VII-V a.C)
Escola Eleata: reflexões sobre o mundo.
Parmênides, Heráclito e Zenão.

Escola da Pluralidade: movimento.


Empédocles, Anaxágoras e os Atomistas.

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Importância dos pré-socráticos
Hoje, a ciência e a tecnologia estão muito desenvolvidas, e as ideias pré-socráticas parecem
obsoletas e inúteis para entender a constituição natural de tudo. Porém, a importância dos
pré-socráticos reside no fato de que o conhecimento racional e a atitude filosófica, que daria
origem a uma atitude científica, iniciaram-se com a Cosmologia dos gregos.
A nossa ciência somente pode considerar as afirmações dos antigos filósofos obsoletas,
porque eles a formularam e possibilitaram o desenvolvimento de toda a inteligência racional
que temos hoje. Também devemos pensar numa importância histórica, pois, para entender o
desenrolar da Filosofia e da tradição racional ocidental, é preciso olhar para a origem de tudo,
de modo a perceber como chegamos aonde chegamos.
Não se tem muitos escritos dos filósofos pré-socráticos hoje. O que se tem são fragmentos
escassos e, muitas vezes, desconexos. Os historiadores da Filosofia reuniram os pré-socráticos
em escolas para facilitar o entendimento de seus escritos. Essa escassez deve-se,
principalmente, à ação do tempo e da humanidade que — por meio de enchentes, furações,
tempestades, incêndios acidentais e incêndios provocados — destruiu muitos documentos
históricos da Grécia Antiga. Estima-se que muitos escritos tenham sido perdidos, por exemplo,
no incêndio na Biblioteca de Alexandria.
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Para Nietzsche, a necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas
existentes é uma característica para o surgimento da filosofia entre os gregos.

O nascimento das explicações racionais do mundo são também o


surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao mito;
em certos momentos decisivos da história da filosofia as duas ordens de
pensamento chegam a coexistir, exemplo disso pode ser encontrado no
diálogo platônico Timeu quando, na apresentação do “mito mais
verossímil”, a figura mítica do Demiurgo é introduzida para explicar a
produção do mundo.

A partir de Sócrates, a preocupação com o universo deixa de ser


primordial, dando lugar à necessidade de se compreender as
relações humanas. VALORES, CONHECIMENTOS, EXPERIÊNCIAS
etc
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