Pessoas, passando para lembrar que a Trimestral de História será na próxima terça-feira 16/04, o conteúdo Criacionismo, Evolucionismo e Pré-História. Para estudar usem o PPt "Origem do Homem", os links de vídeos de tele aula e o livro didático no site da Plurall, Conecte Live de História Parte I capítulo 02, páginas: 22 à 30.
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Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br O que perguntavam os primeiros filósofos?
● Por que os seres nascem e morrem?
● Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes? ● Por que tudo muda? ● Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a força? ● Por que o que parecia uno se multiplica em tantos outros? ● Por que as coisas se tornam opostas ao que eram? ● Por que nada permanece idêntico a si mesmo? De onde vêm os seres? Para onde vão, quando desaparecem? Por que se transformam? Por que se diferenciam uns dos outros? ● Por que tudo parece repetir-se?
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br O nascimento da Filosofia
Além de possuir data e local de nascimento e de possuir o seu
primeiro autor, a Filosofia também possui um conteúdo preciso ao nascer: é uma cosmologia. A palavra cosmologia é composta de duas outras: cosmos (kósmos), que significa “a ordem e organização do mundo”ou “o mundo ordenado e organizado”, e logia, que vem da palavras lógos, que significa “pensamento racional, discurso racional, conhecimento”. Assim, a Filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza, donde cosmologia.
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br Principais características da cosmologia ● É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza, da qual os seres humanos fazem parte, de modo que, ao explicar a natureza, a Filosofia também explica a origem e a mudança dos seres humanos. ● Não existe criação do mundo, isto é, nega que o mundo tenha surgido do nada (como é o caso, por exemplo, na religião judaico-cristã, na qual Deus cria o mundo do nada). Por isso diz: “Nada vem do nada e nada volta ao nada”. Isto significa: a) que o mundo, ou a Natureza, é eterno; b) que no mundo, ou na Natureza, tudo se transforma em outra coisa sem jamais desaparecer, embora a forma particular que uma coisa possua desapareça com ela, mas não sua matéria. ● O fundo eterno, perene, imortal, de onde tudo nasce e para onde tudo volta é invisível para os olhos do corpo e visível somente para o olho do espirito, isto e, para o pensamento. ● O fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna e o elemento primordial da Natureza e chama-se physis (em grego, physis vem de um verbo que significa fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer, produzir). A physis e a Natureza eterna e em perene transformação. ● Afirma que, embora a physis (o elemento primordial eterno) seja imperecivel, ela dá origem a todos os seres infinitamente variados e diferentes do mundo, seres que, ao contrário do princípio gerador, são perecíveis ou mortais.
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br Principais características da cosmologia ● “Embora todos os pré-socráticos afirmassem as ideias que acabamos de expor, nem por isso concordaram ao determinar o que era a phýsis, e cada filósofo encontrou motivos e razões para determinar qual era o princípio eterno e imutável que está na origem da natureza e de suas transformações. Assim, Tales dizia que a phýsis era a água ou o úmido; Anaximandro considerava que era o ilimitado, sem qualidades definidas; Anaxímenes, que era o ar ou o frio; Pitágoras julgava que era o número (entendido como estrutura e relação proporcional entre os elementos que compõem as coisas); Heráclito afirmou que era o fogo; Empédocles, que eram quatro raízes (úmido, seco, quente e frio); Anaxágoras, que eram sementes que continham os elementos de todas as coisas; Leucipo e Demócrito disseram que eram os átomos.” (Convite à filosofia, Marilena Chaui) Olavo Vinicius Barbosa de Almeida Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br Cosmogonia (Hesíodo) ● “Dizei-me, ó Musas das moradas olímpicas!, qual dos Deuses foi o primeiro. Antes de todas as coisas surgiu o Caos; depois a Terra (Gea) de vasto seio, assento sempre firme de todos os Imortais que habitam os cumes do nevado Olimpo, e o Tártaro tenebroso nos recessos da Terra espaçosa, e Eros, o mais belo dos Deuses Imortais, que livra dos cuidados todos os Deuses e domina o coração de todos os mortais o ânimo e o conselho prudente. De Caos nasceram Ébero e a negra Noite (Nix); e da Noite foram gerados Éter e o Dia (Emera), pois ela os concebeu ao unir-se com Érebo. E primeiro a Terra gerou , semelhante a si própria em grandeza, o Céu estrelado (Urano), para que tudo cobrisse, para que fosse morada segura para os Deuses ditosos. E gerou depois os grandes Montes, habitações agradáveis dos Deuses e das Ninfas, que habitam as montanhas cheias de vales. Concebeu depois Ponto, o mar indomável e estéril que, ao intumescer-se, se lança furiosos, sem (o concurso) de amoroso amplexo” (Hesíodo Teogonia, 113 e ss.)
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br As escolas pré-socráticas ● Escola Jônica (Ásia Menor) Principais representantes são Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto e Heráclito de Éfeso ● Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia) Pitágoras de Samos, Alcmeão de Crotona, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento ● Escola Eleata (Magna Grécia) Xenófanes de Colofão, Parmênides de Eleia, Zenão de Eleia e Melisso de Samos ● Escola Atomista (Trácia) Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera ● Escola da Pluralidade Leucipo e Demócrito de Abdera, Empédocles de Agrigento e Anaxágoras de Clazómena Olavo Vinicius Barbosa de Almeida Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br A escola Jônica ● Tales de Mileto (cerca de 625-558 a.C.) “A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, tal é para eles o elemento, o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se cria nem se destrói, como se tal natureza subsistisse para sempre...Tales, o fundador de tal filosofia, diz ser a água o princípio e por isso também declarou que a terra está sobre a água” (Aristóteles, Metafísica) ● Anaximandro de Mileto (cerca de 610-547 a.C.) “Anaximandro de Mileto, sucessor e discípulo de Tales, disse que o princípio e elemento primordial dos seres é o infinito (ápeiron), sendo o primeiro que introduziu este nome de “princípio” (arché). Afirmou que este não é a água nem nenhum dos outros que se chamam elementos, mas um outro princípio gerador (natureza) infinito, do qual nascem todos os céus e os universos nele contidos” (Simplício, Física)
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br A escola Jônica ● Anaxímenes de Mileto (cerca de 585-524 a.C.)” “Anaxímenes de Mileto, filho de Euristarco, companheiro de Anaximandro, afirma também que uma só é a natureza subjacente e diz, como Anaximandro, que é ilimitada, mas não como Anaximandro, que é indefinida, e sim definida, dizendo que ela é o ar” (Simplício, Comentário da Física de Aristóteles) “Como nossa alma, que é ar, soberanamente nos mantém unidos, assim também todo o kósmos, sopro e ar o mantêm” (Aécio, I, 3, 4) “A grande originalidade de Anaxímenes, perante Tales e Anaximandro, consiste no fato de que a multiplicidade, transformação e ordenação do mundo se fazem por alterações quantitativas em um único princípio: menos ar (rarefação) e mais ar (condensação) determinam toda a variação e organização do real. O ar, elemento universal, invisível e indeterminado, por sua força interna própria, movimenta-se: contraindo-se e dilatando-se, vai engendrando todos os seres determinados como manifestações visíveis de uma vida perene. O kósmos vive no ritmo de uma respiração gigantesca que o anima e mantém coesas suas partes” (Marilena Chaui, Introdução à História da Filosofia. Dos pré-socráticos a Aristóteles. pp 63-64)
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br A escola Jônica ● Heráclito de Éfeso (535-470 a.C.) “Heráclito é um dos raros pré-socráticos de que possuímos fragmentos (ao todo 132 ou 135), nos quais alguns traços podem ser claramente percebidos: o desprezo pela plebe supersticiosa; o sentimento aristocrático; a crítica à tradição contida nos poemas de Homero e Hesíodo; a ironia contra o polymátheia de Pitágoras (isto é, a erudição sobre minúcias e detalhes de inúmeras coisas , sem alcançar a unidade e profundidade delas (“o fato de aprender muitas coisas não instrui a inteligência: do contrário teria instruído Hesíodo e Pitágoras)” (Marilena Chaui, Introdução à História da Filosofia. Dos pré-socráticos a Aristóteles. p. 80)
“Considerado um dos mais importantes dos pré-socráticos, com
Parmênides de Eleia, Heráclito pode ser vistos como o fundador da filosofia: ambos colocaram os problemas e as soluções, as questões e as respostas, as interrogações e os impasses que definiram, nos séculos seguintes, a reflexão filosófica. Olavo Vinicius Barbosa de Almeida Olavo Vinicius Professor Barbosa de Almeida de filosofia Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein ITBwww.fieb.edu.br Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein A escola Jônica ● Heráclito de Éfeso (535-470 a.C.) Heráclito afirma que conhecer é decifrar e interpretar signos e que a verdade é a alétheia ou o que se desoculta por meio de sinais. Mas quem nos envia os sinais?
“É sábio escutar não a mim, mas ao Lógos que por mim fala e confessar que tudo é um.”
Os sinais da verdade são enviados pelo Lógos, isto é, pelo
pensamento e pela palavra.
Esse pensamento e essa palavra não são os nossos - não é a mim
que se deve ouvir, escreve Heráclito -, mas são uma razão e uma linguagem cósmicas ou universais, a presença do divino na natureza e em nós. Olavo Vinicius Barbosa de Almeida Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br A escola Jônica ● Heráclito de Éfeso (535-470 a.C.) Segundo Heráclito, o lógos diz que “tudo é um”. Como, então, compreender a multiplicidade e diversidade de todas as coisas? O lógos também ensina que “a guerra é o rei e o pai de todas as coisas”. Como, então, compreender que elas formam e são a unidade? Mas, que é o lógos? É a phýsis ou o “fogo primordial” que arde eternamente.
Que significa identificar phýsis e lógos? Significa afirmar que o
mundo é um cosmo ou uma ordem racional porque seu princípio - sua arkhé e a sua phýsis - é a própria razão - o lógos.
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br A escola Jônica ● Heráclito de Éfeso (535-470 a.C.)
“Temas” da filosofia de Heráclito:
1. O mundo como devir eterno
2. A luta dos contrários
3. A unidade da multiplicidade
4. O fogo primordial como phýsis
5. O conhecimento verdadeiro
Olavo Vinicius Barbosa de Almeida
Professor de filosofia ITB Professor Munir José/ITB Professora Cristine Goldstein www.fieb.edu.br A escola Pitagórica
Os Mitos (Personagens Mitológicos São Seres Com Características Humanas e Sobrenaturais) Tinham Como Objetivo Transmitir, Através Da Oralidade, Conhecimentos e Explicações Sobre Os Fatos Que Influenciavam o Cotidia