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Históricos do
Direito
Profa. Me. Aline Sousa
Doutoranda e Mestre em Direito,
menção em Jurídico-Filosóficas,
pela Universidade de Coimbra
(Portugal). Advogada (OAB-MA
16.951). Professora Universitária.
INTRODUÇÃO AO CURSO
DE DIREITO
Enriquecimento pessoal e profissional
• A Promotoria é a parte
responsável por lei para oferecer
acusação (denúncia) contra um
indivíduo suspeito de contrariar a
lei em um julgamento criminal, ou
defender, em juízo ou
extrajudicialmente, os interesses
coletivos da sociedade, individuais
indisponíveis ou de incapazes.
Atuam como parte ou como fiscal
da aplicação da lei. Os promotores
ou advogados do Estado são
funcionários públicos.
• O promotor de justiça desempenha essa
função em várias áreas de interesse coletivo,
como:
• Direito Criminal
• Direito Civil
• Infância e Juventude
Promotor(a) • Educação
• Direito Eleitoral
de Justiça • Cidadania
• Consumidor e Contribuinte
• Meio Ambiente e Patrimônio Cultural
• Saúde
• Execução Penal
• Idoso e Pessoa com Deficiência
• Violência Doméstica
Promotor(a) de Justiça
Defensor(a)
Público(a)
Entender o passado?
• Daí a formulação, ora de uma História oficial, descritiva e personalizada do passado, e que serve
para justificar a totalidade do presente, ora da elaboração de uma História subjacente,
diferenciada e problematizante que serve para modificar a realidade vigente.
✓Perspectiva horizontal, permitindo a sua realização a partir das mentalidades e das experiências
das pessoas em geral, incluindo os povos marginalizados;
• Escola dos “Annales” (França) e a “história das mentalidades”, investigada através de uma
abordagem interdisciplinar das ciências humanas, em busca de unidade real da vida, com
relevância para o presente e para o futuro.
Palmer (2019): “História do Direito é a disciplina jurídica autônoma
que se destina a estudar as diferentes dimensões culturais
assumidas pelo fenômeno jurídico através dos tempos,
investigando, para tanto, o significado da gênese e do ocaso das
instituições jurídicas fundamentais entre os seus inúmeros
Qual a artífices.
importância Assim, o grande desafio do profissional versado na matéria talvez
do estudo seja explicar as múltiplas conexões estabelecidas sob o império da
legalidade, temporalmente buscando o seu lastro na ascensão e
sobre os decadência das civilizações no decurso dos séculos.
Fundamentos
Históricos do Destarte, creio que o desconhecimento da percepção jurídica
Direito? historicamente desenvolvida entre os diversos povos e nações do
globo acarretaria uma verdadeira lacuna no processo metodológico
de avaliação científica que se pretende imprimir ao objeto da
pesquisa.”
• Palmer (2019): “[...] Em síntese, cuida a referida
disciplina de avaliar as muitas transformações
ocorridas no seio das sociedades segundo o
O objeto viés do Direito. Para tanto, utiliza-se,
comparativamente, do estudo do
de estudo desenvolvimento das mais diferentes instituições
jurídicas e sua consequente projeção nas
da História legislações modernas. Assim, busca-se
determinar, nos limites da ciência, a correta
do Direito extensão da influência das fórmulas jurídicas de
outrora, quando colocadas face a face com as
soluções normativas ou proposições legais
adotadas hodiernamente.”
1. Direito não-europeu
(direito comparado)
1.1 DIREITO HEBRAICO
• O Direito hebraico (Mischpat Ibri) é o conjunto de regras e preceitos
religiosos que se alicerça no dogma monoteísta arvorado pelos
antigos israelitas, povo de origem semita que outrora habitou a terra
bíblica de Canaã;
• Trata-se de um Direito profundamente vinculado ao sagrado, pois
credencia sua primeira fonte de inspiração a uma revelação divina.
• Na cultura judaica, somente Deus, em sua grandeza infinita, representa a plenitude da ideia de
“justiça” (tsedaká), o que significa dizer que somente. Ele é, na perfeita acepção do termo, justo.
Destarte, a própria noção de “justiça absoluta” está muito além da capacidade de
compreensão humana.
❖Constitucionalismo:
• O segundo, nesse mesmo contexto, tem que ver com a prática da idolatria, o culto a outros deuses.
Tal atitude devia ser drasticamente execrada pela comunidade (Dt 5:8).
• O terceiro diz respeito à reverência que se deve prestar ao Nome de Deus (Ha Shem), evitando-se
pronunciá-lo de maneira torpe ou despropositada. Por isso, os judeus não inferem vogais ao
acrônimo que o representa
1.1 DIREITO HEBRAICO
❖Leis de caráter civilista entre os hebreus:
• Sabe-se que os negócios jurídicos entre os particulares eram uma constante desde o segundo
milênio antes de Cristo. Prova disso são os incontáveis contratos encontrados na Mesopotâmia e
nos seus arredores. Assim, é possível falar de uma espécie de “Direito Civil israelita”, ainda que
não houvesse entre o povo judeu o objetivo de estabelecer categorias de leis aos moldes
romanos.
• Não raro o penhor era utilizado como garantia do débito existente. Apenas não era permitido que o
credor se estribasse nesse expediente para oprimir o próximo.
• Portanto, alguns bens imprescindíveis à sobrevivência, especialmente aqueles utilizados na
agricultura, foram considerados impenhoráveis, e a inviolabilidade do domicílio, plenamente
assegurada. As dívidas não poderiam, assim, ser cobradas no ambiente do lar. A família, acima de
tudo, não podia ser humilhada em tal recinto.
1.1 DIREITO HEBRAICO
❖ Leis humanísticas na Torah:
• Torah busca, com muito zelo, arrefecer as mazelas
sofridas pelos menos favorecidos. São basicamente
quatro as categorias de pessoas amparadas por lei: as
viúvas, os órfãos, os estrangeiros e os pobres:
• A religião hindu impõe a seus fiéis certa concepção do mundo e das relações sociais,
baseada essencialmente na existência das castas. Dessa forma,
as regras de comportamento aparecem sob a forma de princípios religiosos
que substituem as normas jurídicas.
• (...) Por volta de 1500 a.C., um povo de origem ariana cujo berço eram as estepes da Rússia,
vindo por meio do Irã (terra dos arianos), na época chamado de Pérsia, chegou à índia e
encontrou vários povos, em diferentes níveis de evolução. Passou então a dominá-los pelo
direito e principalmente pela religião.
• As penas previstas em seu bojo são cruéis e degradantes, o que não é de todo raro no contexto
da Antiguidade Oriental ou Clássica.
QUANDO UM MARIDO TEM NEGÓCIO EM PAÍS ESTRANGEIRO, QUE ELE SÓ SE AUSENTE, DEPOIS DE
TER ASSEGURADO À SUA MULHER MEIOS DE SUBSISTÊNCIA; PORQUE UMA MULHER, AINDA QUE
VIRTUOSA, ATORMENTADA PELA MISÉRIA, PODE COMETER UMA FALTA (ART. 491).
COM EFEITO, UM MARIDO PRESERVA SUA LINHAGEM, SEUS COSTUMES, SUA FAMÍLIA, A SI PRÓPRIO
E SEU DEVER, PRESERVANDO SUA ESPOSA (ART. 424)
1.2 DIREITO CHINÊS
• No entanto, a tarefa de conhecer o Direito desse país num passado longínquo tem sido um
verdadeiro desafio. As fontes de que se dispõe ainda são muito escassas. Não por acaso,
advertiu Marcel Granet, conceituado estudioso dessa nação, que ainda não é possível
elaborar uma espécie de manual histórico da China Antiga.
• Na China, o direito tinha uma posição subsidiária em relação à ética confuciana, que via nas
leis um sinal de corrupção moral, porque elas obrigavam o homem a comportamentos que
este deveria ter por convicção interna
1.2 DIREITO CHINÊS
• Todavia, os especialistas são sempre unânimes em apontar os séculos VI e VII de nossa era
como o momento em que se podem datar as fontes legais mais remotas que se têm na atualidade;
• .
• Werner Menski, tomando por base os estudos realizados anteriormente por Derek Bodde e Clarence Morris,
ensina que o chamado Livro das Punições (hsing shu) constitui-se no material legal mais antigo de que
se dispõe, pois as outras legislações que estiveram em vigor em 501 e 513 d.C. acabaram por se perder.
• A codificação em tela, pois, foi escrita no ano de 536 d.C., por ordem de Tzu-chu’an, primeiro-
ministro do Estado de Cheng. Daniel Chow, por sua vez, não duvida de que outros Códigos legais
foram produzidos pelas dinastias Qin (221-206 a.C.) e Han (206 a.C.-20 d.C.), portanto, em
períodos mui distantes no tempo e bem anteriores àqueles sugeridos por Menski, mas ressalta
que o Código da Dinastia Tang (618-907 d.C.), que remonta ao século VII d.C., pode ser reputado
como o mais antigo deles.
No ano de 646 buscou o Japão se espelhar no modelo estatal chinês. Tal reforma recebeu o nome de
Taika.
Entre 701 e 702, elaborou-se no País uma legislação mais “detalhada” – o Taiho –, que esteve em vigor
até 1190.
O Taiho fundamentava-se no ordenamento jurídico pronunciado pela dinastia chinesa Tang e estava
dividido, notadamente, em duas seções: o Ryo (11 artigos) e o Ritsu (seis artigos).
• O Ryo continha mormente regras jurídicas civis e administrativas;
• O Ritsu trazia em seu cômputo toda a matéria criminal.
• Posteriormente, as duas seções foram uniformizadas pela imperatriz Genshö (724-748), que as definiu com dez
artigos cada.
DIREITO JAPONÊS
Era Meiji (1868-1912)
Proximidade com o Ocidente.
DIREITO JAPONÊS
Art. 1º, parágrafo único, da CRFB “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”
• a) Período pré-socrático:
Principal nome:
• Ele ingressou na vida política quando dois de seus parentes O que há é que a prudência (phrónesis) socrática
assumiram ao poder (Cármides e Crítias), mas se desgostou converte-se em vida teórica (bios theoréticos).
com a democracia Ateniense em virtude da morte de
Sócrates, e passou anos exilado, viajando por vários locais,
como o Egito, Itália, Mégara...
Demiurgo
Justiça Divina
Justiça humana
A FILOSOFIA GREGA ANTIGA
A FILOSOFIA GREGA ANTIGA
d) Aristóteles:
Aristóteles, nasceu na cidade de Estagira, na
Macedônia, em 384 a.C. Jovem foi para Atenas, onde
acabou sendo aluno de Platão. Aristóteles estudou na
Academia e posteriormente tornou-se professor. Foi
tutor de Alexandre (que viria se tornar “Alexandre o
Grande”, em 343/342 a.C
Vida
Vida ética
política
Em
individual comunidade
(Bem)
A FILOSOFIA GREGA ANTIGA
d) Aristóteles: Justiça
Virtudes
(ação)
A FILOSOFIA GREGA ANTIGA
d) Aristóteles:
CIDADES GREGAS
1) Atenas
“Tentando evitar e combater a corrupção e outros problemas sociais, ficou definido que, quem
denunciasse as irregularidades, haveria ganhos financeiros de parte do valor da condenação do réu.
Neste ponto, houve um aumento significativo de denúncias, inclusive àquelas sem fundamento.
Aqueles que utilizam das denúncias sem fundamento com o fim de obter as vantagens
econômicas decorrentes da condenação do réu ficara conhecido como sicofantas. Além do mais,
para combater essa prática, foi determinado uma regra de que se o denunciado – réu –não obtivesse
um número mínimo de votos no tribunal, o denunciante seria condenado a pagar uma multa.”
(MACIEL, 2019)
2) Esparta:
▪ Fundação de Roma:
Comícios
Organização Política Romana na realeza
Rei
(ALVES, 2018) “O rei era o magistrado único, vitalício e
irresponsável. Sua sucessão não se fazia pelo princípio da
hereditariedade ou da eleição, mas, segundo parece, o sucessor,
quando não indicado pelo antecessor, era escolhido pelo interrex
(senador que, por designação do Senado, governava, na vacância do
cargo real, pelo prazo de cinco dias, passando o poder, nas mesmas
condições, a outro senador, e assim por diante até que fosse escolhido o
rei).
O Senado, que era convocado pelo rei, estava em posição de subordinação diante dele.
a) com relação ao rei, era consultiva (este, nos casos mais importantes, devia consultá-lo, embora não
estivesse obrigado a seguir o conselho); e
b) com referência aos comícios, era confirmatória (toda deliberação deles, para ter validade, devia ser
confirmada pelo Senado: obter a patrum auctoritas).
Organização Política Romana na realeza
Comícios
(ALVES, 2018) “Os comícios por cúrias eram uma
assembleia convocada pelo rei, pelo interrex ou
pelo tribunus celerum. Reuniam-se, geralmente, no
comitium, ao pé do Capitólio. Não se sabe ao
certo como a vontade do povo era apurada
nesses comícios. Conjecturam alguns autores
que os patrícios votavam individualmente nas
cúrias, apurando-se, em seguida, a maioria em
cada cúria, e dependendo o resultado definitivo do
maior número de cúrias em favor da proposta em
votação, ou contra ela. É possível, também, como
pretendem outros, que, à semelhança do que
ocorria na Grécia antiga, o povo se manifestasse por
aclamação.”
Período Antigo (Pré-clássico) – do ponto
de vista do Direito.
As fontes do Direito:
▪ A potestas, [...] é a competência de o magistrado expressar com sua própria vontade a do Estado, gerando para
este direitos e obrigações.
O imperium compreende o poder de levantar tropas e comandá-las, o direito de apresentar propostas aos comícios,
a faculdade de deter e punir os cidadãos culpados e a administração da justiça nos assuntos privados.
Observação: Todos os magistrados têm a potestas, mas nem todos o imperium. Daí as magistraturas se
classificarem em magistraturas cum imperio e sine imperio. Eram magistraturas cum imperio: o consulado, a
pretura, a ditadura, o tribunato militar consulari potestate. Sine imperio, as demais.
A República
Senado
(ALVES, 2016) “Na república, o Senado se torna o verdadeiro centro
do governo, pois os magistrados tinham interesse em consultá-lo
e em seguir o seu conselho, antes de tomarem deliberações mais
importantes, uma vez que, sendo o Senado órgão permanente,
ficavam eles resguardados de possíveis incriminações quando
retornassem à qualidade de simples cidadãos.”
Os comícios
As fontes do Direito:
(ALVES, 2018) “Na lex rogata, distinguem-se quatro partes: 1ª) o index (onde se consignava o nome gentílico do
proponente e a indicação sumária do seu objeto); 2ª) a praescriptio (em que constavam as indicações do nome
e títulos do magistrado proponente, do dia e local em que se votou a lei, e da tribo ou centúria que votou em
primeiro lugar); 3ª) a rogatio (parte principal da lex rogata, pois nela estava declarado o seu conteúdo); e 4ª) a
sanctio (sanção, pena para o caso de infringência da lei);
Na república, encontramos leges rogatae de grande importância para o direito privado, como a Lei Aebutia
(meado do século II a.C.), que introduziu o processo formulário. Entretanto, a mais importante lei na república é
uma lex data. a Lei das XII Tábuas, o primeiro monumento legislativo dos romanos.
A República
A Lei das XII Tábuas:
▪ Daí terem eles concordado não com tal proposta, mas com a
criação da magistratura constituída de dez membros (os decemuiri
legibus scribundis), a qual elaboraria um código aplicável a todos os
romanos, quer patrícios, quer plebeus.
A República
▪ Senatusconsultos
“(ALVES, 2018) [...] Embora o Senado tivesse, na república, influência, por intermédio dos magistrados, na
formação do direito, as suas deliberações (senatusconsultos) não eram fonte de direito. Quando muito – e
isso apenas nos fins da república –, o Senado se arrogou a faculdade de, sem ratificação dos comícios, dispensar
alguns cidadãos da observância de certas leis (legem aliquem soluere).
▪ No início do principado, porém, os senatusconsultos passam a ser fonte de direito, não só em virtude
do exaurimento do poder legislativo dos comícios, como também pela circunstância de que, não
estando ainda os tempos devidamente amadurecidos para que o princeps, abertamente, usurpasse
o poder legislativo, propunha ele as medidas que lhe pareciam necessárias, e o Senado sobre elas
deliberava. Com o tempo, e graças à autoridade do príncipe, a proposta passa a ter mais valor do que a
deliberação do Senado, uma vez que este se manifesta sempre pela aprovação. Daí, em vez de falar-se em
senatusconsultum, dizer-se oratio (proposta do príncipe).
O Principado
E) Constituições imperiais Otaviano Augusto – 27 a.C - 14
• 1º) edicta (editos) – normas gerais que, em virtude do ius edicendi do príncipe, dele emanavam, e
se assemelhavam, na forma, às oriundas dos magistrados republicanos;
• 2º) mandata (mandatos) – instruções que o príncipe transmitia aos funcionários imperiais,
principalmente aos governadores e funcionários das províncias (a partir do século V d.C.,
desapareceram totalmente);
• 3º) rescripta (rescritos) – respostas que, sobre questões jurídicas, o imperador dava a particulares,
ou a magistrados e a juízes; no primeiro caso, diziam-se subscriptiones, porque eram escritas abaixo
da pergunta, para que a resposta desta não se separasse; no segundo, epistulae, pois eram redigidas
em carta; e
• 4º) decreta (decretos) – eram sentenças prolatadas pelo príncipe em litígios a eles submetidos em
primeira instância ou em grau de recurso.
O Principado
• F) “Responsa prudentium” (respostas dos jurisconsultos)
• Os responsa prudentium (respostas dos jurisconsultos) abrangem não só os pareceres dados sobre
casos concretos (como na época de Augusto), mas também as opiniões em geral dos jurisconsultos
com ius respondendi, manifestadas sobre casos concretos ou em obras doutrinárias. Os responsa
prudentium eram, então, fonte de direito – portanto, vinculavam o juiz – se constituíssem opinio
communis (opinião comum). Se houvesse divergência de opiniões, o juiz julgava segundo a que lhe
parecesse melhor.
A Jurisprudência:
▪ Os juristas clássicos escreveram, além de monografias, várias obras que seguiam, principalmente, um dos
seguintes tipos: institutiones, regulae, enchiridia e definitiones (livros destinados ao ensino); sententiae e
opiniones (obras também elementares, mas que visavam mais à prática do que ao ensino); responsa
(livros de consultas e respostas sobre casos concretos); quaestiones e disputationes (repositórios de
controvérsia jurídica); libri ad, libri ex e notae ad (comentários ou notas de um jurista à obra de um
seu antecessor, cujo nome – ou denominação de seu trabalho – se seguia a essas expressões
latinas); libri ad edictum (obras que obedeciam ao plano do Edictum Perpetuum, e se ocupavam do
ius honorarium); e digesta (espécie de enciclopédias sobreo ius ciuile e o ius honorarium).
O Principado
• F) “Responsa prudentium” (respostas dos jurisconsultos)
• Os responsa prudentium (respostas dos jurisconsultos) abrangem não só os pareceres dados sobre
casos concretos (como na época de Augusto), mas também as opiniões em geral dos jurisconsultos
com ius respondendi, manifestadas sobre casos concretos ou em obras doutrinárias. Os responsa
prudentium eram, então, fonte de direito – portanto, vinculavam o juiz – se constituíssem opinio
communis (opinião comum). Se houvesse divergência de opiniões, o juiz julgava segundo a que lhe
parecesse melhor.
• Direito enquanto prática argumentativa.
A Jurisprudência:
▪ Os juristas clássicos escreveram, além de monografias, várias obras que seguiam, principalmente, um dos
seguintes tipos: institutiones, regulae, enchiridia e definitiones (livros destinados ao ensino); sententiae e
opiniones (obras também elementares, mas que visavam mais à prática do que ao ensino); responsa
(livros de consultas e respostas sobre casos concretos); quaestiones e disputationes (repositórios de
controvérsia jurídica); libri ad, libri ex e notae ad (comentários ou notas de um jurista à obra de um
seu antecessor, cujo nome – ou denominação de seu trabalho – se seguia a essas expressões
latinas); libri ad edictum (obras que obedeciam ao plano do Edictum Perpetuum, e se ocupavam do
ius honorarium); e digesta (espécie de enciclopédias sobreo ius ciuile e o ius honorarium).
Período Pós-clássico (Dominato)
• Como já acentuamos, o principado foi regime de transição entre
a república e a monarquia absoluta. Se, em Roma, o princeps era
somente o primeiro cidadão, nas províncias era ele o monarca.
Gradativamente, porém, os imperadores romanos vão firmando seu
poder absoluto até em Roma.
• No dominato (monarquia absoluta), há apenas uma fonte
atuante de criação organizada do direito: a constituição imperial
(então denominada lex). A seu lado, persiste o costume como fonte
espontânea de direito, mas limitado a preencher as lacunas das
constituições imperiais, sendo pequena sua importância para o direito
privado.
• E, como no início do dominato é muito acentuada a decadência da
jurisprudência – não há grandes juristas, mas, sim, práticos,
conhecem-se essas normas não do estudo da própria fonte, mas,
indiretamente, por intermédio da obra dos jurisconsultos clássicos.
A República
O Corpus Iuris Ciuilis
Estão corretas:
Escolha uma:
a. As alternativas II e III.
b. Apenas a alternativa I
c. Todas as alternativas.
d. As alternativas I e III.
e. Nenhuma das alternativas.
Questões pré-aula
Estão incorretas:
Escolha uma:
a. Nenhuma das alternativas, todas estão corretas.
b. Apenas a alternativa III.
c. As alternativas II e III.
d. Todas as alternativas.
e. As alternativas I e III.
Questões pré-aula
Acerca da utilização do instituto da Boa-Fé no Direito Romano analise as orações:
I - A bona fides rompeu com a dinâmica formalista do direito romana, atendendo à dinamicidade que as
relações comerciais necessitavam.
II - Segundo Cícero, “O fundamento da justiça é a boa-fé, ou seja, a fidelidade e a sinceridade das
palavras e acordos”.
III - A bonas fides não deve ser visualizada como uma expressão “para além do direito”, que geralmente
indica situações que não seriam discutidas pela ciência jurídica, porque inicialmente não fariam parte do
todo jurídico, mas tendo em vista a existência de algumas situações fáticas que passaram a ser discutidas
pelas ciências jurídicas.
• Imaginemos a seguinte situação: um pai de uma criança que está para nascer morrer
drasticamente em um acidente de trânsito. Decerto este fato impactará diretamente na vida
desse nascituro, que ao nascer se verá na condição de órfão. Assiste a este nascituro
algum direito? Será que a criança, ao nascer, ou ainda, durante a vida intrauterina teria
direto a alguma indenização? Poderia ser contemplado com o prêmio do seguro DPVAT?
Qual a herança que o Direito brasileiro recebeu do Direito Romano?
DIREITO FEUDAL
E CANÔNICO
IDADE MÉDIA https://super.abril.com.br/historia/grandes-
invencoes-da-idade-media/
• PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
b) Agricultura de subsistência;
“Decretamos, portanto, que, não obstante a existência de anteriores instruções relativas aos cristãos, os
que optarem pela religião de Cristo sejam autorizados a abraçá-la sem estorvo ou empecilho, e que
ninguém absolutamente os impeça ou moleste [...]. Observai, outrossim, que também todos os demais
terão garantia a livre e irrestrita prática de suas respectivas religiões, pois está de acordo com a estrutura
estatal e com a paz vigente que asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto segundo sua
consciência e eleição; não pretendemos negar a consideração que merecem as religiões e seus
adeptos. Outrossim, com referência aos cristãos, ampliando normas estabelecidas já sobre os lugares de
seus cultos, é-nos grato ordenar, pela presente, que todos os que compraram esses locais os
restituam aos cristãos sem qualquer pretensão a pagamento... as igrejas recebidas como donativo e
os demais que antigamente pertenciam aos cristãos deviam ser devolvidos. Os proprietários, porém,
podiam requerer compensação.]....”
O DIREITO CANÔNICO
❖ As fontes desse direito estão dispostas nos:
❖Santo Agostinho:
• Nas Confissões, no seu Livro III, são célebres as explicações de Agostinho a respeito dessa nova
justiça, distinta da clássica, pois pautada pela fé:
“Ignorava a verdadeira justiça interior que não julga pelo costume mas pela lei retíssima de Deus
Onipotente. Segundo ela formam-se os costumes das nações e dos tempos, consoante as nações e os
tempos, permanecendo ela sempre a mesma em toda a parte, sem se distinguir na essência ou
nas modalidades, em qualquer lugar. À face desta lei foram justos Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, Davi
e todos os que Deus louvou por sua própria boca. (AGOSTINHO apud MASCARO, 2016).
“Porventura a justiça é desigual e mutável? Não. Os tempos a que ela preside é que não correm a par,
pois são tempos. [...] Não reparava que a justiça, a que os homens retos e santos se sujeitaram,
formava nos seus preceitos um todo muito mais belo e sublime. Não varia na sua parte essencial, nem
distribui e determina, para as diversas épocas, tudo simultaneamente, mas o que é próprio de cada uma
delas.” (AGOSTINHO apud MASCARO, 2016).
A FILOSOFIA DO DIREITO CANÔNICO
❖São Tomás de Aquino:
➢ O trabalho de São Tomás de Aquino alia, à exegese atenta das obras de Aristóteles, uma ligação
direta à teologia ortodoxa.
➢ Método: Tomás é um expoente da escolástica. Tal escola de filosofia e teologia, no mundo medieval,
representou um método particular de leitura, compreensão e exposição dos textos sagrados e das
obras que gozavam de reputação e autoridade. Tomás de Aquino se vale dessa grande tradição
passada como meio de argumentação.
➢ Fé aliada à razão: se para Santo Agostinho a fé era o único caminho para ação justa, São Tomás de
Aquino já retoma a importância de agir conforme a razão. Além do mais, a ideia de pecado original em
São Tomás de Aquino não é vista como fatal, mas como uma doença sanável.
A FILOSOFIA DO DIREITO CANÔNICO
❖São Tomás de Aquino e as Leis:
Lei Eterna a razão divina, transcendente, que
governa o mundo
• No quadro da Suma teológica, São Tomás de Aquino
dedica aos assuntos da filosofia do direito duas Lei Divina A regra de Deus anunciada
grandes partes: o tratado das leis (I Seção da II aos homens por meio da revelação
Parte, Questões 90 a 108) e o tratado da justiça (II
Seção da II Parte, Questões 57 a 80).
Lei Natural Se comunica com os homens a partir
• Na primeira, dá-se a discussão sobre as específicas da própria existência natural destes.
leis, aqui entendidas não apenas no sentido jurídico, Obra de Deus, mas inteligível ao
mas, essencialmente, moral e teológico – lei eterna, homem.
lei divina, lei natural e lei positiva.
Lei positiva O homem imbuído de fé e razão,
• Na segunda parte, então tratando especificamente
pode elaborar leis racionais, para o
do direito – que é o objeto da justiça –, Tomás de
encontro da paz e da virtude.
Aquino chega à questão do direito natural. Ao tratar
das leis, abrem-se os três grandes painéis: lei
divina, natural e humana.
ESCOLÁSTICA
• A ideia de sistema, surgiu com os escolásticos, que no século XII passam a entender qualquer decisão
ou norma como fazendo parte de um todo denominado sistema jurídico.
• A compreensão do todo possibilita melhor analise da parte, fato que permite identificar as lacunas,
contradições e antinomias que existiam no direito da época, dando impulso a hermenêutica
jurídica.
ESCOLÁSTICA
❖ Principais Escolas:
Fidelidade ao Corpus Juris Interpretação do direito como Não compõem uma escola do
Civilis, de forma analítica. um sistema. pensamento jurídico, mas sim
um conjunto de ideias com
influência do humanismo.
I - Assim como o Direito Romano, enquanto construção histórica o Direito Canônico está enraizado no sistema
jurídico contemporâneo. De perseguidos pelo Império Romano desde os seus primórdios, passando pelo
espraiamento de sua doutrina em Roma e nas demais cidades que pertenciam ao Império Romano, e mais à
frente com a adesão à doutrina cristã por Helena, mãe do imperador Constantino (311 d.C.), que proibiu a
perseguição aos cristãos, culmina no Governo de Teodósio, que em 385 d.C. elevou o cristianismo à religião
oficial do Império.
II - A boa-fé em seu período canônico impregnou-se das ideias de humanidade, piedade, caridade e bondade.
Um dos elementos probantes dessas concepções é a celebre frase de São Cipriano: “aequitas est iustitia
dulcore misericordia temperata”.
III - Direito Canônico, trouxe como mote principal a ideia de pecado, sendo a boa-fé a ausência de pecado, e a
má-fé a existência do pecado.
I - "Decreto", organizado por Graciano constitui verdadeiro marco histórico para o Direito ocidental,
pois procura condensar um milênio de tradições religiosas marcado por uma rica e vasta produção
jurídico-normativa.
II - O Direito canônico possui diversas ramificações como o Direito matrimonial, o Direito
processual, o Direito patrimonial,
III - O direito canônico não influenciou na construção do ordenamento jurídico moderno.
Estão corretas:
Escolha uma:
a. As alternativas I e II
b. Apenas a alternativa II.
c. Nenhuma das Alternativias.
d. Todas as Alternativas.
e. Apenas a alternativa III.
Tomando como referência a Boa-Fé na construção do Direito Romano, julgue as afirmativas a
seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
( ) Fides-sacra estaria relacionada ao culto da deusa Fides, considerada protetora da fé e da
palavra.
( ) Fides-facto buscou um afastamento das inserções ideológicas provindas da religiosidade.
( ) Fides-ética estaria relacionado a condição moral da pessoa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Escolha uma:
a. F - V - F
b. V - F - F
c. V - F - V
d. F - F - F
e. V - V - V
Tomando como referência o Direito Canônico, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou
( ) Falsas.
( ) A Igreja Católica é tida como herdeira da cultura romana.
( ) As fontes do Direito Canônico provinham dos decretos dos concílios, nas constituições ou
estatutos aprovados nos sínodos regionais, nos decretos e constituições pontifícias.
( ) Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino com suas obras A Cidade de Deus e Suma
Teológica, respectivamente foram dois dos grandes expoentes da época.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Escolha uma:
a. F - V - V
b. F - F - F
c. V - F - F
d. V - V - V
e. V - F - V
Código Eclesiástico e Matrimônio
• Cân. 1055 — § 1. O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si o
consórcio íntimo de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à
procriação e educação da prole, entre os baptizados foi elevado por Cristo Nosso Senhor à dignidade
de sacramento.
• Cân. 1141 — O matrimónio rato e consumado não pode ser dissolvido por
nenhum poder humano nem por nenhuma causa além da morte.
• Cân. 1142 — O matrimónio não consumado entre baptizados ou entre uma parte
baptizada e outra não baptizada pode ser dissolvido pelo Romano Pontífice por justa
causa, a pedido de ambas as partes ou só de uma, mesmo contra a vontade da outra.
• (...)
ATIVIDADE: MÉTODO ESCOLÁSTICO.
Derivado Executivo
do Poder
Divino
Rei Legislativo
Judicial
O Absolutismo (séc. XVI-XIX)
Nobreza Burguesia
Isenção de Favorecimento
impostos do comércio
Postos de Direito de
comando nas explorar as
forças armadas colônias.
Principais teóricos do Absolutismo.
• São direitos de todos os seres humanos para Locke: a vida, a liberdade, a igualdade e a
propriedade privada.
• “Assim sendo, a passagem do estado de natureza para a sociedade civil em Locke não representa
uma transformação da liberdade em submissão, como o era no pensamento de Hobbes. Não há um
salto qualitativo na forma de organização dos homens: o contrato social em Locke mantém a
liberdade natural, apenas a sustenta em outro grau, agora político e não mais individual.”.
(MASCARO, 2016).
O Contratualismo de John Locke
"Aquele que exceda com sua autoridade o poder que lhe foi dado pela lei e faça uso da força que
possui sob seu comando para fazer, com respeito aos súditos, o que a lei não permite, deixa, por
isso, de ser magistrado e, como delibera sem autoridade, justifica a oposição que se lhe faça,
assim como nos opomos a qualquer pessoa que viole com a força o direito alheio”. (LOCKE
apud BITTAR, 2018).
A sociedade é, então, apenas o artifício para manterem-se os direitos naturais, e não pode corrompê-
los, desvirtuá-los ou suprimi-los. (BITTAR, 2018).
O contratualismo de Jean Jacques Rousseau
❖ Jacques Rousseau (1712-1778), o filósofo de Genebra, cujo
pensamento é gestado como fruto da própria efervescência de
seu tempo. A desmistificação e o racionalismo são
claramente preocupações do filósofo do século XVIII....
(BITTAR, 2018).
❖ O estado de natureza em Rousseau: O homem em natureza não se vale dos engenhos, não
necessitando de ferramentas ou técnicas, nem da palavra, nem da residência, nem da guerra,
nem do vínculo com os seus semelhantes. Trata-se de uma diferença substancial em relação à
vida em sociedade, porque não apresenta vícios nem necessidades artificiais criadas em
civilização.
“O que dá origem ao estado de desigualdade entre os homens, se, de início, a calma das
paixões e o uso dos recursos da natureza são-lhes suficientes? É justamente o surgimento da
propriedade privada que marca a destruição da condição de felicidade natural, passando a impor
aos homens os sofrimentos sociai”.
O contratualismo de Jean Jacques Rousseau
• O contrato social é então uma forma de: “associação que defenda e proteja com toda a força
comum a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só
obedeça, contudo, a si mesmo e permaneça tão livre quanto antes.”
• “O contrato social permitirá que todos os homens constituam um corpo no qual sua força individual
passa a ser a força dessa coletividade. Ao mesmo tempo, ainda que fundada uma coletividade, a
liberdade individual está mantida, porque sua vontade está dentro desse todo, e ninguém há de
arrogar um poder extraído desse todo em favor do seu interesse pessoal. Assim sendo, somente o
bem comum é a diretriz da coletividade que se institui, e ela é o bem do indivíduo que se associou”.
• A Vontade geral é uma vontade soberana orientada para o bem comum, [...] . Via de regra, há
muita diferença entre a vontade de todos e a vontade geral; esta se refere somente ao
interesse comum, enquanto a outra diz respeito ao interesse privado, nada mais sendo que
uma soma das vontades particulares.
O contratualismo de Jean Jacques Rousseau
❖A vontade geral é fixada em conjunto pelos membros do Estado, por meio de leis. Rousseau
aponta para o caráter de universalidade necessário às leis, a fim de que se orientem em busca da
vontade geral. Devem ser as leis impessoais, gerais e universais. Ao mesmo tempo, não bastam
seus atributos meramente formais. É necessário que as leis, para serem instrumentos diretivos da
vontade geral, atentem para determinados objetivos. Rousseau exprime tais objetivos na fórmula
da busca da liberdade e da igualdade. (MASCARO, 2016).
• A respeito da igualdade: não se deve entender por essa palavra que os graus de poder e riqueza
sejam absolutamente os mesmos, mas sim que, quanto ao poder, ela esteja acima de qualquer
violência e nunca se exerça senão em virtude da classe e das leis, e, quanto à riqueza, que
nenhum cidadão seja assaz pobre para ser obrigado a vender-se.
• A respeito da liberdade: não é considerado livre aquele que porventura não seguisse lei nenhuma
e que, portanto, seguiria só seus próprios instintos. Para ele, mesmo com o contrato social, não
cessa a liberdade individual, apenas ela é transformada de grau. Livre, na verdade, é aquele que
segue a lei por ele mesmo determinada.
SEPARAÇÃO DOS PODERES
• Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem ter suas atribuições divididas, para
que cada poder limite e impeça o abuso uns dos outros. São independentes e harmônicos:
Tomando como referência a formação dos estados nacionais, julgue as afirmativas a seguir em (V)
Verdadeiras ou (F) Falsas.
( ) A formação do Direito Moderno é marcado pelo surgimento dos Estados Nacionais absolutistas.
Escolha uma:
a. V – F – F.
b. V – V – F.
c. V – V – V.
d. V – F – V.
e. F – V – F.
Tomando como referência a obra O Espírito das Leis, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F)
Falsas.
( ) Pode-se afirmar que Locke, autor de Tratados sobre o Governo Civil serviu de inspiração a Montesquieu.
( ) A teoria da Separação dos Poderes foi uma resposta à teoria pura da soberania de Bodin e de Hobbes.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Escolha uma:
a. F - F - F
b. F – V – V
c. V – V – V
d. V – V – F
e. F – V – F
Tomando como referência a obra de Rousseau, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
( ) A teoria contratualista defende que a sociedade decorre de um pacto (um contrato social).
( ) Rousseau utiliza-se do mesmo esquema teórico de Hobbes e Locke, para a formulação da sua tese do contrato
social.
• Houve uma continuidade do direito comum inglês, que permitiu que os julgadores ingleses
pudessem seguir a tradição precedentes. É possível mesmo no séc. XXI invocar precedentes dos
séculos XIII e XIV.
• “O common law e um direito jurisprudencial, elaborado pelos juízes reais e mantido graças a
autoridade reconhecida aos precedentes judiciários. Com exceção do período de sua formação, a lei
não desempenha qualquer papel na evolução desse sistema jurídico.” (MACIEL, 2019).
Constitucionalismo Garantia de
Direitos
Fundamentais
Estrito
▪ Contudo, o Constitucionalismo
A limitação do
Moderno tem como expoentes: a Poder Estatal
Inglaterra, a França e os Estados
Unidos.
O Constitucionalismo Inglês
❖ Magna Carta (1215);
Limitação do Poder e rol de direitos mínimos para todos os
seres humanos.
Declaração solene do Rei João Sem-Terra e ratificada por
seis sucessores.
“Lei da terra”.
Sistema Presidencialista.
O Constitucionalismo Francês
➢Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789).
a. Dissolveu Câmaras de Representantes repetidamente porque se opunham com máscula firmeza às invasões
dos direitos do povo.
b. Tentou tornar o militar independente do poder civil e a ele superior.
c. Manteve Câmaras de Representantes repetidamente porque se opunham a metrópole.
d. Manutenção, em tempo de paz, exércitos permanentes sem o consentimento do parlamento na colônia.
e. Saqueou os nossos mares, devastou as nossas costas, incendiou as nossas cidades e destruiu a vida do nosso
povo.
Palma, R. F. História do Direito. São Paulo: Editora Saraiva, 2018, pág. 350. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610259/. Acesso em: 14 Jul 2021.
Acerca da Declaração dos Direitos do Homem todas as alternativas a seguir estão CORRETAS, exceto:
Escolha uma:
a. A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e
ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
b. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as
formas por esta prescritas.
c. A sociedade não tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
d. É livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão
pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos
termos previstos na lei.
e. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do
Homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Tomando como referência a Idade Moderna, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou
(F) Falsas.
( ) Os Estados Nacionais formado tinha como umas das suas características a secularização.
Escolha uma:
a. F - F - F
b. V - F - V
c. V - V - F
d. F - V - F
e. V - V - V
Tomando como referência a Idade Moderna, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F)
Falsas.
Escolha uma:
a. F - V - V
b. V - V - V
c. V - V - F
d. F - F - F
e. V - F - F
Tomando como referência ao Absolutismo, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras
ou (F) Falsas.
Escolha uma:
a. F - V - F
b. V - V - F
c. V - V - V
d. F - F - F
e. V - F - V
Tomando como referência o processo de codificação do Brasil, julgue as afirmativas a seguir em (V)
Verdadeiras ou (F) Falsas.
( ) Até o advento do Código Civil de 1916 houve seis tentativas sem êxito de construção de um
Código Civil Brasileiro: Teixeira de Freitas (1859), José de Alencar (1861-1863), Nabuco Araújo
(1872), Felício dos Santos (1881), Visconde de Ouro Preto (1889), e Projeto de Antônio Coelho
Rodrigues (1890).
( ) O Código Comercial do Império de 1850 adotou a sistematização da teoria dos atos dos
comércios.
Escolha uma:
a. F - V - F
b. F - F - F
c. V - F - F
d. V - F - V
e. V - V - V
NORMA JURÍDICA E O
ORDENAMENTO JURÍDICO
A Norma
A Norma Jurídica
A Norma Jurídica
▪ “Na Ciência Política, estudam-se normas políticas. Na Filosofia, estudam-se normas
éticas e normas lógicas. Na Sociologia, estudam-se normas sociais. Na Antropologia,
estudam-se normas culturais. Nas Ciências Naturais, estudam-se leis naturais e normas
técnicas. Portanto, a norma jurídica é apenas espécie de um gênero: norma. Mais ainda,
a norma jurídica convive dinamicamente com as demais normas sociais e, por vezes,
assume o seu conteúdo, quando a norma religiosa se torna conteúdo da norma jurídica,
quando a norma moral se torna conteúdo da norma jurídica, quando a norma econômica
se torna conteúdo da norma jurídica, quando a norma política se torna conteúdo da
norma jurídica, e assim por diante, considerando as várias esferas normativas
coexistentes.”
▪ As normas jurídicas, então, não são algo dado, mas algo construído de modo complexo
no mundo social, em profunda reciprocidade com outras normas sociais, e pressupõem
relações dialéticas na história entre múltiplos fatores”. (BITTAR, 2019).
A Norma Jurídica
• Como estabelecer que determinada norma (moral, religiosa, cultural,
econômica, etc.) possui relevância jurídica?
Art. 138, 139 e 140 do CP
A Norma Jurídica
• As normas sociais podem:
I. Conviver e coincidir com as normas jurídicas;
II. Podem existir sem que existam normas jurídicas;
III. Podem ser contrárias a estas.
Exemplo:
Art. 186. (CPC) Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o
acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer
calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo
da defesa.
Art. 65 (Lei 9.503/1997) CTB - É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros
em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
A Norma Jurídica
Exemplos de normas jurídicas que pretendem
modificar padrões sociais:
Exemplo:
Art. 6º. (CF) São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 225. (CF). Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações
A Norma Jurídica
• Características das normas jurídicas:
“As normas jurídicas também preveem hipóteses de acontecimentos que ainda não ocorreram,
com o objetivo de regulamentar comportamentos futuros”... Mas que não deixam de ser
“resultados” de acontecimentos passados.
Art. 155 (CP) - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: (HIPÓTESE)
Exemplos:
▪ Art. 226 (CF). § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem
e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento;
▪ Art. 1.520 (CC). Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a
idade núbil ( art. 1517 ), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de
gravidez. (REVOGADO);
▪ Art. 1.520 (CF). Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade
núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código . (Redação dada pela Lei nº 13.811, de
2019);
▪ Adultério (art. 240) deixou de ser crime em 2005.
A Norma Jurídica
As fontes das normas:
Normas Unilateralidade
morais Incoercibilidade
(sociais) Possibilidade de sanção difusa.
Diz-se que o titular do direito adquirido está, em princípio, protegido de futuras mudanças legislativas
que regulem o ato pelo qual fez surgir seu direito, precisamente porque tal direito já se encontra
incorporado ao seu patrimônio jurídico, ainda que não fora exercitado, gozado — plano/mundo do
ser, ontológico.
O titular do direito adquirido extrairá os efeitos jurídicos elencados pela norma que lhe
conferiu o direito mesmo que surja nova lei contrária à primeira. Continuará a gozar dos
efeitos jurídicos da primeira norma mesmo depois da revogação da norma.”.
Conceitos fundamentais
❖ Art. 5º inc. XXXVI (CF)“- a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada”.
▪ Ato jurídico perfeito: é aquele em que já se consumou de acordo com a lei vigente à época. O
direito já foi exercido, todos os atos já foram praticados, não podendo ser modificados por Lei
posterior.
▪ Coisa julgada: entende-se o estado de imutabilidade dos efeitos da sentença, não mais sujeita a
recursos. Para a LINDB, chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não
caiba recurso.
➢ Coisa julgada material: a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença de mérito.
Impossibilidade de reforma em qualquer processo.
a. direito empresarial
b. direito tributário
c. direito penal
d. direito constitucional
e. direito administrativo
O conjunto de normas jurídicas vigentes compõe o sistema jurídico de determinado Estado.
No Brasil, quando consideramos todos os entes da federação, união, estados e municípios,
são milhares de normas que devem ser observadas pelos cidadãos.
Considerando os seus conhecimentos sobre a vigência das leis, marque a alternativa
correta:
Escolha uma:
O projeto de lei recebido pelo Presidente da República poderá ser __________ ou __________ no prazo de 15
dias. Caso o presidente não se manifeste nesse período, este será tido como sancionado ______________.
Observando o caso em comento, assinale a alternativa que traz qual será o efeito resultante da
declaração de inconstitucionalidade
Escolha uma:
a. Repristinatório
b. Sancionatório
c. Proibitório
d. Revogatório
e. Reparatório
1. DIREITO, JUSTIÇA CIÊNCIA E SOCIEDADE
• Como explicar que os institutos da prescrição e da coisa julgada são meios
para a realização da justiça?
1.1 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
A prescrição é a perda do direito de ação pelo Consiste na perda de um direito pelo decurso
decurso do tempo. Com ela, o direito não do tempo.
desaparece, mas fica sem meios de obter a
proteção judicial, em decorrência da inércia de
Além de produzirem efeitos diferentes quanto
seu titular, que não movimentou o seu ao direito, distinguem-se também, prescrição e
interesse em tempo hábil. decadência, quanto a outras particularidades:
enquanto há fatos que interrompem o prazo
• Prescrição extintiva; prescricional, o prazo de decadência não se
• Prescrição aquisitiva: obtenção de um interrompe; a prescrição, como a decadência,
direito pelo decurso do tempo (Por exemplo: pode ser declarada ex officio pelo juiz e a
1.238 CC). qualquer momento.
1.2 DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO
• Cesare Lombroso (1835 - 1906): o estudo do “ homem delinquente” sob características morfológicas.
1.4 POSITIVISMO JURÍDICO
• “O positivismo jurídico, fiel aos princípios do positivismo filosófico, rejeita todos os
elementos abstratos na concepção do Direito, a começar pela ideia do Direito Natural, por
julgá-la metafísica e anticientífica. Em seu afã de focalizar apenas os dados fornecidos
pela experiência, o positivismo despreza os juízos de valor, para se apegar apenas
aos fenômenos observáveis. Para essa corrente de pensamento o objeto da Ciência do
Direito tem por missão estudar as normas que compõem a ordem jurídica vigente. A sua
preocupação é com o Direito existente. Nessa tarefa o investigador deverá utilizar
apenas os juízos de constatação ou de realidade, não considerando os juízos de valor.
Em relação à justiça, a atitude positivista é de um ceticismo absoluto. Por considerá-la um
ideal irracional, acessível apenas pelas vias da emoção, o positivismo se omite em
relação aos valores.” (NADER, 2014).
• Para o positivismo jurídico só existe uma ordem jurídica: a comandada pelo Estado e que
é soberana. Eis, na opinião de Eisenmann, um dos críticos atuais do Direito Natural, a
proposição que melhor caracteriza o positivismo jurídico: “Não há mais Direito que o
Direito Positivo.”
1.4 POSITIVISMO JURÍDICO: MANIFESTAÇÕES
Exemplos:
Exemplos:
• “Fala-se, nesse contexto, de direitos tidos como naturais, pertencentes a todos os seres humanos,
como do direito à vida, à liberdade, e o direito ao pensamento. (BOBBIO, 2006).
1.5.1 A IDEIA DE DIREITO NATURAL NO DISCURSO
DOS DIREITOS HUMANOS
• Será que é possível pensar em “direitos naturais”,
pertencentes a todos os homens, de forma inata e universal,
considerando a pluralidade de visões de mundo coexistentes
em uma mesma comunidade de pessoas, ou em
comunidades distintas?
• Situações-problemas:
• A França e a proibição do uso do niqab em espaços públicos;
• “Infanticídio” de crianças indígenas e o direito a
autodeterminação dos povos.
1.5.2 DIFERENÇAS ENTRE DIREITO NATURAL E
POSITIVO
❖ Compreensão clássica
COERCÍVEL NÃO-COERCÍVEL
Enquanto os naturalistas compreendem o direito como decorrência natural da legislação pátria, os positivistas
defendem que o direito se positivou independentemente da vontade humana e das leis, tendo como
pressupostos os valores do ser humano e a busca da justiça.
Alternativas
Certo
Errado
1.6 DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
“O direito subjetivo corresponde às possibilidades
Do ponto de vista objetivo, o Direito ou poderes de agir, que a ordem jurídica garante
é norma de organização social. É o a alguém. Equivale à antiga colocação romana,
chamado Jus norma agendi. hoje superada, do Jus facultas agendi. O direito
(NADER, 2014). subjetivo é um direito personalizado, em que a
norma, perdendo o seu caráter teórico, projeta-se
na relação jurídica concreta, para permitir uma
conduta ou estabelecer consequências jurídicas.
[...]” (NADER, 2014).
1.6 FATOS SOCIAIS E FATOS JURÍDICOS
FATOS SOCIAIS FATOS JURÍDICOS
➢ De maneira genérica, são fatos que ocorrem na sociedade, ➢ Os fatos jurídicos são aqueles que possuem
mas que não tem relevância para o direito. relevância para o direito e que estão
regulamentados pelas leis positivadas pelo
Mas... Estado.
“Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem “Ele (o legislador) deve fazer das leis uma
os seus costumes, tradições, sentimentos e cultura. [...]. cópia dos costumes sociais, com os devidos
Costumes diferentes implicam fatos sociais diferentes. Cada acertos e complementações. O volksgeist deve
povo tem a sua história e seus fatos sociais. O Direito, como informar às leis, mas o Direito contemporâneo
fenômeno de adaptação social, não pode formar-se alheio a não é simples repetidor de fórmulas sugeridas
esses fatos. As normas jurídicas devem achar-se conforme as pela vida social. Se de um lado o Direito recebe
manifestações do povo. Os fatos sociais, porém, não são as grande influxo dos fatos sociais, provoca,
matrizes do Direito. Exercem importante influência, mas o igualmente, importantes modificações na
condicionamento não é absoluto.” (NADER, 2014). sociedade.” (NADER 2014).
1.6.2 FATOS JURÍDICOS: SUBCATEGORIAS
I. Fatos jurídicos gerados pela natureza (fato jurídico stricto sensu)
Exemplos: a morte de um indivíduo, enchentes e outros acidentes cobertos
por seguros.
ACONTECIMENTOS NATURAIS ORDINÁRIOS ACONTECIMENTOS NATURAIS EXTRAORDINÁRIOS
Os primeiros são fenômenos previsíveis, normais, São fatos que não se apresentam com regularidade,
regulares, como o nascimento, a morte, o aluvião, o são contingentes, escapam à previsão e ao
decurso do tempo. controle. Configuram esta espécie: o caso fortuito,
a força maior, o factum principis.
1.6.2 FATOS JURÍDICOS: SUBCATEGORIAS
II: Fatos jurídicos gerados pela ação humana (lato sensu)
Características:
✓voluntariedade e consciência.
✓Podem ser realizados por uma (usucapião e reconhecimento, paternidade,
doação) ou mais pessoas (matrimonio, compra e venda, arrendamento).
✓Podem ser lícitos ou ilícitos.
Art. 113 (CC). Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar
de sua celebração.
1.8 A CIÊNCIA JURÍDICA E A FILOSOFIA DO
DIREITO
A CIÊNCIA JURÍDICA A FILOSOFIA DO DIREITO
➢ Raciocínio dogmático/dogmática.
GARCIA MEDINA; PASSOS MARTINS (2020): 1º “No primeiro nível, a Inteligência Artificial é
empregada como ferramenta auxiliar, assistindo a atividade decisória desempenhada pelo ser
humano, que permanece com a responsabilidade pela decisão tomada. Isso pode ocorrer por
meio da automação das tarefas acessórias ou burocráticas, como a consulta e constrição
automatizada de bens via convênios (BACENJUD, RENAJUD, INFOJUD), triagem de processos
por assunto, identificação de casos repetitivos, de precedentes vinculantes aplicáveis ao
caso etc. Também pode produzir assistência e aconselhamento para a tomada de decisão
humana, realizando pesquisas legislativa, jurisprudencial e doutrinária, alertando sobre
eventuais equívocos e sugerindo modelos de fundamentação ou até mesmo elaborando
minutas de decisão, que, não obstante, serão conferidas pelo julgador humano...
2º Em um segundo nível, a Inteligência Artificial é empregada para a automação da
gestão procedimental. Imagina-se, aqui, um modelo de operação no qual o sistema
inteligente impulsione autonomamente a marcha procedimental, efetivando atos
ordinatórios e até mesmo despachos mais singelos sem a necessidade de
conferência humana. A atuação do julgador humano estaria concentrada em
pronunciamentos de conteúdo decisório relevante (sentenças e decisões
interlocutórias), como a apreciação de tutela provisória, decisão de saneamento e
organização do processo e o julgamento do processo.
1 -Estado, seus elementos, sua finalidade e suas funções. Personalidade jurídica do Estado. (RAFAEL)
2- Origem do Estado. A evolução do Estado ao longo do tempo: o Estado na Grécia, em Roma e o Estado Medieval. (CRISTIANE)
Informações:
https://drive.google.com/drive/folders/1v9_79-EiIS-xRHsBY62K8VHjKkCQAqay?usp=sharing
As grandes famílias do direito ou sistemas jurídicos constituem uma importante fonte de pesquisa
para o direito comparado, pois permitem ao jurista conhecer a realidade jurídica de diferentes
países.
A common law é o sistema jurídico típico dos países de língua ________________. Ele se baseia
em um sistema de ______________ que tem sua origem nos ___________________.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
Escolha uma:
Escolha uma:
a.) Para que uma decisão seja justa, o juiz não pode levar em consideração os sujeitos de uma ação
b.) Justiça se faz quando os desiguais são tratados de forma desigual, na exata medida da desigualdade
c.) A justiça demanda que todos sejam tratados da mesma forma sempre, independentemente da sua classe,
raça ou religião
d.) A justiça social é um instrumento que objetiva a construção de um Estado socialista a partir da
redistribuição das riquezas privadas
e.) A justiça consiste na aplicação literal ou gramatical das leis
A HERMENÊUTICA
• A palavra hermenêutica provém do grego,
Hermeneúein, interpretar, e deriva de Hermes, deus
da mitologia grega, filho de Zeus e de Maia,
considerado o intérprete da vontade divina.
Habitando a Terra, era um deus próximo à
Humanidade, o melhor amigo dos homens.
(NADER, 2014).
a) Revelar o seu sentido: a lei que concede férias anuais ao trabalhador tem o significado, a
finalidade de proteger e de beneficiar a sua saúde física e mental;
b) Fixar o alcance das normas jurídicas: significa delimitar o seu campo de incidência. Dentro do
exemplo citado, temos que apenas os trabalhadores assalariados, isto é, que participam em uma
relação de emprego, fazem jus às normas trabalhistas.” (NADER, 2014).
❖ Robert Alexy (2011): “Aqui, regras e princípios serão reunidos sob o conceito de norma. Tanto
regras quanto princípios são normas, porque ambos dizem o que deve ser. Ambos podem ser
formulados por meio das expressões deônticas básicas do dever, da permissão e de proibição.
Princípios são, tanto quanto as regras, razões para juízos concretos de dever-ser, ainda que de
espécie muito diferente. A distinção entre regras e princípios é, portanto, uma distinção entre duas
espécies de normas.”
❖ Concepção de Robert Alexy (2001): “Princípios jurídicos são elementos basilares no ordenamento, e
trazem conceitos amplos, que devem guiar o intérprete na aplicação da lei, quanto o legislador, na
elaboração das leis. Os princípios possuem como característica a sua generalidade, servindo como
parâmetro para a otimização do sistema jurídico.” (ALEXY, 2001).
❖ O ponto decisivo na distinção entre regras e princípios é que princípios são normas que ordenam
que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades jurídicas e fáticas
existentes. Princípios são, por conseguinte, mandamentos de otimização que são caracterizados
por poderem ser satisfeitos em graus variados e pelo fato de que a medida devida de sua
satisfação não depende somente das possibilidades fálicas, mas também das possibilidades
jurídicas. O âmbito das possibilidades jurídicas é determinado pelos princípios e regras colidente.”
(ALEXY, 2011).
Princípio da insignificância,
princípio da boa-fé
objetiva...
A HERMENÊUTICA JURÍDICA: A DIVISÃO
FUNDAMENTAL ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS
EXEMPLOS DE COLISÕES ENTRE PRINCÍPIOS (DIREITOS FUNDAMENTAIS)
A HERMENÊUTICA JURÍDICA: A DIVISÃO
FUNDAMENTAL ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS
EXEMPLOS DE COLISÕES ENTRE PRINCÍPIOS (DIREITOS FUNDAMENTAIS)
A HERMENÊUTICA JURÍDICA: A DIVISÃO
FUNDAMENTAL ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS
O QUE FAZER EM UMA COALISÃO ENTRE PRINCÍPIOS?
Sopesamento
▪ Aplicação do princípio da
proporcionalidade:
A HERMENÊUTICA JURÍDICA: A DIVISÃO
FUNDAMENTAL ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS
REGRAS
❖ Concepção de Robert Alexy (2001): “As regras, por seu turno, implicam em comandos direitos e
objetivos. São dotadas de caráter impositivo, e muitas vezes trazem sanções em caso de
descumprimento.
❖ As regras são normas que ordenam algo determinado. Elas são mandamentos definitivos. Sua forma
de aplicação é a subsunção” (ALEXY, Robert, Dever ideal e otimização. In: TOLEDO, Claudia (org.), O
pensamento de Robert Alexy como sistema. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2017, p. 7).
❖ Processo de subsunção do fato à lei: dizer qual lei se aplica ao caso concreto. A premissa maior
(hipótese normativa) subsume a premissa menor (caso) e aplica-se a consequência (sanção).
➢ Em um conflito entre regras, há uma antinomia aparente. Critérios para a resolução: a) cronológico;
b) especialidade; c) hierárquico. Se não forem suficientes, ai teremos uma antinomia de segundo-
grau.
Fonte:
https://sl
ideplayer.
com.br/sl
ide/3146
401/
TÉCNICAS INTERPRETATIVAS
A INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL
❖ De acordo com essa técnica, devemos nos ater ao significado literal, ou significado de dicionário,
das palavras que compõe uma norma jurídica. Essa técnica está na essência da intepretação jurídica,
pois devemos saber o que significa cada uma das palavras que compõem uma norma, e nos
atentar ao seu significado conjunto em uma dada lei. (FERRAZ, 2007)
Outros motivos:
A incapacidade de lidar com os problemas novos;
A subjetividade inevitável do processo interpretativo.
TÉCNICAS INTERPRETATIVAS
A INTERPRATAÇÃO LÓGICA OU SISTÊMICA (LÓGICA-SISTEMÁTICA).
❖ As normas jurídicas não devem nunca ser interpretadas isoladamente. Quando falamos em
interpretação jurídica de uma determinada norma, devemos pensá-las, e analisá-las, enquanto parte de
um complexo de regras e princípios ao qual chamamos ordenamento jurídico. (FERRAZ, 2007).
Imagine uma situação hipotética de violação ao direito de propriedade. Segundo o Código Civil, em seu
artigo 1.210,
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de
esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1 o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força,
contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à
manutenção, ou restituição da posse.
▪ Tempo previsto “faça logo”?, “atos indispensáveis para a retomada da posse?” Cabe atentar contra a
vida de alguém? Tortura?. A interpretação gramatical não é suficiente, por isso, há a necessidade de
uma análise sistêmica.
TÉCNICAS INTERPRETATIVAS
A INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA (E EVOLUTIVA)
❖ A interpretação histórica, em conjunto com a hermenêutica evolutiva, é aquela em que o operador do
direito busca conhecer a lei desde o seu nascedouro no processo legislativo, as motivações que
levaram a sua promulgação, o contexto histórico em que foi criada, os debates em torno de sua
trajetória no órgão legislativo. (FERRAZ, 2007).
❖ Mas, como isso não seria suficiente para garantir uma boa interpretação atual da lei, também é preciso
contextualizá-la de acordo com o tempo presente, tendo em vista que, ao passo em que a sociedade
evolui, também devem evoluir as leis, através de sua exegese. (FERRAZ, 2007)
▪ Há doutrinadores, por outro lado, que entendem que, uma vez promulgada determinada lei, a sua
análise finalística estaria liberta de sua origem, fazendo com que a hermenêutica teleológica
buscasse os fins pretendidos pela norma, adaptados ao tempo em que ela estivesse vigente, a
partir da análise do fim que estaria implícito nela própria, e não em sua origem. (NADER, 2014)
TÉCNICAS INTERPRETATIVAS
A INTERPRETAÇÃO AXIOLÓGICA
▪ “[...] é aquela que se ocupa da pesquisa dos princípios que nortearam o desenvolvimento de
determinada norma, que serviram como sua base para que fosse positivada. Dessa forma, também
se está buscando a origem da norma e suas finalidades dentro do ordenamento jurídico, de acordo
com os princípios fundamentais dos sistema.
Exemplos:
▪ É notória a sua prodigalidade na atribuição de direitos como moradia, saúde, educação para todos,
baseados no princípio maior da dignidade humana. Desta forma, toda e qualquer interpretação
constitucional que se faça deve passar pelo crivo deste princípio. Assim, a interpretação de qualquer
artigo constitucional deve sempre ser realizada sob a lente da primazia da dignidade humana,
com os princípios a ela adjacentes (vida, saúde, liberdade, etc.).
Escolha uma:
a. criação / jurídicas / segredo
b. qualificação / comparadas / objetivo
c. qualificação / jurídicas / alcance
d. interpretação / jurídicas / sentido
e. interpretação / naturais / mistério
A palavra hermenêutica provém do grego, Hermeneúein, interpretar, e deriva de Hermes, deus da
mitologia grega, filho de Zeus e de Maia, considerado o intérprete da vontade divina. Habitando a Terra,
era um deus próximo à Humanidade, o melhor amigo dos homens”
A hermenêutica jurídica, é a ciência ou a técnica que cuida da ______________ das normas
_____________, com o objetivo de revelar o seu _____________.
Escolha uma:
a. criação / jurídicas / segredo
b. qualificação / comparadas / objetivo
c. qualificação / jurídicas / alcance
d. interpretação / jurídicas / sentido
e. interpretação / naturais / mistério
A Constituição da República de 1988 é um marco para o sistema democrático brasileiro, tendo consagrado
inúmeros direitos e garantias fundamentais aos cidadãos. Contudo, mais de três décadas após a
promulgação da Carta Maior, ainda são diversos os direitos que não foram assegurados a todos os
brasileiros.
Considerando os seus conhecimentos sobre o sistema jurídico brasileiro, marque a alternativa correta
Escolha uma:
a. As leis nacionais são criadas de forma independente ao texto constitucional, que serve tão somente
como parâmetro para orientação.
b. A aplicabilidade de todos os princípios constitucionais fundamentais é imediata e inafastável, nunca
sendo possível a ponderação entre eles no caso concreto
c. A interpretação conforme a constituição exige validade e obrigatoriedade apenas as normas elaboradas
pelo constituinte originário
d. Os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição podem ser suprimidos de acordo com a
hermenêutica adota pelo Supremo Tribunal Federal
e. A Constituição é a norma jurídica fundamental, e orienta a interpretação de todo o sistema jurídico pátrio
4.3 SEPARAÇÃO
DOS PODERES E
A DEMOCRACIA
SEPARAÇÃO DOS PODERES
• “Entre os debates acerca do voto através de urna eletrônica e da instituição do voto
impresso, um senador argumentou que a limitação do voto presencial era
incompatível com os dias atuais, desejando propor a instituição do voto pela internet,
através de computadores, tablets ou aparelhos celulares.”
• “Além disso, ele também deseja que todas as emendas constitucionais sejam
submetidas a referendo pela população, através do voto on-line.”
Maria Luiza é chamada para ajudá-lo na elaboração desse projeto, bem como orientá-lo
sobre os limites e a legalidade dessa proposição.
➢Art. 1º. Parágrafo único (CF). Art. 60 da CF. Caráter contramajoritário da Constituição.
SEPARAÇÃO DOS PODERES
• Art. 1º, parágrafo único da Constituição Federal: “a República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
• Art. 2º, o texto da Carta Magna declara que “são Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário” (BRASIL, 1988, [s. p.]).
• Art. 2º, o texto da Carta Magna declara que “são Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário” (BRASIL, 1988, [s. p.]).
• A teoria da separação de Poderes é complementada pela teoria dos freios e contrapesos (checks and
balances), a qual afirma que os Poderes constituídos são independentes e harmônicos, exercendo
controle uns sobre os outros. Os mecanismos de controle são observados a partir da análise das
atribuições de cada um deles (HAMILTON; MADISON; JAY, 1984).
❖Por exemplo: o Legislativo aprova as contas do Executivo. O Executivo indica membros da Suprema
Corte. O Judiciário controla a legalidade de atos administrativos e a constitucionalidade das lei. São
diversas as situações em que um ou mais dos Poderes exerce controle sobre os demais, efetivando a
chamada teoria dos freios e contrapesos (checks and balances), para evitar que se cometam abusos.
SEPARAÇÃO DOS PODERES
SEPARAÇÃO DOS PODERES
• “Observamos que as funções típicas de cada um dos Poderes são alargadas por muitas outras
funções atípicas. E é justamente nelas que o sistema de freios e contrapesos se realiza.
• É função do Legislativo, por exemplo, aprovar o orçamento da União, bem como as contas
prestadas pelo Presidente da República. Ao Executivo e ao Legislativo, compete o processo de
escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal.
Em sentido formal ou estrito, democracia é um sistema Em sentido substancial, sobre ser um sistema de
de organização política em que a direção geral dos governo temporário e eletivo, democracia é um
interesses coletivos compete à maioria do povo, ambiente, uma ordem constitucional, que se
segundo convenções e normas jurídicas que baseia no reconhecimento e na garantia dos
assegurem a participação efetiva dos cidadãos na direitos fundamentais da pessoa humana. [...] O
formação do governo. É o que se traduz na fórmula fim do Estado não consiste simplesmente em
clássica: todo poder emana do povo e em seu nome realizar a democracia. O Estado tem um fim
será exercido. Neste conceito, são pressupostos os imediato, que é o de manter a ordem sócio-ético-
princípios da temporariedade e eletividade das altas jurídica; e também um fim mediato, que é o de
funções legislativas e executivas. (MALUF, 2019). estabelecer, para todos, indistintamente,
condições propícias tendentes à realização dos
imperativos naturais da pessoa
humana.(MALUF, 2019).
A DEMOCRACIA
❖Reunindo-se ambos os conceitos — formal e substancial —, temos que a democracia consiste
em um sistema de organização política no qual:
• 1º) todo poder emana do povo, sendo exercido em seu nome e no seu interesse;
• 2º) as funções de mando são temporárias e eletivas;
• 3º) a ordem pública baseia-se em uma Constituição escrita, respeitado o princípio da tripartição do
poder de Estado;
• 4º) é admitido o sistema de pluralidade de partidos políticos, com a garantia de livre crítica;
• 5º) os direitos fundamentais do homem são reconhecidos e declarados em ato constitucional,
proporcionando o Estado os meios e as garantias tendentes a torná-los efetivos;
• 6º) o princípio da igualdade se realiza no plano jurídico, tendo em mira conciliar as desigualdades
humanas, especialmente as de ordem econômica;
• 7º) é assegurada a supremacia da lei como expressão da soberania popular;
• 8º) os atos dos governantes são submetidos permanentemente aos princípios da responsabilidade e
do consenso geral como condição de validade. (MALUF, 2019).
DEMOCRACIA DIRETA E INDIRETA
PLEBISCITO E REFERENDO (ART. 14 DA CF)
PLEBISCITO REFERENDO
• O sufrágio é o meio pelo qual se manifesta a vontade do povo na formação do governo democrático. É
o processo legal de escolha das pessoas que irão representar o povo no exercício das funções
eletivas. [...]
• Por sufrágio universal, no exato sentido do termo, dever-se-ia entender a participação ativa da
totalidade dos habitantes do país nas eleições. Entretanto, a vontade geral não é mais do que um
artifício doutrinário e legal. [...] O Estado moderno afastou de cogitação o sufrágio universal absoluto
por inconveniente e prejudicial ao aperfeiçoamento do sistema democrático. [...].
• Assim, a expressão sufrágio universal corresponde a uma universalidade de competências. É a
extensão do direito de voto à universalidade dos cidadãos habilitados para o seu exercício nos
termos das leis de cada país.
• Art. 45 (CF). A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional,
em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por
lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições,
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
• Art. 46 (CF). O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o
princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente,
por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Site da Câmara dos Deputados e Democracia
Participativa
"O Estado democrático, como tipo específico de Estado moderno, caracteriza-se por associar a
supremacia da vontade popular, à garantia da liberdade e à igualdade de direitos. A regulação jurídica
do poder e do governo é feita pela Constituição, com o objetivo de promover, realizar e proteger
esses valores. Constitucionalismo e democracia são princípios complementares, um garantindo o
outro: não há democracia sem Constituição, não há Constituição sem democracia".
Considerando o excerto acima e o seu conhecimento sobre o tema, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
Escolha uma:
a. Sistema de limitações estatais
b. Sistema de freios e contrapesos
c. Sistema de balanceamento e controle
d. Sistema de controle intrapoderes
e. Sistema moderador
"A República americana não era o governo não monárquico nem o governo misto da tradição romana e
inglesa, nem a democracia direta, mas o governo pautado pela democracia liberal representativa, com
separação de Poderes e sistema de controles mútuos (freios e contrapesos), sob regime
presidencialista".
Considerando o seu conhecimento sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta os Poderes que
constituem o Estado brasileiro.
Escolha uma:
a. Poder Presidencial, Poder Judiciário, Poder Legislativo
b. Poder Legislativo, Poder Executivo, Poder Moderador
c. Poder Moderador, Poder Judiciário, Poder Legislativo
d. Poder Legislativo, Poder Executivo, Poder Judiciário
e. Poder Moderador, Poder Executivo, Poder Judiciário
O movimento político inglês, que deu origem ao parlamentarismo, instituiu o regime representativo
e a separação de poderes (§ 186) do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário). As vantagens
desse sistema foram divulgadas na França por Montesquieu e Voltaire, que, com os
Enciclopedistas, contribuíram para que, no século XVIII, caísse o Ancien Régime, 13 com a
Revolução de 1789, que proclamou a Igualdade Civil e os Direitos do Homem (Déclaration des
Droits de l’Homme et du Citoyen, de 1789)."
Segundo a teoria da separação de poderes de ____________________, devem coexistir os
Poderes ______________ e _______________, sendo o _____________ apenas uma função
estatal.
Escolha uma:
a.) A instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito tem como objetivo o controle de um Poder
sobre os demais
b.) O sistema de freios e contrapesos não se aplica ao contexto brasileiro
c.) O processo de impeachment não é um exemplo de ação do mecanismo de freios e contrapesos
d.) A indicação e nomeação para o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal é um exemplo de
funcionamento do sistema de freios e contrapesos
e.) Os poderes não podem exercer controle uns sobre os outros
"A “Magna Carta” instituiu o governo submetido à lei e à vontade dos súditos. Do exercício do poder
dependia a legitimidade do governo. Se com observância das leis e dos costumes, legítimo; se contra
a lei ou sem a audiência do Parlamento, ilegítimo. Iniciou-se assim o governo responsável, controlado
pela lei e pelo Parlamento".
A Magna Carta é considerada por muitos a precursora do ______________________, tendo colocado
limites a um regime __________________, trazendo uma repartição de ________________ entre o
Escolha uma:
a. jusnaturalismo - real - privilégios
b. estadismo - monárquico - tarefas
c. modernismo - despótico - competências
d. iluminismo - autoritário - impostos
e. constitucionalismo - absolutista - poderes
Limitações ao poder de julgar