Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
Instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 1
mostra o transcurso, a passagem do ser ao novo ser.” (José Carlos Reis)
• O “olhar” do senso comum sobre o mundo é sempre fragmentado, imediatista e
pouco abrangente – o olhar da história oferece uma linearidade, constrói uma
narrativa com causas e consequências.
• A história clássica é “história dos que triunfaram, dos que chegaram ao poder.
Não é a história dos vencidos, dos humilhados e ofendidos. Estes são
esquecidos.” – a nova história, mais crítica, deve abordar também os vencidos e
mais fracos.
• Deve-se, contudo, entender que a História é produto do trabalho de historiadores
(ou dos que atuam como historiadores) – não é possível relatar mais do que uma
pequena parcela do que aconteceu, sendo que o relato do historiador nunca
corresponde exatamente ao passado.
O que é direito?
• O Direito é uma produção do homem e para o homem.
• O jurisconsulto romano Ulpiano responde: “Os que se vão dedicar ao estudo do
Direito devem começar por saber donde vem a palavra “ius”. Na verdade,
provém de “iustitia”: pois (retomando uma elegante definição de Celso) o direito
é a arte do bom e do equitativo. § 1. Pelo que há quem nos chame de sacerdotes.
Na verdade, cultivamos a justiça e, utilizando o conhecimento do bom e do
equitativo, separamos o justo do injusto, distinguimos o lícito do ilícito... § 2. Há
duas partes neste estudo: o direito público, que diz respeito, relativo à utilidade
os particulares, pois certas utilidades são públicas e outras, privadas. (...)”
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 2
• A História do Direito é “parte da História geral que examina o Direito como
fenômeno sócio-cultural, inserido em um contexto fático, produzido pela
interação dos homens entre si e com o ambiente, e materializado evolutivamente
através de fontes históricas, documentos jurídicos, agentes operacionais e
instituições legais reguladoras” (Wolkmer)
• Conhecer a história do Direito, e como ele foi feito, é conhecer a sua essência, o
que ele é.
• O estudo da história do direito é importante para a interpretação do direito atual
(sendo o histórico um dos métodos de interpretação), identificar quais seriam os
valores jurídicos imutáveis e como foram construídos os princípios vigentes,
sobretudo constitucionais.
• O conhecimento da história jurídica enriquece a sensibilidade e a argumentação
do jurista.
• “Os direitos dos povos equivalem precisamente ao seu tempo e se explicam no
espaço de sua gestação. Absurdos, dogmáticos, lúcidos e liberais – foram,
todavia, os anseios, as conquistas e os baluartes de milhões de seres que, para
eles, levantariam as mãos, em gesto de súplica ou de enternecido
reconhecimento.”
• “A história do Direito visa fazer compreender como é que o direito actual se
formou e desenvolveu, bem como de que maneira evoluiu no decurso dos
séculos. O quadro geográfico dessa investigação não pode ser limitado às
fronteiras de um só país; é absolutamente necessário situá-la num quadro mais
vasto, que compreenda toda a Europa ocidental, em virtude das influências
exercidas pelo direito dos diferentes países no sistema jurídico de cada um
deles.” (John Gilissen)
• “O direito é direito conformado pela história e não se pode compreender sem a
sua história. As regulações jurídicas podem ter um fôlego mais prolongado que
as ordens políticas em que surgem, quando assentem em circunstâncias sociais e
econômicas constantes ou quando dão resposta a questões fundamentais
humanas invariáveis. Mas essas mesmas regulações também podem extinguir-se
com as ordens políticas. Os direitos fundamentais são, enquanto parte do direito
público e do direito constitucional, direito político e estão sujeitos à mudança
das ordens políticas. Mas os direitos fundamentais são também,
simultaneamente, uma resposta à questão fundamental invariável da relação
entre a liberdade individual e a ordem política.” (Pieroth)
• “Os estudos históricos constituem a mais bela fonte inspiradora de modéstia
intelectual, de tolerância e de prudência, ao mesmo tempo que nos fortalecem a
convicção sobre a complexidade contraditória do homem. Das viagens que
empreendemos através do tempo, contemplando o esforço civilizador da espécie,
no rosário de suas conquistas e desventuras; do convívio entusiasta com figuras
dominantes que marcam vértices na experiência humana; do contato frio com os
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 3
medíocres que, muitas vezes, o acaso beneficia com um traço de perpetuidade;
da descoberta de gestos de nobreza imprevista em almas maceradas no crime, ao
lado de delitos e vilezas, assinalando de sombra o roteiro dos melhores, da
marcha inexorável dos séculos nivelando instituições harmonizando
antagonismos antigos e forçando inesperadas rupturas; de tudo isso o que nos
resta é um sentimento de mais fundo humanismo, um desejo impenitente de
composição superior de valores, mediante uma sondagem nas forças primordiais
do espírito.” (Miguel Reale)
• “A história do Direito é muitas vezes tratada com um condescendente desdém
por aqueles que entendem ocupar-se apenas do direito positivo. Os juristas que
se interessam por ela, quase sempre à custa de investigações muito longas e
muito laboriosas, são frequentemente acusados de pedantismo... Uma apreciação
desse gênero não beneficia aqueles que a formulam. Quanto mais avançamos no
Direito Civil mas constatamos que a História, muito mais do que a Lógica ou a
Teoria, é a única capaz de explicar o que as nossas instituições são as que e
porque é que as que existem.” (H. de Page, apud Gilissen)
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 4
▪ Suspeita das Continuidades.
▪ Suspeita da idéia de progresso e evolução.
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 5
instituições jurídicas, é, portanto, quase insolúvel. No entanto, não se deve
renunciar a estudar os diferentes aspectos, permanecendo-se todavia muito
prudente nas conclusões que se podem tirar dos estudos feitos.” (Gilissen)
• “As origens do Direito situam-se na formação das sociedades e isto remonta a
épocas muito anteriores à escrita e o que se mostra mais interessante é que,
dependendo do povo de que tratamos, esta “época” ainda é hoje.” (Lages)
• “A dificuldade de se impor uma causa primeira e única para explicar as origens
do Direito arcaico deve-se em muito ao amplo quadro de hipóteses possíveis e
proposições explicativas distintas. O Direito arcaico pode ser interpretado a
partir da compreensão do tipo de sociedade que o gerou. Se a sociedade pré-
histórica fundamenta-se no princípio do parentesco, nada mais natural do que
considerar que a base geradora do jurídico encontra-se, primeiramente, nos laços
de consaguinidade, nas práticas de convívio familiar de um mesmo grupo social,
unido por crenças e tradições.” (Wolkmer)
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 6
legal, como o fundamento essencial dos costumes e das instituições. A força do
Direito matriarcal define que o parentesco só se transmite através das mulheres e
que todos os privilégios sociais seguem a linha materna. Daí decorre a rigidez da
lei primitiva com relação ao comércio sexual dentro do clã, fundamentalmente,
no que se refere ao crime de incesto (principalmente com a irmã) que gera
práticas de punição mais severas.” (Wolkmer)
• Aristóteles: a família seria a associação natural e responsável por necessidades
cotidianas do homem (animal político, por natureza).
• “O sistema patrilinear e patrilocal é o dos Gregos e dos Romanos; continuará a
ser o dos direitos da Europa Ocidental medieval e moderna. Noutras zonas, na
antiguidade pré-helênica, como hoje na África e na Austrália, há tantos sistemas
matrilineares como sistemas patrilineares. Na realidade, existe um número
infinito de combinações entre os dois sistemas: por exemplo alternância de
filiação matrilinear e de filiação patrilinear, patrilocalismo nas famílias
matrilineares, etc.” (Gilissen)
• Quando várias famílias se unem, por aspirarem algo além das necessidades
diárias, é constituída a primeira sociedade: a aldeia (ou clã), construído em volta
de um totem e com supremacia do interesse coletivista sobre o individual.
• Várias aldeias ou clãs unidos em uma comunidade suficientemente grande para
ser quase ou autossuficiente, assegurando o viver bem, proporcionam o
surgimento da cidade ou Estado.
• Assim, na visão de Aristóteles (teoria orgânica ou organicista), o Estado seria
uma forma natural de associação cuja natureza é a sua finalidade, ou seja, a
perfeição e a autossuficiência.
• Esta idéia se opõe à tese da origem patrimonial, de Platão, à tese da origem
violenta (defendida por Jean Bodin, com base num conceito darwinista) e às
teorias contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau).
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 7
concretas e pontuais.
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 8
• Nucci: “O vínculo existente entre os membros de um grupo era dado pelo totem
(estátuas em formas de animais ou vegetais), que era o antepassado comum do
clã: ao mesmo tempo, era o seu espírito guardião e auxiliar ,que lhe enviava
oráculos, e embora perigoso para os outros, reconhecia e poupava os seus
próprios filhos (Freud, totem e tabu). Na relação totêmica, instituiu-se a punição
quando houvesse a quebra de algum tabu (algo sagrado e misterioso). Não
houvesse a sanção, acreditava-se que a ira dos deuses atingiria todo o grupo.”
• Aplicação das penalidades pelos sacerdotes – penas que iam do desterro ao
sacrifício.
Direitos em nascimento
• Problemas na distinção entre o que é ou não jurídico (seus costumes teriam ou
não conteúdo jurídico?), o que leva alguns juristas inclusive a discutirem se
haveria um sistema jurídico nestes povos.
• “Admite-se assim que não existe uma noção universal e eterna de justiça
podendo esta noção variar com o tempo e com o espaço. Nos sistemas arcaicos
de direito é justo tudo aquilo que interessa para a manutenção da coesão do
grupo social, e não o que tende para o respeito dos direitos individuais (...)”
(Gilissen)
• “A função de julgar não consiste em resolver um litígio segundo regras pré-
estabelecidas, mas tem tentar obter o acordo das partes por concessões
recíprocas (...)” (Gilissen)
• Outra fonte a ser utilizada é o precedente judiciário – “os que julgam (...) têm a
tendência, voluntária ou involuntariamente, para aplicar aos litígios soluções
dadas precedentes a conflitos do mesmo tipo.”
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 9
3.5. PASSAGEM DOS DIREITOS DOS POVOS ÁGRAFOS PARA O DIREITO
DOS POVOS ANTIGOS
• “Os mais antigos documentos escritos de natureza jurídica aparecem nos finais
do 4º ou começo do 5º milênio, isto é, cerca de 3000 anos antes da nossa era, por
um lado no Egito, por outro na Mesopotâmia. Pode seguir-se a evolução do
direito nestas duas regiões durante toda a antiguidade. No 2º milênio, as regiões
limítrofes acordam também para a história do direito: o Elam, o país dos Hititas,
a Fenícia, Israel, Creta, a Grécia. No primeiro milênio, a Grécia e Roma
dominam, até que quase todos estes países sejam reunidos no Império Romano,
durante os cinco primeiros séculos da nossa era. Mais a oriente, a Índia e a
China conhecem também o nascimento dos seus sistemas jurídicos nesta época.”
(Gilissen)
• “Pode-se ilustrar a transição das formas arcaicas de sociedade para as primeiras
civilizações da Antiguidade mediante três fatores históricos: (1) o surgimento
das cidades; (2) a invenção e domínio da escrita e (3) o advento do comércio e,
numa etapa posterior, da moeda metálica.” (Araújo Pinto in Wolkmer)
• Araújo aponta que o surgimento da escrita está ligado ao estabelecimento das
cidades, pela maior complexidade social que apresentam (inclusive, em termos
de comércio e administração). A transmissão oral da cultura passa a se tornar
insuficiente para a preservação da memória e identidade.
• Verba volant, scripta manet.
• “A síntese destes três elementos – cidades, escrita, comércio – representa a
derrocada de uma sociedade fechada, organizada em tribos ou clãs, com pouca
diferenciação de papéis sociais e fortemente influenciada, no plano das
mentalidades, por aspectos místicos ou religiosos. (...) aos poucos, vai se
construindo uma nova sociedade – urbana, aberta a trocas materiais e
intercâmbio de experiências políticas, mais dinâmica e complexa -, que
demandará um novo Direito.” (Araújo)
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 10
• Códigos dos direitos cuneiformes: “Chama-se-lhes geralmente ‘códigos’,
erradamente, aliás, pois não contêm senão um pequeno número de disposições
(30 a 60 artigos), relativas a questões de detalhe, e não uma exposição
sistemática e completa do direito ou de uma parte do direito. São antes recolhas
de textos jurídicos agrupados de uma maneira que parece ilógica, mas seguindo
aquilo que parece ser o ‘mecanismo instintivo da associação de idéias’. Estes
textos não parecem mesmo terem sido leis, mas antes, como lhes chama o
Código de Hamurabi, dinât misharim, ou seja, julgamentos de direito,
ensinamentos indicando o caminho aos juízes. Cada frase, geralmente breve, diz
respeito a um caso concreto e dá a solução jurídica (...)” (Gilissen)
• O mais antigo destes códigos, atualmente conhecido, é o de Ur-Nammu
(fundador da 3ª dinastia de Ur = 2040 anos a.C., com seu império localizado na
região da Suméria, na baixa Mesopotâmia), mas que possui vestígios de outros
textos ainda mais antigos, como o “código” de Urakagina de Lagas.
• “Um importante dado da estrutura da sociedade é transmitido pelo texto do
Cödigo de Ur-Nammu: existem duas grandes classes de pessoas, os homens
livres e os escravos, bem como uma camada intermediária, de funcionários que
servem os palácios reais e os templos, e que possuem uma liberdade limitada.”
(Flávia Lages).
4.2. HAMMURABI
• Promulgado pelo Rei Hammurabi em 1694 a.C., no apogeu do império
babilônico, sendo composto por 282 artigos “que abrangem quase todos os
aspectos ligados à dinâmica da sociedade babilônica, desde penas definidas com
precisão de detalhes até institutos de Direito privado, passando, inda, por uma
rigorosa regulamentação do domínio econômico.” (Araújo)
• Hammurabi é reconhecido como grande conquistador e estrategista militar,
além de bom administrador público, e o império babilônico compreendia
diferentes povos, de diversas raças e culturas, sendo necessário um sistema de
unificação normativa para impedir a dissolução social, que seria calcado na
língua (acádio enquanto língua oficial), na religião (fixação de um panteão de
deuses) e no direito.
• “Após a morte de Hammurabi a dinastia manteve-se por aproximadamente 150
anos, mas em 1594 os Hititas invadiram e incendiaram a Babilônia,
abandonando-a em seguida. A queda da dinastia de Hammurabi fez ascender os
Cassitas que iniciaram um novo período na história da babilônia.” (Flávia
Lages)
• “O código de Hammurabi e os numerosos actos da prática do mesmo período
dão-nos a conhecer um sistema jurídico muito desenvolvido, sobretudo no
domínio do direito privado, principalmente os contratos. Os Mesopotâmicos
praticaram a venda (mesmo a venda a crédito), o arrendamento (arrendamentos
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 11
de instalações agrícolas, de casas, arrendamentos de serviços), o depósito, o
empréstimo a juros, o título de crédito à ordem (com a cláusula de reembolso ao
portador), o contrato social. Eles faziam operações bancárias e financeiras em
grande escala e tinham já comandita de comerciantes. Graças ao
desenvolvimento da economia de troca e das relações comerciais, o direito da
época de Hammurabi criou a técnica dos contratos, ainda que os juristas não
tivessem chegado a construir uma teoria abstracta do direito das obrigações; da
Babilônia, esta técnica de contratos espalhou-se por toda a bacia do
Mediterrâneo; os Romanos herdaram-na finalmente e conseguiram sistematiza-
la.” (Gilissen)
• Intervenção do Estado na economia e atividades privadas (limitação de preços e
salários)
• Mantem-se uma separação social ao estilo do código de Ur-Nammu:
▪ Awilum: homens livres, com direitos de cidadania (tanto homens
ricos como pobres).
▪ Muskênum: camada intermediária entre os escravos e os homens
livres, funcionários públicos, com direitos e deveres específicos.
▪ Escravos: Maior parte da população, em geral prisioneiros de
guerra ou pela insolvência de dívidas (no caso de dívida, impõe-
se limite temporal). São propriedade, bens alienáveis, não sendo
condição imperiosa (na antiguidade) serem de outra raça
• Direito Penal:
▪ Adoção do princípio da proporcionalidade das penas (Lei de
Talião)
▪ “(...) o Código, na parte alusiva aos delitos e às penas, consagra-
se uma fusão de elementos sobrenaturais, princípios de autotutela
e retaliação e penas ligadas à mutilação e aos castigos físicos.”
(Araújo)
▪ “O princípio da pena de Talião não contava quando os danos
físicos eram aplicados a escravos à medida que estes podem ser
definidos como bens alienáveis; o dano contra um bem deve ter
ressarcimento material.
▪ Punição do falso testemunho, furto, roubo e estupro (a vítima
seria também apenada pelo estupro
• Direito da Família:
▪ Organização familiar via de regra monogâmica (possibilidade de
uma concubina em caso de esterilidade do casal), com casamento
legitimado pela realização de um contrato, com regime de
comunhão de bens.
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 12
▪ Somente a mulher seria responsabilizada pelo crime de adultério
(previsão de pena de morte, embora pudesse ser concedido
perdão pelo marido).
▪ “A mulher, dotada de personalidade jurídica, mentem-se
proprietária de seu dote mesmo após o casamento, e tem a
liberdade na gestão de seus bens.” (Araújo)
▪ Possibilidade de repúdio à mulher pelo marido por “descumprir”
seus deveres (com recíproca, podendo a mulher alegar também
má conduta do seu marido, sendo possível divórcio, levando a
mulher o seu patrimônio)
▪ Adoção: Impossibilidade de devolução da criança, a não ser em
caso de criança adotada mais velha, que pedisse pela entrega aos
pais originais.
• Sucessão:
▪ Limitação da disposição sobre patrimônio.
▪ Não havia previsão de primogenitura, embora o filho mais velho
começasse a escolha dos bens durante a partilha.
▪ Possibilidade dos filhos serem deserdados, mediante avaliação
judicial.
• Trabalho: “(...) este Código é o primeiro que conhecemos indicar não somente
o pagamento que um médico deve ter, mas também o pagamento de inúmeros
profissionais como lavradores, pastores, tijoleiros, alfaiates, carpinteiros, etc.”
(Lages)
5. DIREITO EGÍPCIO
• O conhecimento que temos sobre o direito jurídico é quase exclusivamente
baseado em atos práticos, contratos, testamentos, decisões judiciárias, etc.
• “A contribuição mais interessante ao estudo das relações entre sociedade e
Direito que se pode retirar do Egito antigo é a consagração, na aplicação do
Direito, de um princípio de justiça que é simbolizada pela figura de uma deusa,
de nome Maat. Consoante a descrição de José das Candeias Sales, ‘os egípcios
acreditavam numa lei reguladora e organizadora dos sistemas de coisas, numa
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 13
noção de eterna ordem das coisas e do Universo, a maat, que gozou no Egito
faraônico de enorme popularidade e importância na estruturação e
funcionamento da própria realeza. Podemos afirmar que é o elemento basilar do
Estado.” (Araújo)
• Na história egípcia há alternância de períodos individualistas baseados em
desenvolvimento econômico de trocas (vide o Antigo Império, XXVIII-XXIII
séculos antes de Cristo) e períodos feudais/coletivistas (Médio e Novo Império,
séculos XVII a XX e XVI-XI a.C.)
5.2. MÉDIO (XII Dinastia, por volta do séc. XX, a.C.) E NOVO (XVIII à XX
Dinastias, séculos XVI-XI a.C.) IMPÉRIOS
• Declínio econômico e descentralização do Poder.
• Evolução para um regime senhorial, com formação de uma oligarquia social
baseada em uma nobreza sacerdotal e desenvolvimento da hereditariedade e
imunidade dos cargos.
• Reforço do poder paternal, privilégio masculino e direito de progenitura.
• Breve momento de retorno à centralização do Poder e fortalecimento do direito
individual (XII Dinastia), mas com retorno ao direito coletivista (século XII
a.C.), que irá até o século VIII a.C., com um novo ciclo ascendente que vai até o
século I a.C. – verificação de ciclos de ascendência e descendência
6. DIREITO HINDU
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 14
• “O direito hindu é um direito religioso e tradicional. Não se pode confundir com
o direito indiano, que é o direito territorial da Índia, enquanto estado moderno; o
direito indiano é constituído sobretudo por leis da República Indiana,
teoricamente aplicado a todos os habitantes do território; mas, de facto, em
muitos domínios, os direitos das comunidades religiosas substituem, quer se
trate do direito hindu quer do direito dos muçulmanos, do direito dos Cristãos,
etc.” (Gilissen)
• O direito hindu seria revelado pelas divindades, sendo escritas em seus livros
sagrados (o hinduísmo ou bramanismo é uma religião politeísta, sem serviço
público ou sacerdotes, com um diálogo íntimo do indivíduo com a divindade e
sacrifícios com fins pragmáticos).
▪ Anteriormente ao bramanismo/hinduísmo clássico, havia o
Vedismo (versão primita do hinduísmo) (Veda – a soma de todo
o conhecimento), antes das influências budistas.
▪ Do Vedismo e do Hinduísmo, nós temos a instituição de divisão
de castas.
▪ Crença de que se uma pessoa fosse boa durante sua vida, poderia vir em
uma casta melhor em sua próxima encarnação, ou o contrário – Tal crença
fortalecia o cumprimento das normas morais, religiosas e jurídicas, reforçando a
coesão social em uma sociedade estratificada
▪ Código de Manu, art. 751. Um Sudra, puro de espírito e de corpo, submetido
às vontades das classes superiores, doce em sua linguagem, isento de
arrogância e se ligando principalmente aos brâmanes, obtém um nascimento
mais elevado.
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 15
• Brâmanes:
▪ Casta superior, considerada a mais pura física e espiritualmente.
▪ Exercia funções como administradores, médicos, líderes
espirituais e professores.
▪ Código de Manu. Art. 733. Instruído ou ignorante, um Brâmane
é uma divindade poderosa, do mesmo modo que o fogo
consagrado ou não consagrado é uma poderosa divindade.
• Ksatyras:
▪ Casta dos guerreiros, encarregados de proteger a ordem pelas
armas.
▪ Em geral, os reis eram destas castas, embora também pudesse
haver monarcas dos Brâmanes.
• Varsyas:
▪ Casta dos negociantes
• Sudras:
▪ Casta inferior, de mão de obra (pedreiros, agricultores...), em
condição servil.
▪ Código de Manu. Art. 410. Mas, que ele (o Brâmane) obrigue
um Sudra, comprado ou não, a cumprir as funções servis; porque
ele foi criado para o serviço de brâmane pelo ser existente por si
mesmo.
▪ Código de Manu. Art. 411. Um Sudra, ainda que liberto por seu
senhor, não é livre do estado de servidão; porque este estado, lhe
sendo natural, quem poderia dele isentá-lo?
6.2. DHARMA
• “O dharma é o conjunto das regras que o homem deve seguir em razão da sua
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 16
condição na sociedade, isto é, o conjunto de obrigações que se impõem aos
homens, por derivarem da ordem natural das coisas. O Dharma compreende
portanto regras que, segundo a nossa óptica, relevam umas da moral, outras do
direito, outras ainda da religião, do ritual ou da civilidade.” (Gilissen)
• O Dharma (ou dever) tem três fontes: o Veda, a tradição e o costume.
• Veda:
▪ “(...) o conhecimento, a soma de todo o saber, de todas as
verdades religiosas ou morais.” (Gilissen)
• Tradição
• Costume:
▪ “(...) o direito hindu é um direito consuetudinário que varia até ao
infinito, mas dominado por uma doutrina religiosa, o hinduísmo,
fixada nomeadamente nos escritos sagrados. Os dharmasastra.”
(Gilissen)
• Direito de Família:
▪ “Nesta sociedade muitas crianças já nasciam ‘prometidas em
casamento’ e, especificamente no caso da mulher, esta não era
uma escolha pessoal, até mesmo porque, na maior parte das
vezes, elas casavam-se ainda muito crianças (...)” (Lages)
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 17
▪ O Código admitia o divórcio e quem decidia a separação era
exclusivamente o marido, que dentre outros, poderia suscitar a
infertilidade. Contudo, a mulher considerada virtuosa, mesmo
doente, não poderia ser rejeitada.
▪ O casamento era monogâmico e a lei exigia a fidelidade, devendo
haver punição (com morte ou castração, ou, no caso dos
Brâmanes, penas brandas como tonsura – sim, corte de cabelo) do
adultério e até mesmo da sedução (mesmo que não haja a
traição), havendo grande aversão à infidelidade pelo risco de
mistura de classes.
▪ Quando não era possível conceber-se filhos homens, o código
permitia outras formas de consegui-lo, como a adoção do
primogênito da própria filha do adotante. Era até mesmo
autorizado que o cunhado da mulher agisse como reprodutor no
lugar do irmão.
▪ A sucessão obedecia ao direito do primogênito, especialmente do
sexo masculino (não havia este privilégio na casta dos Sudras)
• Direito Penal:
▪ Fraude quanto à casta a que se pertence: crime punido com
suplício físico.
▪ As penas por injúria (qualquer ofensa que não atinja a integridade
física) variavam de acordo com o ofensor, o ofendido e a
gravidade da ofensa.
▪ As ofensas físicas obedeciam à Lei de Talião.
▪ Explícita distinção no código entre furto e roubo.
▪ Previsão de legítima defesa.
7. DIREITO HEBRAICO
7.1. BREVES APONTAMENTOS SOBRE A HISTÓRIA HEBRAICA
• “A história da Israel antiga abrange um período de cerca de vinte séculos,
compreendidos entre 2000 a.C. e 135 d.C., portanto de quarenta e vinte séculos
distantes de nossa época, sistemas políticos organizacionais que compreendem
um sistema patriarcal de um povo nômade, uma confederação de tribos, um
reino unido, dois reinos separados e, finalmente, uma nação súdita de diferentes
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 18
governos de nações estrangeiras (Assíria, Pérsia, Grécia e Roma). Essa história
costuma se denominar de história de Israel dos tempos bíblicos (...)” (Marcos
Antônio de Souza in Wolkmer)
• Confederação:
▪ Séculos XVI ao XII a.C. – Formação das Doze Tribos, tempo dos
“Juízes” (governantes e chefes militares, sem passagem
hereditária).
▪ Retorno à Palestina, sob liderança de Moisés (líder político e
legislador).
▪ “A transição de sistema de clãs para uma nação é tratado pelos
quatro últimos livros do Pentateuco (Torah). Segundo Ze`eve W.
Falk, um dos mais importantes fatores para o estabelecimento de
uma unidade entre as diferentes tribos foi a ‘Lei Comum’ da
comunidade conforme estabelecida pelo Decálogo e outras leis.”
(Souza)
▪ Separação da figura do líder do clã (e líder Político) e do
sacerdócio (formação de uma classe de Clérigos, os Levitas) e
criação de um conselho de anciãos e de uma confederação de
tribos.
▪ Além das tribos (que dividiam-se em famílias), verificam-se
ainda as figuras dos escravos e estrangeiros (que, mesmo livres,
não gozavam do mesmo direito dos hebreus)
• Reino Unido:
▪ Séculos XII ao X a.C., período da monarquia, compreendendo os
reinados de Saul, Davi e Salomão.
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 19
▪ “Pelo relato da Tanakh, quando Samuel ainda era juiz, o povo
manifestou o desejo de ter um rei e que, diferentemente dos
juízes, seria um governante hereditário. (...) Enquanto os
primeiros reis foram escolhidos por um chamado divino para
salvar Israel de seu inimigo, sua função foi se tornando aos
poucos uma instituição, permitindo ao rei possuir um exército,
um serviço de funcionários, organizar a adoração religiosa e
administrar a justiça.” (Souza) – Importante destacar que o rei
não tinha status divino, embora comissionados por Deus.
• Reino dividido:
▪ Séculos X ao VI a.C., formado pelos reinos do norte ou Reino de
Israel (capital em Samaria) e do sul ou Reino de Judá (capital em
Jerusalém).
▪ Cisma em Israel após a morte de Salomão.
▪ O Reino do sul foi dominado por Nabuconodosor em 607 a.C.
(destruição de Jerusalém e cativeiro na Babilônia) e o do norte
pelos assírios, em 740.
• Vassalagem:
▪ Séculos VI a.C. a II d.C., que vai do cativeiro na Babilônia ao
retorno na Palestina, construção do segundo templo e sua
destruição pelo Romanos, com a ocupação do Império Romano.
▪ Em 135 d.C., Israel deixa totalmente de ser uma nação, até o pós-
II Guerra (sionismo)
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 20
não havendo separação entre o jurídico e o sagrado (direito de fundo religioso) –
muitos apontam que a religiosidade é o principal elemento cultural dos hebreus.
▪ A bíblia acaba por ser a principal fonte de estudo do Direito hebraico antigo.
TANAKH
▪ O que é considerado o Velho Testamento para os cristãos é o Tanakh (a bíblia
hebraica) para os judeus, no qual se insere o Torah (Torá).
▪ “Devido ao Tanakh não ser um livro jurídico, embora trate de legislação,
códigos e aplicação de leis, o estudo do Direito hebraico consiste em um tipo de
garimpagem ao longo de seus relatos (...). Evidentemente, a fonte de informação
mais importante da história legal de Israel é o Pentateuco ou Torah, porém
vários códigos, leis e práticas relativas à administração da justiça estão incluídos
na sequência das narrativas que se iniciam com a sociedade patriarcal dos
tempos de Abraão e se estendem até o período pós-exílio em Babilônia.”
(Souza)
▪ “A Torá, também chamada Pentateuco, é formada pelos cinco primeiros livros
da Bíblia: o Gênesis, o Êxodo, o Levítico, o Números e o Deuteronômio. Em
toda a Torá encontramos leis; entretanto, há no último livro uma reunião maior
de leis (...)” (Lages) – Deuteronômio significa “segunda lei”.
GUÉMARA e TALMUDE
• “Para guardar a fidelidade à Legislação Mosaica no uso da codificação nova, os
séculos seguintes produziram discussões, interpretações e aprofundamentos do
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 21
texto de Michna que deram origem às Guemaras que juntamente com o Michna
e a própria Tora constituem o Talmud (que significa estudo), que é o verdadeiro
corpo da legislação hebraica.” (Lages)
• O Talmud “compreende não somente uma massa imensa de textos jurídicos e
religiosos, ou seja, explicações a lei (Halakha) que se impõem pela autoridade da
maior parte dos Rabi (...), mas também numerosos textos que dizem respeito à
história, à medicina, à astronomia, às ciências em geral.” (Gilissen)
• “Complementar à Tanakh, como fonte do Direito Hebraico, temos o Talmud que
registra a tradição oral e foi escrito entre os séculos II e VI de nossa era. No
entanto, visto que a soberania de Israel como nação existiu somente até 70 d.C.,
quando o segundo Templo foi destruído pelos romanos, o Direito hebraico
deixou de existir como um sistema real e todas as discussões sobre leis, crimes e
punições deixaram de ser práticas e passaram a ser questões teóricas. A
penologia talmúdica deve ser considerada como uma tentativa de formular
melhores leis para uma sociedade ideal.” (Souza)
7.3. DEUTERONÔMIO
• Embora o Livro do Êxodo contenha o decálogo, o livro do Pentatêuco que mais
importa ao direito hebraico é o do Deuteronômio, que inclusive reproduz os Dez
Mandamentos.
• Deut. 12:1. Estes são os regulamentos e decisões judiciais que deveis cuidar em
cumprir.
• Justiça e processo
▪ Previsão de imparcialidade do julgador.
▪ “A questão da justiça, ou melhor, de não cometer injustiças, é
muito cara aos hebreus, mesmo porque ter o ‘sangue de um justo
nas mãos’ é um pecado gravíssimo para eles. Neste sentido, este
povo se difere um pouco dos outros, já que, praticamente, não
admite julgamento sem investigação ou julgamento por forças
naturais ou deuses.” (Lages)
▪ A prova testemunhal era primordial para a antiguidade, havendo
pesada pena por falso testemunho.
• Direito Penal
▪ Previsão da pena de Talião.
▪ Individualização das penas.
▪ Separação entre o homicídio intencional e o não intencional
(doloso e culposo).
▪ A vítima não era punida em caso de estupro (salvo a exceção da
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 22
vítima que poderia ter gritado para que alguém a ouvisse).
▪ “O conceito de crime difere do conceito moderno, isto porque a
transgressão de qualquer lei era considerada uma ofensa séria
devido ao princípio de que toda a lei era proveniente de Deus e
representava sua vontade. Portanto, qualquer transgressão, fosse
contra pessoas ou contra o próprio Deus, era um ato de violação
de uma lei divina.” (Souza)
• Direito da Família
▪ Homens e mulheres seriam punidos pelo adultério.
▪ Possibilidade de comcubinato.
▪ “Todos os povos da Antiguidade preveem divórcio. Este só
começou a ser proibido a partir do cristianismo. Na Legislação
Mosaica, entretanto, somente os homens podem divorciar-se, às
mulheres não cabe a iniciativa. Mesmo assim teria que haver algo
vergonhoso (o que pode ser interpretado de várias maneiras) na
esposa para que o esposo pudesse repudiá-la.” (Lages)
▪ Benefício do primogênito em caso de herança (só homens
recebiam herança, mulheres recebiam dotes)
• Escravos
▪ “Em Israel, os prisioneiros de guerra não israelitas eram vendidos
como escravos (Deut. 21, 10) ou podiam ser comprados em Tiro,
Gaza ou Aço; o tráfico de escravos estava, principalmente, nas
mãos dos Fenícios. Era proibida a compra de escravos israelitas
por israelitas, embora um israelita pudesse vender a si mesmo
(provavelmente para pagamento de dívida) como escravo.”
(Lages)
▪ A escravidão não poderia ser eterna e o recém ex-escravo deveria
receber um auxílio de seu senhor.
• Governo
▪ Deus institui o governo, mas o rei não pode sentir-se muito acima
dos demais mortais.
• Comércio
▪ A legislação hebraica proíbe a usura (empréstimo a juros).
• Meio Ambiente
▪ Preocupação preservacionista.
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 23
Próximo Ponto:
II. O DIREITO NA ANTIGUIDADE: GRÉCIA
Este material não substitui a doutrina, sendo mero fichamento orientador do conteúdo
ministrado em sala de aula.
O aluno deverá pautar seus estudos pela leitura da doutrina, jurisprudência e legislação.
Referências (literatura obrigatória):
CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e do Brasil. 3ª edição. Rio de
Janeiro: Ed. Lumen Júris, 2006.
GILISSEM, Jonh. Introdução histórica ao direito. 7. ed. Lisboa: Caloustre Gulbenkian,
2013.
WOLKMER, Antônio Carlos. Fundamentos da história do direito. 8. ed. Belo
Horizonte: Del Rey, 2014.
Contato: professorluizpinheiro@gmail.com
instagram.com/lfpinheironeto
Youtube: Direito à Cafeína 24