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Prof. Me.

Flávio Barroca

Aula IV - Análise do Texto II


A Historicidade dos Direitos
ALTAVILA, Jayme de. Origem dos Direitos e dos
Povos. 9 ed. São Paulo: Ícone Editora, 2001, p. 9-16.
• A rigor, não há que se falar em "História do Direito",
com um caráter universalizante.
• Adotando-se uma perspectiva sócio-antropológica e
mesmo historiográfica, o que encontramos são tradições
culturais particulares que informam práticas rituais de
resolução de conflitos. Sejam estas, formais ou informais,
codificadas ou não, escritas ou não. Ou seja, se para a
tradição européia continental, a história do Direito
Romano, e suas instituições, têm relativa importância,
esta importância é mínima para a tradição anglo-
americana e quase nenhuma para os povos de tradição
islâmica.
• A Historicidade dos Direitos:

• A consciência jurídica do mundo é como uma árvore ciclópica


e milenária, de cujos galhos nodosos rebentam os densos
ramos e deles florescem os direitos.
• Árvore que desafia o queimor e o frio, isto é, supera fases
diversas e se adapta às transformações.
• Esses direitos constitiuiam suas épocas e foram, ao seu tempo,
interpretáveis e equitativos (senso de equilibrio e justiça)
• A lei é como a máquina, oxida, se deteriora e emperra, até ser
substituída por outra.
• A necessidade e o fato social são fatores que modificam os
sistemas de vida e a economia dos povos, renovando os
direitos.
• Durkhein reconhece a importancia da sociedade
na instituição dos direitos e na plenitude das
liberdades. Atribui ao indivíduo a
responsabilidade que lhe compete pelas
transformações sociais.
• Os direitos sempre refletiram suas épocas. Ou
seja, os que elaboraram os direitos dos povos,
nada mais fizeram do que retratar os fenômenos
sociais. Neste sentido, o homem não terá mais
direito do que o correspondente ao
desenvolvimento social em que vive.
A lei, reflexo do Direito é uma expressão biológica
da sociedade e a filosofia é um tecido de ideias.
• Desde que o homem sentiu a existência do direito,
começou a converter em leis as necessidades sociais,
deixando para trás a era da força física.
• Entretanto, a palavra oral não bastava para justificar seus
atos. Buscou-se, então, a lei escrita, capaz de legitimar os
princípios do Direito.
• Em Roma, por exemplo, o Direito perde o caráter
teológico e se difunde para o mundo.
• Em suma, os Direitos dos povos equivalem precisamente
ao seu tempo e se explicam no espaço de sua gestação.
Foram, ainda que hoje nos pareçam absurdos, baluartes
para muitas gerações.
Manifestação em defesa dos Royalties

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