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HISTÓRIA DO DIREITO
Introdução
NOÇÕES PRELIMINARES – HISTÓRIA E DIREITO
Noção de História do Direito: Define-se história do direito como a
disciplina que descreve e explica as instituições e a vida jurídica do
passado, nos seus múltiplos aspetos normativos, práticos, científicos
e culturais, quer os precedentes do que ainda hoje é direito vigente
(direito atual historicamente estudado), quer as figuras jurídicas que
se viram superadas ou abolidas. Considera-se que a História é a
mestre da vida pois estuda os factos passados, na medida em que se
estudasse o presente era dogmática, se estudasse o futuro era
filosófica, mas como estuda o passado é chamada de História.
A História do direito como ciência histórica – classifica a história em
narrativa (pura discrição dos factos e personagens passadas),
pragmática (procura extrair do passado, ensinamentos para
orientação dos homens) e genética (compreensão dos factos/ideias e
das instituições do passado na sua sequência ou dependência
orgânica.
A História do direito como ciência jurídica – três aspetos: o técnico
(presente), o filosófico (futuro) e o histórico (passado).
Primeira parte
História do Direito-Peninsular
PERÍODO DAS ORIGENS – ÉPOCA DOS POVOS PRIMITIVOS
PERÍODO ROMANO
sine suffragio cidadania sem sufrágio, gozavam dos direitos civis, mas
não dos políticos; libertini, direitos civis limitados.
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PERÍODO GERMÂNICO
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AS UNIVERSIDADES PORTUGUESAS:
O que é a Universidade? Espaço onde se transmite e adquire
conhecimento, fruto da investigação/produção científica e diversidade
ideológica. Universidade de Bolonha foi a primeira da Europa.
Universidade de Lisboa foi a primeira de Portugal Surgem segundo
bula do Papa / Surgem pela necessidade de formatar o conhecimento.
Mestre é aquele que tem conhecimento, capacidade de o adquirir e
ensinar.
1288 – Petição ao Papa, assinada pelo Clero, onde se solicita a
autorização para estabelecimento de um Estudo Geral e Lisboa e para
as despesas serem suportadas pelo Clero. Pedido fundamentado em
duas razões: estimular a ciência e a religião, criar um centro de
cultura como estímulo. A bula papa veio 2 anos mais tarde.
março de 1290 – Concedida uma Carta de Privilégios por D. Dinis à
Universidade que a torna, essencialmente, uma fundação régia (e que
pressupõe uma formação entre 88 e 90, antes da bula papal)
agosto de 1290 – Bula papal a autorizar confirma o ensino de:
cânones; leis; medicina e artes.
Autonomia das Universidades:
Estatutos: Característica comum a todas as universidades do século
XII e XIII – autonomia institucional – personalidade própria,
autogoverna-se, organiza o seu ensino. Rei e o Papa interferem na
Universidade para a criar e para cumular privilégios e regalias. A
partir do século XIII vai perdendo independência, subordinando-se ao
poder real.
Estatutos Manuelinos: início do século XVI, interferência régia na
Universidade acentua-se. Finais do século XV, D. Manuel concede
Estatutos à Universidade (nomeia e contrata professores). D. João III
faz algumas alterações aos Estatutos Manuelinos, 1537. É pedida uma
reforma, em 1544.
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O CONDADO PORTUCALENSE
A Reconquista Cristã decorre na Península Ibérica e o Reino de
Leão foi auxiliar nessa Reconquista. D. Henrique casa com D.
Teresa ficando com as terras do Condado Portucalense, em 1096,
por ocasião do seu casamento. Desse casamento nasce Afonso
Henriques, querendo transformar o Condado Portucalense num reino
independente. O D. Afonso Henrique só começou a exercer o seu
poder quando foi aceite como rei pelo Papa, tornando-se, deste modo,
um reino independente em 1139. Em 1179, foi lhe concebido o
domínio de todas as terras conquistadas aos sarracenos e confirmou
a proteção da Santa Sé para defesa da integridade do reino pela bula
Manifestis probatum, com isto também se passou se a integrara como
um reino independente, na comunidade cristã. A única autoridade
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