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Faculdade Santa Teresa

André Lucas

O Direito Romano

Manaus-AM
2022
André Lucas

Oque é e são os Direitos Romanos?

Este trabalho foi solicitado


como nota parcial do
primeiro período pelo
professor Helso do Camro
Ribeiro, da disciplina de
História do Direito.

Manaus – AM
2022
Sumário

Pág. 4 ....................................................................................... Introdução.


Pág. 5 a 9 .......................................................................................Desenvolvimento.
Pág. 10 ....................................................................................... Conclusão.
Pág. 11 ....................................................................................... Referências.
Introdução

O trabalho em questão irá abordar sobre o que é e como aconteceu o direito


romano, qual basicamente é um termo histórico-jurídico que originalmente se refere ao
conjunto de normas jurídicas observadas na cidade de Roma e, posteriormente, ao conjunto
de normas aplicadas ao território do Império Romano. Conforme o decorrer do trabalho será
melhor abordado e até aonde suas raízes emergiram.

Manaus – AM
2022
Como começou o direito romano?
A aplicação do Direito romano vai desde a fundação da cidade de Roma em 753 a.C. até a
morte do imperador do Oriente Justiniano, em 565 da nossa era. Neste longo período, o corpo
jurídico romano constituiu-se em um dos mais importantes sistemas jurídicos criados desde
sempre, influenciando diversas culturas em tempos diferentes.

Em sua longa história, podemos assinalar as seguintes fases como capitais no


desenvolvimento e aperfeiçoamento do Direito Romano (de acordo com sua organização
estatal):

Período Régio: Período que vai desde a fundação da cidade de Roma (753 a.C.) até a
República (510 a.C.), onde predominava um direito baseado no costume (mores), tendo o
Direito Sagrado ligado ao humano.

Período Republicano: Período que vai desde 510 a.C. até o período imperial com Augusto,
em 27 a.C. A fase seguinte do Direito Romano ocorre no período imperial, com o primeiro
monarca, Augusto, onde prevalecia o jus gentium sobrerssaindo sobre o jus fas (Direito
Sagrado, religioso), direito comum a todos os povos do Mediterrâneo, bem como o conceito
do bonum et aequum, e o conceito da boa fé.

Período do Principado: Período do Direito clássico, época áurea da jurisprudência, que vai
do reinado de Augusto até o imperador Diocleciano. Há uma participação maior dos
jurisconsultos, os conhecedores do Direito à época, além da substituição do direito
magistratural (jus honorarium) que auxiliava, e supria o cerne originário do Direito
Quiritário; no lugar deste surge o cognitio extra ordinem, administração da justiça de
aplicação particular do imperador.

Período da Monarquia Absoluta: Período após o imperador Diocleciano (século IV d.C.),


até a morte do imperador Justiniano. É neste período que surge o direito pós-clássico,
havendo a ausência de grandes jurisconsultos, ocorrendo uma adaptação das leis em face à
nova religião predominante, o Cristianismo. É neste período que ocorre a formação do direito
moderno, que começa a ser codificado a partir do século VI d.C. pelo imperador Justiniano.

É importante notar que para o melhor entendimento do Direito Romano fez-se crucial a obra
de jurisconsultos como Pompônio, Paulus, Upianus, Justinianus. Há também escritos dos
gramáticos como Flaccus, Valerius Probus, Nonius Marcellus, entre outros, cujas obras
foram importantes para a compreensão do que era o Direito na época da Roma antiga.
Características
A edição da Lei das XII Tábuas representa um momento de evolução do Direito, que avança
rumo à universalidade explícita, tanto em sua forma escrita, quanto em seu conteúdo com a
proscrição clara do privilégio. É a elevação dos mores ao plano da racionalidade. Trata-se
de um passo orientado para a segurança jurídica. Some-se a isso a superlativa valorização da
figura do jurista, perpetrada em Roma. A Grécia transmitiu aos romanos o rigor do
pensamento, do raciocínio analítico, que opera através do entendimento. Sobretudo através
da influência do estoicismo, notadamente com Sêneca e Plotino, o logos científico chegou
até a península itálica.

Todavia, foi ali pioneiramente aplicado a um novo objeto de estudo: o Direito. Nesse
desiderato, o povo romano inaugurou a valorização do jurista como figura fundamental na
sociedade. O assim considerado primeiro jurista em Roma foi Cnaeus Flavius, cujo trabalho
consistiu na publicação, ao redor do ano 300 a.C, das fórmulas a serem pronunciadas em
juízo para a ativação do direito, isto é, as actio legis. Estas fórmulas, até então de domínio
exclusivo da classe sacerdotal, agora estavam ao alcance dos demais pensadores seculares.
A fundação hipotética de Roma deu-se no século VIII a.C, no contexto de um emaranhado
de povos: os latinos, etruscos e sabinos, com notada influência grega das cidades marítimas
do sul da península.

Atribui-se a Rómulo, o fundador de Roma segundo os testemunhos de Tito Lívio e Dionísio


de Halicarnasso, a divisão do povo entre patrícios e plebeus, a distribuição das tribos em
trinta cúrias, a criação da assembleia destas cúrias, o senado e a realeza. A figura do rei
inaugurada com Rômulo é de lapidar importância para a configuração da ideia de Direito.
Embora num momento inicial o Rei ainda não detivesse verdadeiras faculdades legislativas,
pois as normas de conduta consistiam nos mores gentilícios, e fosse tido como uma espécie
de oráculo divino, sua concepção como instituição é fundamental para a compreensão do
Direito como fenômeno de poder. Nesse sentido podemos mencionar a Lex Regia (cuja
expressão material que nos chega à Lex Imperii Vespasiani é de um período posterior) como
elemento simbólico originário da transferência e legitimidade do poder.

Sobre essa base, Roma desenvolveu uma ordenação de condutas própria e especial, que
legou ao Ocidente: o Direito.

A denominação técnica do Direito, como essa ordem exterior e positiva que impõe
obediência, foi a palavra ius. A palavra ius possui etimologia obscura. Certamente não deriva
de iustum ou issum, palavras que derivam de ius (raiz iugo). Linguistas modernos tendem a
relacionar o termo ius ao verbo iurare ou à palavra sânscrita iaus. Essa palavra possui o
sentido de saúde, felicidade, com um caráter religioso. Essa origem sânscrita anuncia o
caráter positivo do termo Direito e sua preocupação com a benignidade e indulgência social.
Embora de conteúdo indefinido, o conceito de ius conforma algo de inovador. Trata-se de
um conceito novo. A formação da consciência jurídica no mundo contemporâneo pressupõe
a experiência desta consciência, isto é, pressupõe o processo pelo qual essa consciência faz
experiência do conhecimento, primeiro tomado como objeto e, posteriormente, como
conhecimento de si mesma. A consciência jurídica, neste passo, posiciona-se no amplo
espectro da razão prática, pressupõe a dialética da razão teórica e volta-se a si mesma,
fazendo uma experiência da própria consciência.
Principais pensadores romanos
Sabe-se que a época arcaica de Roma é marcada por uma forte mistura entre direito, moral
e religião, devido aos sacerdotes pontífices serem os juristas aplicadores do direito e este
ainda ser muito costumeiro. De fato, o Estado era teocrático e a dimensão sagrada
influenciava diretamente o direito romano e toda a sociedade, fato que se perdeu com o
passar do tempo em meio aos interesses do Estado. Com base nesse senso moral, o povo se
organizava conforme padrões e defendia o que cabia à moral até então vigente defender.
Dessa forma, não se preocupava com as questões de vida da criança, havendo um constante
desprezo por ela, sendo comuns e reconhecidas juridicamente pelos legisladores práticas
como o aborto e infanticídio, fundamentadas por pensadores como Cícero, Sêneca,
Hipócrates, Tácito etc. O que hoje seria uma aberração pelos olhos da moral, filosofia e
inclusive ciência era abertamente aceito no mundo antigo, os pais poderiam livrar-se de seus
filhos quando lhe convinham, pela sua forma física, classe social ou gênero.

Cícero: Em Sobre as leis, tal afirmava que a lei é fonte de virtude para os cidadãos e
mecanismo que consolida as forças do Estado. Ela é vista, ao mesmo tempo, como
instrumento valorativo que define o justo e o injusto, por um lado, e ato de poder, que manda
e proíbe, por outro.

Tácito: sempre foi muito ligado à política. Ocupou os cargos de questor, prestor, cônsul e
procônsul da Ásia. Em seu perfil como escritor e historiador ele reconhece que o governo
imperial foi quem trouxe a estabilidade política necessária para gerenciar todo o território
do Império romano.

As influências do direito romano na atualidade


No campo do direito civil, o direito romano tem grande influência em todas as
consequências, porém, a ênfase está no campo das pessoas, bens e obrigações. No processo
civil, princípios orais existentes, como o princípio decisivo, surgiram no direito romano. Por
fim, no direito penal, a prática romana influenciou a percepção da finalidade da pena, ou
seja, os requisitos subjetivos que existem na legislação vigente decorrem do surgimento da
escola clássica do direito penal, que decorre da natureza da pena. Doze Tabelas de Leis e
Práticas de Penas Passadas. Por fim, como conclusão, demonstra a importância dos estudos
do direito romano para a formação teórica e prática dos juristas brasileiros.
Conclusão

Após minhas pesquisas, pude concluir o quão grande era a história por trás de
uma disciplina já complexa, tendo suas raízes vindas de Roma, com diversos pensadores
quais não só trazem um aspecto de como era a regência legislativa e política como também
apresentou diversos tipos de conceitos que são usados nos dias atuais, como na própria
situação do direito brasileiro.
Referências

Acessado em: 22/03/22 - https://vademecumbrasil.com.br/detalhe-doutrinas-


juridicas/caracteristicas-essenciais-e-existenciais-do-direito-romano
Acessado em: 22/03/22 - https://www.infoescola.com/direito/direito-romano/
Acessado em: 22/03/22 - https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-149/historia-do-
direito-dinamica-e-complexidade-da-formacao-da-sociedade-e-experiencias-do-direito-
romano/
Acessado em: 22/03/22 -
http://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/cientifica/article/view/860

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