Você está na página 1de 3

Fundamentos Históricos e Introdução ao

Estudo do Direito

Roma

Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!

Roma
O Direito Romano torna-se, diante de sua organização social-política-filosófica o caminho que nos garante um
ponto de partida seguro, daí ser reconhecido largamente pela doutrina como um “admirável instrumento de
educação jurídica” (ALVES, 2019, p. 2.).

Do ponto de vista histórico-jurídico toda essa construção dar-se-á através dos séculos, desde a fundação de Roma
(lendária, no século VIII a.C.) até a codificação de Justiniano (século VI d.C.). O processo de divisão da história
romana, sob o ponto de vista metodológico não encontra consenso na doutrina. 

As evidências históricas indicam majoritariamente que o povo de Lácio foram os fundadores de Roma.

Enquanto organização política, a realeza era formada pelo rei, pelo Senado e pelos comícios. 

O rei, como chefe do Estado, tinha o comando supremo do exército, o poder de polícia, as funções de juiz e de
sacerdote, e amplos poderes administrativos (dispunha do tesouro e das terras públicas). Demais, declarava
guerra e celebrava tratados de paz.

Fonte: Shutterstock.

O período do direito antigo, arcaico ou ainda chamado de pré-clássico é aquele considerado o berço da formação
jurídica romana. Em comum aos demais povos dessa época já estudados, os costumes são sua fonte inicial. Tinha
como principais características formalismo, rigidez e solenidade, que eram concretizados nas pessoas dos
pontífices, tendo como principal expoente Lúcio Papírio Cursor. Neste período, “o Estado tinha funções limitadas a
questões essenciais para sua sobrevivência: guerra, punição dos delitos graves e, naturalmente, a observância das
regras religiosas”. 

Período Clássico

Do ponto de vista de organização política há o advento da República (Res publica = coisa pública). Este período é
marcado pela centralização do poder estatal e pela criação de institutos jurídicos que pudessem resguardar uma
certa autonomia do cidadão, enquanto indivíduo, diferentemente do período arcaico em que as pessoas eram
mais reconhecidas enquanto núcleo familiar. 

Nas palavras de Thomas Marky, “o marco mais importante e característico desse período é a codificação do
direito vigente nas XII Tábuas, codificação feita em 451 e 450 a.C. por um decenvirato, especialmente
nomeado para esse fim”. (MARKY, 1999, p. 06).

É considerado o período de declínio da civilização romana. Sob o ponto de vista político, instaura-se uma
monarquia cujo poder central é absoluto. Diferentemente do que acontece nos períodos anteriores a Constituição
Imperial passar a ser única fonte do direito. 

Fonte: Shutterstock.

Essa falta de criatividade neste momento crítico para a civilização romana é também exposta por Wenger ao
assinar que “os nomes dos juristas desse período, na sua quase totalidade, foram esquecidos: a jurisprudência,
nessa época de decadência, torna-se anônima.” (WENGER, 1953, § 77, p. 531)

A ideia de propriedade privada plena, o Direito de Posse, Direito de Família, Direito das Obrigações, Direito da
Personalidade, Direito das Sucessões, Direito Internacional foram inspirações romanas que perduram até a
atualidade, nos ordenamentos jurídicos modernos. 

Por fim, vale salientar que o Direito Romano é a nossa principal fonte histórica do Direito. Foram os romanos
que deram ao Direito a musculatura científica necessária, principalmente pelos estudos dos jurisconsultos e
pela compilação do Corpus Iuris Civilis.

Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.

Você também pode gostar