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Aula 08/02
Girondinos representava alta burguesia e evitava uma maior participação dos trabalhadores rurais e
urbanos na política.
Filosofia do direito: reflexão que se ocupa com um conjunto tradicional, mas aberto, de questões,
envolvendo o campo jurídico: o que é o direito? O que é a justiça? O que é o poder? Qual é a relação
entre eles?, etc., entre outras questões que podem surgir.
A filosofia do direito é, então, uma reflexão aberta, até mesmo ilimitada, a respeito do fenômeno
jurídico. Diferentemente das disciplinas jurídicas especializadas - como o direito civil, o direito penal, o
direito constitucional, etc. -, que devem tomar a lei como um ponto de partida inafastável, a filosofia do
direito tem toda a liberdade para, se o caso, questionar, problematiza
r a própria lei, o próprio Estado, numa palavra, o próprio direito, em seu núcleo essencial.
Assim, se a filosofia do direito parece conter em si, por assim dizer, um certo potencial "anárquico", e se
se apresenta sempre como um saber teórico, tendente às questões mais abstratas, às problematizações
mais radicais, etc., isso não significa que não tenha também uma importância prática fundamental.
Tomem-se, por exemplo, os chamados "casos difíceis", em que a lei parece apontar para diferentes
soluções possíveis, sem permitir concluir, no entanto, de forma clara, por uma dessas soluções. Aqui
será preciso indagar dos objetivos últimos da lei, das consequências sociais da decisão, dos pressupostos
éticos, morais e políticos do ordenamento jurídico - numa palavra, será necessária a atuação e a
contribuição da reflexão da filosofia do direito.
Obs.: não existe uma definição fixa, atemporal, de filosofia do direito. Pode-se, porém, dizer que ela é
esse campo de questões abertas envolvendo o direito, a justiça, o Estado, o poder, etc., que permite
uma reflexão radical, até mesmo ilimitada, a respeito de todos esses objetos, e que se transforma no
tempo, juntamente com eles.
No mais, a filosofia do direito aponta sempre para um diálogo enriquecedor com outros saberes e
reflexões, situados, por assim dizer, nas fronteiras do universo jurídico, como a ciência política, a
história, a sociologia, a psicologia, etc..
Professor Walter. Aulas 09/02
Jusnaturalismo, Positivismo jurídico, tradições sociológicas, associação do direito ao plano dos valores,
da altura, etc. Pós positivismo.
Jusnaturalismo: concepção segundo a qual o direito se compõe do direito positivo, e, acima dele, do
direito natural. O direito natural daria a base, o fundamento, do direito positivo.
Positivismo jurídico: concepção segundo a qual o campo do direito se restringe ao direito positivo. Para
o positivismo, não existe, cientificamente falando, direito natural.Obs.: na sociologia, fala-se num
"positivismo sociológico", ou "sociologia positivista". Trata-se, porém, de outra discussão, como visto na
aula anterior.
Direito positivo: direito posto, isto é, as leis, as normas, que foram baixadas pelo Estado, pelo governo,
pelos reis. O direito positivo é o direito escrito, o direito "oficial".
Direito natural: princípios eternos de justiça, de origem divina ou racional, que dariam a base, o
fundamento, para o direito positivo.
Professor Walter. Aulas 20/02
O jusnaturalismo, como visto, é a concepção segundo a qual o direito se compõe do direito positivo e,
acima dele, do direito natural. O direito natural, segundo o pensamento jusnaturalista, corresponde aos
princípios eternos de justiça, de origem divina ou racional.
Poderíamos, assim, dividir esquematicamente a história da tradição jusnaturalista:
1) Jusnaturalismo antigo (Grécia e Roma). O direito natural teria uma origem, um fundamento divino,
associado, portanto, à justiça dos deuses. - A religião grega e romana tradicional era politeísta.
Ex.: "Antígona", de Sófocles.
2) Jusnaturalismo medieval. O direito natural teria uma origem, um fundamento, divino. Ele
corresponderia às leis de Deus, reveladas ao homem nas Escrituras.
Exs.: Santo Agostinho, São Tomás de Aquino.
3) Jusnaturalismo moderno. O direito natural teria uma origem, um fundamento, na razão, que é
universal. Trata-se de princípios eternos de justiça que o homem apreende pelo uso metódico de sua
própria razão. O jusnaturalismo moderno, sendo racionalista, é também chamado jusracionalismo.
Ex.: Immanuel Kant.
jus naturale ---> direito natural
Jusnaturalismo: concepção que acredita na existência de um direito natural, o qual deve dar base, dar o
fundamento, para o direito positivo.
A palavra latina "jus" tarduz-se geralmente por "direito".
Assim, "jus naturale", como diziam os romanos, é o direito natural. A concepção que acredita num jus
naturale, num direito natural, é o jusnaturalismo.
Professor Walter. Aulas 20/02
O que é o direito?
Filosofia do Direito
Dogmática x Zetética
Disciplinas Dogmáticas
Na linguagem do dia-a-dia, "dogmático" é uma caracterização negativa. Uma pessoa dogmática parte de
dogmas, de verdades irrefletidas, que lhe foram impostas, e que a pessoa aceita sem crítica, em geral
por aceitação da autoridade, da tradição.
dogmática jurídica
dogma
Disciplinas dogmáticas: disciplinas que tomam a lei (positiva) como um ponto de partida incontornável.
Têm um compromisso com a concretização de sua normatividade. Centram-se, pois, na lei, na
necessidade de seu cumprimento, dentro da solução dos casos concretos.
Disciplinas propedêuticas: filosofia do direito, sociologia do direito, ciência política, história do direito,
introdução ao estudo do direito, etc..
Disciplinas dogmáticas: direito civil, direito penal, direito processual, direito constitucional, etc..
Zetética jurídica: reflexão aberta, que busca compreender o direito, a lei, mas que tem toda a liberdade
para problematizá-los, para questionar seus fundamentos. Na zetética, a compreensão teórica é um
valor em si mesmo; não há, obrigatoriamente, um compromisso com a solução do caso concreto.
Zetética e dogmática não são, simplesmente, extremos estanques que se excluíssem necessariamente.
Há toda uma zona intermediária, em que, no discurso jurídico, a dimensão zetética e a dimensão
dogmática se interpenetram, uma zona cinzenta entre aqueles extremos. Ex.: momentos em que a
doutrina reflete sobre o direito civil, o direito penal, etc., de forma mais aberta, inquirindo a respeito
dos fundamentos mesmos dessas disciplinas, sem se referenciar apenas na lei, mas também na história,
na filosofia, etc..
Professor Walter. Aulas 16/03
Hans Kelsen
jusnaturalismo antigo
jusnaturalismo medieval
jusnaturalismo moderno
---> pós-positivismo
O positivismo jurídico foi hegemônico até meados do séc. XX. Porém, certos fatores,
particularmente o impacto que a II Guerra Mundial provocou sobre a consciência jurídica ocidental,
ensejarão novas tendências a partir da segunda metade do séc. XX. Passa-se a criticar, cada vez
mais, a separação entre direito e justiça, direito e moral, estabelecida pelo positivismo. Novas
abordagens teóricas surgirão, procurando reconectar os campos do direito e da moral, do direito e
da justiça, o campo do direito e o da democracia. Podemos classificar essas novas tendências sob a
rubrica geral de pós-positivismo.
---> Pós-positivismo
Parte-se da ideia de que o positivismo, ao separar, do ponto de vista científico, direito e justiça, direito e
moral - afinal, o direito, para ser válido, não precisava ser justo, na ótica positivista -, acabou deixando o
pensamento jurídico desarmado para criticar o nazi-fascismo.
Passa-se a buscar reconectar os campos do direito e da democracia.
John Rawls
Ronald Dworkin
Jürgen Habermas
OBS, jusnaturalismo é a visão que acredita no direito natural que está acima do direito positivo.