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Curso: Bacharelado em Direito

Prof° Mestre Aldrin Pontes

Palmas
2023
Perfil do Professor
• Advogado e radialista.

• Graduado em Direito, pelo Centro Universitário do Norte (Uninorte/Laureate).

• Mestre em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

• Especialista em Direito Público pelo Centro Universitário do Norte


(Uninorte/Laureate).

• Especialista em Compliance e Gestão de Riscos , pela Faculdade Anhanguera.

• Especialista em Direito e Sistema Registral e Notarial Brasileiro pela Faculdade


Metropolitana.

• As experiências profissionais são voltadas à docência universitária, advocacia e


pesquisador em comunidades tradicionais: Povos Originários e Quilombolas;
Direito Processual Civil e Penal; além de tecnologias educacionais.
Radialista – Locutor Esportivo
Coordenador Setorial de Inovação e transparência
Pública – Prefeitura de Campinas em São Paulo
Curso de Direito da UFT
• Curso: Direito

• Modalidade: Bacharelado

• Duração do Curso: 10 Semestres

• Missão: Formar cidadãos e profissionais da área jurídica atuantes e


críticos, comprometidos com os direitos humanos e a justiça e de alto
nível acadêmico.

• Visão: Manter se como o melhor curso de Direito do Tocantins e


alcançar posição de destaque entre os cursos da região da Amazônia
legal brasileira, como reconhecimento pela formação de egressos
socialmente ativos e tecnicamente excelentes.

• Valores: Excelência acadêmica; Equidade; Justiça social; Respeito à


diversidade; Direitos humanos.
Revisão Termos Jurídicos
• Os termos jurídicos são expressões e jargões
característicos da linguagem utilizada por operadores do
direito para se referir a documentos, procedimentos ou
definições do meio jurídico.

• O neologismo “juridiquês” é utilizado para descrever o


uso excessivo dos termos jurídicos.
Revisão Termos Jurídicos
• Ação: Não é sinônimo de processo. A ação é o direito
subjetivo de pedir ao Judiciário tutela jurisdicional para
proteção de um direito contra lesão ou ameaça de lesão.

• Acórdão: É uma decisão colegiada, proferida por um grupo


de juízes ou ministros, em oposição à decisão monocrática. É
composto por três partes: relatório, fundamentação e
dispositivo.

• Arbitragem: É um dos métodos de resolução extrajudicial dos


conflitos. Em vez de buscar o poder Judiciário, as partes
escolhem um árbitro para decidir sobre a questão. É
heterocompositiva, já que a resolução fica nas mãos de uma
terceira parte.
Revisão Termos Jurídicos
• Agravo
• O agravo é um dos tipos de recurso no processo. Ele é
interposto contra uma decisão e apresentado à instância
superior.
• Existem alguns tipos de agravo, entre os quais:

• Agravo de instrumento
• Agravo interno
• Agravo de petição (apenas no Processo Trabalhista)
Revisão Termos Jurídicos
• O agravo de instrumento é uma forma de recurso
utilizada para contestar decisões tomadas durante um
processo judicial, especialmente aquelas que não põem
fim definitivo à disputa em questão.

• O agravo de instrumento é um recurso previsto no Código


de Processo Civil entre os artigos 1.015 e 1.020.

• Ele é o recurso cabível contra determinadas decisões


interlocutórias proferidas pelo Juízo.
Revisão Termos Jurídicos
• De forma bem direta, o Agravo Interno é o recurso cabível
para contestar uma decisão monocrática do(a)
Desembargador(a) Relator(a) do processo que já se encontra
no Tribunal, no 2º Grau.

• Muitas vezes os recursos ou as ações originárias de Tribunais


são decididos, primeiramente, de forma monocrática, por
um(a) único(a) Desembargador(a), sem a análise colegiada.

• Isso acaba ferindo justamente o chamado Princípio da


Colegialidade. No caso, esse princípio que fundamenta o
Agravo Interno e destaca a possibilidade de uma análise do
recurso e dos fundamentos do processo por mais de um
julgador, em uma decisão colegiada (de Turma, ou Câmara, ou
Seção).
Revisão Termos Jurídicos
• O agravo de petição é um recurso utilizado no processo trabalhista
para contestar uma decisão na fase de execução. Ele é apresentado
ao Tribunal Regional do Trabalho para pedir a revisão ou mudança
da decisão que afeta a execução do processo.

• Ao ser instaurado um processo, ele passará por decisões judiciais


que poderão ser atacadas por recursos ou ações autônomas. Nosso
foco neste texto são os recursos, mais especificamente o recurso de
agravo de petição.

• Antes, porém, cabe dizer que os recursos quando interpostos dão


continuidade ao processo, uma vez que não possuem natureza
autônoma, como é o caso da ação rescisória e do mandado de
segurança. Estes últimos são interpostos contra decisão judicial e
dão início a um processo distinto e, portanto, não têm natureza
recursal.
Revisão Termos Jurídicos
• Autos: Os autos são o conjunto de todas as peças
processuais relativas a um processo.

• Caput: Significa cabeça, parte superior. É usado para se


referir ao enunciado principal de um artigo de lei. Além
do caput, o artigo pode ter parágrafos (indicados pelo
símbolo §), incisos (indicados por algarismos romanos: I,
II, III…) e alíneas (indicados por letras minúsculas: a, b,
c…).
• Honorários de sucumbência: É a remuneração devida
pela parte que sucumbe no processo, isto é, que perde a
causa, ao advogado da parte vencedora.
Revisão Termos Jurídicos
• Mérito: O mérito diz respeito ao merecimento em relação
à substância do pedido, à questão central do processo. A
decisão de mérito é aquela que confirma ou afasta a
razão do autor na substância do seu pedido, concedendo
ou negando, total ou parcialmente, o que ele pede.

• Ônus da prova: É a responsabilidade pela produção de


provas para demonstrar os fatos alegados no processo.
O ônus da prova é estabelecido pela lei às partes.

• Partes: São as pessoas que atuam no processo: autor,


réu, seus litisconsortes, e também os terceiros
interessados.
Revisão Termos Jurídicos
• Petição: É o pedido elaborado por qualquer das partes e
dirigido ao juízo. A petição inicial é o pedido para iniciar o
processo.

• Procuração ad judicia: É o documento que estabelece um


advogado para representar a pessoa (natural ou jurídica) no
processo.

• Suspeição: Falamos em suspeição quando existe uma


condição que torna o juiz suspeito para atuar em determinado
processo. Diferentemente do impedimento, ele ainda pode
julgar, mas existe uma presunção relativa de parcialidade. As
causas de suspeição são previstas no Código de Processo
Civil.
Revisão - Direito Processual Civil

• Definição: É o ramo da ciência jurídica que estuda a


natureza, o desenvolvimento e a eficácia do conjunto de
relações jurídicas denominado processo civil.

• Conteúdo: A ação, como um procedimento criado a fim


de cumprir a função jurisdicional.
Relações Jurídicas
Relações Jurídicas: Direito Material

• Direito Material: Relações regidas pelas regras que


definem o lícito e o ilícito nas relações interpessoais
dentro de um Estado Democrático do Direito.

• O direito material é o conjunto de normas que atribuem


direitos aos indivíduos, trata das relações entre as partes,
é o interesse primário, a própria relação subjetiva, por
exemplo o direito à vida, o direito ao nome, o direito à
privacidade, direito do filho ao alimento, etc.
Relações Jurídicas: Direito Processual
• Direito Processual: relações regidas pelas normas de
direito processual, que disciplinam os fenômenos que
ocorrem dentro da esfera de poder jurisdicional do
judiciário.
Direito Processual Penal
• “O conjunto de princípios e normas que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as
atividades persecutórias da Polícia Judiciária, e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e
respectivos auxiliares”.

• Enquanto o Direito Penal é constituído pelas normas que


definem os princípios jurídicos que regulam os seus
institutos, definem as condutas criminosas e cominam as
sanções correspondentes, o Processo Penal, é o
instrumento através do qual pode ser imposta uma pena
em função de um delito.
Direito Processual Trabalhista
• O Direito Processual do Trabalho conceitua-se como o
conjunto de princípios, normas e instituições que regem a
atividade da Justiça do Trabalho, com o objetivo de dar
efetividade à legislação trabalhista e social, assegurar o
acesso do trabalhador à Justiça e dirimir, com justiça, o conflito
trabalhista.

• São princípios processuais trabalhistas: oralidade,


concentração dos atos processuais, proteção ou tutela,
informalidade, irrecorribilidade das decisões interlocutórias,
conciliação, majoração dos poderes do juiz do trabalho na
condução do processo e jus postulandi.

• Obs.: O Jus Postulandi é o direito da parte de ingressar com


uma ação trabalhista sem a assistência de advogado (com
base no art. 791 da CLT).
Direito Processual Civil
• O Direito Processual Civil é o ramo do Direito que reúne regras
e princípios que dispõem sobre a ação, a jurisdição e o
processo. O objetivo é administrar as relações civis com a
aplicação da lei aos casos concretos, buscando a solução de
conflitos.

• Todas as normas processuais estão relacionadas ou têm por


objeto um destes institutos fundamentais, que são quatro no
Direito Processual Civil:

• 1 - a jurisdição;
• 2 - a ação;
• 3 - a defesa ou exceção;
• 4 - o processo.
Características Essenciais da Jurisdição
• As Características Essenciais da Jurisdição: Substitutividade,
Secundariedade, Lide, Inércia, Unidade, e Definitividade.

• A primeira característica da Jurisdição é a substitutividade. Na


atividade jurisdicional ocorre a substituição da partes pelo Estado-juiz
para a solução do conflito.

• As partes, incapazes de chegar à composição por si, procuram a


jurisdição que as substitui na resolução do conflito. Outra
característica fundamental mencionada por vários autores é a
Secundariedade.

• A Jurisdição tem o “escopo” (isto é, o objetivo, a finalidade) de


atuação do direito. Existem os preceitos jurídicos, a lei abstrata e
genericamente dirigida a todos como um comando. Mas algumas
vezes isso não basta para garantir a ordem em caráter primário.
Características Essenciais da Jurisdição
• Os preceitos são descumpridos e surgem os conflitos de
interesses. Aí é preciso promover a atuação concreta da
vontade da lei, isto é, adequá-la ao caso concreto, àquele
conflito de interesses surgido entre os particulares, numa
atividade secundária.

• Humberto Theodoro esclarece: “Diz-se que é atividade


„secundária‟ porque, através dela, o Estado realiza
coativamente uma atividade que deveria ter sido
primariamente exercida, de maneira pacífica e
espontânea, pelos próprios sujeitos da relação jurídica
submetida à decisão”.

• Mais uma característica apontada para a Jurisdição é a


presença da Lide.
Lide e Jurisdição
• Sabemos que a lide é o conflito de interesses qualificado por
uma pretensão resistida. Trocando em miúdos, a lide configura
a presença do conflito, do litígio.

• Contudo, nem todos os autores apontam à lide como uma


característica inerente à jurisdição, pois ela estará presente na
maioria dos casos, mas não sempre.

• Aqui cabe fazer a distinção entre jurisdição contenciosa e


jurisdição voluntária.

• A jurisdição é denominada contenciosa quando há lide.

• A Jurisdição voluntária ocorre em razão de determinação legal,


é a chamada administração estatal de interesses privados.
Jurisdição voluntária
• Na Jurisdição voluntária, mesmo que as partes estejam
“satisfeitíssimas” com a situação, não poderão prescindir
da atuação do Poder Judiciário.

• Podemos citar como exemplo o inventário e o


arrolamento de bens, que são procedimentos para
transmissão dos direitos e herança. Neles, mesmo que
todos os envolvidos concordem com os termos da
sucessão, haverá, necessariamente, a participação do
Estado-juiz, independentemente da vontade das partes.
Na jurisdição voluntária, não há lide.
Característica da Jurisdição
• Outra característica da Jurisdição, de grande relevância, é a
Inércia.

• “Ih, que esquisito!

• Ficar inerte não é permanecer parado, sem fazer nada? E isso


é uma característica da Jurisdição”?

• Bem, é mais ou menos isso... A Jurisdição é inerte no sentido


de que não toma a iniciativa, não tem uma atuação
espontânea. O órgão jurisdicional deve agir (salvo as exceções
previstas em lei) mediante a provocação da parte interessada.
O motivo de tal restrição é simples.

• O objetivo final da jurisdição é a paz social, então, ela só


deverá agir se há alguém “incomodado” com a situação.
• Se a parte não move a jurisdição, a intromissão forçada
do Estado iria desestabilizar a relação ou, mesmo,
impedir uma possível solução pacífica ente as partes
(autocomposição).

• Além disso, se ao juiz fosse facultada a iniciativa para a


causa, já haveria um prejulgamento, uma tendência de
envolvimento que atingiria a própria imparcialidade do
juiz. Princípio da inércia (ou da demanda como também é
chamado) está consagrado no art. 2º, do Código de
Processo Civil.
• Há uma frase em latim identificada com a Inércia que vale a
pena vocês memorizarem, pois os examinadores em
concursos na área do Direito gostam correlacionar algumas
das expressões mais conhecidas com os respectivos conceitos
jurídicos.

• “ne procedat iudex ex officio”.

• Significa: o juiz não procede de ofício.

• Proceder de ofício é tomar a iniciativa jurisdicional,


independentemente de provocação das partes, o que é
admitido apenas excepcionalmente e, em geral, com relação
apenas à matérias de ordem pública. Temos também a
característica da Unidade da Jurisdição. O poder Estatal é uno
e indivisível e, como manifestação do Poder do Estado a
Jurisdição também o é.
Trânsito em julgado
• Podemos falar ainda da Definitividade ou Imutabilidade da
Jurisdição. Diz-se que a jurisdição é revestida de definitividade
porque, após a decisão proferida pelo Poder Judiciário
transitar em julgado, não mais poderá ser alterada.

• O trânsito em julgado ocorre quando não é mais cabível


qualquer recurso para determinada decisão judicial, seja
porque se esgotaram as vias recursais, seja porque a parte
desistiu do seu direito de recorrer no prazo legal.

• Nesse caso terá se formada a coisa julgada, protegida pela


própria Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XXVI: “a lei
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada”. Aqui abro “parênteses” para lembrá-los de que
a coisa julgada pode ser material ou formal.
Trânsito em julgado
• Diz-se que há coisa julgada formal quando a decisão
proferida pelo juízo não analisou o mérito da causa. No
caso, poderá ser proposta uma outra demanda
semelhante. Haverá coisa julgada material quando a
decisão insuscetível de recurso houver alcançado o
mérito da questão. Neste caso, jamais poderá ser
proposta demanda idêntica.

• Voltando ao nosso tema, a definitividade como


característica da Jurisdição, só os atos do Estado no
exercício da função jurisdicionais a possuem.
• Os atos do Poder Executivo e Legislativo são mutáveis,
podem ser rediscutidos, revistos. Bem, essas são as
características mais citadas. Há ainda quem cite a
imparcialidade do juízo, que é a ausência de interesse do
juízo na decisão da causa.

• Ser imparcial é, basicamente, não tomar partido, não


pender para qualquer dos lados, não estar inclinado a
uma decisão favorável ou desfavorável, acompanhar com
isenção todo o processo para, ao final, poder decidir.
Princípio da Investidura
• O Princípio da Investidura estabelece que para fazê-lo, tal
indivíduo (o juiz) deve estar investido na atividade jurisdicional
de acordo com as regras legais. A jurisdição só pode ser
exercida por uma pessoa investida no papel de juiz, com todas
as formalidades e exigências legais cumpridas.

• Cada juiz tem a autoridade de exercer a função jurisdicional no


âmbito de um determinado território.

• Explico: A Jurisdição é una e a brasileira alcança todo o nosso


território. Mas é claro que, para efetivá-la é necessário
estabelecer critérios para atribuição das funções aos órgãos
jurisdicionais. Por exemplo, para o juiz de direito (o juízo
singular de primeiro grau) essa “limitação territorial” é a
comarca, que corresponde à delimitação geográfica do
município.
Princípio da improrrogabilidade
• O Princípio da improrrogabilidade (ou da aderência ao
território) é aquele segundo o qual cada órgão
jurisdicional tem uma delimitação territorial à qual
corresponde a sua atuação.

• Assim, se o juiz da comarca do Rio de Janeiro quer


intimar alguém que mora na vizinha Belford Roxo deve
fazê-lo através de um pedido ao seu colega juiz (a carta
precatória), para não extrapolar os limites da sua
competência, nem invadir a do outro magistrado.
Princípio da Indelegabilidade
• Esses critérios de distribuição são rígidos, por isso
nenhum órgão ou poder jurisdicional pode delegar a outro
a sua atribuição é o denominado Princípio da
Indelegabilidade.

• Para cada causa há sempre um único juízo determinado


segundo critérios legais previamente estabelecidos,
lembre-se disso. Aqui cabe mencionar o Princípio do Juiz
Natural, que é um importante e inafastável princípio da
jurisdição.
Princípio da Inevitabilidade

• O Princípio da Inevitabilidade prevê a submissão de todos nós


ao Estado-juiz. Ninguém pode recusá-lo, evitar a sua
autoridade.

• Tomemos o exemplo do réu, uma vez citado, não pode dizer


“não quero participar desse processo”.

• Será convocado a comparecer em juízo e, se não apresentar a


sua defesa, sofrerá os ônus decorrentes de sua atitude. Do
mesmo modo nenhum de nós pode simplesmente declarar que
não concorda com determinada decisão e que, portanto, não
irá cumpri-la. Se não concordar, deve recorrer para modificar a
decisão, mas nunca tão somente descumpri-la.
Princípio da Inafastabilidade
• Princípio da Inafastabilidade, importantíssimo, fundamental na
disciplina processual. Embora muito haja a ser explorado com
relação a ele, faremos aqui apenas uma breve apresentação.

• Está consagrado no Art. 5º, inciso XXXV, da Constituição


Federal. “a lei não excluirá da apreciação do Poder judiciário
lesão ou ameaça a direito” O Poder Judiciário deve apreciar
qualquer lesão ou ameaça ao direito de qualquer pessoa e
nada, nem mesmo a lei, pode impedir a apreciação.

• Pelo mesmo princípio (embora o dispositivo mencione apenas


“a lei não excluirá”), o juiz não pode furtar-se a decidir qualquer
causa, mesmo que haja lacuna na lei ou que a lei seja obscura
(de difícil compreensão). “Lacuna”? É lacuna, um lugar vazio a
ser preenchido.
Lei Lacunosa
• Diz-se que a lei é lacunosa quando não se vislumbra nela a
disciplina para uma determinada situação, a solução legal para
certo caso. O legislador, por mais abrangente que busque ser,
por vezes, não consegue prever todos os desdobramentos
possíveis.

• Não seria razoável que o juiz dissesse: “olha, rapaz, seu caso
não foi disciplinado, não posso fazer nada contra essa
injustiça. Espere surgir uma lei para o caso”.

• Ainda que a lei seja lacunosa o juiz está autorizado pelo art.
126 do Código de Processo Civil a decidir o caso. Hoje há uma
compreensão de que o Princípio da inafastabilidade traz uma
dimensão referente ao próprio acesso à justiça, que pode ser
traduzido, em síntese, como o acesso a uma ordem jurídica
justa.
Acesso à Justiça
• O conceito do acesso à Justiça é riquíssimo e carrega em seu
bojo a ideia de que não é suficiente que o Judiciário aceite
apreciar o caso, mas que, efetivamente, viabilize uma tutela
adequada dos direitos a todos os envolvidos no processo, a
qualquer cidadão que dela necessite.

• Apenas para citar alguns desdobramentos do acesso à


Justiça, podemos lembrar que justifica a assistência judiciária
gratuita aos desprovidos de recursos financeiros e determina a
efetividade das decisões (devem ser rápidas se apresentarem
caráter de urgência, risco de lesão ao direito).

• O acesso à justiça importa, enfim, num processo justo, célere,


adequado, disponível a todos, sem exceção.
Até a Próxima aula e obrigado
pela atenção!

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