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PRINCIPAIS TÓPICOS

DE
FILOSOFIA PARA
O ENEM

Professor Eduardo Martins


@oedumartins
1. Filosofia pré-socrática Importância:

Contexto Histórico e Geográfico: • Bases do pensamento filosófico ocidental.


• Mudança do mito para o logos (razão).
• Surgimento na Grécia Antiga, antes de
Sócrates. Palavras-chave:
• Filósofos da natureza, buscavam a origem e a
constituição do universo. • Arché: Princípio originário.
• Physis: Natureza.
Principais Pensadores e suas Ideias:

• Tales de Mileto: Água como princípio


originário de tudo.
• Anaximandro: O "ápeiron" (indeterminado)
como princípio de todas as coisas.
• Pitágoras: Importância dos números e
harmonia no universo. Como é cobrado?
• Demócrito: Tudo é composto por átomos e
espaço vazio.
01. (Enem 2017) A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras,
na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a
determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém
aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples
para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que,
através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura.

HEGEL. G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socrática: vida e obra. São
Paulo: Nova Cultural. 2000 (adaptado).

O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, 03. (Enem 2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com
segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo
pelo(a) necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro
lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em
a) número, que fundamenta a criação dos deuses. segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro
b) devir, que simboliza o constante movimento dos objetos. lugar, porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o
c) água, que expressa a causa material da origem do universo. pensamento: Tudo é um.
d) imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal. NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999
e) átomo, que explica o surgimento dos entes.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os
gregos?

a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis


em verdades racionais.
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas
existentes.
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no
real.
2. Filosofia antiga: Sócrates, Platão e
Aristóteles.

Sócrates (469-399 a.C.): Palavras-chave:

• Maiêutica: arte de fazer "parir" ideias. • Sócrates: Maiêutica e ironia.


• "Só sei que nada sei". • Platão: Formas, ideias, dialética.
• Criticava a sofística e a relatividade ética. • Áristóteles: Materialismo/empirismo,
Eudaimonia, felicidade, virtude, mediania.
Platão (427-347 a.C.):

• Dualismo: Mundo das ideias (perfeito) e


mundo sensível (cópias imperfeitas).
• Teoria das Ideias.
• "Alegoria da Caverna": crítica à ignorância e
valorização do conhecimento.

Aristóteles (384-322 a.C.): Como é cobrado?


• Ética a Nicômaco: busca da felicidade e do
meio-termo.
20. (Enem 2014)

17. (Enem 2021) Sócrates: “Quem não sabe o que uma coisa é, como
poderia saber de que tipo de coisa ela é? Ou te parece ser possível
alguém que não conhece absolutamente quem é Mênon, esse alguém
saber se ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te ser isso
possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas ser a virtude?”.
PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2001
(adaptado).

A atitude apresentada na interlocução do filósofo com Mênon é um


exemplo da utilização do(a)

a) escrita epistolar.
b) método dialético.
c) linguagem trágica.
d) explicação fisicalista. SANZIO, R. Detalhe do afresco A Escola de Atenas. Disponível
e) suspensão judicativa. em: http://fil.cfh.ufsc.br. Acesso em: 20 mar. 2013.

No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto.


Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na
qual o homem descobre a

a) suspensão do juízo como reveladora da verdade.


b) realidade inteligível por meio do método dialético.
c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
e) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.
3. Racionalismo e Empirismo

Racionalismo:
Palavras-chave:
• Representantes: Descartes, Spinoza, Leibniz.
• Conhecimento derivado da razão. • Racionalismo: Inatismo (ideias inatas),
• "Penso, logo existo" (Descartes). razão, método cartesiano, dedução, dúvida
metódica/hiperbólica
Empirismo:
• Empirismo: Experiência, tábula rasa,
• Representantes: John Locke, Berkeley, David método indutivo (indução).
Hume.
• Conhecimento provém da experiência
sensível.
• Tabula rasa (Locke): mente humana como
uma folha em branco.

Importância e contraste: Como é cobrado?


• Debate sobre a origem do conhecimento.
• Base para o surgimento do Iluminismo.
15 - (Unicamp 2015 - adaptada) A maneira pela qual adquirimos
qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural,
1988, p.13.
Mas há um enganador, não sei quem, sumamente poderoso, sumamente
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte, astucioso que, por indústria, sempre me engana. Não há dúvida, portanto,
de que eu, eu sou, também, se me engana: que me engane o quanto
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da possa, nunca poderá fazer, porém, que eu nada seja, enquanto eu pensar
experiência. que sou algo. De sorte que, depois de ponderar e examinar
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam cuidadosamente todas as coisas é preciso estabelecer, finalmente, que
ser obtidos. este enunciado eu, eu sou, eu, eu existo é necessariamente verdadeiro,
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência todas as vezes que é por mim proferido ou concebido na mente.
de ideias inatas.
d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento. (DESCARTES, R. Meditações sobre Filosofia Primeira. Tradução, nota prévia e revisão de
e) busca basear suas conclusões em princípios independentes da Fausto Castilho. Campinas: Unicamp, 2008, p. 25.)
experiência sensível.
Com base na tira e no texto, sobre o cogito cartesiano, é correto afirmar
que a existência
07 - Observe a tira e leia o texto a seguir:
a) decorre do ato de aparecer e se apresenta independente da essência
constitutiva do ser.
b) é manifesta pelo ato de pensar que, ao trazer à mente a imagem da
coisa pensada, assegura a sua realidade.
c) é concebida pelo ato originário e imaginativo do pensamento, o qual
impede que a realidade seja mera ficção.
d) é a plenitude do ato de exteriorização dos objetos, cuja integridade é
dada pela manifestação da sua aparência.
e) é a evidência revelada ao ser humano pelo ato próprio de pensar.
3. Ética Kantiana

Immanuel Kant (1724-1804):

• Crítica à ética utilitarista e consequencialista. Palavras-chave:


Imperativo Categórico: • Dever, autonomia, esclarecimento,
deontologia, imperativo categórico, razão
• Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao prática
mesmo tempo querer que ela se torne uma lei
universal.

Autonomia da vontade:

• Ação moral não deve ser baseada em recompensas


ou castigos externos, mas em um senso de dever.

Importância: Como é cobrado?


• Base para a ética deontológica.
• Influência profunda na filosofia moral
contemporânea.
10 - (Enem 2012) Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da
qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu
entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado
dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, 10 - As leis morais juntamente com seus princípios não só se distinguem
mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de essencialmente, em todo o conhecimento prático, de tudo o mais onde
outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema haja um elemento empírico qualquer, mas toda a Filosofia moral repousa
do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao homem, não toma
grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo
uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores (Antropologia).
durante toda a vida. KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado). Paulo: Discurso Editorial, 2009. p.73.

Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a Sobre a questão da liberdade e autonomia em Immanuel Kant, é correto
compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no afirmar que a/o
sentido empregado por Kant, representa
a) fonte das ações morais pode ser encontrada através da análise
a) a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da psicológica da consciência moral, na qual se pesquisa mais o que o
maioridade. homem é, do que o que ele deveria ser.
b) o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades b) elemento determinante do caráter moral de uma ação está na
eternas. inclinação da qual se origina, sendo as inclinações serenas moralmente
c) a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma mais perfeitas do que as passionais.
heterônoma. c) sentimento é o elemento determinante para a ação moral, e a razão,
d) a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de por sua vez, somente pode dar uma direção à presente inclinação, na
entendimento. medida em que fornece o meio para alcançar o que é desejado.
e) a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela d) ponto de partida dos juízos morais encontra-se nos “propulsores”
própria razão. humanos naturais, os quais se direcionam ao bem próprio e ao bem do
outro.
e) princípio supremo da moralidade deve assentar-se na razão prática
pura, e as leis morais devem ser independentes de qualquer condição
subjetiva da natureza humana.
VOLUME I VOLUME II VOLUME III VOLUME IV –
EM BREVE

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