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Instituto Superior Maria Mãe de África

Departamento de ciências sociais e jurídicas


Curso de Licenciatura em Filosofia e Ética

Calton Milódio Joaquim Rungo

1º Ano

FE E RAZÃO

Cadeira: história da filosofia medieval.


Docente: Pe. Agostinho Raúl
MAPUTO, MAIO DE 2020

ÍNDICE
INTRODUÇÃO.............................................................................................................2

1. PATRÍSTICA.........................................................................................................3

2. FUNDAMENTOS DA FÉ..................................................................................3

3. RAZÃO...............................................................................................................5

4. FÉ E RAZÃO: SUA RELAÇÃO........................................................................6

CONCLUSÃO...............................................................................................................9

BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................10

1
INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordam-se conteúdos que tem a ver com a fé e a razão. Importa referir
que esse tema foi muito debatido na idade média, onde o objectivo principal era
correlacionar estes dois conceitos. Alguns pensadores da época afirmaram a existência
da relação entre os dois conceitos, ou pelo menos buscavam ter alguma relação entre
eles e os outros não quiseram admitir a sua relação achando desse modo que esses dois
conceitos, mais do que distintos são irreconciliáveis, falamos nesse caso dos padres da
igreja na idade medieval, ou seja, os padres que faziam parte da patrística.

O nosso maior objectivo neste trabalho não é responder a questão se entre fé e a razão
pode haver alguma interligação porem é de reflectirmos a cerca do que nos é
apresentado (o que diz respeito aos pensamentos dos autores citados) e nós mesmos, na
nossa consciência descobrirmos a diferença e a semelhança (se é que existe) e deste
modo concluirmos se há ou não relação entre os dois conceitos.

Um trabalho como esse precisa de muito tempo, um largo espaço e condições adequadas
para a sua investigação pois, muitos pensadores da idade média apresentaram a sua tese
sobre estes dois conceitos, uns contradizendo os outros e outros concordando entre si.
Por isso, para investigação desse tema usam-se obras e artigos científicos sem esquecer
também da Bíblia sagrada que faz parte da investigação deste tema. As obras
recomendadas para a confirmação dos conteúdos desse trabalho são de Reale e Antiseri,
Nicola Abbagnano, José Mora, João Paulo segundo e a nossa bíblia sagrada como
poderemos ver detalhadamente na bibliografia do trabalho.

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1. PATRÍSTICA
A patrística surge no âmbito em que havia uma grande necessidade de defender a fé de
tal modo que os cristãos não perdessem a credibilidade nos dogmas da igreja católica.
Neste sentido, segundo Manoel Vasconcellos (2014, p. 12), o nome patrística designa a
reflexão compreendida pelos padres da igreja, isto é, os pais, os fundadores do
pensamento cristão.

Se vamos ler Reale e Antiseri, poderemos compreender que uma das principais tarefas
dos homens da patrística foi a selecção de alguns escritos relacionados com a vida de
jesus cristo na terra, pois segundo eles, não apresentavam as necessárias garantias de
credibilidade histórica.

Cristo anunciou a sua mensagem confiando-a à palavra viva. Depois


de sua morte, essa palavra foi apresentada em alguns escritos, a partir
da metade do século I. no curso do tempo, esses escritos se
multiplicaram, mas somente alguns ofereciam as necessárias garantias
de credibilidade histórica. Portanto, a primeira tarefa urgente foi não
apenas a de recolher esse material, mas também selecciona-lo […]
(REALE & ANTISERI, 2005, p. 399).

Ainda segundo Reale e Antiseri (2005, p. 402), na metade do século I pode se destacar
um percursor conhecido como Fílon de Alexandria que pela primeira vez tentou uma
fusão entre a filosofia grega e a teologia mosaica usando o método da alegorese fazendo
com que nascesse desso modo a filosofia mosaica. No pensamento de Fílon de
Alexandria, podemos encontrar dois significados da Bíblia: literal e oculto.

[…] A bíblia tem a) significado literal, que, no entanto, não é o mais


importante, e b) o significado oculto segundo o qual as personagens e
os eventos bíblicos são símbolos de conceitos e verdades morais
espirituais e metafísicas […] (REALE & ANTISERI, 2005, p. 402).

A interpretação alegórica da bíblia, alcançou o seu êxito tendo se tornado o verdadeiro


método para a leitura e interpretação da bíblia para a maioria dos padres da igreja e
acabou se tornando ao longo do tempo uma constante na história dos padres da igreja.

2. FUNDAMENTOS DA FÉ
Quando ouvimos a palavra “fé”, a primeira coisa que nos vem na mente é a ideia de crer
em Deus (criador de todas as coisas) sem questionamento. A fé é uma forma de crer
recomendada para os cristãos que consiste em crer em alguma coisa (neste caso em
Deus) sem questionar as razões pelas quais se deve crer. Neste sentido, a partir do

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momento em que o homem se dá por consciente de que não pode ser por acaso que ele
existe, ele entende a necessidade de explicar a sua existência assim como a existência de
todas as coisas que se podem encontrar no seu meio.

Pode-se dizer que para explicar a existência de todas as coisas e nesse caso para a
satisfação da alma humana, o homem encontrou uma solução que lhe era mais viável e
mais explicadora do que o que se pode encontrar nas reflexões racionais que quase
nunca tem uma resposta no concreto. Desse modo, o Homem deve acreditar em alguma
coisa que seja a causa da sua existência e que sem a qual não haveria alguma
possibilidade de existir. Acreditar em Deus foi o melhor caminho para a resposta dessa
questão.

Numa perspectiva filosófica, podemos encontrar na ideia de Mora que nos afirma
inicialmente que no contexto filosófico os conceitos fé e crença são utilizados quase da
mesma maneira (cf. MORA, 2005, p. 1006). Neste sentido, em Mora a fé pode ser
compreendida de diferentes maneiras:

 A fé como a crença traduzindo o vocábulo alemão glaube;


 A fé como a fonte do conhecimento supra-sensível;

“o homem não pode reconhecer-se no seu não ser, senão em referencia


ao ser, não pode reconhecer-se no seu erro se não, na sua duvida, na
sua miséria, se não em relação a verdade, ao bem e a felicidade. O
reconhecimento da própria miséria é o inicio de uma forma dolorosa
que o leva a fé” (ABBAGNANO, 1992, p. 139).

É neste sentido que em pascal encontramos a ideia de que a fé que envolve todos os
aspectos do homem até as suas raízes. Assim, as actividades do homem devem se
realizar na busca de realizar a fé e mediante a fé. Isto é, a actividade humana deve
totalmente se centralizar na fé.

Para o homem cristão, acreditar e confiar em Deus não é simplesmente um caminho


para alcançar a verdade, porque Deus é a própria verdade, caminho e a vida como nos
pode confirmar a própria vida em João 14, 6. Desse modo, para além de ser um caminho
para pura explicação da causa primeira de todas as coisas, ter fé significa para os
cristãos uma busca de salvação divina que se trata de escapar a morte e ganhar a vida
eterna. “Voltais vos para mim e sereis salvo, vós que habitais nos confins da terra,
porque eu sou Deus” (Isaías 45, 22).

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Com o versículo acima citado, percebemos o convite que Deus faz ao seu povo para que
vá até ele e desse modo conseguir a salvação. É neste e nos outros fundamento em que
os cristãos sustentam as sua maneira de crer, que objectivo principal não é explicar a sua
existência porque o próprio Deus já explicou a cerca disso no Géneses 2, 26-27 “Deus
disse: façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine
sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos
os répteis que rastejam sobre a terra. Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à
imagem de Deus, ele criou o homem e a mulher”.

3. RAZÃO
“Chama-se razão, uma faculdade atribuída ao ser humano e por meio do qual ele se
distinguiu dos de mais membros da série animal. Essa faculdade é definida usualmente
como a capacidade de alcançar conhecimento do universal…” (MORA, 2004, p. 2455).
Neste sentido, percebemos que a razão é uma componente própria do Homem, esta, que
lhe faz ser diferente dos outros animais que são conhecidos como “animais irracionais”.

A razão diferentemente da fé, não se satisfaz com as primeiras explicações relacionadas


com a realidade, ela pretende ir mais fundo do que são as primeiras explicações da
realidade, ela procura responder a questão do “como” e o “porquê” dessas pré-
explicações sobre a realidade. Deste modo, o pensamento racional não busca acreditar
em alguma coisa mas sim investigar de todas as maneiras todas as respostas e verdades
possíveis sobre a realidade.

No pensamento de Descartes, “a razão é uma forca única, infalível e omnipotente”


(ABBAGNANO, 1994, p. 59). Neste sentido, para descartes, a razão está muito além do
que se pode pensar como algo que se mantem no cérebro Humano, é algo que se
relaciona com a divindade, que possui uma forca divina e por tanto, é algo infalível.

Em contrapartida, encontramos o pensamento de Locke que nega totalmente a ideia de


descartes principalmente no que diz respeito as características que descartes atribui a
razão. Neste sentido, segundo Nicola Abbagnano, Locke dizia:

“Entendo por razão, não a faculdade do intelecto que forma o discurso


e deduz os argumentos, mas alguns determinados princípios dos quais
emanam as fontes de todas as virtudes assim como tudo o que assim
como tudo o que é necessário pra formar bem os costumes, já que o
que destes princípios correctamente se deduz, o justo titulo se diz
conforme à recta razão” (ABBAGNANO, 1994, p. 60-61).

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Locke não é único que se encontra fora da ideia de descartes sobre a razão omnipotente
ou como seja algo que não tenha limites, aliás, Pascal vê na razão alguns pontos que lhe
limitam pois, segundo ele, fora da razão encontra-se “o mundo propriamente humano, a
vida moral, social e religiosa do homem” (ABBAGNANO, 1994, p. 130).

No mundo da natureza, o poder da razão encontra um duplo limite1:

a) A experiencia que não é entendida como um simples método para avaliar o que é
ou não verdadeiro mas também como um ponto de partida para as explicações
racionais.
b) A impossibilidade de deduzir os primeiros princípios.

4. FÉ E RAZÃO: SUA RELAÇÃO


O conflito entre a fé e a razão pode ser assistido na idade medieval onde os novos
cristãos, nesse caso o que faziam parte da patrística, entram em conflito com os
filósofos greco-romanos clássicos para discutir a relação entre os dois conceitos. Neste
sentido, podemos destacar dois pensamentos fundamentais dos dois conflituantes
(greco-romanos e os novos cristãos).

Por um lado encontramos a ideia dos pensadores greco romanos que afirmava que a
physis e o mundo natural eram a fonte da lei, da harmonia e da ordem racional. No outro
lado, nesse caso dos pensadores da patrística, pode-se encontrar a ideia de que os
evangelhos são a fonte do conhecimento sobre o homem, porem, a ordem natural é a
ordem divina, isto é, que vem de Deus.

No Santo agostinho encontramos a dinâmica do saber que segundo Jorge Coutinho


(2008, p. 45), é uma dinâmica circular entre a fé e a razão que não se dá em um ciclo
vicioso em que se verificasse a petição de princípio que significa crer sem razões pra
crer. Neste sentido, o que cré deve antes perceber o porquê do saber, daí, a fé e a razão
passam a andar pelo mesmo caminho cujo objectivo é crer em determinada coisa com
razões “justas”.

Antes de crer, a razão é necessária para dar razão o ato do crer, para
entender os conteúdos da fé. Assim o exprime santo Doutor: « a
autoridade [ da revelação] exige a fé e encaminha o homem para a
razão. A razão leva o homem ao entendimento consciente. Por outro
lado, nem mesmo a autoridade pode ser considerada desprovida de um
fundamento racional, desde que se considere [pela razão] a quem se
devota a fé» (COUTINHO, 2008, p. 45).
1
Cf. ABBAGNANO, 1994, P. 131

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Segundo a ideia de João Paulo II, as ideias racionalistas afirmavam a não existência de
qualquer conhecimento que não fosse das capacidades naturais da razão, porem, João
Paulo II afirma também que essas ideias apesar de serem muito difundidas são ideias
erradas. Essa ideia racionalista, obrigou os padres no concílio vaticano I, a reafirmarem
a ideia de que além desse pensamento racional, existe também o pensamento próprio da
fé.

[…] A crítica racionalista então se fazia sentir contra a fé, baseada em


teses erradas mas muito difundidas, insistia sobre a negação de
qualquer conhecimento que não fosse fruto das capacidades naturais
da razão. Isto obrigara o concílio a afirmar vigorosamente que além do
conhecimento da razão humana, por sua natureza capaz de chegar ao
criador, existe um conhecimento que é próprio da fé. (PAULO II,
1998, p. 16)

Neste sentido, a máxima dos padres que participaram no concílio vaticano II, nos leva a
ideia de que a fé e a razão apesar de serem conceitos distintos, podem ser relacionados,
por isso mesmo, segundo João Paulo segundo, este concílio nos ajuda a intender
primeiro que, a verdade racional e a verdade da fé são inconfundíveis porem nem uma
faz com que a outra se torne mais supérflua.

[…] O concílio vaticano I ensina que a verdade alcançada pela via da


reflexão filosófica e a verdade da revelação não se confundem, nem
uma torna a outra supérflua: «existem duas ordem do conhecimento,
diversas não apenas quanto ao princípio, mas também quento ao
objecto. Quanto ao princípio porque se por um lado conhecemos pela
razão natural, por outro fazemo-lo pela fé divina; quanto ao objecto
porque para além das verdades que a razão natural pode compreender
é nos proposto ver os mistérios escondidos em Deus, que só podem ser
conhecidos se nos forem revelados pelo alto». (PAULO II, 1998, pp.
16-17).

Mas para além do que relacionam a fé e a razão como dois conceitos que se podem unir
e formar um só conhecimento “verdadeiro”, encontramos os que se distanciam da ideia
de que estes dois conceitos por algum motivo podem ser unidos e formarem um só
conhecimento até porque em são João Paulo II encontramos também a ideia de que o
pensamento que surge a partir da razão e o pensamento que surge a partir da fé, apesar
de poder-se correlacionar cada uma se distingue da outra na sua forma de se elaborar
apesar de que mesmo assim nenhuma torna a outra mais fundamental.

Nesse sentido, encontramos em Abbagnano a ideia de são Boaventura que acredita na


superioridade da fé em relação a ciência. Nisso, pode-se no entanto se argumentar do
seguinte modo: um filósofo pode até apresentar uma verdade da fé mas nunca pela sua
razão pode de facto ter uma certeza do que o verdadeiro recebe da verdadeira fé. Neste

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sentido, no que diz respeito a superioridade da validade de um conhecimento
distinguindo do outro, a fé tem a superioridade no que diz respeito a adesão e a razão
possui superioridade no que diz respeito a especulação. (cf. ABBANHANO, 1992, p.
261).

Quando estávamos a falar da razão, destacamos descartes como o pensador que defende
a razão como uma forca única, infalível e omnipotente. Neste caso, em Malebranche
(apud, Abbagnano 1992, p. 102) encontramos a mesma ideia sobre a razão, defende ele,
que a razão é infalível, imutável e incorruptível. Neste sentido, em Malebranche
podemos perceber que os lamentos sobre a corrupção da razão humana baseiam-se num
equívoco, pelo facto de não nos habituarmos em distinguir a luz das trevas ou a luz das
falsas luzes, isto é, reconhecer a verdadeira razão.

Se voltamos na carta encíclica de João Paulo II, poderemos no entanto encontrar a ideia
que fundamenta a correlação entre a fé e a razão. Diz ele que as sagradas escrituras
apresentam como sábio aquele que ama e busca a verdade e acrescenta dizendo que
“para o autor inspirado, como se vê, é uma característica comum a todos os homens.
Graças à inteligência, todos crentes e descrentes têm a possibilidade de saciarem se nas
águas profundas do conhecimento” (PAULO II, 1998, p. 28).

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CONCLUSÃO
Uma vez que chegamos a fim da nossa investigação, recordemos que a patrística foi um
movimento filosófico que fundou as reflexões religiosas. Neste movimento faziam parte
os padres da igreja. Do outro lado, recordemos que a razão pode ser entendida como um
elemento fundamental o qual distingue os homens dos animais irracionais. Mas para
além disso, no homem, a razão é dada a actividade de reflectir (questionando) em
relação a realidade.

Recordemos também que falamos sobre os fundamentos da fé, onde dissemos que ela
pode ser entendida no sentido de que é um sinónimo de crença e também pode ser
entendido como a fonte do conhecimento supra-sensível. No âmbito cristão, a fé é vista
como uma fonte de salvação da humanidade (uma forma de ganhar a vida eterna).

Durante o desenvolvimento do trabalho a nossa tentativa foi de estabelecer relação entre


fé e razão, vimos a discussão de muitos filósofos, os que concordavam com a ideia de
que estes conceitos podem se relacionar e produzir o mesmo tipo de conhecimento,
existiram os que davam primazia a razão e os que davam primazia a fé.

A grande confusão do co-relacionamento entre a fé e a razão é até hoje um problema a


ser resolvido. É uma discussão que vai sendo cada vez mais complexa porque quanto o
conhecimento da fé, quanto o conhecimento que parte da razão humana, isto é, da
reflexão, querem ganhar o seu espaço.

De uma maneira ou de outra, quer o homem concorde ou não, quanto a fé quanto a


razão são dois conceitos que precisam do mesmo elemento para se realiza, isto é, da
mente humana que processa os conhecimentos e no processo do conhecimento a razão
precisa da fé e a fé da razão. Se queremos dizer de uma outra maneira, podemos
concluir dizendo que estes dois conceitos têm uma relação de reciprocidade.

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BIBLIOGRAFIA
REALE, Giovanni & ANTISERI, Dario. Historia da filosofia. 9ª ed., são Paulo, paulus,
2005, III V.
REALE, Giovanni & ANTISERI, Dario. Historia da filosofia. 9ª ed., são Paulo, paulus,
2005, I V.
ABBAGNANO, Nicola. História da filosofia. 4ª ed., Lisboa, editorial presença, 1994,
III V.
ABBAGNANO, Nicola. História da filosofia. 4ª ed., Lisboa, editorial presença, 1994,
VII V.
ABBAGNANO, Nicola. História da filosofia. 4ª ed., Lisboa, editorial presença, 1994,
VI V.
MORA, J. Ferrater. Dicionário de filosofia. 2ª ed., São Paulo, Brasil, edições loyola,
2004, II V.
PAULO II, João. A fé e a razão. 2ª ed., Lisboa, Paulinas, 1998.
VASCONCELLOS, Manoel. Filosofia medieval – uma breve introdução. 1ª ed., S. L.,
dissertatio incipiens.
Bíblia sagrada. João 14, 6; Isaías 45, 22; Géneses 2, 26-27;

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