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Filosofia do direito
POSITIVISMO JURÍDICO
Segundo José Ferrater Mora, o termo positivismo tem sua origem em August Comte
que propôs e desenvolveu uma filosofia positiva que compreendia não só uma doutrina
acerca da ciência, mas também, sobretudo, uma doutrina sobre a sociedade e sobre as
normas necessárias para formar uma sociedade conduzindo-a a sua etapa positiva.
(MORA, 2004, p. 2325).
Esta corrente nasceu na franca no século XIX e como já dissemos, um dos principais
colaboradores é August Comte e depois temos John Stuart Mill. Para Comte, o
positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política que nasceu como
desenvolvimento sociológico do iluminismo, da crise social e moral do fim da idade
media e do nascimento da sociedade industrial, processos que tiveram como grande
marco a revolução francesa.
1.2. Jurisdição
2. POSITIVISMO JURÍDICO
Para começarmos a falar do positivismo jurídico, devemos ter a noção de que este tema
trata de uma escola do pensamento jurídico a qual defende que o direito é sinónimo da
lei. Em outras palavras, pode-se dizer que trata-se da “lei positiva, isto é, a legislação
editada pelo estado é que pode ser chamada de direito” (OLIVEIRA 2012). Neste
sentido, o que vem do povo não se pode considerar direito, o que se considera direito, é
o que provem do estado.
Neste sentido, no que diz respeito as diversas tipologias do direito segundo a forma em
que se apresenta, pode-se concluir que positivismo jurídico defende o direito objectivo.
Para esta escola do pensamento jurídico, considera-se que Hobbes seja o pai com a ideia
de que a autoridade é o que faz as leis e não a verdade.
Deste modo, o que Hobbes quer nos transmitir é uma critica do que diz respeito ao
junaturalismo a conformidade com as verdades da razão como um critério distinguir o
que era do que não era direito (cf. OLIVEIRA 2012). Neste sentido, para Hobbes o que
determina o que é ou não direito, não é a conformidade com determinada ideia nem é a
própria justiça mas sim o facto de que tal seja algo que surge como fruto da autoridade,
ou seja, algo que provem de alguém que possui determinada autoridade.
Neste sentido, ignora-se o que pode ser considerado como justiça, ou seja, seja justa ou
não determinada lei, se vem de uma entidade superior, isto é, de alguém que possui
autoridade, automaticamente essa lei é considerada direito porque tal como nós já
havíamos dito, na perspectiva positivista, direito é sinónimo de lei, e o que é lei é o que
vem da autoridade.
A partir do momento em que se forma o estado, a sociedade já não tem aquele poder de
elaborar suas próprias leis na medida em que, o estado se apodera desse poder assim
como todos os outros poderes passaram a se concentrar no estado. É a partindo desta
perspectiva que nasce o positivismo jurídico.
Hans kelsen é conhecido pela sua teoria pura do direito e muitos autores se referem a
sua teoria considerando que ele é um normativismo jurídico. Kelsen defendia que para
se estudar o direito de uma forma científica, “precisamos estuda-lo sob o ângulo que
não se confunde com a abordagem pela economia, pela política e pela filosofia”
(OLIVEIRA, 2012). Neste sentido, para Kelsen, o direito é valido só quando for
globalmente eficaz.
A teoria deste autor é a que afirma que o núcleo daquilo que se intende por sistema legal
moderno está na união entre as regras primarias que são aquelas que impõem alguma
forma de restrição ao livre uso da violência ao roubo e as fraudes em geral; e as regras
secundárias que são divididas em três tipos: regra de reconhecimento, regra de alteração
e regra de adjudicação ou atribuição.