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Introdução
Contextualização do tema da religiosidade e sua importância
No contexto contemporâneo, a religiosidade desempenha um papel significativo,
mesmo em sociedades cada vez mais pluralistas e secularizadas. Embora o papel e a
influência das tradições religiosas tenham evoluído ao longo do tempo, a religiosidade
continua a ser uma força motriz na vida de muitas pessoas, fornecendo um sentido de
identidade, propósito e orientação moral. A religiosidade desempenha um papel central
na busca por respostas existenciais e espirituais em um mundo marcado por rápidas
transformações, incertezas e desafios. Em meio a essas mudanças, muitos indivíduos
voltam-se para a religião e a espiritualidade como fontes de conforto, esperança e
sentido de transcendência. A religiosidade pode oferecer um quadro de referência para
compreender e enfrentar as questões complexas e profundas da vida, como o propósito,
a morte, o sofrimento e a moralidade.
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Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Ec 3.11.
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Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Dt 4.29.
Por sua vez, a fé cristã é centrada em Jesus Cristo como o caminho para a reconciliação
com Deus. Ela se baseia nas escrituras bíblicas. A fé cristã envolve a crença na morte
e ressurreição de Jesus como um ato redentor, a confiança em sua obra salvadora e a
busca de um relacionamento pessoal com Deus por meio dele e por sua aliança.
A religiosidade na Bíblia
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ROCHA, A. S. et al. Respostas Evangélicas à Religiosidade Brasileira. São Paulo: Vida Nova, 2004.
divindades específicas associadas a elementos naturais, fenômenos cósmicos e
aspectos da vida humana. As pessoas buscavam estabelecer uma relação
harmoniosa com essas divindades, acreditando que sua intervenção divina era
fundamental para o bem-estar individual e coletivo como nas colheitas, na morte ou
preservação da vida de seus animais e coisas rurais da época.
Neste trecho, Jesus está repreendendo os fariseus e escribas por sua religiosidade
superficial. Ele destaca a importância da conexão genuína do coração com Deus, em
contraste com a adoração meramente externa e baseada em tradições humanas. Essa
passagem nos convida a refletir sobre a natureza da religiosidade verdadeira. Ela vai
além de meras palavras e ações externas.
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Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Mt 15.8–9.
Ao destacar a conexão entre o coração e a religiosidade, Jesus enfatiza a importância
da motivação correta por trás das práticas religiosas. A adoração vazia e meramente
formal não é aceitável diante de Deus. Ele deseja um engajamento sincero e profundo
com Ele, que vai além de rituais vazios e alcança a essência espiritual.
Esse texto nos leva a refletir sobre nossa própria religiosidade. Será que nossa
adoração é genuína? Estamos nos aproximando de Deus com corações sinceros e
verdadeiros? Estamos seguindo as doutrinas e preceitos divinos, em vez de seguir
cegamente tradições humanas?
A mensagem central desse texto é que a religiosidade verdadeira vai além das
aparências externas e se concentra na devoção do coração. É um chamado para
examinarmos nossa própria religiosidade e buscar uma vida significativa com Deus,
baseada nos princípios e ensinamentos bíblicos.
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Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), At 20.35.
e padrões predominantes. O secularismo promove a ideia de que a religião deve
ser mantida como uma questão privada, enquanto o relativismo nega a
existência de verdades absolutas.
Diante desses desafios, os cristãos são chamados a permanecer firmes em sua fé,
buscando a orientação da Palavra de Deus e do Espírito Santo. É importante cultivar
uma vida de oração, estudo das Escrituras e comunhão com outros cristãos, a fim de
fortalecer a vivência da fé cristã e enfrentar os desafios de maneira sábia e fiel.
Conclusão
A religiosidade pode de tantas outras formas, ser definida como um bicho, ou como um
quarto como Heber Campos Jr. diz: A religiosidade para muitos brasileiros é algo
supostamente importante. Se fôssemos materializar tal importância poderíamos dizer
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Almeida Revista e Atualizada (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993), Ed 7.10.
que há um quarto nos fundos da casa reservado somente para a religião. “Oh!, um
quarto só para a religião!”, alguém diria, destacando o quarto como sinônimo de valor.
Afinal, não separamos um cômodo inteiro de nossa casa para muitas coisas na vida.
Sabemos, contudo, que muitos religiosos também são relaxados com suas práticas
religiosas; o quarto está meio sujo e já não é utilizado há algum tempo. Todavia, esse
não é o problema. A religião pode estar sendo praticada frequentemente, o quarto pode
estar limpo e frequentado. O problema é que quando ele é fechado, ele não influencia
o dia a dia da casa. A compartimentalização não o faz ter influência significativa sobre
os outros cômodos da casa. O que está dentro daquele quarto pode ser sua
religiosidade, mas não é aquilo pelo qual ele ou ela vive”9
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Heber Campos Jr., Amando a Deus no Mundo: Por uma Cosmovisão Reformada, ed. Tiago J.
Santos Filho, Primeira Edição. (São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2019), 61.