UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Licenciatura em Direito

A EVOLUÇÃO E O PAPEL DA CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE

GESTÃO

Juliana Francisco Alide

Código do Estudante: 91231326

Pemba, Novembro de 2023

 Juliana Francisco Alide

A EVOLUÇÃO E O PAPEL DA CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE

GESTÃO

Trabalho académico de carácter avaliativo a

ser submetido na Universidade Aberta –
ISCED, Faculdade de Economia e Gestão,
curso de Gestão de Recursos Humanos,
primeiro ano, na cadeira de Fundamentos de
Gestão de Recursos Humanos, pelo

Tutor: Mestre Nelo Zacarias Mateus

Pemba, Novembro de 2023

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Índice
Introdução..................................................................................................................... 4
1. Evolução da Contabilidade..................................................................................... 6
2. Contabilidade como instrumento de gestão ............................................................ 7
3. Utilizadores da Informação Contabilística .............................................................. 8
3.1. Utilizadores Internos .......................................................................................... 8
3.2. Utilizadores externos .......................................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................... 11
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 12

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Introdução
A presente pesquisa será focada na Evolução E No Papel Da Contabilidade Como
Instrumento De Gestão no âmbito do curso de Gestão de Recursos Humanos da
Faculdade de Economia e Gestão da UNIVERSIDADE ABERTA ISCED. Este projeto
tem como objetivo desenvolver um modelo de design de avaliação/trabalho de campo
para a disciplina de Contabilidade Geral.

A Contabilidade desempenha um papel fundamental na gestão de empresas e

organizações, proporcionando informações essenciais que influenciam as decisões e o
desempenho organizacional. Esta disciplina evoluiu ao longo do tempo, adaptando-se às
mudanças no ambiente de negócios e às demandas crescentes. No entanto, seu verdadeiro
impacto na gestão e sua capacidade de se tornar um instrumento eficaz em um ambiente
de negócios cada vez mais complexo e competitivo são questões que merecem
investigação.

Problema: No cenário actual, a Contabilidade Geral desempenha um papel fundamental

na gestão de empresas e organizações, fornecendo informações cruciais para a tomada de
decisões estratégicas. Portanto, é necessária uma investigação sobre as melhores práticas
e estratégias que permitirão que a Contabilidade Geral desempenhe um papel mais
eficiente em um ambiente empresarial dinâmico e competitivo. Compreender como a
Contabilidade pode se manter relevante e ser uma ferramenta eficaz para a gestão é
fundamental para o sucesso das empresas nos tempos actuais. Nesse caso, até que ponto
a Contabilidade Geral pode ser optimizada como instrumento de gestão em um ambiente
de negócios em constante transformação?

Justificativa: A Contabilidade é uma ferramenta vital para a tomada de decisões em

empresas e organizações, afetando directamente seu desempenho e sucesso. A
compreensão da evolução da Contabilidade e de seu papel na gestão é essencial para
profissionais de finanças, gestores, empresários e também para os utilizadores externos,
como investidores e reguladores. Portanto, investigar como a Contabilidade se
desenvolveu ao longo do tempo e como ela pode ser optimizada como instrumento de
gestão é de suma importância.

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Objectivos:

1. Analisar a evolução da Contabilidade desde suas origens até sua forma

contemporânea;

2. Destacar o papel da Contabilidade como instrumento de gestão em empresas e

organizações;

3. Examinar a importância das informações contábeis para utilizadores internos e

externos.

4. Avaliar até que ponto a Contabilidade Geral pode ser eficaz como ferramenta de
gestão no ambiente de negócios actual.

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 1. Evolução da Contabilidade
De acordo com Domingos Santana Coutinho (2022, p. 16), desde tempos remotos, a
contabilização de bens era uma prática comum entre os habitantes, mesmo que não
tivessem noção do que hoje compreendemos como contabilidade. Os registros iniciais
eram realizados de forma rudimentar, utilizando suportes como paredes, pedras e objetos
simbólicos. Mesmo nesse estágio embrionário, já se destacava a distinção entre
devedores, aqueles sobre os quais recaía o direito de receber, e credores, sobre os quais
recaía o dever de pagar. Esses registros eram essenciais para notarizar as relações de quem
devia a quem, ressaltando direitos e obrigações subjacentes.

Conforme Coutinho (2022, p. 16), à medida que as sociedades avançavam e se

desenvolviam, a contabilidade passou a enfrentar desafios crescentes devido à maior
complexidade dos eventos econômicos. Os registros primitivos evoluíram para se adequar
às necessidades de uma sociedade em constante transformação. Assim, a contabilidade
continuou a se desenvolver até os dias atuais, tornando-se uma disciplina amplamente
administrada por empresas e sociedades comerciais.

Em suma, a evolução da contabilidade, como destacado por Domingos Santana Coutinho

(2022, p. 16), é uma jornada que se estende desde a contabilização rudimentar de bens
pelos habitantes primitivos até o seu status atual como disciplina fundamental
amplamente utilizada no mundo empresarial e nas sociedades modernas.

A evolução da Contabilidade pode ser dividida em quatro fases principais, cada uma
com um enfoque específico:

Fase Patrimonial: Nesta fase inicial, a Contabilidade concentrou-se principalmente no

registro do patrimônio das entidades, como mencionado por Marion (2022, p. 23), que
afirma que "a Contabilidade patrimonial é aquela que tem por objetivo o registro das
mutações patrimoniais das entidades."

Fase Patrimonial-Económica: Na segunda fase, a Contabilidade evoluiu para considerar

não apenas o patrimônio, mas também os aspectos econômicos das entidades. Conforme
explicado por Iudícibus et al. (2022, p. 25), "a Contabilidade patrimonial-económica é
aquela que, além de registrar as mutações patrimoniais, também fornece informações
sobre os aspectos econômicos das entidades."

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Fase Patrimonial-Económica-Social: Na terceira fase, a Contabilidade ampliou seu
escopo para abranger não apenas o patrimônio e os aspectos econômicos, mas também os
aspectos sociais das entidades. Ribeiro (2022, p. 27) esclarece que "a Contabilidade
patrimonial-económica-social é aquela que, além de registrar as mutações patrimoniais e
fornecer informações sobre os aspectos econômicos das entidades, também fornece
informações sobre os aspectos sociais."

Fase Gerencial: Na última fase da evolução da Contabilidade, ela passou a ser utilizada
como instrumento de gestão. Nesse estágio, a Contabilidade fornece informações valiosas
para auxiliar os administradores na tomada de decisões, como destacado por Marion
(2022, p. 29) ao afirmar que "a Contabilidade gerencial é aquela que fornece informações
para auxiliar os administradores na tomada de decisões."

Essas quatro fases refletem a transformação contínua da Contabilidade ao longo do

tempo, à medida que ela expande seu papel e sua utilidade, abrangendo não apenas os
aspectos patrimoniais e econômicos, mas também os sociais, e finalmente, consolidando-
se como uma ferramenta essencial na gestão empresarial.

2. Contabilidade como instrumento de gestão

A Contabilidade, conforme explicado por Domingos Santana Coutinho (2022, pp. 16-17),
surgiu em resposta à necessidade do ser humano de obter informações económicas e
financeiras relacionadas às suas atividades empresariais. A amplitude informativa da
Contabilidade é notável, uma vez que praticamente todos os eventos que podem ser
expressos em termos monetários podem ser incorporados a essa área. Isso visa
proporcionar uma visão holística da situação de uma empresa.

Além disso, de acordo com Domingos Santana Coutinho (2022, pp. 16-17), as
informações contabilísticas desempenham um papel crucial no apoio às estratégias e aos
processos de tomada de decisão, bem como no controlo das operações empresariais. A
utilização da Contabilidade constitui uma intervenção essencial no processo de gestão,
podendo, em alguns casos, até induzir mudanças na estrutura organizacional, à medida
que afeta diversos componentes do sistema de gestão.

Coutinho (2022, pp. 16-17) destaca que a Contabilidade é um elemento fundamental para
uma empresa, pois por meio dela é possível obter informações cruciais sobre a situação
financeira da organização. Em resumo, a Contabilidade é um pilar essencial na gestão
empresarial e na compreensão da saúde financeira de uma organização.
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A Contabilidade desempenha um papel fundamental como instrumento de gestão,
auxiliando os administradores em diversas tarefas cruciais. Neste caso, a Contabilidade
pode ser utilizada como instrumento de gestão para auxiliar os administradores nas
seguintes tarefas:

De acordo com Marion (2022, p. 30), a Contabilidade é essencial para o planejamento,

fornecendo informações detalhadas sobre o patrimônio da entidade, que servem como
base para o estabelecimento de metas e objetivos organizacionais.

Exemplo: uma empresa pode utilizar as informações contábeis para planejar o seu
orçamento anual.

Além disso, como afirmam Iudícibus et al. (2022, p. 31), a Contabilidade desempenha
um papel crucial no controle das operações da entidade, permitindo que os
administradores acompanhem o desempenho e identifiquem possíveis desvios em relação
ao planejamento. Essas informações são valiosas para a identificação de problemas e a
implementação de medidas corretivas.

Exemplo: uma empresa pode utilizar as informações contábeis para identificar se está
gastando mais do que o planejado com marketing.

Ribeiro (2022, p. 32) destaca que a Contabilidade fornece informações essenciais para a
tomada de decisão, ajudando os administradores a avaliar alternativas e tomar decisões
estratégicas. Portanto, a Contabilidade é uma ferramenta versátil que não apenas auxilia
nas atividades de rotina, mas também desempenha um papel vital na formulação de
estratégias e na condução dos negócios da entidade.

Exemplo: uma empresa pode utilizar as informações contábeis para decidir se deve
investir em um novo produto ou serviço.

3. Utilizadores da Informação Contabilística

3.1. Utilizadores Internos

Usuários internos, que fazem parte da entidade, incluem administradores, funcionários e
acionistas. Marion (2022, p. 23) destaca que os administradores desempenham um papel
crucial na gestão da entidade. Iudícibus et al. (2022, p. 25) ressaltam que os funcionários
são colaboradores essenciais da entidade, enquanto Ribeiro (2022, p. 27) identifica os
acionistas como proprietários que têm um interesse direto na organização.

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Usuários externos, que não fazem parte da entidade, consistem em fornecedores, clientes,
credores e o governo. Marion (2022, p. 23) define fornecedores como empresas que
fornecem bens ou serviços à entidade. Iudícibus et al. (2022, p. 25) caracterizam os
clientes como empresas que compram produtos ou serviços da entidade, e Ribeiro (2022,
p. 27) descreve os credores como empresas que emprestam dinheiro à entidade. Além
disso, Marion (2022, p. 23) menciona que o governo é o órgão responsável por
regulamentar as atividades económicas.

Adicionalmente, Domingos Santana Coutinho (2022, p. 17) destaca que as demonstrações

contabilísticas produzidas pela contabilidade devem atender às necessidades tanto dos
utilizadores internos da entidade que são:

Os Investidores que procuram extrair informação para a decisão sobre se vale a pena ou
não investir na empresa;

As Instituições de Crédito (Bancos), estão interessadas em avaliar se a empresa oferece

boas perspectivas de retorno para seus empréstimos e financiamentos;

Os Clientes/Fornecedores, tem interesse em informação acerca da continuação de uma

empresa, especialmente quando se tem um envolvimento a prazo;

A Administração Pública, nos seus vários níveis, está interessada na informação

contabilística como base de imposição fiscal e para estudos macroeconómicos;

Os Economistas e Analistas Financeiros que estão interessados nas agregações

contabilísticas para extrair dados financeiros;

O Público em Geral, interessa ao público a ter informação acerca das tendências e dos
desenvolvimentos recentes da prosperidade da empresa e da escala das suas actividades.

3.2. Utilizadores externos

Usuários externos, são os que não fazem parte da entidade, consistem em fornecedores,
clientes, credores e o governo. Marion (2022, p. 23) define fornecedores como empresas
que fornecem bens ou serviços à entidade. Iudícibus et al. (2022, p. 25) caracterizam os
clientes como empresas que compram produtos ou serviços da entidade, e Ribeiro (2022,
p. 27) descreve os credores como empresas que emprestam dinheiro à entidade. Além
disso, Marion (2022, p. 23) menciona que o governo é o órgão responsável por
regulamentar as atividades económicas.

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Adicionalmente, para Domingos Santana Coutinho (2022, p. 17) destaca que as
demonstrações contabilísticas produzidas pela contabilidade devem atender às
necessidades tanto dos utilizadores externos da entidade que são:

• Os Funcionários que procuram informações sobre a capacidade da empresa de

pagar maiores salários e outros benefícios;
• Os Administradores (Gestores) precisam da informação contabilística para
tomar decisões fundamentais para o desenvolvimento da empresa.

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Conclusão
Após uma análise detalhada do conteúdo apresentado, é possível concluir que a evolução
da Contabilidade é uma narrativa rica e multifacetada que se estende desde os registos
rudimentares de bens pelos habitantes primitivos até o seu estado actual como uma
disciplina fundamental na gestão de empresas e organizações. Essa evolução pode ser
dividida em quatro fases principais, cada uma com seu próprio foco, refletindo a
capacidade da Contabilidade de se adaptar às necessidades de uma sociedade em
constante transformação.

Além disso, a Contabilidade, como instrumento de gestão, desempenha um papel crucial

na colecta e apresentação de informações económicas e financeiras relacionadas às
actividades empresariais. Essas informações não apenas auxiliam os administradores na
tomada de decisões, mas também influenciam o controle das operações e podem até
induzir mudanças na estrutura organizacional, quando necessário.

Os utilizadores da informação contabilística podem ser divididos em duas categorias:

internos e externos. Utilizadores internos, como administradores, funcionários e
acionistas, têm um interesse directo na entidade e dependem das informações
contabilísticas para suas actividades cotidianas e tomada de decisões. Por outro lado, os
utilizadores externos, como investidores, instituições financeiras, clientes, fornecedores,
governo e público em geral, recorrem a essas informações para avaliar o desempenho da
entidade e tomar decisões relacionadas a investimentos, crédito, compras e
regulamentação.

Em resumo, a Contabilidade é uma disciplina dinâmica que evoluiu ao longo do tempo

para se tornar um pilar essencial na gestão empresarial e na compreensão da saúde
financeira das organizações. Seu papel como instrumento de gestão e sua capacidade de
atender a diversas necessidades de utilizadores internos e externos a tornam uma
ferramenta valiosa no mundo dos negócios e da economia.

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Referências Bibliográficas
MARION, José Carlos (2022). Contabilidade básica. 10ª edição. São Paulo: Atlas;
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. (2022).
Manual de contabilidade societária. 13ª edição. São Paulo: Atlas;
RIBEIRO, Osni Moura. (2022). Contabilidade geral. 16ª edição. São Paulo: Saraiva;
COUTINHO, Domingos Santana (2022). Manual do Curso de Licenciatura em Gestão
de Recursos Humanos Contabilidade Geral. Beira, Sofala, Moçambique.
Disponível em:
https://plataforma.unisced.edu.mz/mod/resource/view.php?id=44303. Obtido em
04 de Novembro de 2023.

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