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FICHA 1

1. Introdução

A informação é a fonte do conhecimento e, de acordo com o seu valor pode contribuir para a
mudança, quer positiva, quer negativa do nosso comportamento e as suas fontes podem ser os
médias, livros, revistas, conversas, internet, etc. A informação é essencial, pois, determina todas as
mudanças que se operam na sociedade e no indivíduo, em particular.

Se a informação é tão importante, até ao nível individual, para as organizações ela é indispensável
para o seu funcionamento, pois empregam técnicos e cada um tem competências bem definidas, de
modo a alcançar os resultados planificados.

2. Informação

O conceito de informação deriva do latim e significa um processo de comunicação ou algo


relacionado com comunicação (Zhang, 1988), mas na realidade existem muitas e variadas
definições de informação, cada uma mais complexa que outra. Podemos também dizer que
Informação é um processo que visa o conhecimento, ou, mais simplesmente, Informação é tudo o
que reduz a incerteza. Um instrumento de compreensão do mundo e da acção sobre ele" (Zorrinho,
1995).

A informação tornou-se uma necessidade crescente para qualquer sector da actividade humana e é-
lhe indispensável mesmo que a sua procura não seja ordenada ou sistemática, mas resultante
apenas de decisões casuísticas e/ou intuitivas.

Uma organização em actividade é, por natureza, um sistema aberto e interactivo suportado por
uma rede de processos articulados, onde os canais de comunicação existentes dentro da empresa e
entre esta e o seu meio envolvente são irrigados por informação.

Assim, a organização ao actuar num mundo global está em estado de "necessidade de informação"
permanente, a vários níveis, pelo que a informação constitui o suporte de uma organização e é um
elemento essencial e indispensável â sua existência. A aceitação deste papel, pelos dirigentes de
uma organização, pode ser um factor peremptório para se atingir uma situação de excelência: quem
dispõe de informação de boa qualidade, fidedigna, em quantidade adequada e no momento certo,
adquire vantagens competitivas mas a falta de informação dá aso a erros e á perda de
oportunidades.

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A gestão moderna exige que a tomada de decisão seja feita com o máximo de informação. A
informação assumia o papel de redutora de incerteza, cada vez mais a actualização se apresenta
como um factor crítico de sucesso.

O dado é entendido como um elemento da informação, um conjunto de letras, números ou dígitos,


que tomado isoladamente não transmite nenhum conhecimento, ou seja, não contém um
significado claro. Ou, dado pode ser ainda definido como qualquer elemento identificado em sua
forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado facto ou situação

Para conceituação inicial, a informação é todo o dado trabalhado, útil, tratado, com valor
significativo atribuído ou agregado a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a
informação.

Quando a informação é “trabalhada” por pessoas e pelos recursos computacionais, possibilitando a


geração de cenários, simulações e oportunidades, pode ser chamada de conhecimento.

O conceito de conhecimento complementa o de informação com valor relevante e de propósito


definido. O conhecimento é uma informação valiosa da mente humana, que inclui reflexão, síntese
e contexto1.

1
http://www.utp.br/informacao/si/si_dado,%20informa%C3%A7%C3%A3o%20e%20conhecimento.htm

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Dotar os dados, as informações e os conhecimentos de significados não é um processo tão simples
como parece. Características individuais, que formam o modelo mental de cada pessoa, interferem
na codificação/decodificação desses elementos, acarretando muitas vezes distorções individuais
que poderão ocasionar problemas no processo de comunicação.

Assim sendo, o decisor deve ter a consciência de que o maior desafio não é o de obter os dados, as
informações e os conhecimentos, mas sim a aceitação de que, no processo de
codificação/decodificação, as distorções ocorrem e que existem formas para amenizá-las.
Podemos exemplificar a interferência das pessoas na codificação, decodificação e distorção na
transformação do dado em informação e da informação em conhecimento pelo fato a seguir.
Diferentes pessoas diante de um mesmo fato tendem a interpretá-lo de acordo com seus modelos
mentais, que as levam a percebê-lo de forma diferente.

3. Noção de Sistema

Um sistema é um conjunto de elementos inter-ligados em que as transformações ocorridas em uma


das partes influenciarão todas as outras. Vindo do grego o termo "sistema" significa "combinar",
"ajustar", "formar um conjunto". Um sub-sistema é um sistema que faz parte de um outro sistema.

Um sistema consiste, geralmente, de componentes (ou elementos) que são ligados uns aos outros
para facilitar o fluxo de informações, matéria ou energia. O termo é também usado para descrever
qualquer conjunto de entidades que interajam, e sobre o qual um modelo matemático pode ser
construído.

O Sistema de informação, entendido como um conjunto de meios humanos e técnicos, dados e


procedimentos, articulados entre si, com vista a fornecer informação útil para a gestão das
actividades da organização onde está inserido e quanto melhor representar a organização em
funcionamento, mais flexível poderá ser essa organização, na medida em que o SI vai actuar sob a
forma de análise da organização e seus sistemas envolventes.

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Neste contexto , o sistema de informação vai raiar como um instrumento de mudança estratégica
na estrutura organizacional, colocando novos desafios e exigindo a utilização de novas
metodologias com a presença de Tecnologias de Informação, na medida em que estas constituem
um potencial de desenvolvimento para as organizações.

4. Sistemas de Informação/Tecnologias de Informação (SI/TI)

A necessidade de racionalizar a informação advém de que "as organizações têm de confrontar a


incerteza e os eventos desordenados provenientes tanto do interior como do exterior e contudo
providenciar um esquema conceptual claro, operacional e bem definido para os participantes"
(Daft e Lengel, 1984).

Quanto mais global e estruturado for o sistema de informação, entendido como um conjunto de
meios humanos e técnicos, dados e procedimentos, articulados entre si, com vista a fornecer
informação útil para a gestão das actividades da organização onde está inserido e quanto melhor
representar a organização em funcionamento, mais flexível poderá ser essa organização, na medida
em que o SI vai actuar sob a forma de análise da organização e seus sistemas envolventes. O SI vai
raiar como um instrumento de mudança estratégica na estrutura organizacional, colocando novos
desafios e exigindo a utilização de novas metodologias com a presença de TI, na medida em que
estas constituem um potencial de desenvolvimento para as organizações.

4.1 Elementos de um Sistema de Informação

Assim definido, um Sistema de Informação engloba vários elementos

hardware: todos os equipamentos informáticos que permitem recolher, tratar e armazenar os dados;
estamos aqui a falar, essencialmente do conjunto de computadores da empresa.

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software: o conjunto de programas informáticos que permitem, por um lado, tratar os dados
presentes, transformando-os em informação e, por outro lado, funcionar com os equipamentos, com
as componentes do computador.

organização: também pode - e deve - ser considerada como uma componente do sistema de
informação já que é um factor essencial; representa a maneira como são organizados os processos e
as pessoas para a recolha, o tratamento a armazenagem da informação.

pessoas: fazem parte dos sistemas de informação na medida em que são os recursos humanos que
estão vocacionados para tudo o que tem a ver com a informação (recolha, tratamento utilização), no
seio da organização, ou seja são todos os colaboradores.

output: trata-se do produto final, depois das fases de recolha, de tratamento e de armazenagem dos
dados, ou seja é a informação, arrumada de forma lógica e útil para a empresa e também de fácil
acesso.

4.2. Tipos de Sistemas de Informação

Existem varios tipos de sistemas de informação e neste manual debruçar-se-á sobre os sistemas de
informação de Gestão com particular incidêndia ao Sistema de Informação de Gestão da Educação

4.2.1 Sistema de informação Centralizado

É uma forma de organização em que as decisões são tomadas a nível do topo da organização da
Instituição. Em termos de Sistemas de Informação, as fontes recolhem/preenchem um questionário
comum em forma electrónica e enviam os dados ao topo, ou seja, ao servidor central que processa
os dados em informação e dessimina-a para os diferentes usuários. Este funcionamento pressupõe
a existencia nas fontes de informação de hardware e software (Computadores e programas) que
recolhem os dados e comunicam-nos ao computador central.

Sistemas Centralizados

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Características: Vantagens:
 Dados são armazenados e  Baixos requisitos de infra-estrutura
consultados num servidor central (conexão simples com a Internet)

 Provedores submetem os dados Desvantagens:


seguindo formato pré-  Actualização off-line
estabelecido  Gargalo de processamento

Sistema Centralizado de Informação

Usuário

Sistema Centralizado
Provedores de dados

4.2.2. Sistema de informação Descentralizado


É uma forma de organização em que a autoridade para a tomar as decisões é deslocada para os
níveis mais baixo da organização. Em termos de sistemas de informação significa que cada órgão
de tomada de decisões dispõe de computador(es) autónomo(s) que recolhem, armazenam,
processam os dados localmente e dessiminam a informação para os diferentes utilizadores. Trata-
se de uma forma de organização que exige maior número de computadores/equipamento
informático para o seu funcionamento.

Sistemas descentralizado
Características: Vantagens:

 Dados são armazenados e geridos em  Dados residem no provedor


servidores nas próprias coleções  Atualizações em tempo real
 Consultas são distribuídas
 Portal recebe consultas dos usuários, as
distribui aos provedores. Desvantagens:
 Integra os resultados e devolve ao usuário  Requer grande infra-estrutura computacional das
coleções
 Integração de sistemas heterogêneos

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4.2.3. Sistema de informação Desconcentrado
É uma colecção de computadores independentes que apresenta aos usuários do sistema como se
fosse um único computador. Trata-se de computadores interligados que funcionam em sistema de
rede, isto é, os usuários vêem o sistema como uma máquina e o software como sistema autónomo

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Sistemas desconcentrado
Características: Vantagens:

 Computadores que funcionam em sistema  Partilha de dados/informação


on-line com um servidor central  Partilha de recursos (acesso a perféricos específicos)
 Comunicação entre os usuários
 Dados são armazenados no servidor central  Flexibilidade (Divisão da carga de tralho)
segundo o mesmo critério, e podem ser
processado e consultado em quaquer Desvantagens:
computador da rede.  Software (pouco software para este tipo de sistema)
 Rede de comunicação (Falha ou saturação do rede de
comunicação)
 Segurança (facilidade de acesso pode criar problemas
com os dados sigiloso)

Sistema de Informação para a Gestão da Educação é um subsistema, do Sistema da Educação,


responsável pela colecta, processamento, análise e disseminação da informação. Este sistema
produz informação de base para o diagnóstico, acompanhamento, avaliação e planificação do
Sistema da Educação.

No âmbito do Sistema da Educação, o subsistema de informação deve ser capaz de informar, os


diferentes actores sobre o estágio da implementação das políticas e programas da educação

5. Sistema Nacional de Educação

Os sistemas educativos surgem para englobar, formalizar e definir todo o conjunto de iniciativas,
processos e organizações que têm vindo a ser desenvolidos pelas sociedades modernas para cuidar
da formação e educação dos seus membros. Assim,

O sistema de educação é o processo organizado por cada sociedade para transmitir às novas
gerações as suas experiências, conhecimentos e valores culturais, sociais e morais, desenvolvendo
as capacidades e habilidades do indivíduo de modo assegurar a reprodução da sua ideologia e das
suas instituições economias e sociais (Lei 4/83)

Trata-se assim, dum conceito muito vasto já que abrange componentes de natureza e com
finalidades muito variáveis sendo bem evidente as diferenças entre as iniciativas orientadas para a

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alfabetização, as organizações privadas votadas para o ensino pré- escolar e outros subsistemas do
ensino escolar geral , tecnico e superior

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5.1 . Sistema Nacional De Educação (Lei 4/83 e Lei 6/92)
5.1.1 Princípios gerais

Lei 4/83 Lei 6/92


a) A educação é o direito e dever de todos os cidadãos;
a) A educação é um direito e um dever de todo o cidadão e que se traduz
b) O estado no quadro da lei , permite a participação de outras entidades,
na igualdade de oportunidades de acesso a todos os níveis de ensino e na
incluindo as comunitárias, cooperativas, empresariais e privadas no processo
educação permanente e sistemática do povo;
educativo
b) A educação reforça o papel dirigente da classe operária e aliança c) O estado Organiza e promove o ensino como parte integrante de acção
operária camponesa, garante a apropriação da ciência, da técnica e educativa, nos termos definidos na Comissão da República
cultura pelas classes trabalhadoras, e constitui um factor impulsionador d) O ensino público e laico
do desenvolvimento económico-social e cultural do país;
c) A educação é o instrumento principal da criação do Homem Novo,
homem liberto de toda a carga ideológica e política de formação
colonial e dos valores negativos da formação tradicional capaz de
assimilar e utilizar e técnica ao serviço da Revolução;
d) A educação na RPM baseia nas experiências nacionais, nos princípios
universais de marxismo-leninismo, e no património científico, técnico
cultural da Humanidade.
e) A educação é dirigida, planificada e controlada pelo estado que
garante a universalidade laicidade no quadro da realização dos objectivos
fundamentais e consagrados na constituição

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5.1.2 Objectivos gerais

a) Erradicar o analfabetismo de modo a proporcionar a todo o povo o acesso ao


conhecimento científico e o desenvolvimento pleno das suas capacidades

b) Garantir o ensino básico a todos os cidadãos de acordo com o desenvolvimento


do país através da introdução o progressiva da escolaridade obrigatória

c) Assegurar a todos os moçambicanos o acesso a formação profissional

d) Formar cidadãos com uma sólida preparação científica, técnica, física e cultural e
uma elevada educação moral cívica e patriótica.

e) Formar professor como educador e profissional consciente com profunda


formação científica e pedagógica capaz de educar os jovens e adultos.

f) Formar cientistas e especialistas devidamente qualificados que permitam o


desenvolvimento da produção e investigação científica e pedagógica.

g) Desenvolver a sensibilidade estética e capacidade artística das crianças, jovens e


adultos educando-os ao amor pelas artes e no gosto pelo belo.

O sistema Nacional de educação estrutura-se em ensino pré-escolar ensino escolar e


ensino extra-escolar, conforme o seguinte organigrama:

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