Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
DE ACADEMIA
PROFESSOR
Me. Adriano Ruy Matsuo
Me. Fábio Luiz Iba
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor
Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente da Mantenedora Cláudio
Ferdinandi.
2
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos
com princípios éticos e profissionalismo, não somente entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil.
para oferecer uma educação de qualidade, mas, acima A rapidez do mundo moderno exige dos educadores
de tudo, para gerar uma conversão integral das soluções inteligentes para as necessidades de todos.
pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: Para continuar relevante, a instituição de educação
intelectual, profissional, emocional e espiritual. precisa ter pelo menos três virtudes: inovação,
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de coragem e compromisso com a qualidade. Por
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia,
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e do ensino presencial e a distância.
Londrina) e em mais de 500 polos de educação a distância Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
espalhados por todos os estados do Brasil e, também, promover a educação de qualidade nas diferentes áreas
no exterior, com dezenas de cursos de graduação e do conhecimento, formando profissionais cidadãos
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros que contribuam para o desenvolvimento de uma
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. sociedade justa e solidária.
Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de Vamos juntos!
boas-vindas
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja,
iniciando um processo de transformação, pois quando estes materiais têm como principal objetivo “provocar
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta
profissional, nos transformamos e, consequentemente, forma possibilita o desenvolvimento da autonomia
transformamos também a sociedade na qual estamos em busca dos conhecimentos necessários para a sua
inseridos. De que forma o fazemos? Criando formação pessoal e profissional.
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível e construção do conhecimento deve ser apenas
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos
se educam juntos, na transformação do mundo”. fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe
Os materiais produzidos oferecem linguagem das discussões. Além disso, lembre-se que existe
dialógica e encontram-se integrados à proposta uma equipe de professores e tutores que se encontra
pedagógica, contribuindo no processo educacional, disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em
complementando sua formação profissional, seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe
desenvolvendo competências e habilidades, e trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, acadêmica.
autores
http://lattes.cnpq.br/6939160957684922
apresentação do material
ATIVIDADES DE ACADEMIA
Adriano Ruy Matsuo e Fábio Luiz Iba
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao estudo das Atividades de Academia!
Quando falamos: “atividades de academia”, os primeiros pensamentos que nos vêm à mente são ativida-
des como a musculação e as ginásticas de academia. Isso é normal, visto que estas foram e são atividades
que legitimam os espaços conhecidos como academias de ginástica. Contudo, é importante destacar que,
atualmente, muitas outras práticas corporais são oferecidas nesses ambientes.
Nesse contexto, esta obra busca reunir e apresentar as principais atividades físicas ofertadas nas aca-
demias nos dias de hoje, com uma especial ênfase nas ginásticas de academia. A escolha em destacar o
conteúdo relativo às ginásticas é devido à sua importância histórica e da possibilidade de transpor seus
conhecimentos para as demais atividades físicas da academia.
Desta forma, o objetivo aqui é proporcionar bases teóricas e metodológicas para dar suporte à sua
atuação nos estágios, no mercado de trabalho, bem como em diversos outros espaços. Para isso, num
primeiro momento, será tratado o conteúdo geral das atividades de academia. Faremos um breve resgate
da construção histórica desse ambiente de exercícios físicos, discutiremos os termos fitness e wellness,
tão comuns em nossa área, e para encerrar essa primeira parte, apresentaremos as principais atividades
ofertadas em uma academia de ginástica.
Num segundo momento, abordaremos os conteúdos pertinentes à ginástica de academia. Começare-
mos esse estudo através da sua história, falando sobre a sua origem no movimento ginástico europeu até
o seu apogeu enquanto atividade de academia. Na sequência, discutiremos seus aspectos fisiológicos em
termos de sistemas de transferência de energia, monitoramento e modulação da intensidade das aulas,
e, brevemente, da recuperação dos substratos energéticos. Em seguida, serão tratados alguns elementos
da música, essenciais para a elaboração coreográfica e andamento de uma aula.
Ainda neste contexto, apresentaremos algumas das principais modalidades de ginástica de academia,
que fazem uso ou não de equipamentos específicos, e de seus movimentos básicos. Vamos finalizar o
conteúdo da ginástica, abordando os aspectos do treinamento esportivo, métodos de treinamento, assim
como a apresentação de pontos essenciais para se ministrar uma aula com excelência.
O último momento desta obra é destinado ao estudo dos conteúdos da administração, visto que, ao
concluírem a sua formação, muitos profissionais da educação física abrem o próprio negócio. Assim, serão
trabalhados componentes importantes para o exercício das atividades de gestão e empreendedorismo.
Esperamos que este livro ajude a qualificar sua carreira profissional e acadêmica!
Ótima leitura e bons estudos!
sum ário
UNIDADE I UNIDADE IV
A ACADEMIA DE ATIVIDADES FÍSICAS PLANEJAMENTO DA AULA DE GINÁSTICA DE ACADEMIA
14 História da Academia de Ginástica 144 Treinamento Esportivo e a ginástica de academia
20 Fitness e Wellness 150 Planejamento e Organização de uma aula de
ginástica de academia
24 Atividades ofertadas em uma Academia de
Ginástica 156 Elementos para um coaching de excelência
50 Gabarito 170 Gabarito
UNIDADE II UNIDADE V
INTRODUÇÃO À GINÁSTICA DE ACADEMIA GESTÃO E EMPREENDEDORISMO
56 Aspectos Históricos da Ginástica de Academia 176 Administração e seus principais conceitos
70 Ginástica de Academia e a Fisiologia do Exercício 180 Processo administrativo
84 Elementos Musicais na Ginástica de Academia 184 Estrutura organizacional
97 Gabarito 188 Empreendedorismo e plano de negócios
198 Gabarito
UNIDADE III
MODALIDADES DE GINÁSTICA DE ACADEMIA 199 REFERÊNCIAS
104 Modalidades que não fazem o uso de equipamentos
116 Modalidades que fazem o uso de equipamentos
128 Modalidades Aquáticas de ginástica de academia
139 Gabarito
A ACADEMIA DE ATIVIDADES FÍSICAS
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• História da Academia de Ginástica
• Fitness e Wellness
• Atividades Ofertadas em uma Academia de Ginástica
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar, brevemente, a trajetória histórica da academia
de ginástica.
• Discutir sobre os termos fitness e o wellness no contexto da
academia.
• Apresentar as atividades comumente praticadas e
oferecidas na academia.
unidade
I
INTRODUÇÃO
O
lá, aluno(a), para iniciarmos o estudo das atividades de acade-
mia, nesta primeira unidade trataremos deste nosso ambiente
de trabalho, que é a academia de ginástica. Além disso, serão
apresentadas as principais atividades que, atualmente, são de-
senvolvidas nela.
Desta forma, primeiramente, faremos um sucinto resgate da história
da academia de ginástica para que possamos compreender como ela se
consolidou enquanto local de prática de exercícios físicos. Nesse sentido,
veremos quem foram os pioneiros e quais foram as práticas que origina-
ram e impulsionaram a globalização das academias de ginásticas.
Na sequência, discutiremos sobre dois temas muito comuns no contexto
das academias de ginástica, o Fitness e o Wellness. Veremos que o fitness está
ligado a muitos outros aspectos para além da condição física apenas. Nesse
contexto, trataremos das dimensões do fitness, em especial da dimensão fí-
sica, onde encontramos os componentes da aptidão física. Veremos também
que o termo wellness surgirá como conceito paralelo à ideia de academia,
meramente, com finalidade de desenvolvimento da aptidão física.
Para encerrar a unidade, abordaremos as principais atividades ofer-
tadas nas academias de ginástica. Partindo do entendimento de que estas
vão além dos exercícios físicos desenvolvidos, categorizaremos, didatica-
mente, as atividades ofertadas em dois tipos: modalidades de exercícios
físicos e atividades complementares.
Nessa perspectiva, serão apresentadas aquelas modalidades de exercí-
cios físicos que, de certa forma, são práticas clássicas nas academias como
a Musculação, o Treinamento funcional e o Treinamento individualiza-
do ou Personal trainer. Já as atividades complementares retratadas serão
aquelas oferecidas com o intuito de fornecer suporte e uma experiência
melhor ao aluno, como a avaliação física.
Com esses apontamentos iniciais estamos preparados para começar
os estudos! Tenha uma ótima leitura!
História da
Academia de Ginástica
Iniciaremos nosso estudo a respeito das atividades O termo “academia” tem origem na escola fun-
presentes na academia, realizando um sucinto res- dada por Platão, chamada de Academia, devido ao
gate histórico deste estabelecimento de atividades local onde estava instalada, o bosque de Academos
voltadas, principalmente, ao aprimoramento dos (GAARDER, 1995). É relevante destacar que, junta-
componentes da aptidão física. Contudo, antes de mente com a educação do intelecto, o cuidado com o
entrarmos nesta discussão, é importante entender corpo e a boa forma faziam parte do pensamento grego
a origem da expressão “academia de ginástica”, da época. Já a palavra ginástica é utilizada, usualmen-
utilizada, aqui no Brasil, para designar estabeleci- te, para designar um conjunto de exercícios físicos que
mentos deste tipo. têm por objetivo a manutenção ou o aperfeiçoamento
físico (FONTANA; REPPOLD FILHO, 2014).
14
EDUCAÇÃO FÍSICA
15
16
EDUCAÇÃO FÍSICA
Figura 4 - Barra
17
Foi a partir dos anos 90 que houve a súbita expan- A partir da década de 90, há uma grande diversi-
são das franquias de academias e das modalidades ficação de modalidades e produtos oferecidos, sendo
de exercícios, que têm atraído cada vez mais pessoas esta tendência ainda observada nos dias de hoje. As
para a cultura fitness (ANDREASSON; JOHANS- academias brasileiras procuram se atualizar ofere-
SON, 2014). A dimensão do crescimento da cultura cendo, além das tradicionais modalidades (muscu-
fitness pode ser observada pelo número de acade- lação e ginástica de academia), espaços para práticas
mias em todo mundo, que já somam mais de 201 que integram força, equilíbrio e flexibilidade, e que
mil, onde, aproximadamente, 34 mil delas estão lo- propiciam, além do condicionamento físico, tam-
calizadas no Brasil (CORONA, 2018, p. 23). bém, a saúde e o equilíbrio mental. Disponibilizam,
também, equipamentos tecnológicos que fornecem
A ACADEMIA DE GINÁSTICA NO BRASIL informações detalhadas de performance, ou ainda,
que simulam situações encontradas em diferentes
O modelo de academia de ginástica, semelhante ao práticas esportivas. Ofertam, juntamente, serviços,
atual, afirmou-se a partir do ano de 1940, no Brasil. como avaliação física, acompanhamento nutricio-
Na época, as academias ofereciam ginástica, lutas e nal, fisioterápico bem como programas de treina-
halterofilismo, sendo encontradas principalmente mento específicos, seja para uma população em es-
nas grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janei- pecial, seja para determinada finalidade (para ganho
ro. Com o desenvolvimento desses locais enquanto ou redução de peso).
espaço de negócio lucrativo e a divulgação do hal-
terofilismo, promovido por fisiculturistas e alguns
atores de cinema, houve a expansão das academias
de ginástica no Brasil, assim como aconteceu em
todo o mundo (FURTADO, 2009).
A ginástica de academia promoveu, nos anos 80,
o aumento de adeptos à prática de exercícios físicos
nesses locais, principalmente das mulheres, que bus-
cavam a ginástica aeróbica, divulgada pela atriz Jane
Fonda. Foi nesta época, também, que ocorreu a remo-
delação das salas de halterofilismo, que passaram a ter
máquinas e instrumentos de fácil manuseio e utiliza-
ção, para aquelas pessoas que não tinham o hábito de
treinar. Seguindo estas mudanças, o termo “halterofi-
lismo” foi substituído por “musculação”, objetivando
Figura 7 - Esteira ergométrica
incluir o público que não praticava a modalidade por
competição (FURTADO, 2009).
18
EDUCAÇÃO FÍSICA
19
Fitness e Wellness
Recentemente, com o desenvolvimento do ramo da do de maneira mais eficaz, surgindo assim, a ideia
academia de ginástica enquanto negócio, a visão de wellness. Provavelmente, você já tenha visto ou
que antes se restringia ao fitness foi ampliada e, aos escutado esses termos em algum lugar. Contudo,
poucos, foram sendo agregadas outras concepções, você saberia conceituá-los?
buscando ampliar o público alvo e atingir o merca-
20
EDUCAÇÃO FÍSICA
A partir desta concepção sobre o fitness e as suas di- mia de ginástica, a expressão correta a ser utilizada
mensões, podemos dizer que, no contexto da acade- seria physical fitness, em português “aptidão física”.
21
22
EDUCAÇÃO FÍSICA
23
Atividades ofertadas
em uma Academia de Ginástica
Ao falarmos em atividades de academia, o primeiro visam complementar o serviço prestado, bem como
pensamento que surge é em relação às práticas cor- satisfazer as necessidades de seus clientes.
porais inerentes a este ambiente, como a musculação Nessa perspectiva, as atividades ofertadas em
e as aulas de ginástica. No entanto, além de um es- uma academia de ginástica podem ser categoriza-
paço adequado para a prática de exercícios físicos, das, de maneira simples, em dois tipos: modalidades
uma academia oferece muitas outras atividades que de exercícios físicos e atividades complementares.
24
EDUCAÇÃO FÍSICA
25
Figura 12 - Elíptico
Musculação
26
EDUCAÇÃO FÍSICA
Princípio da variabilidade: a
adaptação do corpo, frente ao estímulo Princípio da reversibilidade: quando o
Princípio da manutenção: ao ser programa de treinamento resistido é
produzido pelos programas de treino, alcançado o objetivo do treinamento,
geralmente, cria um platô no processo interrompido ou não é mantida uma
esse pode ser mantido apenas com um frequência ou intensidade adequada, as
evolutivo, que é quebrado apenas por
novos estímulos. programa voltado para a preservação adaptações na força ou na hipertrofia,
das adaptações. respectivamente, retornam à condição
inicial ou deixam de progredir.
27
Máquinas monoarticulares:
são máquinas cujos exer-
cícios desenvolvidos envol-
vem apenas uma articula-
ção do corpo, isolando, ao
máximo, o músculo agonis-
ta do movimento.
30
EDUCAÇÃO FÍSICA
31
32
EDUCAÇÃO FÍSICA
33
9. Tiras de Ajuste
34
11
10. Fivelas
12
11. Manoplas
EDUCAÇÃO FÍSICA
A partir de algumas tiras de paraquedas e pedaços tematização dos exercícios em suspensão deram ori-
de borracha nasceu o primeiro equipamento e um gem à marca TRX® (do inglês Total Body Resistance
conjunto inicial de exercícios nele executados (TRX, Exercise). Este é motivo da fita de treinamento em
2011). O aprimoramento desse equipamento e a sis- suspensão ser comumente chamada pela sigla TRX.
35
36
EDUCAÇÃO FÍSICA
37
Geralmente, atividades, como as lutas, as dan- A ginástica de academia é composta por um grande
ças e a natação são praticadas em academias conjunto de modalidades, em que o exercício físico
(ou escolas) específicas para elas, pois deman- é executado em forma de coreografias e cadenciado
dam de profissionais inerentes às áreas e/ou de por músicas de diferentes estilos. Este tipo de exer-
estruturas específicas. cício será abordado com mais profundidade e deta-
O ensino das lutas e artes marciais compete aos lhes nas Unidades 2, 3 e 4 deste livro didático.
profissionais da Educação Física, que possuem a ti-
tulação de mestre ou o reconhecimento de treina- ATIVIDADES COMPLEMENTARES
dor em uma ou mais práticas dessas. Geralmente,
demandam um espaço especial, como o tatame ou Com o intuito de oferecer suporte e melhor experiên-
o ringue, assim como de materiais específicos, tais cia ao aluno, assim como para a fidelização e captação
como sacos de pancada, manoplas de foco e apa- de novos clientes, as academias de ginástica disponi-
radores de chute. As lutas e as artes marciais mais bilizam muitas outras atividades que complementam
comuns nas academias de ginástica são o Judô, o Jiu- seus serviços. Estas atividades podem, ou não, confe-
-jitsu, o Muay Thay e o Boxe. rir um custo adicional ao cliente, dependendo do tipo
A prática das diferentes danças também requer a de serviço e por quem ele é prestado.
presença do profissional graduado em Educação Físi-
ca, e este deve ter formação específica em um ou mais Avaliação física
estilos. Normalmente, não exigem um espaço espe-
cífico para a sua prática, no entanto, danças, como o A realização da avaliação física é essencial para uma
Balé e o Pole dance, podem exigir estruturas carac- intervenção segura e de qualidade, pois é por meio
terística para o seu ensino. De modo geral, os esti- dela que são analisados os componentes da aptidão
los de dança encontrados com mais frequências nas física, determinado o estado de saúde de um indiví-
academias de ginástica são as danças de salão, como o duo, bem como, o programa de exercícios físicos é
samba de gafieira, o forró, o bolero e o soltinho. prescrito e acompanhado.
O ensino da Natação é feito pelos profissionais Uma academia de ginástica deve possuir um pro-
da Educação Física que possuem certa experiên- tocolo de avaliação que contenha, minimamente, uma
cia com a modalidade. Para oferecer uma prática anamnese, a medida dos parâmetros antropométri-
significativa e segura, as academias de ginástica cos e da composição corporal, e uma análise postural.
dispõem de uma estrutura com piscinas aqueci- Os testes de avaliação da aptidão cardiorrespiratória,
das, raiadas e de metragem entre 20 e 50 metros. da força e resistência muscular, e da flexibilidade tam-
Além disso, vestiários apropriados e materiais es- bém podem compor os elementos analisados. Con-
pecíficos, como pranchas educativas, flutuadores, fira a seguir algumas informações a respeito dessas
palmares e nadadeiras. avaliações no contexto da academia de ginástica.
38
EDUCAÇÃO FÍSICA
39
40
EDUCAÇÃO FÍSICA
A demora que pode ocorrer no atendimento es- até a chegada da equipe de saúde (NOVAES, 2006).
pecializado ou os danos e sequelas causadas por assis- O objetivo deste é garantir a manutenção das fun-
tências inadequadas constituem algumas das preocu- ções vitais e evitar o agravamento das condições de
pações em relação aos acidentes ocorridos, durante a saúde do assistido (BRASIL, 2003).
prática de exercícios físicos. Desta forma, as principais É relevante destacar que deixar de prestar o so-
maneiras de evitar complicações são: ter profissionais corro a alguma pessoa configura crime, segundo
preparados, que sabem como agir quando adversida- o artigo 135 do Código Penal brasileiro (BRASIL,
des como as citadas, anteriormente, acontecem na aca- 1940), com pena que varia de um a seis meses de
demia; e possuir protocolos, equipamentos e acessórios detenção ou multa. Sendo assim, além de prestar a
necessários para um primeiro atendimento eficiente. primeira assistência, a academia é responsável por
Os primeiros socorros compreendem ao trata- chamar o socorro público, como o resgate do Corpo
mento aplicado (medidas e procedimentos), imedia- de Bombeiros (SIATE) ou o Serviço de Atendimento
tamente, ao acidentado ou portador de mal súbito, Móvel de Urgência (SAMU) para atender a vítima.
Figura 33 - Relação dos casos atendimentos pelo SAMU e SIATE / Fonte: o autor.
41
Quanto à regulamentação e fiscalização, em re- aulas e dos exercícios, pois, normalmente, utilizam-
lação à prestação de primeiros socorros na aca- -se de temáticas para gerar motivação. Alguns dos
demia, as leis podem variam em cada estado e eventos mais comuns acontecem por:
município, por este motivo, cabe ao gestor buscar • Comemorações de datas específicas: Dia das
informações a respeito do assunto para manter o Mães, Dia dos Pais, aniversário da academia
estabelecimento em ordem. e festas tradicionais (Festa Junina, Halloween,
Natal, entre outras).
De modo geral, a prevenção de fatores de risco
• Competições: fazem parte do quadro de
ambientais, como a manutenção e o bom estado das
competições os eventos de modalidades es-
instalações e dos equipamentos, também como uma portivas, como a natação, as lutas, o supino e
anamnese adequada com informações sobre o esta- as corridas rústicas.
do de saúde dos alunos, tornam a rotina da acade- • Palestras: convidados especialistas apresen-
mia mais segura, reduzindo, assim, a ocorrência de tam e discutem temas relacionados aos exer-
situações emergenciais. cícios físicos, a alimentação, hábitos saudá-
veis de vida e afins.
Promoção e participação em eventos
É válido ressaltar que as academias de ginástica, entre
Um evento pode ser considerado um acontecimento outras coisas, tornaram-se um espaço de convívio so-
estratégico que ocorre a partir de determinado in- cial, de lazer e de entretenimento. Desta forma, o esta-
teresse (mercadológico ou não) e um público-alvo belecimento de um cronograma de eventos baseados
(MATIAS, 2013). Nesse contexto, pode, ainda, ser em datas comemorativas, eventos esportivos, assim
um plano de ação de Marketing de relacionamento como, na necessidade de diferentes ações com os clien-
uma vez que este representa uma tentativa das em- tes, faz parte do planejamento anual de uma academia.
presas em desenvolver relações de longa duração
com seus clientes. Serviços complementares
Existem dois fortes motivos para que uma aca-
demia realize eventos. Primeiro, porque os eventos Algumas academias estão se tornando grandes cen-
são um meio de gerar a sensação de acolhimento e tros multidisciplinares, ao integrarem áreas afins à
comunidade. E isso pode reforçar a fidelidade dos educação física para oferecerem serviços especiali-
alunos, à medida que os fazem sentir parte de um zados nas esferas da saúde, bem-estar e performan-
grupo. Segundo, porque são uma ótima forma de ce. Deste modo, é comum verificar a parceria e cola-
atrair novos clientes. Neste caso, tanto pela promo- boração de profissionais das seguintes áreas:
ção de eventos internos, com a participação de con- • Nutrição
vidados, quanto pelo apoio ou presença em eventos • Fisioterapia
externos, tornando a marca da academia mais visí- • Medicina do esporte
vel. Além disso, eventos constituem uma maneira de • Estética
romper com a monotonia causada pela rotina das
42
EDUCAÇÃO FÍSICA
43
considerações finais
44
atividades de estudo
45
atividades de estudo
e. V, F, F e F.
46
LEITURA
COMPLEMENTAR
47
LEITURA
COMPLEMENTAR
48
material complementar
49
gabarito
1. E
2. A
3. De acordo com a etimologia, o termo wellness,
de origem da língua inglesa, é composto pela
palavra Well que significa “bem”, e o sufixo
Ness formador de substantivos abstratos de
condição, conforme dito, anteriormente. Por-
tanto, wellness tem como significado o “estar
bem” ou “bem-estar”.
4. D
5. O treinamento em suspensão consiste na exe-
cução de movimentos com determinados seg-
mentos corporais suspensos. A ideia central
deste método é utilizar o peso corporal e a gra-
vidade como carga para os exercícios e, desta
forma, estimular o aprimoramento dos compo-
nentes da aptidão física. Já as progressões de
movimento, acontecem com as diferentes for-
mas de posicionamento do corpo, num mesmo
exercício, que conferem maior ou menor grau
de dificuldade e intensidade.
50
UNIDADE
II
INTRODUÇÃO À GINÁSTICA
DE ACADEMIA
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Aspectos históricos da ginástica de academia
• Ginástica de academia e a fisiologia do exercício
• Elementos musicais na ginástica de academia
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar, brevemente, a trajetória histórica da ginástica
de academia.
• Discutir os conceitos básicos da fisiologia do exercício no
âmbito da ginástica de academia.
• Analisar alguns dos elementos da música no contexto da
ginástica de academia.
unidade
II
INTRODUÇÃO
O
lá, aluno(a), a segunda unidade é destinada à sua imersão no
universo da Ginástica de academia. O objetivo aqui será con-
textualizar, histórica e filosoficamente, esta atividade que está
presente na maioria das academias e possui milhares de adep-
tos em todo o mundo.
Iniciaremos este estudo com um breve resgate histórico da ginástica
para que possamos entender de que forma ela se consolidou enquanto mo-
dalidade de exercício físico nas academias, como um meio de aprimorar os
componentes da aptidão física por meio de aulas coletivas. Nesse sentido,
veremos como os movimentos europeus, do século XIX desempenharam
papel fundamental para a sistematização e propagação desta prática.
Em seguida, discutiremos a Ginástica de academia sob a ótica da fi-
siologia, procurando destacar as respostas do corpo humano diante dos
estímulos oferecidos pela prática de exercícios físicos. Neste contexto,
veremos que, para cada intensidade do exercício (leve, moderada ou vi-
gorosa), haverá a prevalência de um dos sistemas responsáveis pelo for-
necimento de energia. Sendo assim, o sistema aeróbico é capaz de suprir,
praticamente, toda a necessidade energética gerada por atividades físicas
de duração prolongada, como as modalidades de ginástica praticadas na
academia. Estudaremos, ainda, como a intensidade do exercício pode ser
controlada nas aulas, apresentando duas ferramentas práticas e acessí-
veis, que auxiliam o professor a modular o esforço dos alunos.
Para finalizar a unidade, abordaremos um dos aspectos mais marcantes
das modalidades de Ginástica de academia, a musicalidade. A música cons-
titui uma importante ferramenta para a condução dos movimentos, gerar
motivação e modular a intensidade da aula. O ritmo que surge das batidas da
música é o estímulo essencial para despertar o prazer pela atividade.
Feitas as considerações iniciais, estamos prontos para começar os estudos!
Tenha uma ótima leitura!
Aspectos Históricos
da Ginástica de Academia
Neste primeiro momento, realizaremos um breve modalidade de exercício físico nas academias, como
resgate histórico da ginástica para que possamos en- um meio de aprimorar os componentes da aptidão
tender de que maneira ela se consolidou enquanto física por meio de aulas coletivas.
56
EDUCAÇÃO FÍSICA
Partindo da concepção de ginástica como todo como objetivo a preparação militar. Assim, práticas
e qualquer exercício físico realizado pelos seres hu- como a esgrima, a equitação, o manejo de arco e fle-
manos, veremos que ela se manifesta de diferentes cha, a luta, a escalada, a marcha, a corrida e o salto
maneiras e adquire atributos de acordo com os ob- faziam parte do treinamento dos soldados. Em com-
jetivos do homem e da sociedade na qual ele estava plemento, a nobreza participava de competições de
inserido. Nesse contexto, podemos observar que, esgrima e equitação nos torneios e justas (duelo en-
na antiguidade oriental, os exercícios físicos eram tre dois cavaleiros), além disso, exercícios naturais,
expressos por meio de diferentes atividades. A luta como jogos simples e de caça e pesca, também eram
livre, o boxe, a esgrima, a natação e o remo eram praticados nesse período (RAMOS, 1982).
praticados pelos egípcios; os assírios e babilônicos No período do Renascimento, o exercício físico
realizavam práticas corporais funcionais (voltadas começou a ser pensado de outra forma, estabelecen-
para a melhora das atividades diárias) com foco na do novas concepções a respeito do corpo e seus cui-
força, agilidade e resistência. O exercício físico como dados. De acordo com Langlade e Langlade (1970),
instrumento de preparação para a vida e de cunho as escolas renascentistas trouxeram uma nova ten-
litúrgico era praticado na Pérsia, Índia, China e no dência para a educação física, ao considerá-la con-
Japão (RAMOS, 1982). teúdo da educação. Em seus programas estavam in-
No período Clássico da civilização ocidental, cluídas atividades, como equitação, corridas, saltos,
na Grécia, o exercício físico se expressava nas prá- esgrimas, jogos com bola entre outras, as quais eram
ticas esportivas, com a realização dos Jogos Olím- praticadas, ao ar livre, todos os dias pelos alunos.
picos, sob grande influência da mitologia e do culto Os renascentistas foram influenciados pelos
ao corpo. Nessa civilização, destacaram-se duas li- ideais gregos e, é importante lembrar que, na anti-
nhas de pensamento, a Ateniense e a Espartana. Em guidade grega, skholé correspondia ao tempo livre
Atenas os exercícios físicos buscavam a formação considerado como valioso para o aprimoramento
do cidadão integral, provido de educação corporal, do cidadão que se amparava, não apenas no aspecto
composta pela eficiência educacional, fisiológica, cognitivo, mas também na dimensão estética e atlé-
moral e estética. Já em Esparta, aspiravam à prepara- tica do corpo treinado. Na Grécia Antiga, todas as
ção militar, à disciplina cívica, ao fortalecimento do formas de exercício físico eram chamadas de Ginás-
corpo e à energia física e espiritual (RAMOS, 1982). tica que, de modo implícito, significava treinamento
Em Roma, os exercícios físicos possuíam um forte ou preparação para um esforço físico.
caráter prático e utilitário, sendo fundamentais para Na Era Moderna, o exercício físico se consoli-
a preparação militar, objetivando a conquista e a de- da como elemento da educação, devido à evolução
fesa de territórios do império. Além disso, também do conhecimento na área da Educação Física, com
eram observadas práticas de atividades desportivas, a publicação de obras relacionadas à pedagogia, à fi-
como a corrida de bigas e os combates de gladiado- siologia e à técnica (SOUZA, 1997). Nesse contexto,
res (RAMOS, 1982; SOUZA, 1997). foi a ginástica que introduziu o exercício físico como
Na Idade Média, com as Cruzadas promovidas possibilidade de educação do corpo.
pela Igreja Católica, os exercícios físicos tinham
57
58
EDUCAÇÃO FÍSICA
Para Guts Muths (1928), a ginástica deveria atuar so- impondo sempre uma sobrecarga adequada. Além
bre os músculos e os nervos, movimentando todo o disso, deveria adaptar o corpo a diferentes intensida-
corpo tanto de maneira global quanto segmentada, des de dor, fomentar a persistência e expô-lo à ação
59
dos elementos da natureza para, assim, promover seu das em três grandes grupos: os Exercícios ginásticos,
fortalecimento e proteção. Para alcançar isso, Guts os Trabalhos manuais e os Jogos (QUITZAU, 2015).
Muths selecionou um conjunto de práticas agrupa- Confira algumas dessas práticas a seguir:
O pedagogo Friederich Ludwing Jahn colaborou, ram chamados de “Aparelhos de ginástica”. Como
significativamente, com a Escola Alemã, promo- o propósito era reforçar o sentimento nacionalista,
vendo uma ginástica, também, de caráter da saúde Friederich substituiu a palavra Gymnastik (ginásti-
e da moral, mas com um grande apelo militar. Esta ca) pelo termo alemão Turnkunst, que significa “A
ginástica priorizava a preparação dos jovens para arte da ginástica”. Jahn relacionou, aproximadamen-
guerra bem como a disseminação dos ideais higie- te, 17 grupos de exercícios, além de cinco jogos que
nistas (SOARES, 2007). Jahn utilizava obstáculos considerava adequados para a ginástica (QUITZAU,
nos exercícios físicos, os quais, posteriormente, fo- 2015). Verifique algumas dessas práticas a seguir:
60
EDUCAÇÃO FÍSICA
Escola Sueca
O estudo da Escola Sueca engloba as atividades fí- nando os homens aptos para preservar a paz na Sué-
sicas referentes à Suécia, à Dinamarca, à Finlândia, cia, que havia sido arrasada pelo imperialismo russo
à Noruega, à Islândia e à Estônia-Letônia, por esse e guerras napoleônicas. Assim, buscava-se, por meio
motivo, também pode ser dita como Escola Nórdica. da ginástica, criar indivíduos fortes e saudáveis, li-
O idealizador do método sueco é Pehr Henrik Ling vres de vícios, necessários à formação da pátria
(1776-1839), que propôs uma ginástica insuflada de (LANGLADE; LANGLADE, 1970; RAMOS, 1982).
nacionalismo e destinada a regenerar o povo, tor-
61
Ling idealizou o método de treinamento chamado minais; 7) Movimentos laterais do tronco; 8) Mo-
“Ginástica racional” ou “Método sueco”, baseado na vimentos lentos das pernas; 9) Pulos e saltos e 10)
ciência e de caráter anatomofisiológico e médico-hi- Exercícios respiratórios” (MORENO, 2015, p. 131).
giênico. Estas denominações permitem identificar Podemos elencar alguns pontos como princípios
as concepções do método criado por Ling, que agru- fundamentais da proposta de Ling:
pa os movimentos ginásticos em lições, com um ou • Os movimentos ginásticos devem ser basea-
mais exercícios de cada grupo, de acordo com a se- dos nas necessidades e nas leis do organismo
guinte ordem: “1) Introdutórios; 2) Arco-flexões; 3) humano, selecionando as formas mais efica-
zes, segundo certas regras, sem esquecer as
Movimentos de braços; 4) Movimentos de balanço;
exigências da beleza.
5) Movimentos de escápula; 6) Exercícios abdo-
62
EDUCAÇÃO FÍSICA
A Ginástica, dentro do método sueco, pode ser di- Figura 4 - Apresentação de ginástica francesa / Fonte: Wikimedia (2014,
vidida em quatro partes (MARINHO, 1978): a Gi- on-line)10.
63
blicação do livro intitulado “Kallistenie: Exercises for A Calistenia era um método composto por exer-
beauty and Strengh” (ou Calistenia: exercícios para a cícios com movimentos precisos, rápidos e ritmados,
beleza e fortalecimento), do suíço Phokion Heinrich executados ao som de música. Esses exercícios eram
Clias (CORREIA, 2008). realizados “às mãos livres” ou com o auxílio de apa-
relhos leves, visando um trabalho global que
permitisse o desenvolvimento de todos os
GRUPO 1: Braços e pernas. grupos musculares bem como a simetria cor-
poral (CORRÊA, 2002). Nesse contexto, os
exercícios calistênicos eram, meticulosamen-
GRUPO 2: Região pôstero-superior do tronco. te, selecionados, de forma que a série executa-
da permitisse alcançar os princípios da higie-
ne, da educação, da recreação e da adaptação
GRUPO 3: Região pôstero-inferior do tronco. ao ambiente da época (CORRÊA, 2002).
Uma aula de Calistenia era estruturada
em oito grupos de exercícios, cada qual con-
GRUPO 4: Região lateral do tronco. templando segmentos corporais e capacida-
des físicas específicas. Confira a organização
desses grupos no quadro ao lado.
GRUPO 5: Exercícios de equilíbrio. Outro ponto a destacar é que, ao longo da
aula, havia um incremento gradual de esfor-
ço (intensidade), conforme eram desenvolvi-
GRUPO 6: Região abdominal. dos os grupos de exercícios. Essa relação en-
tre exercício e esforço pode ser observada na
Figura 5, em que a cor cinza caracteriza um
GRUPO 7: Exercícios com saltos e corridas.
esforço muito leve, a cor verde um esforço
leve, a amarela um esforço moderado e as co-
res alaranjado e vermelho, esforços intenso e
GRUPO 8: Exercícios de ombro.
muito intenso, respectivamente.
64
EDUCAÇÃO FÍSICA
Grupo 7
Grupo 6
Grupo 5
Grupo 4
Esforço
Grupo 3
Grupo 8
Grupo 2
Grupo 1
Desenvolvimento da aula
Figura 5 - Estrutura da aula de Calistenia, de acordo com o grupo de exercício e o esforço / Fonte: o autor.
Devido aos movimentos ritmados e à utilização da movimentos corporais, que desenvolvia o ritmo, os
música para a execução dos exercícios, a Calistenia sentidos e a expressividade. Devido à sua relação
foi uma grande influência para as ginásticas presen- com os procedimentos técnicos e metodológicos da
tes nas academias. cultura rítmico-musical, o método de Dalcroze ins-
pirou o surgimento da chamada ginástica moderna,
Movimentos do século XX e suas contribuições voltada para as mulheres, criada por Rudolf Bode
(1881- 1970) (LANGLADE; LANGLADE, 1970).
Ainda na Europa, a partir do século XX, surgem três De maneira geral, as contribuições do Movimen-
grandes movimentos ginásticos, o Movimento do to do Norte ao campo prático foram direcionadas à
Centro, o Movimento do Norte e o Movimento do técnica de construção e à execução dos movimen-
oeste. Todos eles foram importantes para a evolução tos em si. De maneira semelhante, o Movimento do
e o surgimento das diferentes manifestações gímni- Oeste manifestou-se com um foco técnico-pedagó-
cas estabelecidas na atualidade. Foi a partir deles que gico (LANGLADE; LANGLADE, 1970).
surgiram as subdivisões das modalidades e as pri- Estes três movimentos permaneceram até o
meiras regulamentações das ginásticas. ano de 1939, posteriormente, ocorreu a univer-
O Movimento do Centro teve grande influên- salização dos conceitos de ginástica que resultou
cia de Émile Jaques Dalcroze (1865-1950), criador nas ginásticas da atualidade (LANGLADE; LAN-
de um método de educação musical por meio dos GLADE, 1986).
65
Observando esses campos, em qual deles a Ginástica demias, por meio de atividades que visam o desenvolvi-
de academia se enquadra? Ela se enquadra nas Gi- mento das capacidades físicas, como a força, a resistência
násticas de condicionamento, que são caracterizadas, (aeróbica e muscular) e a flexibilidade (SOUZA, 1997).
principalmente, pela busca da manutenção da condi-
ção física e da promoção da saúde (RINALDI, 2005). A GINÁSTICA DE ACADEMIA
É importante destacar que as manifestações gímni-
cas pertencentes a este campo também estão relacio- Na década de 1970, surgiu um movimento influen-
nadas com o culto ao corpo, no sentido de atender ao ciado pelos estudos do norte americano Dr. Ken-
padrão estético colocado comercialmente. neth H. Cooper, os quais apresentaram a prática de
As Ginásticas de condicionamento são, popularmen- exercícios aeróbicos (de baixa intensidade e longa
te, conhecidas e, normalmente, são encontradas nas aca- duração) como uma excelente ferramenta para me-
66
EDUCAÇÃO FÍSICA
67
aulas, produzindo novas modalidades, como o Step, a compor o quadro da Ginástica de academia. É a
o Fitball, o Spinning (ou Ciclismo Indoor) e a Hidro- partir dessa década que surgem as grandes empresas
ginástica. Já a introdução de alguns passos específicos do Fitness, oferecendo seus programas de Ginástica
de dança e a utilização de diferentes gêneros musicais pré-coreografadas, provocando um impacto signifi-
deram origem a modalidades, como o aero-latino, ae- cativo no mercado e grande diversificação das mo-
ro-funk e afro-aeróbica (FREITAS, 2011). dalidades. Criadora de aulas pré-coreografadas con-
Seguindo a tendência da década anterior, nos sagradas, como o Body Pump, o Body Combat e o
anos 90, novos exercícios começaram a ser explora- Body Balance, a Les Mills é um exemplo de empresa
dos e modalidades que desenvolviam a força, a flexi- deste ramo. Ela foi pioneira em sistematizar as au-
bilidade e, até mesmo, o equilíbrio mental, passaram las de ginástica e, atualmente, seus programas são os
SAIBA MAIS
Como o próprio nome sugere, as aulas pré-coreografadas são aquelas que possuem uma sequência core-
ográfica, previamente, elaborada, com movimentos definidos e alinhados ao tempo musical e às diversas
sensações que a música produz. Normalmente, são produzidas por uma empresa especializada nesse ramo,
que conta com uma equipe multidisciplinar encarregada de elaborar e testar as aulas.
Essas aulas são comercializadas no formato de “licença de uso”, desta forma, apenas profissionais creden-
ciados a essas empresas podem ministrá-las. O credenciamento, geralmente, é feito por meio de cursos (ou
treinamentos) de capacitação e habilitação, com posterior avaliação e certificação.
Fonte: o autor.
68
EDUCAÇÃO FÍSICA
69
Ginástica de Academia
e a Fisiologia do Exercício
Transitando pela história da Ginástica de academia, Discutir a Ginástica de academia sob a ótica da fi-
você observou que, a partir da Era Moderna, por in- siologia, partindo do entendimento de como o corpo
termédio das Escolas europeias, a ginástica passou humano reage aos estímulos oferecidos pela prática de
a ser sistematizada e fundamentada pelos conhe- exercícios físicos, permite-nos determinar estratégias
cimentos de anatomia e fisiologia da época. Já na adequadas para se alcançar os objetivos das aulas. Nesse
pós-modernidade, com os estudos do Dr. Cooper, a contexto, os sistemas de transferência de energia, o mo-
ginástica ganhou novos embasamentos científicos e nitoramento da intensidade e o processo de recuperação
adquiriu o adjetivo de Aeróbica. são alguns dos pontos essenciais a serem compreendidos.
70
EDUCAÇÃO FÍSICA
71
90
80
macronutrientes (%) 35% 40%
70
Contribuição dos
60
95% 70%
50
40
60%
30
55%
20
10
3% 15%
0
Entre os macronutrientes, o único cuja energia ar- É importante destacar que, no exercício intenso, quan-
mazenada é capaz de gerar ATP de forma anaeró- do as demandas energéticas excedem o suprimento de oxi-
bica é o carboidrato. Esta característica o capacita a gênio ou sua taxa de uso, o organismo, sabiamente, passa
fornecer energia rápida, acima dos níveis fornecidos a formar o ácido lático (e, consequentemente, o lactato)
pelas reações metabólicas aeróbicas (McARDLE na tentativa de manter a produção de energia via glicóli-
KATCH; KATCH, 2019). se anaeróbica. Contudo, à medida que os níveis de lactato
A metabolização anaeróbica do carboidrato é feita muscular e sanguíneo se elevam e a regeneração de ATP
pelo Sistema glicolítico, que se caracteriza pela degra- não acompanhar sua taxa de utilização, a fadiga, rapida-
dação da molécula de glicose provinda do glicogênio mente, se estabelece e o desempenho do exercício diminui.
muscular. A glicólise (quebra da molécula de glicose) Além disso, o aumento da acidez, ocasionada pelo acúmulo
anaeróbica para a ressíntese de ATP fornece energia de lactato, contribui com a fadiga por inativar algumas das
para atividades físicas que necessitam de energia rápida, enzimas envolvidas na transferência energética e por inibir
como os exercícios físicos intensos e de curta duração o funcionamento pleno da maquinaria contrátil muscular
(McARDLE KATCH; KATCH, 2019). (McARDLE KATCH; KATCH, 2019).
72
EDUCAÇÃO FÍSICA
Sistema aeróbico
73
SISTEMAS ANAERÓBICOS
Substratos GLICOGÊNIO
ATP PCR CARBOIDRATOS GORDURAS PROTEÍNAS
energéticos GLICOSE
GLICÓLISE
ADP+Pi ANAERÓBICA - OXIDAÇÃO DESAMINAÇÃO
Vias CICLO DO
metabólicas ÁCIDO
CÍTRICO
FAVOR IDENTIFICAR O QUE É ESSA
FIGURA PARA QUE O ILUSTRADOR
POSSA ENCONTRA-LA NA WEB
PARA REDESENHAR.
CADEIA
TRANSPORTADORA DE
ELETRONS
ATP
Figura 11 - Diagrama dos sistemas de transferência energética, substratos energéticos, vias metabólicas e exercícios físicos / Fonte: o autor.
74
EDUCAÇÃO FÍSICA
A metabolização da gordura é feita por um processo Sinergia dos sistemas de transferência de energia
denominado de β-oxidação, que está intimamente relacio-
nado ao aporte de oxigênio. A β-oxidação acontece até que Algumas atividades físicas são, predominantemen-
toda a molécula de ácido graxo (gordura) seja degradada em te, mantidas por um único sistema de transferência de
acetil-CoA, que é destinada ao ciclo do ácido cítrico (McAR- energia. No entanto a maioria delas é sustentada por
DLE KATCH; KATCH, 2019; POWERS; HOWLEY, 2017). mais de um sistema de transferência de energia, depen-
Como você já sabe, o hidrogênio liberado durante esse pro- dendo de suas intensidades e durações, como é o caso
cesso é oxidado pela cadeia transportadora de elétrons. das modalidades de Ginástica de academia.
Em situações anaeróbicas, o hidrogênio permanece Os Sistemas anaeróbicos proporcionam a maior
ligado ao NAD+ e FAD, interrompendo a metabolização parte da energia para os exercícios explosivos (muito
das gorduras. Portanto, podemos dizer que existe uma rápidos) ou para aqueles de intensidade elevada e sus-
taxa limite para o uso de ácidos graxos pelo músculo (em tentada. Por outro lado, o Sistema aeróbico disponibiliza
atividade), a qual é determinada pela intensidade do exer- grande parte da energia para os exercícios de intensida-
cício físico, uma vez que a potência gerada pela degrada- de leve, moderada ou, ligeiramente, elevada (POWERS;
ção das gorduras representa, aproximadamente, metade HOWLEY, 2017). A Figura 12 apresenta as proporções
da potência produzida pelos carboidratos (McARDLE de contribuição relativa (%) desses sistemas em função
KATCH; KATCH, 2019). Nesse contexto, a β-oxidação da duração da atividade física. Veja que eles atuam, con-
fornece energia para atividades físicas que necessitam de juntamente, contribuindo em diferentes proporções ao
energia a longo prazo, como os exercícios físicos leves, longo do tempo.
moderados ou ligeiramente intensos e de longa duração.
100
80
Contribuição dos sistemas
anaeróbico e aeróbico (%)
60
40
20
0
Segundos Minutos
10 30 60 2 4 10 30 60 120
75
Leve 37 a 45 57 a 63
Moderada 46 a 63 64 a 76
Vigorosa 64 a 90 77 a 95
76
EDUCAÇÃO FÍSICA
Observe que os valores estão retratados como porcenta- Analisando estes fatores, vemos que a intensidade cor-
gem, pois são determinados tendo como base o valor do responde àquele que o professor pode exercer maior influên-
VO2máx e da FCmáx. Por exemplo, para um exercício ser cia, visto que a Frequência depende da assiduidade e do com-
classificado como moderado, durante a sua realização, prometimento do aluno; a Duração (em média 60 minutos),
ele deve provocar um consumo de oxigênio entre 46 e 63 geralmente, é determinada pela organização dos horários da
por cento (%) do valor do VO2máx de quem o está prati- academia; e o Tipo de exercício corresponde à própria moda-
cando; ou, então, exigir que o praticante mantenha uma lidade da aula (Step, Ciclismo indoor, entre outros).
frequência cardíaca entre 64 e 76 por cento (%) do valor Com estes apontamentos, você deve estar se pergun-
da FCmáx, na maior parte do tempo. tando: “Como posso controlar a intensidade?” e “Qual seria
Controlar a intensidade é primordial para que sejam o esforço ideal a ser exigido dos alunos?”. Antes de conver-
alcançados os objetivos de uma sessão de treino, em nosso sarmos sobre estes questionamentos, é fundamental ter em
caso, de uma aula de Ginástica de academia. A dose-respos- mente que o grau de intensidade é relativo, ou seja, para in-
ta do exercício físico depende de fatores, como a frequên- divíduos diferentes pode haver múltiplas percepções para
cia, a intensidade, o tempo e o tipo de exercício (POWERS; um mesmo estímulo. Esta variedade pode acontecer devi-
HOWLEY, 2017) . Podemos caracterizá-los como: do a fatores como idade, sexo e nível de aptidão física.
Frequência:
corresponde ao número Tempo:
de vezes com que o refere-se, justamente,
exercício é realizado. à duração do exercício.
Normalmente ela é Normalmente, é
expressa em dias por enunciado em
semana. minutos.
Intensidade:
Tipo de exercício:
indica o quanto o exercício é
é o modo ou o tipo de
intenso. A intensidade pode ser
atividade realizada. Este,
descrita em termos de
simplesmente, indica se o
percentual do VO2máx ou da
exercício é do tipo de
FCmáx, de percepção subjetiva
resistência cardiovascular ou
do esforço e do limiar do lactato
força, e como é realizado (por
(devido ao foco de nossos
exemplo, ciclismo de rua
estudos, não abordamos).
ou ciclismo indoor)
77
Existem diferentes ferramentas para o monitoramento da A relação com as medidas de sobrecarga fisio-
intensidade do exercício físico, mas devido às suas pratici- lógica, a simplicidade e o baixo custo tornam
dade e acessibilidade, abordaremos duas delas: a escala de a escala de percepção de esforço uma ótima
ferramenta de monitoramento das aulas de
percepção de esforço e o monitor de frequência cardíaca. Ginástica de academia. Que tal disponibilizá-la
em suas aulas?
Escala de percepção de esforço
A escala de percepção de esforço (EPE) é uma medida ter grande precisão cujo esforço percebido coincide com
psicofisiológica, amplamente conhecida e muito utiliza- as medidas objetivas da sobrecarga fisiológica, como os
da no campo científico, clínico e esportivo (KENNEY; percentuais do VO2máx e da FCmáx (McARDLE; KATCH;
WILMORE; COSTILL, 2013; ESTON, 2012). Com esta KATCH, 2018; KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013).
ferramenta, os indivíduos relatam, em uma escala numé- Uma EPE muito utilizada é a de Gunnar Borg (1982),
rica, a sensação percebida em relação ao nível de esforço. mais conhecida como Escala de Borg. Esta escala possui
Quando a EPE é utilizada corretamente, ela demonstra uma pontuação que varia de 6 a 20, categorizada, dida-
ticamente, como: Extremamente
Escala de percepção Classificação da leve, Muito leve, Razoavelmente
% do VO % da FC
de esforço 2máx máx
intensidade leve, Um pouco difícil, Difícil, Mui-
to difícil e Extremamente difícil. A
6
Figura 14 ilustra a Escala de Borg
7 Extremamente leve
e as estimativas correspondentes
8
da intensidade. Veja que, quanto
9 maior o esforço percebido, maior
Muito leve
10 será o número relatado pelo indi-
Leve
11 Razoavelmente leve 31 a 50 52 a 66 víduo.
12 Essa é uma ferramenta simples
Moderada
13 Um pouco difícil 51 a 75 61 a 85 e de custo irrisório, que permite
14 ao professor monitorar e modu-
Vigorosa
15 Difícil 76 a 85 86 a 91 lar o esforço de muitas pessoas, ao
16 mesmo tempo. Além disso, gera no
17 Muito difícil 85 92 aluno um entendimento melhor
18 Próxima da (consciência) sobre a intensidade
máxima ou correta do exercício. A dificuldade
19 Extremamente dfícil máxima
que pode ser encontrada está nos
20
primeiros contatos do aluno com a
Figura 14 - Escala de Borg e as estimativas correspondentes da intensidade / Fonte: adaptada de McArdle, Katch e Katch (2018).
escala sobre como classificar o es-
78
EDUCAÇÃO FÍSICA
Figura 15 - Monitor de frequência cardíaca com sensor de cinta Figura 16 - Monitor de frequência cardíaca em smartwatch
Uma prescrição adequada da intensidade deve estabe- A reserva da frequência cardíaca corresponde à diferença
lecer uma zona de frequência cardíaca de treinamento, entre a frequência cardíaca de repouso (FCrepo) e a FCmáx,
com um limite inferior (mínimo) e superior (máximo) expressando a amplitude de trabalho cardíaco em esforço.
que precisam ser respeitados durante o exercício físico A FCrepo equivale à frequência normal do coração, medida
(KENNEY; WILMORE; COSTILL, 2013). Para se deter- com o corpo estático e relaxado. Já a FCmáx corresponde ao
minar esses limites, podemos utilizar o Método da re- valor mais alto da frequência cardíaca que um indivíduo
serva da frequência cardíaca ou Método Karvonen, em pode atingir, num esforço máximo até o ponto de exaus-
homenagem ao fisiologista Martti J. Karvonen (FOSS; tão. Ela pode ser estimada, por meio da fórmula (inde-
KETEYIAN, 2000). pendentemente de raça e sexo):
79
80
EDUCAÇÃO FÍSICA
81
Exercício leve
dos à homeostase fisiológica, como: o reequilíbrio dos Componente rápido
íons, a restauração da frequência cardíaca e da tempe-
82
EDUCAÇÃO FÍSICA
Tempo de Descanso
PROCESSO DE RECUPERAÇÃO
mínimo máximo
Figura 19 - Tempos de recuperação após exercícios moderados a exaustivos / Fonte: adaptada de Foss e Keteyian (2000).
Durante os primeiros três a cinco minutos do período da nervoso, cardiorrespiratório, endócrino e estrutural dos
recuperação, parte das reservas de ATP e fosfocreatina músculos. Desta forma, negligenciar o tempo necessário
depletadas, durante o exercício, é restaurada. Já a restau- para o restabelecimento da condição física antes de um
ração do glicogênio muscular e hepático pode levar dias, novo estímulo é imprudente, pois reduz o desempenho
sendo que, durante esse período é necessária uma inges- e aumenta o risco de lesões (SILVA et al., 2013).
tão adequada de carboidratos. Um fator que influencia Um pensamento em comum aos alunos de acade-
a velocidade de restauração do glicogênio é o tipo de mia é “quanto mais, melhor”. Assim sendo, observamos
exercício físico. Para exercícios contínuos, com duração que muitos destes participam de duas ou mais aulas
de 60 minutos, a reparação é de 60% em 10 horas, sendo (intensas) de Ginástica de academia, uma seguida da
completada, plenamente, em 46 horas. Em exercícios in- outra, acreditando que seus objetivos serão alcançados
termitentes, de curta duração (poucos minutos), a repa- mais rapidamente. Contudo, será que isso é verdade?
ração é de 53% em 5 horas, sendo completada, totalmen- A partir de todo o conteúdo discutido, qual a sua opi-
te, em 24 horas (FOSS; KETEYIAN, 2000). nião? É importante destacar que, frequentemente, o
Além de restaurar os depósitos de substratos energé- professor ministra mais de uma modalidade e pode se
ticos, o organismo busca, após o exercício físico, eliminar sujeitar a essa mesma situação também.
os resíduos do metabolismo e restabelecer os sistemas
83
Elementos Musicais
na Ginástica de Academia
Um dos aspectos mais marcantes das modalidades de A música, por meio de suas informações temporais,
Ginástica de academia é a musicalidade. A música pas- constitui uma importante ferramenta para a condu-
sou a ser utilizada, mais enfaticamente, com a Ginásti- ção dos movimentos, incitar a motivação e modular a
ca aeróbica, nos anos 80, quando as coreografias eram intensidade da aula. Sendo assim, é fundamental ter o
estruturadas e elaboradas, de modo que houvesse um conhecimento dos seus elementos básicos para uma boa
entrosamento entre ela e os exercícios. harmonia entre a música e o exercício.
84
EDUCAÇÃO FÍSICA
A música pode ser descrita como a sucessão de sons e si- A partir deste ponto, nossa discussão não será pau-
lêncio, cuidadosamente, arranjados durante um tempo tada na música especificamente, mas sim, em alguns
determinado. O ritmo, a melodia, a harmonia e o timbre elementos pertencentes a ela, que são essenciais para o
constituem alguns dos seus elementos, capazes de sen- desenvolvimento das atividades rítmicas, como as mo-
sibilizar todo o organismo humano tanto de maneira dalidades de Ginástica de academia. Entre estes elemen-
psicológica quanto física, fazendo com que o receptor tos, serão abordados a métrica, o pulso, o andamento, o
da música responda de maneira afetiva e corporalmente compasso e a frase musical.
(FERREIRA, 2005).
Apesar de estar presente na música, o ritmo pode A Métrica
ser considerado um elemento pré-musical, pois pode
existir na ausência dela. Por exemplo, a circulação, A métrica é entendida como medida, pois, por meio
a respiração, a digestão, as operações mentais e os dela, é feita a contagem musical. Como ela divide o tem-
movimentos são marcados por um ritmo próprio e po musical em partes iguais, no contexto das atividades
natural. A melodia compreende a organização de di- rítmicas, é utilizada para medir o tempo entre a repeti-
ferentes notas musicais de modo a produzir uma se- ção de um movimento e outro. Essa medida do tempo é
quência agradável entre os sons e o silêncio. É ela que feita, por meio do pulso.
proporciona um sentido musical para quem está es-
cutando. A harmonia é responsável pela ligação entre O Pulso
a melodia e o ritmo, é a combinação de dois ou mais
sons (nota musicais), tocados, simultaneamente, que Basicamente, o pulso corresponde à marcação ou à ba-
resultam nos acordes. O timbre proporciona a distin- tida da música. Nas aulas de Ginástica de academia, os
ção dos sons. É ele que permite diferenciar o grave do movimentos são direcionados pela batida da música.
agudo e identificar a fonte emissora. É por meio do pulso que outros elementos da música,
Além desses, de igual importância, são os elementos como andamento e compasso, são identificados.
de duração e intensidade. A duração do som equivale ao
período em que ela se estende, que pode ser curto ou O Andamento
longo. A relação dela com o exercício físico é harmônica
quando o movimento e som tem a mesma duração. Já O andamento é a velocidade da música. Ele surge do es-
a intensidade relaciona-se com a energia desprendida paço de tempo entre os pulsos, e sua medida é feita em
na produção do som, que pode gerá-los com um caráter batimentos por minuto ou BPM. O aparelho destinado
forte ou fraco (JEANDOT, 1993). Reconhecer a inten- à medida do andamento é o metrônomo. Atualmente,
sidade dos sons é importante para a identificação dos além do modelo mecânico, existem metrônomos digi-
compassos uma vez que estes são detectados pelos tem- tais e no formato de aplicativos, que podem ser instala-
pos fortes e fracos da música. dos em computadores e celulares.
85
Batimento por
Classificação Características
minuto (BPM)
Muito lento
Lento 40 a 60
Pausado
Vagaroso
Brevemente pausado
De um modo calmo, 61 a 76
sem pressa
De um modo fluen-
te, como quem 77 a 108
caminha
Moderado
Moderado
108 a 120
Um pouco rápido
Rápido
121 a 168
Vivo
Rápido
Muito rápido
168 a 208
O mais rápido possível
86
EDUCAÇÃO FÍSICA
87
Agora que você está familiarizado(a) com a música, pratique os seguintes movimentos.
Step touch
88
EDUCAÇÃO FÍSICA
A elevação de pernas para trás é um movimento realizado lateralmente. Assim como no step
touch, na sua preparação o peso corporal está apoiado sobre a uma das perna. O movimento
é iniciado com um passo lateral da perna contrária à de apoio. Rapidamente, o peso corporal
é transferido para a perna que se deslocou. Em seguida, o joelho da outra perna é flexionado
elevando o pé para trás. Este movimento continua alternando a perna de apoio e a fletida.
A elevação de pernas para trás dupla é uma variação, onde, a mesma perna flexiona e
estende o joelho duas vezes seguidas, antes da troca para o apoio.
89
Treinados os movimentos, vamos executá-los no compas- ro de batidas, aqui, simbolizadas como “2x8” que são 16
so da música. Para isso, utilizaremos a nota coreográfica tempos. Essa representação “2x8” é utilizada, pois facilita
apresentada no Quadro 2. Observe que esta é dividida em a identificação do número de frases musicais, assim sen-
duas grandes colunas, uma com as características da mú- do, neste caso são duas frases de oito tempos. Já a coluna
sica e outra com as do exercício físico. A coluna referente referente ao exercício físico é subdividida em: Movimen-
à música é subdividida em: Mapeamento, que identifica to, que identifica o exercício a ser realizado naquele mo-
as partes que compõe a música (introdução, verso, refrão mento da música; Tempo, que corresponde à duração do
e pausa); Instrumento/efeito, que apresenta, justamente, movimento, do seu início ao fim, em número de batidas;
o instrumento ou o efeito que marca o início da parte ou e Repetição, que apresenta o número de vezes que o res-
da frase musical; e Contagem, que corresponde ao núme- pectivo movimento será realizado.
Instrumento/
Mapeamento Contagem Movimento Tempo Repetição
efeito
Redução do
Encerramento 2x8 Step touch 4t 2x
volume
90
EDUCAÇÃO FÍSICA
E então, como foi seu desempenho na prática? A sin- vio da atenção de sensações, como o cansaço. Essa in-
cronia fluída entre música e movimento é adquirida fluência pode acontecer, por meio de estímulos externos
ao longo do tempo, assim, não se preocupe caso tenha e internos (SOUZA; SILVA, 2010). O estímulo externo
tido dificuldade. O importante é perceber o ajuste en- é causado, principalmente, pelo ritmo musical gerado
tre os elementos musicais e os exercícios, bem como, a do andamento, que interliga os movimentos corporais
sinergia entre a melodia da música e a característica do às batidas da música. O estímulo interno é ocasionado
movimento. Nesse sentido, perceba que, nos momentos por sensações motivadoras, relacionadas a lembranças
de pausa da música, onde ela incita “tranquilidade”, foi ou imagens, evocadas pela música.
executado o step touch, que é um movimento que não As aulas de Ginástica de academia, estrategica-
exige um grande esforço. mente, são preparadas com músicas que possuem
compassos bem marcados e que fazem ou fizeram
MÚSICA E MOTIVAÇÃO sucesso em algum momento. Isso é feito, justamente,
com o intuito de provocar, simultaneamente, ambos
A música é capaz de dialogar com os sentimentos, desper- estímulos citados, anteriormente.
tar desejos, evocar lembranças e sensações e, ainda, estimu- Uma música com compassos bem marcados auxilia
lar ações. Estas atribuições a tornam um fator motivador sua sincronização com os movimentos e permite que os
poderoso, com o potencial de gerar melhora no desempe- alunos acompanhem, com mais facilidade, as coreogra-
nho dos praticantes de exercícios físicos, independente- fias da aula. Além disso, quando a música faz ou já fez
mente, do objetivo da prática (NAKAMURA; DEUTSCH; sucesso, em algum momento, pressupõe-se que ela seja
KOKUBUN, et al., 2008; MORI; DEUTSCH, 2005). conhecida dos alunos e tenha a capacidade de despertar
Nesse sentido, é fundamental que a seleção musical lembranças motivadoras neles.
contribua para a motivação no exercício bem como para
o prazer de estar no ambiente de sua prática (TEEL et
al.,1999). A influência musical propicia melhor resposta
do indivíduo ao exercício, à medida que favorece o des-
91
92
considerações finais
93
atividades de estudo
94
atividades de estudo
95
LEITURA
COMPLEMENTAR
O consumo excessivo de oxigênio após o exercício (EPOC) também pode ser lido como
consumo excessivo de energia após o exercício (EPEE do inglês excess post-exercise energy
expenditure), devido ao fato da análise do consumo de oxigênio possibilitar a estimativa
do gasto energético, pelas trocas gasosas.
Nesse contexto, o estudo de Matsuo e colaboradores procurou comparar o EPEE, induzi-
dos por três protocolos diferentes de exercício realizados em cicloergômetro.
O primeiro protocolo foi de treinamento intervalado de velocidade (sprint interval training
- SIT), composto por 7 séries de 30 segundos de ciclismo, numa intensidade de 120% do
VO2máx e um descanso de 15 segundos entre cada série. O segundo foi de treinamento
aeróbico intervalado de alta intensidade (high intensity aerobic training - HIAT), composto
por 3 séries de 3 minutos de ciclismo, com intensidade entre 80% e 90% do VO2máx e um
descanso ativo (pedalando) de 2 minutos a 50% do VO2máx. E o terceiro foi o treinamento
aeróbico contínuo (continuous aerobic training - CAT), que consistiu em 40 minutos de
ciclismo, numa intensidade entre 60% e 65% do VO2máx.
Foi realizada uma sessão de exercício para cada protocolo, com um intervalo de aproxi-
madamente uma semana entre as sessões. Em cada uma destas foram medidas, a taxa
metabólica de repouso, o gasto energético do exercício e feito um acompanhamento do
gasto energético durante 180 minutos após término exercício.
Participaram da pesquisa 10 homens saudáveis, com idades entre 20 e 31 anos. Os resul-
tados obtidos mostraram que, a média do EPEE para o SIT foi de 32±19 kcal, para o HIAT
de 21±16 kcal e para o CAT de 13±13 kcal. Já a média do gasto energético do exercício
somado ao gasto energético após o seu término, foi de 109±20 kcal para o SIT, de 182±17
kcal para o HIAT, e de 363±45 kcal para o CAT.
A partir desses resultados, os pesquisadores verificaram que o EPEE do CAT foi estatisti-
camente menor, comparado ao do SIT. Contudo, o exercício aeróbico contínuo apresen-
tou um gasto energético total (exercício somado ao repouso) significativamente maior
que os exercícios intervalados.
Para além dos dados apresentados, é importante refletir sobre a forma como esses exer-
cícios foram aplicados. Observe que, apesar da diferença no gasto energético, as dura-
ções dos protocolos foram diferentes. Será que os resultados seriam os mesmos, caso
a duração fosse nivelada? Se pensarmos em termos de aprimoramento da capacidade
aeróbica, será que, nesse caso, o exercício aeróbico seria melhor que o contínuo?
Fonte: Matsuo et al. (2012, p. 783-789).
96
material complementar
97
gabarito
1. A
2. C
3. Limite inferior (50%) é de 125 BPM e o limite
superior (80%) é de 164 BPM.
4. D
5. Um período musical em compasso quaternário
é formado por 8 compassos, contabilizando 4
frases e 32 tempos.
98
EDUCAÇÃO FÍSICA
99
MODALIDADES DE GINÁSTICA
DE ACADEMIA
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Modalidades que não fazem o uso de equipamentos
• Modalidades que fazem o uso de equipamentos
• Modalidades aquáticas de ginástica de academia
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar algumas das modalidades de Ginástica de
academia que não fazem uso de equipamentos.
• Expor algumas das modalidades de Ginástica de academia
que, necessariamente, fazem uso de equipamentos.
• Apresentar a Hidroginástica como modalidade de Ginástica
de academia.
unidade
III
Olá, aluno(a),
Precisamos da sua atenção nesse
momento, então, respira e vem com
a gente!
Para ampliarmos a sua experiência
com o material, organizamos uma
Unidade Digital com um glossário ACESSE AQUI
prático dos Exercícios da Ginástica.
Lá, disponibilizamos imagens e víde-
os de movimentos, passos, golpes,
poses e posições que são apresenta-
das ao longo dessa unidade.
É importante que você siga o material
com o Glossário prontinho do lado.
Para acessar, basta ler o QR Code ao
lado com o seu celular. Desfrute ao
máximo e bons estudos!
Ou acesse o link
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/2739
102
INTRODUÇÃO
O
lá, aluno(a)! Dando continuidade ao estudo da Ginástica e
academia, nesta terceira unidade serão apresentadas algumas
das muitas modalidades existentes na atualidade. Essas mo-
dalidades conferem uma alternativa de atividade física para
aquelas pessoas que consideram a musculação tediosa, mas que procu-
ram a academia como local para a sua prática diária de exercícios físicos.
Os exercícios com música e em grupo podem fazer com que as pessoas se
sintam animadas e tenham prazer pela prática de atividades que desen-
volvem suas capacidades físicas.
Entre as modalidades de ginástica oferecidas na academia, algumas
delas não fazem uso de equipamentos para desenvolver seus exercícios.
Normalmente, estas se apropriam de movimentos de outras práticas cor-
porais, como a dança, as lutas e as práticas alternativas para elaborar a
coreografia de suas aulas. Por outro lado, uma parte considerável das mo-
dalidades de Ginástica de academia faz uso de equipamentos específicos.
Algumas delas foram inspiradas e elaboradas a partir de outras práticas
corporais, como o Ciclismo indoor, enquanto outras nasceram no âmbito
da academia, como o Step.
Além da tradicional sala de ginástica, algumas modalidades são realiza-
das em outros ambientes, como aquelas praticadas na piscina. A hidroginás-
tica é um exemplo clássico desse tipo de aula. Apesar de o ambiente aquático
estar presente em poucas academias, com o desenvolvimento de novos equi-
pamentos, atualmente, existem muitas modalidades de aula na água.
Nesse contexto, para fins didáticos, as modalidades apresentadas nes-
sa unidade estão divididas em três grupos: Modalidades que não fazem o
uso de equipamentos, Modalidades que fazem o uso de equipamentos e
Modalidades aquáticas de Ginástica de academia.
A partir dessas considerações estamos preparados para continuar
nossos estudos!
Tenha uma ótima leitura!
Dentro das modalidades que não fazem o uso de passos, sem grandes dificuldades. Normalmente, as co-
equipamentos para desenvolver seus exercícios, reografias apresentam opções mais simples e mais com-
serão apresentadas algumas possibilidades de mo- plexas para um mesmo passo, contemplando, assim, as
vimento daquelas que se apropriam da dança, das necessidades do praticante iniciante e do avançado.
lutas e das práticas alternativas. É importante des- Outro aspecto interessante é o fato de a mesma
tacar que, além dos apresentados aqui, existem uma aula envolver diferentes estilos musicais, sendo o Hip
infinidade de exercícios que podem ser realizados Hop, o Funk, o latino (incluindo aqui o Brasil), todos os
nas aulas com estas características. estilos de Dance e música eletrônica, os mais utilizados
nos dias de hoje. Justamente devido a essa mistura, as
GINÁSTICA AERÓBICA E DANÇA aulas com essa característica são, comumente, chama-
das, nas academias brasileiras, de aula de ritmos.
A relação entre a dança e a ginástica aeróbica data da
década de 70, quando Jaki Sorensen desenvolveu seu Técnica dos movimentos
programa intitulado Aerobic Dancing, que combinava
música, dança e calistenia (MONTEIRO, 1996). Desde Os diferentes estilos de dança, que fazem parte das co-
então, a dança, enquanto exercício físico, faz parte das reografias de uma aula, exigem que o professor conhe-
grades de aula de ginástica, nas academias e clubes. ça, minimamente, a técnica dos movimentos para que
Uma característica meritória dessas aulas, na atu- consiga caracterizar cada dança. Nesse sentido, existem
alidade, é o fato de serem elaboradas de forma que alguns pontos chaves que podem auxiliar a evidenciar
qualquer pessoa possa acompanhar os movimentos, ou os estilos por meio dos movimentos, sendo eles:
106
EDUCAÇÃO FÍSICA
4 Amplitude 5 Ritmo
de movimento O quinto ponto corresponde à
Este ponto se refere ao “tamanho” sincronização dos movimentos ao
dos movimentos, que podem ser tempo da música. Para além da
de grande ou de pequena execução alinhada, as batidas
amplitude e que dependem não musicais, também faz parte do ritmo
só do estilo da dança, mas da o tempo certo da instrução dos
música utilizada na coreografia. passos, durante determinada música.
107
• Movimento do peito
Aqui, foram apresentados cinco pontos gerais de
Com o corpo em posição ortostática, a cabeça
atenção em relação à técnica dos movimentos que,
alinhada ao eixo longitudinal, os pés afasta-
quando seguidos e aplicados a todos os estilos de dos na linha dos ombros, os joelhos desencai-
dança, podem garantir a inspiração e a motivação xados e braços relaxados ao lado do tronco, o
na sala de ginástica das academias. peitoral realiza os seguintes movimentos:
1. Projeção para frente, volta ao centro, pro-
Exercícios de facilitação jeção para trás, volta ao centro.
2. Projeção para frente, movimento circular
Existem alguns exercícios que podem auxiliar na de todo o tórax em sentido da esquerda
para a direita (duas vezes).
conscientização e no controle corporal e, por conse-
3. Projeção para trás, movimento circular de
quência, melhorar a execução dos movimentos nas
todo o tórax em sentido da direita para a
danças. Neste contexto, os exercícios demonstrados
esquerda (duas vezes).
a seguir procuram trabalhar, de maneira isolada, as
partes do corpo, justamente, para que seja estimula- • Movimento do quadril
do o domínio delas. Mantendo o corpo em posição ortostática, a
cabeça alinhada ao eixo longitudinal, os pés
• Movimento da cabeça afastados um pouco além na linha dos om-
Com o corpo em posição ortostática, os pés bros, os joelhos desencaixados e braços re-
afastados na linha dos ombros, os joelhos laxados ao lado do tronco, o quadril faz os
desencaixados e braços relaxados ao lado do seguintes movimentos:
tronco, a cabeça realiza as seguintes sequên- 1. Projeção para frente, volta ao centro, pro-
cias de movimentos: jeção para trás, volta ao centro.
1. O rosto vira para a direita, volta ao centro, 2. Projeção para direita, volta ao centro, pro-
vira para a esquerda, volta ao centro. jeção para esquerda, volta ao centro.
2. A cabeça inclina para trás, volta ao centro, 3. Projeção para frente, para direita, para
inclina à frente, volta ao centro. trás, para esquerda, para frente, movi-
mento circular em sentido da direita para
• Movimento dos ombros a esquerda (duas vezes).
Mantendo o corpo em posição ortostática, a 4. Projeção para frente, para esquerda, para
cabeça alinhada ao eixo longitudinal, os pés trás, para direita, para frente, movimento
afastados na linha dos ombros, os joelhos circular em sentido da esquerda para a di-
desencaixados e braços relaxados ao lado do reita (duas vezes).
tronco, os ombros fazem os seguintes movi-
Esses exercícios podem ser incluídos na co-
mentos:
reografia, principalmente, nos momentos de
1. Projeção para frente, mais à frente, movi- aquecimento e alongamento, visando refinar
mento circular para trás (duas vezes), pro- as habilidades dos alunos.
jeção para trás, mais a trás, movimento
circular para frente (duas vezes).
108
EDUCAÇÃO FÍSICA
Movimentos básicos
109
Devido ao posicionamento dos pés, o tronco O jab, a partir da base frontal, pode ser re-
fica, levemente, voltado para o mesmo lado alizado com ambos os braços. Quando re-
da perna de trás. As pernas se mantêm, li- alizado em base de combate, é desferido
geiramente, flexionadas. A cabeça permane- apenas com o braço que está mais à frente,
ce um pouco inclinada para baixo, e o olhar pois o soco feito com o braço de trás recebe
voltado para frente. Os braços se posicionam o nome de Direto.
em guarda do Boxe, com as mãos cerradas ao
lado da mandíbula, e os cotovelos apontando • Direto
para baixo, próximos às costelas. Conforme dito anteriormente, o direto é um
soco realizado com o braço de trás, a partir
• Base frontal da base de combate, e é usado para atacar a
Na base frontal, os pés se posicionam parale- região do nariz e do queixo. A partir da guar-
los e a uma distância um pouco maior que a da de boxe, a mão cerrada, do braço de trás, é
largura dos ombros. As pernas se mantêm, li- direcionada ao alvo, realizando breve rotação
geiramente, flexionadas, a cabeça e os braços medial, de modo que fique em pronação no
mantêm o posicionamento igual ao da base fim do trajeto. O braço não se estende total-
de combate. mente. Esse movimento é impulsionado pela
rotação do quadril, que deixa todo o tronco
voltado para frente. No fim desse movimen-
Golpes com os braços to, a perna de trás fica apoiada apenas na par-
te anterior da planta do pé, sobre os dedos.
Entre os vários golpes desferidos com os braços, se- Logo que atinge o fim do trajeto, rapidamen-
rão apresentados o Jab e o Direto. Estes são golpes te, o braço, tronco e perna retornam à posi-
ção inicial, e o outro braço mantém, todo o
simples e muito conhecidos em lutas, como o Boxe
tempo, a guarda.
e o Muay Thai.
• Jab
Golpes com as pernas
O jab é um soco rápido utilizado para atacar
a região do nariz.
Os golpes realizados com as pernas são os chutes
A partir da guarda de boxe, a mão cerrada
e as joelhadas. Nesse sentido serão apresentados o
é direcionada ao alvo, realizando uma breve
rotação medial, de modo que fique em pro- Chute frontal, o Chute circular e a Joelhada frontal,
nação no fim do trajeto. Para manter a inte- que constituem os golpes de lutas, como o Taekwon-
gridade muscular e articular, o braço não se do, o Kickboxing e o Muay Thai.
estende totalmente. Esse movimento é im-
pulsionado por uma, simultânea e discreta, • Chute frontal
rotação do tronco. Logo que atinge o fim do Um chute frontal é utilizado para atacar ou
trajeto, rapidamente, o braço retorna à po- criar um espaço para desferir outras técnicas.
sição inicial. O outro braço mantém, todo o As áreas alvo são o joelho, a virilha e o estôma-
tempo, a guarda. go, respectivamente, alvo baixo, médio e alto.
110
EDUCAÇÃO FÍSICA
A partir da transferência do peso corporal A perna que realiza o golpe é suspensa com
para uma das pernas, o tronco se inclina, bre- o joelho flexionado, de forma que o pé (em
vemente, para trás. O joelho da outra perna flexão plantar) fique próximo ao glúteo. O
se eleva à frente para que ela possa ser esten- chute efetiva-se com a extensão dessa perna.
dida. Esse é um movimento controlado para Assim que atinge o fim do trajeto, agilmente,
que seja mantida a integridade muscular e ar- a perna e, em seguida, todo o corpo retornam
ticular. No fim da extensão o pé se encontra, à base de combate.
moderadamente, em flexão plantar. Assim
que atinge o fim do trajeto, agilmente, a per- • Joelhada frontal
na retorna à posição inicial. A joelhada frontal pode ser utilizada para
No momento do chute, o antebraço perten- golpear um alvo muito próximo à frente. As
cente ao mesmo lado da perna de apoio se po- áreas alvo, usualmente, são a coxa, a virilha
siciona na frente do tronco, com a mão na li- e o estômago, respectivamente, alvo baixo,
nha do osso esterno. O outro braço se estende, médio e alto. O movimento da joelhada fron-
paralelamente, ao tronco. O chute frontal, a tal segue a mesma dinâmica do chute frontal
partir da base frontal, pode ser realizado com para ambas as bases. Contudo, aqui, o ataque
ambas as pernas de maneira igual. Quando é feito apenas com o joelho, desta forma, a
realizado em base de combate, também pode perna não é estendida. Outra diferença são os
ser feito com ambas as pernas, no entanto o braços, que permanecem em guarda de Boxe
chute feito com a perna de trás exige uma leve durante todo o movimento.
projeção do quadril para frente para que seja
mantido o equilíbrio no movimento. Recomendações de segurança
• Chute circular
Por envolver movimentos explosivos, o controle
Um chute circular tem como áreas alvo a
corporal é essencial para que sejam evitadas lesões
parte interna da coxa, as costelas e a cabeça;
ocasionadas pelo alongamento excessivo dos mús-
respectivamente, alvo baixo, médio e alto. O
chute circular é realizado apenas em base de culos e tendões, bem como, a tensão excessiva sobre
combate e possui uma fase preparatória obri- as articulações. Em complemento, indivíduos porta-
gatória, que consiste em posicionar o pé de dores de patologia articular, como a osteoartrite ou
trás mais próximo ao do pé da frente, deixan- apresentem instabilidade do quadril, devem evitar
do-o com o calcanhar voltado para frente e a atividades como esta.
ponta dos dedos para trás, e voltando o tron-
Em salas de ginástica pequenas ou turmas gran-
co, totalmente, para a lateral.
des, é indispensável certificar que há espaço sufi-
A partir da fase preparatória, o peso corporal
ciente para os golpes e deslocamentos. Atingir outro
se transfere para a perna de trás, o antebraço,
do lado da perna de apoio, posiciona-se na participante ou um objeto da sala pode resultar em
cintura, e o outro braço se estende em dire- uma séria lesão. Portanto, o número de alunos deve
ção ao alvo (baixo, médio e alto). O tronco ser limitado para que estes possam executar os mo-
é inclinado de acordo com a altura do chute. vimentos sem muitos riscos.
111
112
EDUCAÇÃO FÍSICA
GINÁSTICA DE ACADEMIA PARA ALÉM dos movimentos são auxiliadas pelas músicas de
DO ALONGAMENTO BPM mais baixos (entre 100 e 110), calmas, com ou
sem vocal, de qualquer gênero musical.
Sabemos que níveis adequados de flexibilidade são im- A seguir são sugeridos alguns movimentos que
portantes para o desempenho atlético, a manutenção podem compor os exercícios desse tipo de aula.
da independência funcional, bem como, para a execu-
ção das atividades da vida diária (HEYWARD, 2004). Movimentos harmônicos
Nesse sentido, é comum que as academias ofereçam,
além das modalidades agitadas de Ginástica de acade- Dentro das possibilidades de movimentos harmôni-
mia, também aulas de alongamento aos alunos. cos, aqueles realizados na prática do Tai Chi Chuan
Normalmente, são aulas monótonas e de curta são uma ótima opção. Os movimentos desta arte são
duração, pela própria natureza dos exercícios e, tam- executados de modo tão fluído e cadenciado que é,
bém, pela baixa adesão. Para quebrar essa tradição praticamente, impossível distinguir o início e o tér-
e conferir um sentido maior a esse tipo de aula, a mino de cada um. A respiração é, também, ritmada
sugestão, aqui, é que ela adquira um caráter holís- e entra em consonância com a fluência do exercício.
tico, no sentido de noção de totalidade (CHAER, Estes movimentos podem ser utilizados tanto no
2006), de integração harmoniosa “parte-todo-parte” início, como forma de aquecimento, quanto no final,
(BRANDÃO; CREMA, 1991). Ou seja, uma aula ca- como volta à calma.
paz de promover o treinamento do físico e do men- Uma das posições básicas do Tai Chi Chuan é
tal enquanto unidade, apropriando-se de elementos a Wu Chi. Na posição Wu Chi, o corpo permanece
das ginásticas de conscientização corporal. em posição ortostática, com os membros superiores
estendidos ao lado do tronco, as palmas das mãos
REFLITA voltadas para trás e os pés afastados na linha dos
ombros. A cabeça e os pés também estão apontados
A Educação Física contempla múltiplos conhe- para frente e o olhar para o horizonte.
cimentos a respeito do corpo e do movimento A partir dessa posição, entre as opções de movi-
produzidos pela sociedade, sendo assim, por mentação de braços, será apresentado o grande círculo.
que não inserir práticas corporais alternativas
nas salas de ginástica de academia?
Posição Wu Chi com grande círculo
113
A inspiração do ar (pelo nariz) é feita durante todo Na pose da árvore, o peso corporal é transferido
esse movimento. A expiração do ar é sincronizada para uma das pernas. Toda a planta do pé da perna que
ao movimento de volta dos braços para a posição sustenta o corpo permanece em contato com o chão.
inicial. Esse movimento é marcado pela descida das O joelho da outra perna é flexionado, e o pé, com os
mãos (com os dedos apontando para cima), próxi- dedos apontando para baixo, colocado na parte medial
mas ao corpo, até a linha do processo xifoide do osso da coxa da perna de apoio. Os braços podem estar es-
esterno. Nesse ponto, as mãos se separam, natural- tendidos, com as mãos posicionadas acima da cabeça,
mente, para voltar à posição inicial. Acompanhando dedos apontando para cima e palma unidas, ou podem
os braços, há a extensão e flexão das pernas. estar flexionados de modo a posicionar as mãos para-
Na preparação para o grande círculo, os joelhos fle- lelas ao osso esterno. Aqui, também, os dedos apontam
xionam-se de maneira a posicionar o quadril um pouco para cima e palmas unidas. Independentemente da po-
para baixo. A extensão das pernas acontece em sincro- sição dos braços, há o alinhamento entre cabeça, tron-
nia com a inspiração e elevação dos braços. Quando co, mãos e pé de apoio. Após um período de equilíbrio,
estes iniciam a volta, as pernas também retornam à po- a perna de apoio é trocada.
sição flexionada. Todo esse movimento é suave e lento.
Pose do sábio vashista
Movimentos com equilíbrio
A pose do sábio vashista inicia-se na posição de
Na Ginástica de academia, os exercícios para o equi- prancha em que as mãos são alinhadas, vertical-
líbrio devem ser combinados a movimentos suaves e mente, aos cotovelos e ombros, os pés afastados à
controlados para evitar a monotonia na aula. Nesse largura do quadril. Da prancha, o peso corporal é
sentido, a utilização dos movimentos e poses do Ioga transferido para um dos lados, para que o corpo
são uma opção. Os Ásanas, como são nomeadas estas se posicione em decúbito lateral, apoiado pelo bra-
poses, compõem a prática corporal do Ioga e são to- ço e pela perna que o sustenta. Quando o peito, o
mados de técnicas e simbolismo espiritual. Entre os quadril e a ponta dos pés estão totalmente voltados
vários Ásanas que exercitam, principalmente, o equi- para o lado, a perna de cima é posicionada sobre a
líbrio, serão abordados dois, o Vrksasana, ou pose da perna de apoio, e o braço que está livre é estendi-
árvore, e o Vashistasana, ou pose do sábio vashista. do para o alto, de forma a ficar alinhado ao braço
de apoio. A cabeça gira, e o rosto fica voltado para
Pose da árvore cima. O mesmo procedimento é realizado para o
outro lado, após um tempo em equilíbrio.
A pose da árvore é feita a partir da postura da
montanha (tadasana). Basicamente, nessa pos- Movimentos de flexibilidade
tura, o corpo permanece em posição ortostática,
com os pés paralelos e alinhados aos ombros. Há a Os exercícios para a flexibilidade, assim como para
retroversão pélvica. Os ombros, o braço e as mãos o equilíbrio, devem ser realizados com movimentos
permanecem relaxados. calmos e fluídos para dar dinamismo à aula. A uti-
114
EDUCAÇÃO FÍSICA
lização dos Ásanas do Ioga é uma opção aqui tam- voz de comando é serena e pausada, com instru-
bém. Entre os muitos existentes que treinam, sobre- ções que direcionam o aluno à autopercepção e
tudo, a flexibilidade, será abordado o Adho mukha relaxamento dos segmentos corporais e da mente.
shvanasana, ou pose do cachorro baixo. É interessante que haja uma transição serena
entre a última coreografia da aula e a meditação.
Pose do cachorro baixo Nesse contexto, observe abaixo uma sugestão de
sequência de comandos.
A pose do cachorro baixo é uma das Ásanas que Repare que esses comandos direcionam o in-
compõe a Surya Namaskar ou Saudação ao Sol. Ela divíduo para se deitar no chão. A posição deitada
pode ser iniciada na posição de prancha. Dessa po- favorece a concentração e o relaxamento, por esse
sição, o quadril é direcionado para cima e para trás, motivo, são propostas duas poses para meditação: a
formando um “V” invertido com o corpo. A cabe- pose em decúbito dorsal e a posição fetal.
ça, o tronco e os braços (es-
tendidos) são alinhados, as
pernas permanecem esten-
1 Sente-se no chão com as pernas
didas, e os calcanhares po- flexionadas e as mãos no chão,
dem, ou não, tocar o solo, descansando ao lado do corpo.
dependendo do nível de fle-
xibilidade da cadeia muscu- 2 Estenda as pernas e deite, vagarosamente,
lar posterior das pernas. com as costas no chão, apoiando a parte
posterior da cabeça, gentilmente, no chão.
Meditação e relaxamento
3 Relaxe o queixo
No contexto da Ginástica e mantenha a
de academia, a meditação cabeça parada, 4 Estenda os braços
é realizada com o objetivo sem girar, para abertos com a 5 Deixe os pés
de promover a conscienti-
a direita ou palma das mãos virarem para
esquerda. para cima. fora, joelhos
zação corporal e o relaxa-
soltos e
mento, devendo ser a parte panturrilhas
final da aula. A exploração relaxadas.
das sensações e percepções
é feita de maneira guiada,
ou seja, conduzida pela
instrução do professor. A 7 A respiração 6 Deixe o corpo
é suave e leve, bem confortável
inspirando e e feche os olhos,
expirando pelo nariz. lentamente.
115
117
118
EDUCAÇÃO FÍSICA
Movimentos básicos
119
• Caminhada
mantendo um padrão unilateral, e movimentos com
A caminhada pode ser feita de duas manei-
liderança alternada, onde há a troca da perna líder,
ras: estacionária e em descolamento. Na ca-
diversas vezes durante sua execução, caracterizando minhada estacionária, há uma sutil transfe-
um padrão bilateral. rência do peso corporal de uma perna para
Adiante serão apresentadas algumas opções de mo- a outra. Com os pés próximos (em média 10
vimentos que podem ser utilizados nessa modalidade. centímetros), enquanto uma perna realiza o
apoio, a outra mantém o joelho semiflexio-
nado e o pé em flexão plantar, com a ponta
Passo básico
dos dedos próxima ao solo. A caminhada em
deslocamento é o ato de andar, propriamente
O passo básico consiste em subir e descer da plata- dito. Geralmente, ela é utilizada para passar
forma, onde o pé que inicia a subida, também, é o de um lado para o outro do step pelo solo.
primeiro a descer. Por exemplo, partindo do solo, o
pé esquerdo é colocado sobre o step e, em seguida, o • Corrida
direito, logo depois, o pé esquerdo retorna ao chão A transferência do peso corporal, de uma
perna para a outra, acontece de maneira
e, posteriormente, o direito também. O corpo se
ágil na corrida. Quando uma perna realiza
mantém alinhado ao eixo longitudinal, e os braços,
o apoio, a outra mantém o joelho semifle-
normalmente, realizam o movimento de balanço xionado e com a coxa elevada, de modo a
natural, permanecendo com os cotovelos flexiona- formar um ângulo, aproximado, de 90 graus
dos, formando um ângulo aproximado de 90 graus. entre ela e o tronco.
Esta dinâmica do passo básico (de subir e des-
cer) é utilizada na maioria dos movimentos que Movimentos de elevação das pernas
compõem a coreografia de uma aula de step, poden-
do sofrer algumas adaptações. Os movimentos de elevação das pernas, no step,
podem ser feitos tanto pela ação da flexão do qua-
Movimentos de marcha dril quanto pela flexão do joelho. Existem diferen-
tes formas de fazê-los, cada qual com suas carac-
Os movimentos de marcha são semelhantes à mar- terísticas, porém, para as variações apresentadas a
cha estacionária e, além de serem executados no seguir, um ponto em comum é o alinhamento do
chão, também podem ser feitos sobre o step. Nesses corpo ao eixo longitudinal.
movimentos, como no passo básico, o corpo man-
• Superman
tém um alinhamento com o eixo longitudinal, e os
O movimento superman inicia-se com o
braços realizam o balanço natural e fluido, perma-
apoio da perna líder sobre o step. Simultane-
necendo com os cotovelos flexionados, em um ân- amente à subida, a perna suspensa é elevada
gulo de, aproximadamente, 90 graus. de modo que o joelho alcance a linha do qua-
dril ou pouco acima dela. Esse joelho perma-
nece flexionado e o pé em flexão plantar.
120
EDUCAÇÃO FÍSICA
121
122
EDUCAÇÃO FÍSICA