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Secretaria de Estado

Revisa Goiás
da Educação

APRESENTAÇÃO

Colega Professor(a),

O REVISA GOIÁS é um material estruturado de forma dialógica e funcional com o objetivo de recompor as aprendi-
zagens e, consequentemente, avançar na proficiência.
Nessa perspectiva, para o 9º ano do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, são considerados os resultados
das avaliações externas, pontuando habilidades críticas previstas para cada etapa de ensino, considerando todo o pro-
cesso percorrido até a aprendizagem.
O material do 9º ano também pode ser usado na 1ª série do Ensino Médio, no intuito de recompor as aprendizagens
previstas até o final do Ensino Fundamental. Já o material da 2ª e 3ª série é elaborado a partir dos descritores e habilida-
des críticas previstos para a etapa de ensino, observadas no SAEGO e simulados realizados ao longo do ano.
O material também apresenta atividades de Ciências da Natureza/ Ciências da Natureza e suas Tecnologias, devido
à sua inserção, de forma amostral, no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 2021. Ressaltamos
que a progressão do conhecimento, nesta área, está representada no quadro 1, onde os EIXOS DO CONHECIMENTO
correspondem às três UNIDADES TEMÁTICAS, que vão se complexificando em formato espiral crescente, desde o 1º
ano do Ensino Fundamental, até a 3ª série do Ensino Médio. Já os EIXOS COGNITIVOS estão representando a pro-
gressão do conhecimento de acordo com os Domínios Cognitivos de Bloom (BLOOM, 1986) que são: Conhecimento
(representado pela letra A), Compreensão (pela letra B) e Aplicação (pela letra C). Já o quadro 2, organiza as habilidades
estruturantes, ou seja, mais complexas, em sub-habilidades para favorecer o desenvolvimento do nosso estudante, res-
peitando as etapas de ensino e a transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio.
O material é dividido em 2 semanas que, por sua vez, são subdivididas em assuntos. No início da atividade de
Língua Portuguesa e Matemática, constarão os descritores previstos para o mês e os conhecimentos necessários
para desenvolvê-los.
O Revisa Goiás será disponibilizado, via e-mail e drive, no final de cada mês, para que o(a) professor(a) tenha tempo
hábil de acrescentar esse material em seu planejamento.
Sugerimos que este material seja esgotado em sala de aula, uma vez que ele traz conhecimentos basilares que sub-
sidiarão a ampliação do conhecimento e o trabalho com as habilidades previstas para o corte temporal/bimestre.

Um excelente trabalho para você!

Você também pode baixar o material pelo link:


https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CAfpwYsZnDl
A78fyMX?usp=sharing
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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................................................................. 4

Quadro de Descritores e Conhecimentos Necessários................................................................................................... 4

Semana 1:

• Material gráfico. Tese. Argumentos. Posições distintas...................................................................................... 7


• Linguagem verbal e não verbal. Humor. Comparação entre textos com mesmo tema. Efeitos de sentido........ 13
• Linguagem poética. Recursos expressivos. Efeitos de sentido.......................................................................... 16
• Poema e poesia. Métrica. Efeito de sentido........................................................................................................ 20

Semana 2:
• Construção composicional. Tema. Finalidade. Causa e consequência.............................................................. 22
• Conflito gerador. Relação entre as partes do texto. Efeitos de sentido............................................................... 24
• Inferência. Relação entre as partes textuais. Relações lógico-discursivas. Fato e opinião................................ 25
• Proposta de Produção Textual - 9º Ano e 1ª Série............................................................................................. 28

MATEMÁTICA................................................................................................................................................................. 33

Quadro de Descritores e Subdescritores........................................................................................................................ 33

Semana 1:
• Localização e movimentação.............................................................................................................................. 36

Semana 2:
• Polígonos............................................................................................................................................................ 46
• Problemas com unidades de medidas................................................................................................................ 51
Revisa Goiás

LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO
QUADRO DE DESCRITORES E CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS
Localizar informações explícitas - Identificar as informações principais de um texto.
D1
em textos. - Identificar as informações secundárias de um texto.

- Identificar os vários sentidos possíveis de uma determinada palavra ou expressão (aqueles que foram particu-
Inferir o sentido de palavras ou
D3 larmente utilizados no texto).
expressões em textos.
- Inferir o sentido denotativo e conotativo das palavras/expressões em textos diversos.

Inferir uma informação implícita - Ler textos de diferentes gêneros refletindo sobre a situação de comunicação.
D4
em um texto. - Relacionar as informações presentes no texto com o conhecimento de mundo que se tem sobre o tema.

- Ler textos de gêneros diversos observando a construção composicional.


- Observar que o título do texto pode estabelecer diálogo com o tema/assunto do texto (explicitamente ou impli-
D6 Identificar o tema de um texto. citamente).
- Perceber que o assunto/tema aparece mais de uma vez ao longo do texto, por meio palavra(s) e/ou expressões
repetidas intencionalmente, esse aspecto ocorre explicitamente e implicitamente.

- Ler textos diversos reconhecendo os elementos constituintes do gênero, principalmente, textos dissertativos-ar-
gumentativos.
- Compreender o que é fato: algo cuja existência é inquestionável, real, concreto, verdadeiro.
Distinguir um fato da opinião
D14 - Compreender o que é opinião: é a subjetividade do locutor/emissor modo de pensar, de julgar (as opiniões mos-
relativa a esse fato.
tram o caráter de uma pessoa, pois são moldadas pelo sistema de valores que regem as atitudes do indivíduo).
- Perceber que, principalmente, em textos informativos e dissertativos-argumentativos, as evidências são os “fa-
tos” e a análise sobre esses fatos é a “opinião.”

- Ler histórias em quadrinhos, charges e tirinhas, entre outros gêneros, relacionando imagens e palavras.
- Inferir, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, cartuns, memes, etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou
Interpretar texto com auxílio de
crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos,
D5 material gráfico diverso (propa-
de pontuação etc.
gandas, quadrinhos, foto etc.).
- Reconhecer a relação de sentido entre imagem (linguagem não verbal e texto verbal (multimodalidade) no gênero
em estudo, por meio de recursos linguísticos e semióticos).

- Ler textos de gêneros diversos.


Identificar a finalidade de textos - Compreender que cada texto tem um propósito interativo específico, isto é, um determinado objetivo, uma função
D12
de diferentes gêneros. social, como (informar, esclarecer, narrar um acontecimento, fazer uma advertência, instruir sobre algo, divertir o
leitor, expor um ponto de vista, persuadir alguém de alguma coisa etc.

Reconhecer diferentes formas de


tratar uma informação na com- - Ler textos de gêneros diversos, principalmente aqueles com os mesmos temas.
paração de textos que tratam do - Reconhecer a situação de produção do texto, considerando fatores como: (interlocutores, intenção do discurso,
D20
mesmo tema, em função das con- local de circulação, linguagem etc.)
dições em que ele foi produzido e - Comparar textos que se referem a mesma temática (assunto).
daquelas em que será recebido.

Reconhecer posições distintas - Ler textos de gêneros diversos.


entre duas ou mais opiniões
D21 - Reconhecer em um único texto, opiniões distintas em relação a um mesmo fato.
relativas ao mesmo fato ou ao
mesmo tema. - Reconhecer em dois ou mais textos diferentes, os pontos de vista que são divergentes sobre o mesmo assunto/tema.

Estabelecer relações entre par- - Identificar a relação coesiva de repetições, substituições, retomadas que contribuem com efetivo entendimento
tes de um texto, identificando da leitura/significados.
D2 repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade - Identificar em textos pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico, que
de um texto. contribuem para a continuidade do texto.

- Ler textos/gêneros, principalmente, os argumentativos reconhecendo os elementos constitutivos desses gêneros.


D7 Identificar a tese de um texto. - Identificar e analisar a tese/ponto de vista, percebendo o posicionamento do(a) autor(a) em relação à temática,
uma ideia, uma concepção e/ou um fato.

Revisa 9º Ano - Língua Portuguesa e Matemática - Outubro/2023


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- Ler textos de gêneros diversos, principalmente os argumentativos e reconhecer a situação comunicativa.


- Identificar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em
Estabelecer relação entre a tese textos dissertativos-argumentativos.
D8 e os argumentos oferecidos - Compreender as estratégias de argumentação em textos dissertativos-argumentativos (exemplos, dados esta-
para sustentá-la. tísticos, citação direta e indireta, analogias etc.)
- Reconhecer tipos de argumentos (de provas concretas, autoridade, princípio, explicação, causa/consequência
entre outros) em textos argumentativos.

- Ler textos de gêneros diversos, principalmente os argumentativos e informativos.


Diferenciar as partes principais
D9 - Identificar a ideia principal (assunto) do texto.
das secundárias em um texto.
- Identificar elementos (partes) principais e secundários(as) do texto em estudo.

- Ler textos de gêneros narrativos diversos.


- Identificar aspectos da linguagem literária no gênero em estudo (conotação, plurissignificação, liberdade de
Identificar o conflito gerador criação etc.)
D10 do enredo e os elementos que - Identificar os diversos elementos que constituem a narrativa e compreender a importância que eles têm na
constroem a narrativa. construção do enredo.
- Identificar, na narrativa, circunstâncias da história, como local/lugar e tempo onde ocorrem as ações.
- Identificar os tipos de narrador (personagem 1ª pessoa/observador/onisciente 3ª pessoa).

- Ler textos de gêneros diversos.


Estabelecer relação causa/conse- - Compreender o que é causa (motivo/razão pelo qual /pela qual os fatos são apresentados no texto).
D11 quência entre partes e elementos
do texto. - Compreender o que é consequência (efeito/resultado).
- Identificar os elementos que, no texto, se apresentam na interdependência de causa/consequência.

- Ler textos de gêneros diversos, principalmente observando as partes e o todo textual.


Estabelecer relações lógico-
- Reconhecer a função de palavras e ou expressões articuladoras/conectoras em textos diversos, sejam conjun-
-discursivas presentes no
D15 ções, preposições, advérbios e respectivas locuções.
texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc. - Identificar nos textos relações de comparação, causalidade, concessão, tempo, condição, proporção, explicação,
adição, condição, oposição, conclusão etc.

- Ler textos de gêneros diversos, como piadas, charges, tiras, letras de música, textos publicitários etc.
- Perceber que o “humor” e /ou a “ironia” nos textos multimodais podem aparecer numa palavra/expressão inusita-
Identificar efeitos de ironia ou da ou em uma expressão facial da personagem, por exemplo (o efeito de humor pode ser resultante de contextos
D16
humor em textos variados. evidenciados pela imagem ou ainda pela combinação das linguagens verbal e não verbal).
- Inferir, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso
ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, clichês, recursos iconográficos, pontuação etc.

Reconhecer o efeito de sentido - Compreender a função de diferentes sinais de pontuação em textos variados (sinais que são usados no texto
D17 decorrente do uso da pontuação para além da sua função gramatical, uma vez que de acordo com o contexto, assumem sentidos de enfatizar,
e de outras notações. chamar a atenção, mostrar uma subjetividade etc.).

- Ler textos de gêneros diversos, em especial, os literários e publicitários.


- Reconhecer e compreender a literariedade em textos diversos.
- Reconhecer o sentido denotativo e conotativo das palavras.
Reconhecer o efeito de sentido - Identificar em textos literários, especialmente, figuras de linguagem e a linguagem plurissignificativa.
D18 decorrente da escolha de uma de- - Reconhecer que no texto algumas palavras, como por exemplo, o uso intencional de um “diminutivo” pode ser um
terminada palavra ou expressão. recurso para expressar uma ressalva, para desprestigiar um objeto, mas também pode ser ao contrário, mostrar
aceitação, afeto, carinho.
- Reconhecer os efeitos de sentido de figuras de linguagem como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, asso-
nância, dentre outras.

- Ler textos de gêneros diversos reconhecendo os elementos que os constituem.


Reconhecer o efeito de sentido
- Entender que “efeito de sentido” são as possibilidades escolhidas pelo locutor/emissor para transmitir uma co-
decorrente da exploração de
D19 municação de forma intencional.
recursos ortográficos e/ou mor-
fossintáticos. - Perceber diferentes funções textuais produzidas por um único recurso expressivo e os diferentes efeitos de
sentido provocados por ele.

Identificar as marcas linguísticas - Identificar o sentido global do texto.


D13 que evidenciam o locutor e o - Reconhecer a situação comunicativa do gênero em estudo.
interlocutor de um texto. - Identificar a norma formal da língua em textos diversos.

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DIALOGANDO COM O(A) PROFESSOR(A)

Professor(a), o objetivo deste material é trabalhar atividades que auxiliarão os(as) estudantes a desenvolverem ha-
bilidades necessárias ao processo de ensino aprendizagem da Língua Portuguesa/Linguagem. As atividades aqui tra-
balhadas buscam desenvolver habilidades mais gerais e específicas da área de linguagem. Ressalta-se que o objetivo
deste trabalho, além de contribuir com o processo de desenvolvimento das práticas de linguagem, busca ampliar as
aprendizagens e melhorar a proficiência dos(as) estudantes.
Sabe-se que todo trabalho com a Língua Portuguesa é realizado a partir do texto. Essa é uma condição para que
haja objeto de estudo, pensamento e ensino. Nesse sentido, são desenvolvidas atividades, a partir dos textos/gêneros,
que objetivam traçar caminhos para contribuir com o desenvolvimento de conhecimentos ainda não alcançados pelo
estudante, mas extremamente necessários para uma aprendizagem mais ampla e proficiente da língua, bem como da
produção textual.
Dessa forma, cada descritor/habilidade trabalhado(a) dialoga diretamente/indiretamente com o currículo. Nas ativi-
dades, os diálogos são, propositalmente, dialógicos e retomados com a finalidade de suscitar uma reflexão sobre o pro-
cesso de ensino da língua. Nesse sentido, são apresentados no quadro inicial junto dos “Descritores” os “Conhecimentos
Necessários” como sugestão para auxiliar esse caminho reflexivo, analítico e funcional no ensino proficiente da língua. É
importante ressaltar, também, que este material foi dividido em duas semanas (Semana1 e Semana 2) e que, em cada
uma, é apresentada temática principais com temas mais específicos de acordo com o componente curricular.
A Semana 1 é composta pelas atividades abertas e objetivas, seguindo os Revisa anteriores, enquanto a Se-
mana 2 tem como objetivo enfatizar as habilidades/descritores que foram desenvolvidos no percurso até aqui. Por
isso, essa semana será composta por itens abrangendo todos os descritores propostos para o 9º ANO, e proposta
de produção textual.

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Introdução partes: parte inicial (título – nome e data - e ementa), blocos


Professor(a), neste Revisa Goiás – outubro, apresentamos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos
atividades/itens que contribuem com o desenvolvimento de (caput e parágrafos e incisos) e parte final (disposições
descritores/habilidades objetivando avançar cada vez mais na pertinentes à sua implementação).”, (EF69LP20-B) “Anali-
proficiência dos(as) estudantes do nosso estado. P a r a sar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário
tanto, essas atividades são pautadas nos gêneros que fazem técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões
parte do 4º Corte Temporal do DC-GO Ampliado: Estatuto, Ro- que indicam circunstâncias, como advérbios e locuções
mance Juvenil e Entrevista, bem como gêneros trabalhados nos adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como
1º, 2º e 3º cortes, como artigo de opinião, cartaz de campanha alguns pronomes indefinidos, de forma a poder compre-
publicitária, notícia, poema, narrativa de enigma, tirinha e arti- ender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis
go de divulgação científica. São elencadas, também, relações e de outras formas de regulamentação.” e (EF69LP28-A)
de algumas habilidades do documento curricular nos diálogos “Observar os mecanismos de modalização adequados aos
com o(a) professor(a). É importante destacar que essas ativida- textos jurídicos, às modalidades deônticas (modalidades
des seguem a concepção de língua portuguesa defendida pela que exprimem valor de permissão ou de obrigação), que se
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), considerando as referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/permissibili-
práticas da língua: oralidade, leitura/escuta, análise linguística/ dade/possibilidade/proibição).”
semiótica e produção escrita. O desenvolvimento das ativida- Professor(a), converse com os(as) estudantes sobre o gêne-
des prioriza os “descritores” e os “conhecimentos necessários” ro Estatuto, estrutura, características, sua função social, tipos,
(listados no quadro inicial). dentre outros. Faça questionamentos como: “Vocês conhecem
Sugerimos, professor(a), que você dialogue com os(as) es- algum documento normativo ou de lei?”, “Como vocês ima-
tudantes sobre a relevância do trabalho em sala de aula, fo- ginam um texto de lei?”, “Como surge uma lei?”, “Conhecem
calizando as habilidades propostas neste material visando ao a Constituição Federal Brasileira?”, “Que tipo de regras essa
desenvolvimento contínuo da proficiência no ensino-aprendiza- constituição traz?”.
gem e ressalte também sobre o SAEGO (Sistema de Avaliação
Estudante, já ouviu falar sobre direitos e deveres das
do Estado de Goiás), explicando a eles(as) a importância de se
pessoas? Você sabe o gênero que trata desses direitos
fazer a avaliação, pois esta serve ao propósito de identificar as
e deveres? E o que são? Você sabia também que sem
dificuldades de aprendizagem. Mostre aos(às) estudantes que
essas “regras” contidas no gênero Estatuto não conse-
as avaliações externas permitem, ainda, verificar resultados al-
guiríamos conviver em sociedade? Pois bem, nas próxi-
cançados (ou não) em determinada etapa do trabalho pedagó-
mas atividades trabalharemos esse gênero através da
gico, incitando, se necessário, novos caminhos para que seja
Constituição Federal Brasileira, ampliando seus conhe-
possível avançar nos seus aprendizados.
cimentos. Leia o texto, atentamente, e fique por dentro
Semana 1 das particularidades desse gênero!!!!

► Finalidade. Inferência. Marcas linguísticas. Estatuto


Modalização Estatuto é um conjunto de normas jurídicas cuja ca-
Professor(a), as atividades desta primeira temática têm como racterística comum é estabelecer regras de organização
foco nos descritores D6 – Identificar o tema de um texto, D3 e funcionamento de uma sociedade, instituição, órgão,
- Inferir o sentido de palavras ou expressões em textos, estabelecimento, empresa pública ou privada.
e D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam A palavra “estatutos” significa o conjunto de normas
o locutor e o interlocutor de um texto, perpassando pelos jurídicas que disciplinam um instituto de direito ou os direi-
descritores D4 – Inferir informações implícitas em textos, e D12 tos e deveres de uma classe profissional, de uma entidade
- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros, por pública ou privada, nacional, estrangeira ou internacional.
meio do gênero textual Estatuto. Disponível em: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/estatuto-o-que-e-definicao-tipos/ Acesso em 29 de
jun. 2023. (Adaptado)

As atividades correlacionam-se com as habilidades do DC- Para que serve o estatuto?


-GO Ampliado (EF69LP20-A) “Identificar, tendo em vista o Sua função social é estabelecer regras com o ob-
contexto de produção, a forma de organização dos textos jetivo de assegurar direitos e deveres do cidadão, bem
normativos e legais (Lei, código, estatuto, regimento etc.), como prever as sanções legais para resguardar o cum-
a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas
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primento delas, e normatizar a convivência de um grupo Enquanto legislação, a constituição é a lei máxima que
dentro da sociedade. apresenta os limites do poder do governo e descreve os
deveres e direitos de cada cidadão. É conhecida como a
Estrutura
Constituição Cidadã.
O estatuto apresenta: A Constituição Brasileira, assim como a de qualquer
▪ A lei que deu origem ao estatuto. outro país, tem como principal objetivo firmar direitos e
▪ O (s) responsável (is) pela criação e pela sanção da lei. deveres para os cidadãos e o próprio governo. Funciona,
então, como uma garantia pétrea desses direitos e deveres
▪ Títulos. O primeiro costuma abordar os objetivos que para o povo.
serão tratados no estatuto.
A Constituição Federal é a lei maior de um país. A pri-
▪ Capítulos. meira Constituição Federal do Brasil foi de 1824. De lá para
▪ Seções. cá, foram sete constituições. Em 1988, foi aprovada (pro-
mulgada) que vigora até os dias de hoje.
▪ Artigos, que são simbolizados pela expressão “Art.” e
Disponível em < https://www.stoodi.com.br/guias/dicas/constituicao-o-que-e/> Acesso em 29 de jun. 2023. (Adaptado)
são a unidade básica de uma lei.
Como os textos de lei, a Constituição Federal tem ar-
▪ Parágrafo: O parágrafo é o desdobramento de um ar- tigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens, uma linguagem
tigo e é representado pelo símbolo “§” quando tiver mais formal, clara e objetiva. Seus emissores/produtores são os
de um ou então “parágrafo-único” se for só um. legisladores das várias esferas: municipal, estadual e fede-
▪ Inciso: Os incisos são desdobramentos dos artigos e ral; seus receptores/leitores são os cidadãos; o conteúdo da
dos parágrafos e são simbolizados por algarismos roma- mensagem é bastante diversificado, versando sobre todos
nos, como X (que quer dizer inciso dez). os aspectos da vida em sociedade, além de ser impositivo.
Como um texto jurídico, a Constituição Federal circula no
▪ Alínea: São os desdobramentos dos incisos e são re- meio jurídico, em sites oficiais, livrarias etc.
presentadas por letras minúsculas, por exemplo, a (que Imagem disponível em: Pessoa Pensando Vectors, Photos and PSD files | Free Download (freepik.com). Acesso em: 14 jun. 2023.
Disponível em < https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/constituicao-de-1988> Acesso em 29 de jun. 2023. (Adaptado)
quer dizer alínea a).
▪ Item: Os itens são os desdobramentos das alíneas,
Leia um fragmento da Constituição Federal.
representados por número arábicos, como “1)” (que quer
dizer item 1). CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Características (Publicada no Diário Oficial da União n. 191-A, de 5-10-1988)

▪ Linguagem formal, clara e objetiva. [...]


▪ Verbos com valor de imposição, pois indicam normas TÍTULO II
e leis, as quais devem ser seguidas, e não discutidas. DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
▪ Vocabulário mais técnico. CAPÍTULO I
Disponível em: https://pt.slideshare.net/jociluz/slide-genero-textual-estatuto Acesso em: 29 de jun. 2023.
(Adaptado)
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
Vamos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
refletir??? à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obriga-
ções, nos termos desta Constituição;
Constituição Federal II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
É a Constituição Federal que regula e organiza todas as alguma coisa senão em virtude de lei;
possíveis atuações do Estado perante sua população, inter- III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamen-
na e externamente. Ela é a atual Carta Magna do Brasil e to desumano ou degradante;
serve de parâmetro para as demais legislações vigentes no
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo ve-
país. Aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte, ela foi
dado o anonimato;
promulgada no dia 5 de outubro de 1988, durante o governo do
presidente José Sarney. [...]
Disponível em: http://forumeja.org.br/sites/forumeja.org.br/files/constituicaofederal1988.pdf Acesso em 29 de jun. 2023.

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1. O que você sabe sobre a Constituição? Professor(a), a atividade e o item, a seguir, trabalham a habilidade/
Resposta Pessoal. descritor D3 - Inferir o sentido de palavras ou expressões em
Sugestão de resposta: textos. Sugerimos que trabalhe esse descritor com os(as) estu-
A Constituição de 1988 é a atual Carta Magna do Brasil e dantes utilizando uma mesma palavra em textos diferentes, de di-
serve de parâmetro para as demais legislações vigentes ferentes gêneros textuais. As palavras são equipadas de sentido e,
no país. Aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte, na maioria das vezes, são polissêmicas; ou seja, podem assumir,
ela foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. em contextos diferentes, significados também diferentes. Assim,
para a compreensão de um texto, é fundamental que se identifique,
2. Onde são encontrados textos jurídicos como a Consti- entre os vários sentidos possíveis de uma determinada palavra,
tuição? aquele que foi particularmente utilizado no texto.
Textos jurídicos como a Constituição são encontrados no Mostre aos(às) estudantes que itens como esse fazem parte da
meio jurídico, sites oficiais, livrarias etc. avaliação do SAEGO (Sistema de Avaliação do Estado de Goi-
ás). Retome os aspectos desse descritor com os(as) estudan-
3. Quais outros nomes a Constituição Federal têm? tes para garantir que eles(as) desenvolvam essa habilidade.
A Constituição Federal também é chamada de “Carta
Magna do Brasil” e “Constituição Cidadã”. 8. Em “IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato;”, o que a palavra “vedado” expressa?
4. Quem produziu essa Carta Constitucional?
A palavra “vedado” expressa que não podemos dizer o que
Essa carta foi produzida por legisladores como deputados
pensamos anonimamente.
e senadores.
9. No trecho “...garantindo-se aos brasileiros e aos estran-
5. Para quem foi produzido a Constituição Federal, ou seja,
geiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
quem é o público-alvo desse texto?
vida...”, a palavra destacada significa
O público-alvo desse texto é toda a sociedade.
(A) o que é popular.
6. Com qual finalidade a Constituição Federal foi criada? (B) o que é desigual.
A Constituição Federal foi criada com a finalidade de firmar (C) o que se pode infringir.
direitos e deveres para os cidadãos e o próprio governo.
(D) o que não se pode desobedecer.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes
Gabarito D.
gêneros.
D3 - Inferir o sentido de palavras ou expressões em
Professor(a), chegamos ao item que desenvolve a habilidade/
textos.
descritor D6 - Identificar o tema de um texto. Sugerimos que
trabalhe com os(as) estudantes atividades que vão além da su- Professor(a), a atividade e o item, a seguir, trabalham a ha-
perfície do texto, conduzindo-os(as) a estabelecer relações en- bilidade/descritor D13 - Identificar as marcas linguísticas
tre as informações explícitas e implícitas, a fim de que eles(as) que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
façam inferências textuais. Sugerimos que trabalhe esse descritor com os(as) estudantes
Mostre aos(às) estudantes que itens como esse fazem parte da abordando o estudo da variação linguística, com ênfase nas
avaliação do SAEGO (Sistema de Avaliação do Estado de Goi- variações geográfica, social e situacional. Apresentar diferentes
ás). Retome os aspectos desse descritor com os(as) estudan- textos que retratem os diversos modos de falar e explicitar a
tes para garantir que eles(as) desenvolvam essa habilidade. razão de determinado jeito de falar, que deverá estar associado
a aspectos geográficos, sociais ou situacionais.
7. Qual o assunto principal tratado no fragmento do texto? Mostre aos(às) estudantes que itens como esse fazem parte da
(A) O desrespeito às leis que regem o País. avaliação do SAEGO (Sistema de Avaliação do Estado de Goi-
(B) A proibição da manifestação do pensamento. ás). Retome os aspectos desse descritor com os(as) estudan-
(C) A desigualdade entre brasileiros e estrangeiros pe- tes para garantir que eles(as) desenvolvam essa habilidade.
rante a lei.
(D) Os direitos e deveres dos brasileiros e estrangeiros 10. Que tipo de linguagem é utilizada na Constituição Fe-
residentes no País. deral Brasileira?
Gabarito D. A Constituição é escrita com uma linguagem formal e por ser um
D6 – Identificar o tema de um texto. texto jurídico, essa linguagem tem um vocabulário mais técnico.
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11. Para cumprir sua função social, os regimentos e esta- TEXTO 2


tutos apresentam características textuais próprias. Entre Capítulo 3
essas características está Da Segurança Pública
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direi-
(A) o uso de palavras e expressões que evitem dúvida.
to e responsabilidade de todos, é exercida para a preser-
(B) a repetição de palavras para facilitar o entendimento. vação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
(C) a utilização de expressões informais para apresentar do patrimônio.
os direitos. Disponível em < https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publi-
cacaooriginal-1-pl.html> Acesso em 29 de jun. 2023.

(D) o uso de exemplificações que ajudem a compreensão TEXTO 3


dos conceitos. Capítulo 1
Gabarito A. Do Sistema Tributário Nacional
D13 - Identificar as marcas linguísticas que eviden- Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
ciam o locutor e o interlocutor de um texto. Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
Professor(a), a próxima atividade trata da modalização discur- I - impostos;
siva, mais precisamente da modalização deôntica. A moda-
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou
lização tem o papel de exprimir a posição do enunciador em
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
relação àquilo que diz, e os elementos que atuam como indi-
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou pos-
cadores dessa modalização são os modalizadores (certeza,
tos a sua disposição;
dúvida, obrigatoriedade, sentimentos, entre outros). Disponível em < https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publi-
cacaooriginal-1-pl.html> Acesso em 29 de jun. 2023.

Modalização Deôntica
A modalização ocorre quando o enunciador se ex- 12. Nos trechos da Constituição Federal, texto I, II e III,
pressa em relação ao conteúdo da frase, ao grau de ver- identifique os mecanismos de modalização deôntica (de
dade existente nela, ou em relação a quem o enunciado proibição, obrigatoriedade e possibilidade) nos termos em
se destina. Advérbios, certos verbos e também algumas destaque e marque a opção correta.
categorias gramaticais podem contribuir para dar uma mo-
dalidade ao discurso. TEXTO 1
Disponível em: http://www.lpeu.com.br/q/thfot Acesso em: 29 de jun. de 2023. (Adaptado) ( ) proibição.
A modalização pode se manifestar de diferentes formas, ( ) possibilidade.
gerando efeitos de obrigatoriedade, proibição e possibilidade ( ) obrigatoriedade.
(efeito facultativo ou de permissão), que se constituem em três Resposta: proibição.
tipos distintos de modalizadores deônticos;
TEXTO 2
1. De obrigatoriedade – quando expressa que o conte- ( ) proibição.
údo da proposição é algo que deve ocorrer obrigatoriamente ( ) possibilidade.
e que o provável interlocutor deve obedecê-lo;
( ) obrigatoriedade.
2. De proibição – quando expressa que o conteúdo Resposta: obrigatoriedade.
da proposição é algo proibido e deve ser considerado
como tal pelo provável interlocutor; TEXTO 3
3. De possibilidade – quando expressa que o conte- ( ) proibição.
údo da proposição é algo facultativo e/ou quando o interlo- ( ) possibilidade.
cutor tem a permissão para exercê-lo ou adotá-lo. ( ) obrigatoriedade.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/viewFile/1984-8412.2010v7n1p30/17100
Resposta: possibilidade.
Acesso em: 23 de jun. de 2023. (Adaptado)

Leia os textos. ► Elementos da narrativa. Relação entre as par-


tes. Relações lógico-discursivas.
TEXTO 1
Capítulo 4 Professor(a), as atividades foram elaboradas para desenvolver
Dos Direitos Políticos os descritores D10 - Identificar o conflito gerador do enredo
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estran- e os elementos que constroem a narrativa, D2 - Estabelecer
geiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, relações entre partes de um texto, identificando repetições
os conscritos. ou substituições que contribuem para a continuidade de
Disponível em < https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publi-
cacaooriginal-1-pl.html> Acesso em 29 de jun. 2023.
um texto, e D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas

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presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios ▪ Personagens: são as figuras/pessoas que fazem
etc., a partir do gênero textual Romance Juvenil. parte da obra. Elas são representadas de forma que o
As atividades se correlacionam com as habilidades do DC-GO leitor conheça as suas histórias através de representa-
Ampliado (EF69LP47-A) “Analisar, em textos narrativos fic- ções fictícias. No caso do Romance, o personagem prin-
cipal é considerado o protagonista.
cionais, as diferentes formas de composição próprias de
cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passa- ▪ Enredo: corresponde a sequência dos fatos que
serão contados. É a partir do enredo que se desenvolve
gem do tempo e articulam suas partes, as escolhas lexicais
a história e é possível atingir o tema central do texto.
típicas de cada gênero para a caracterização dos cenários
▪ Tempo: organização dos fatos que ocorrerão na
e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos
história. Ele pode ser cronológico ou psicológico. O pri-
tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enun- meiro é marcado pela passagem de horas, dias, anos
ciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se etc. Já o segundo é mais subjetivo, pois refere-se ao
houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrati- tempo interior dos personagens.
vo.” e (EF69LP47-B) “Perceber como se estrutura a narrativa Disponível em: Romance - Língua Portuguesa Enem | Educa Mais Brasil Acesso em: 03 de jul. de 2023. (Adaptado)

nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes


do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização
dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico
Anne de Green Gables
e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de
personagens em discurso direto, indireto e indireto livre), do Anne é uma órfã que foi enviada por engano à fa-
uso de pontuação expressiva, palavras e expressões cono- zenda de Green Gables, já que os irmãos Marilla e Mat-
tativas e processos figurativos e do uso de recursos linguís- thew tinham a intenção de adotar um menino. Com pena
tico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.” da garota, resolveram mantê-la na fazenda. Com seus
longos cabelos ruivos, olhos acinzentados e uma imagi-
Professor(a), converse com os(as) estudantes sobre o gênero nação que lhe permitia viver fantasias, Anne traz refle-
romance juvenil, seus elementos e características. Dialogue xões e pensamentos pertinentes sobre os obstáculos e
com eles(as) fazendo questionamentos sobre o assunto/tema
as escolhas da vida de qualquer pré-adolescente.”
como: “Você sabe o que é ser órfão?”, “Conhece alguém que Disponível em https://www.literaturablog.com/resenha-anne-de-green-gables-de-lucy-maud-montgomery/.
era órfão e foi adotado?”, “Conhece alguém que sofreu bullying Acesso em: 02 de ago. 2023.

por ser órfão?”. O livro foi originalmente publicado pela autora Lucy
Maud Montgomery em 1908, ambientado no fim do XIX
Estudante, conhece algum romance? Já imaginou no- na província da Ilha de Edward - Canadá em uma cidade
vas aventuras, novas fantasias? Já Viajaram na leitura? chamada Avonlea. Sendo o primeiro de oito livros que
Nas próximas atividades viajaremos pelo gênero Roman- a autora escreveu sobre Avonlea, onde tem Anne como
ce Juvenil, suas características, sua estrutura, ampliando personagem principal. E recentemente, a CBS junto com
sua imaginação e seus conhecimentos. Vamos lá??? a Netflix lançou a série Anne With An E que foi baseada
no livro. Na série e no livro, são tratados temas muito im-
Romance Juvenil portantes como: o racismo, feminismo, escravidão e ga-
O romance é uma obra literária que apresenta nância. Mas antes de tudo, a história nos ensina sobre
narrativa em prosa, normalmente longa, com fatos como Anne, apesar de ter vivido grandes dificuldades
criados ou relacionados a personagens, que vivem enquanto ainda era pequena, encontrou a compaixão e
diferentes conflitos ou situações dramáticas, numa se- o amor na pequena fazenda de Green Gables.
quência de tempo relativamente ampla.
Romance juvenil é o nome que se dá aos romances Anne de Green Gables é um livro encantador do iní-
com linguagem e temática voltadas para o público jovem e cio ao fim. O tipo de livro que te traz alegria e emoções
adolescente. São obras mais recentes, todas do séc. XXI. diversas ao vivenciar as aventuras da pequena Anne.
Estrutura: Se você, querido(a) leitor(a), procura um livro para se
Um romance apresenta quatro elementos em sua es- encantar e deliciar ao lê-lo nas tardes de domingo – ou
trutura: narrador, personagem, enredo e tempo. qualquer ou dia da semana – te recomendo, com todo o
▪ Narrador: é a pessoa que conta a história. Ele pode meu coração, este livro.
ser um dos personagens, que nesse caso, é considerado Disponível em: https://www.wecoletivoeditorial.com/post/resenha-anne-de-green-gables#:~:text=Na%20s%C3%A-
9rie%20e%20no%20livro,pequena%20fazenda%20de%20Green%20Gables. Acesso em: 03 de jul. 2023.
um narrador em primeira pessoa; ou apenas uma figura
responsável pela narração da história.
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O texto, a seguir, é um fragmento do livro Anne de – Não estou aguardando uma menina – Matthew afir-
Green Gables, de Lucy Maud Montgomery. mou, sem dar muita atenção ao que o homem dizia. – Vim
Matthew Cuthbert se surpreende buscar um garoto. Ele deveria estar aqui. A senhora Ale-
xander Spencer ia trazê-lo de Nova Escócia para mim.
[...]
– Bem, é melhor o senhor conversar com a menina – o
oficial da estação respondeu, calmamente. – Aposto que
ela vai saber explicar isso… essa garota tem o que dizer,
está claro. Talvez eles não tivessem um menino como o
que o senhor queria.
Assim dizendo, o homem foi embora rapidamente,
Matthew Cuthbert e a égua alazã trotavam confor- pois estava com fome, e deixou o pobre Matthew com a
tavelmente sobre os quase treze quilômetros de estrada tarefa de fazer o que para ele era mais difícil do que tirar
até Bright River. Era uma estrada bonita, margeada por um leão de seu covil, puxando-o pela barba: dirigir-se a
propriedades rurais bem-cuidadas e, ocasionalmente, uma menina… uma menina desconhecida… uma menina
atravessada por um bosque de abetos * ou um vale onde órfã… e lhe perguntar por que ela não era um menino.
havia ameixas silvestres pendentes em galhos cobertos de [...]
flores. O ar estava perfumado com o doce aroma dos mui- No entanto, Matthew foi poupado do sofrimento de fa-
tos pomares de macieiras, e os prados distantes estavam lar primeiro, pois assim que ela concluiu que ele vinha em
cobertos por uma névoa semelhante a um manto púrpura e sua direção, levantou-se, pegando, com uma das mãos –
pérola. Enquanto isso, os passarinhos cantavam como se magras e brancas –, a alça de uma bolsa de viagem velha
aquele fosse o único dia de verão em todo o ano ** e surrada, e estendendo a outra para ele.
[...] – Suponho que seja o senhor Matthew Cuthbert, de
Quando Matthew chegou a Bright River, não havia Green Gables – ela disse, com uma voz peculiarmente cla-
nenhum sinal de trem algum. Pensou que ainda estava ra e doce. – Estou muito contente em ver o senhor. Estava
cedo e, portanto, amarrou seu cavalo no pátio do pequeno começando a temer que não viesse me buscar e a ima-
hotel da cidade e se dirigiu à estação ferroviária. A longa ginar todas as coisas que poderiam ter acontecido para
plataforma estava quase deserta. A única criatura à vista impedir sua vinda. Já tinha decidido que, se o senhor não
era uma garota pequena sentada sobre uma pilha de te- aparecesse hoje, eu caminharia pelos trilhos até aquela
lhas em uma das extremidades dela. Porém, tendo notado cerejeira grande ali na curva e subiria nela, para passar a
que se tratava de uma menina, Matthew passou por ela o noite lá. Não ia sentir medo algum, e penso até que seria
mais depressa que pôde, sem sequer lhe dirigir um olhar. muito agradável dormir em uma cerejeira coberta de flores
Se tivesse feito isso, dificilmente deixaria de perceber a brancas, sob o luar. O senhor não concorda? Poderia ima-
tensão e a expectativa que reinavam em sua postura e na ginar que estava morando em um salão de mármore, não
é verdade? Mas eu tinha certeza de que o senhor viria me
expressão de seu rosto. Com certeza, ela estava sentada
buscar amanhã de manhã, se não pudesse vir hoje.
ali esperando por alguém, ou por alguma coisa, e, como
sentar e esperar eram sua única opção naquele momento, [...]
ela fazia isso com toda a sua força e energia. – Venha, o cavalo está ali no pátio daquele hotel. Me
dê sua bolsa.
Matthew encontrou o oficial responsável pela estação,
que estava fechando a bilheteria e se preparando para ir – Oh, eu posso carregar – a criança respondeu, alegre-
para casa jantar, e lhe perguntou se o trem das 17h30 ia mente. – Não está pesada. [...] Oh, estou tão contente por-
demorar a passar por ali. que o senhor veio!… Mesmo sabendo que ia ser bom dormir
em cima de uma cerejeira… Temos de viajar por um bom
– O trem das 17h30 veio e foi embora há meia hora – o
tempo, não temos? A senhora Spencer falou que era uma
homem, apressado, respondeu. – Mas deixou um passagei-
distância de uns treze quilômetros. Estou satisfeita, porque
ro para o senhor… uma menina. Está sentada ali, sobre as
adoro viajar. Oh, é tão maravilhoso pensar que vou morar
telhas. Pedi que ficasse na sala feminina de espera, mas
com o senhor e sua irmã… e pertencer a vocês… Nunca
ela falou que preferia ficar do lado de fora. Disse que aqui pertenci a ninguém… pelo menos assim, de verdade.
havia “mais oportunidades para usar a imaginação”. Ora, eu
[...]
diria que ela parece uma personagem bastante rara…
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A menina parou de falar; em parte, porque já estava referir à cor dos olhos, cabelo e pele, estatura, como se
sem fôlego, e, em parte, porque chegaram à charrete. Não veste. Já as características psicológicas falam do tempe-
disse mais nenhuma palavra até deixarem a cidade e des- ramento, modo de ser, de falar da personagem. Quais as
cerem uma pequena colina íngreme, um pedaço da estrada características psicológicas do(a) protagonista podemos
cujo solo macio tinha sido escavado tão profundamente que evidenciar nesse texto?
as encostas, ladeadas por cerejeiras floridas e por delgadas
Sugestão de resposta:
bétulas brancas, estavam pouco acima da cabeça deles.
A menina tem uma natureza bastante expansiva, curiosa,
[...] sempre de bem com a vida, uma imaginação peculiar e é
Matthew, para sua própria e grande surpresa, estava bem tagarela.
se divertindo. Assim como a maioria das pessoas cala- D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele-
das, ele gostava de gente tagarela que se encarregava de mentos que constroem a narrativa.
manter a conversa sem esperar que ele participasse.
[...] 18. Cite trechos que evidenciam as características psicoló-
Montgomery. Lucy. M. Anne de Green Gables. Ed. 1. Autêntica, 2019. gicas da protagonista.
Disponível em: https://trechos.org/book-baixar-livro-trecho-do-livro-anne-de-green-gables-de-lucy-maud-montgo- Sugestão de resposta:
mery-pdf-epub-mobi-ou-ler-online/ Acesso em 30 de jun. 2023.
“Ora, eu diria que ela parece uma personagem bastante
13. Quais são os elementos da narrativa que caracterizam rara”; “– Aposto que ela vai saber explicar isso… essa ga-
o texto? rota tem o que dizer, está claro.”
Sugestão de resposta: Professor(a), o item a seguir, refere-se ao D10 – Identificar o
Os elementos da narrativa que caracterizam o texto são: conflito gerador do enredo e os elementos que constroem
personagens, tempo, espaço, tipo de narrador e o enredo. a narrativa. Por meio desse descritor, pode-se avaliar a habi-
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele- lidade dos(as) estudantes em reconhecer, na leitura de textos
mentos que constroem a narrativa. narrativos, os fatos que causam o conflito ou que motivam
as ações dos personagens, originando o enredo do texto. Ao
14. Um texto narrativo é construído por meio do diálogo desenvolver habilidade na leitura de textos dessa natureza,
entre as personagens. A história é contada a partir das os(as) estudantes serão capazes de conjugar os vários ele-
ações envolvidas. Por isso, as personagens são funda- mentos que tomam parte de uma narrativa, identificando a
mentais para a composição de uma narrativa. Quais as função de cada um deles.
personagens aparecem nesse trecho do romance?
As personagens que aparecem no texto é Matthew 19. O foco narrativo de um texto se define pela pers-
Cuthbert, o oficial responsável pela estação e a menina. pectiva por meio da qual o narrador opta para relatar os
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele- acontecimentos inerentes ao enredo, ele pode não somen-
mentos que constroem a narrativa. te ter conhecimento, mas participar da história - narrador
personagem, fatos narrados em primeira pessoa; apenas
15. Considerando o trecho que você leu do romance, quem ter conhecimento, sem se envolver na história, nesse caso,
é o(a) protagonista dessa história? os fatos são narrados em terceira pessoa - narrador obser-
A protagonista da história é a menina Anne. vador; ou conhecer intimamente as personagens e os os
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele- fatos são narrados em terceira pessoa – narrador oniscien-
mentos que constroem a narrativa. te. O texto apresenta foco narrativo em
(A) primeira pessoa - narrador participa da história.
16. Qual seria o fato que representa o conflito dessa
narrativa? (B) primeira pessoa - o narrador não participa da história
(C) terceira pessoa - o narrador não se envolve na história.
O fato que representa o conflito da narrativa é a persona-
gem Matthew ir buscar um garoto na estação e encontrar (D) terceira pessoa - o narrador conta e conhece tudo
uma menina no lugar. sobre as personagens.
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele- Gabarito D.
mentos que constroem a narrativa. D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os ele-
mentos que constroem a narrativa.
17. Sabemos que quando um(a) autor(a) vai construir as
características físicas de uma personagem, ele(a) pode se
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20. Transcreva do texto um trecho que demonstra o foco é importante que você, professor(a), explore as diversas rela-
narrativo. ções estabelecidas pelos advérbios.
Sugestão de resposta:
23. Observe as palavras ou expressões destacadas em
“...tendo notado que se tratava de uma menina, Matthew
cada trecho do texto e explique qual relação lógico-discur-
passou por ela o mais depressa que pôde, sem sequer lhe
siva elas estabelecem.
dirigir um olhar. Se tivesse feito isso, dificilmente deixaria
de perceber a tensão e a expectativa que reinavam em sua a) “O ar estava perfumado com o doce aroma dos muitos
postura e na expressão de seu rosto.” pomares de macieiras, e os prados distantes estavam co-
Professor(a), a próxima atividade e o item visam desenvolver o bertos por uma névoa semelhante a um manto púrpura e
D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto. Identi- pérola.”
ficando repetições ou substituições que contribuem para A palavra “e” foi utilizada para estabelecer relação de adição.
a continuidade de um texto. As habilidades avaliadas por b) “Quando Matthew chegou a Bright River, não havia ne-
esse descritor relacionam-se ao reconhecimento da função dos nhum de sinal de trem algum.”
elementos que dão coesão ao texto, ou seja, os mecanismos A palavra “quando” foi utilizada para estabelecer uma cir-
linguísticos que permitem uma conexão lógico-semântica entre cunstância de tempo.
as partes de um texto a partir do uso de conjunções, preposi- c) “Porém, tendo notado que se tratava de uma menina,
ções, advérbios ou locuções adverbiais. Matthew passou por ela o mais depressa que pôde, sem
sequer lhe dirigir um olhar.”
21. Na frase “Vim buscar um garoto. Ele deveria estar aqui. A palavra “porém” foi utilizada para estabelecer relação
A senhora Alexander Spencer ia trazê-lo de Nova Escócia de oposição.
para mim.”, o termo em destaque retoma qual palavra? d) “Assim dizendo, o homem foi embora rapidamente, pois
O termo ‘-lo’ retoma a palavra garoto. estava com fome...”
D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto. A palavra “pois” foi utilizada para estabelecer relação de
Identificando repetições ou substituições que contri- explicação.
buem para a continuidade de um texto. D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presen-
tes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
22. Em “Assim como a maioria das pessoas caladas, ele
gostava de gente tagarela que se encarregava de manter a 24. No trecho “No entanto, Matthew foi poupado do sofri-
conversa sem esperar que ele participasse.”, a expressão mento de falar primeiro, pois assim que ela concluiu que
“gente tagarela” se refere à/ao ele vinha em sua direção, levantou-se...”, o elemento arti-
culador “No entanto” destacado foi usado para
(A) menina.
(B) irmã de Mathew. (A) marcar lugar.
(C) oficial da estação. (B) indicar tempo.
(D) Senhora Spencer. (C) apresentar oposição.
Gabarito A. (D) estabelecer conclusão.
D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto. Gabarito C.
Identificando repetições ou substituições que contri- D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presen-
buem para a continuidade de um texto. tes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
Professor(a), a atividade e o item, a seguir, se referem ao D15
- Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no
texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. Nesse des- ► Finalidade. Marcas linguísticas. Opinião.
critor, os(as) estudantes devem identificar relações lógico-dis-
cursivas no texto, sinalizadas, textualmente, por conjunções, Professor(a), nesta temática, as atividades foram elaboradas
advérbios etc., formando uma unidade de sentido. As relações com foco nos descritores D12 – Identificar a finalidade de
lógico-discursivas promovem as mais variadas relações: de diferentes gêneros, D13 - Identificar as marcas linguísti-
adição, de explicação, de comparação, de oposição, de fina- cas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto,
lidade, de tempo, de condição etc. Além do emprego das con- D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso
junções, de outros articuladores e modalizadores do discurso, da pontuação e de outras notações, D18 - Reconhecer o
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efeito de sentido decorrente da escolha de uma determina-


A elaboração prévia do assunto que será discutido é
da palavra ou expressão, perpassando pelos descritores D1
de suma importância. O entrevistador deverá preparar-
– Localizar informações explícitas em textos, D6 – Identificar o
-se para o momento e manter-se totalmente imparcial. A
tema de um texto, D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a
objetividade deverá prevalecer sempre, sobretudo por-
esse fato, por meio do gênero textual Entrevista.
que nesse momento é preciso que se promova uma total
As atividades dialogam com as habilidades do DC-GO Amplia- credibilidade.
do (EF69LP29-B) “Analisar os aspectos relativos à constru- Características
ção composicional e às marcas linguísticas características
• É marcada pela oralidade e pelo discurso direto
dos gêneros de divulgação científica, de forma a ampliar as
(esse último, pela transcrição fidedigna das palavras do
possibilidades de compreensão (e produção) desses gêne-
ENTREVISTADOR e do ENTREVISTADO), logo, pode
ros.”, (EF69LP39-A) “Definir o recorte temático da entrevis-
haver muitas marcas de oralidade bem como observa-
ta e o entrevistado.” (EF69LP39-B) “Levantar informações
ções (geralmente entre parênteses) que descrevem as
sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista.”
ações de ambos;
Dialogue com os(as) estudantes sobre o gênero a ser trabalha- • Quando publicadas em meios impressos, pode-se
do, seus elementos constitutivos, o assunto/tema a ser tratado, perceber a utilização de muitos sinais de pontuação:
palavras-chave, dentre outros aspectos. Faça questionamentos travessão, aspas, reticências, interrogação, parênteses,
como: “O que vocês sabem sobre o gênero entrevista?”, “Já fo- em alguns casos, até detalhando aspectos do entrevis-
ram entrevistados?”, “Já fizeram alguma entrevista?”, “De que tado, como emoções, lágrimas e risos;
maneira vocês imaginam como vai ser uma entrevista que fale
• É informativa, veiculada, sobretudo, por meio de
sobre cozinha, terapia e receitas?”, “Conhecem alguma perso-
jornais, revistas, internet, televisão, rádio, dentre outros;
nalidade que tem a ver com esse assunto?”. Questionamentos
como esses deixam os(as) estudantes mais preparados para
• O ENTREVISTADOR é o responsável por fazer
a aula em questão. Esse exercício, contribui para que os(as)
perguntas, e o ENTREVISTADO (ou entrevistados) as
estudantes encontrem caminhos para, além de entender, com-
responde;
provarem olhando para o texto qual é o tema, as informações • Apesar de muitas vezes haver formalidade, devido
secundárias dentre outros aspectos textuais. a ser um gênero oral, há uma mescla entre a linguagem
padrão e a não padrão da língua portuguesa.
Estudante, você já percebeu a variedade de tex- Estrutura da entrevista
tos que permeiam o nosso cotidiano? Nas próximas • Manchete ou título – Essa é uma parte que deve-
atividades trataremos do gênero Entrevista. rá despertar interesse no interlocutor envolvido, poden-
do ser uma frase criativa ou pergunta interessante.
• Apresentação – É o momento em que se apre-
Entrevista sentam os pontos de maior relevância da entrevista,
A entrevista é um diálogo entre uma ou mais como também se destaca o perfil do entrevistado, sua
pessoas em que o entrevistador faz as perguntas e experiência profissional e seu domínio em relação ao
o entrevistado responde. assunto abordado.
A entrevista é um gênero essencialmente oral e re- • Perguntas e respostas – Basicamente, é a entre-
quer uma postura adequada tanto por parte de quem a vista propriamente dita, na qual são retratadas as falas
elabora quanto por parte de quem a responde. Portanto, de cada um dos envolvidos.
deve-se dar maior atenção no que se refere à lingua- Entretanto, há algumas entrevistas que não seguem
gem, pois é algo que se tornará acessível ao público de este padrão, ou seja, umas apresentam um roteiro mais
uma forma geral. conciso somente de perguntas e respostas, outras, ao
O objetivo é fazer com que o leitor/expectador se invés de retratar as falas em seu modo literal, optam por
interaja com o conhecimento do entrevistado sobre um transcrevê-las usando um discurso indireto, ou, até mesmo,
determinado assunto. Objetiva também difundir um co- muitas trazem um texto introdutório e mais detalhado, com
nhecimento e, por isso, auxilia na formação de opinião e informações sobre o local, a data e duração da entrevista.
posicionamento crítico da sociedade, uma vez que pro- Disponível em: Um gênero textual do cotidiano jornalístico - Brasil Escola (uol.com.br) Acesso em 27 de jun.
2023. (Adaptado)
põe um debate sobre determinado tema.

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Leia o texto a seguir. como se organiza uma cozinha. Quando eu trabalhava na


TEXTO I França, era quase um regime militar. Acho que hoje em dia
você não pode mais fazer isso.
“A comida do futuro tem que ser a comida do O que você acha que não devia ter mudado? Tem algu-
passado” ma coisa que você queria que fosse como era?
Em entrevista ao Joio, chef fala de mudanças na cozinha,
de terapia, de trabalho. E ainda dá uma receita especial
Que boa pergunta. Acho que o tempo. No sentido geral, o
tempo de antes valia mais, ele era mais longo, ele era mais
13.05.20 | Guilherme Zocchio e Natália Silva
focado, ele era mais concentrado. Acho que hoje em dia
a gente faz muita coisa ao mesmo tempo e polui o tempo.
Você está na cozinha e põe o timer no celular e quando
vai pôr o timer no celular você abre o Whatsapp porque
alguém te manda uma mensagem. Aí você está na cozi-
nha fazendo um picles e lembra que alguém postou uma
receita, então você vai no celular para ver se encontra no
Após chegar no estúdio onde seria gravada a entrevista, Google a receita do picles.
no centro de São Paulo, Paola Carosella pediu um pouco de [...]
água. Um dos repórteres do Joio correu para lavar e buscar
Você acha que isso mudou a relação como as pes-
um copo. A pressa, no entanto, aprontou uma peripécia. Ao
soas comem, também? As pessoas mexem muito no
servir, bolhas de detergente subiram da louça, que não havia
celular enquanto estão comendo.
sido bem enxaguada. É, o episódio renderia ao jornalista uma
reprovação no Masterchef, além de um sermão bem aplicado É sofrível. Se eu pudesse bater na mão das pessoas que en-
pela cozinheira e apresentadora do programa na televisão. tram no Arturito e a primeira coisa que fazem é pegar o celu-
lar para fazer uma foto. Pegaria uma régua, sabe, tipo de…
Nada disso, entretanto, se passou. Embora ligeira-
mente constrangedora, a situação provocou nada mais do “Você veio comer ou veio mexer no celular?” (risos)
que risos, antes do início da conversa. [...] [...]
Ela falou, entre outros assuntos, sobre as mudanças Sobre essa questão do tempo, e pensando em cozi-
na organização das cozinhas profissionais nos últimos 30 nhar… Muita gente hoje fala que não cozinha em casa
anos. Tratou da divisão de gênero para a divisão das ta- porque não tem tempo.
refas domésticas. Comentou sobre terapia em psicanálise Mas é diferente. [...]
[...]. Em suma, proporcionou uma saborosa conversa, que Estamos falando daquela mãe que mora a 2h30 de casa,
ainda nos deixou com uma receita para lá de especial. que demora 1h20 para deixar o filho na creche e depois
Pergunta— Paola, você começou logo com 18 anos, né? tem que chegar no emprego e depois demora 2h para pe-
Resposta — Dezoito. Então faz 30 anos. gar o filho na creche e chega em casa depois de 13 ou 14
De lá para cá, o que é que você viu mudar nas cozi- horas fora. Essa mulher não tem tempo por outros moti-
nhas profissionais? vos. Geralmente o marido não existe, porque abandonou.
Tudo. Tudo o que você possa imaginar. [...]
O que você destacaria? São 30 anos de prática profissional.
[...] Muita coisa. Desde o relacionamento que cada país São 30 anos de prática. Isso é um truque que de verdade
tem com a sua culinária própria. Acho que 20, 30 anos eu posso compartilhar: aprendam a cozinhar pelo menos
atrás copiávamos a Europa, depois copiamos os Estados aquelas coisas que vocês gostam de comer. Aprendam a
Unidos. Depois, em algum momento, alguém começou a cozinhar pelo menos 10 receitas.
falar: “opa, mas peraí, temos uma cultura própria. Vamos Pega um papel e uma caneta agora e fala: “bom, vamos
mergulhar nessa nossa cultura própria”. lá”. Arroz, feijão, macarrão, molho vermelho, carne de pa-
E, opa, essa cultura vem junto com ingredientes, então quais nela, moqueca, tapioca…
são os nossos ingredientes? Vamos olhar a mandioca, va- [...]
mos ver os feijões, vamos ver os nossos queijos, vamos Há uma certa divisão de gênero na cozinha. Normal-
olhar os nossos bichos, vamos entender nossos biomas. mente, a cozinha de final de semana, mais refinada,
Então, acho que mudou muita coisa, por exemplo, de fica na mão dos homens e a cozinha do dia a dia, nas
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costas das mulheres. Como você enxerga essa situ- mas relembraram do exercício da cozinha. É que é mui-
ação, na sua experiência como mulher e cozinheira? to importante que a gente visualize como vivemos hoje.
Eu enxergo que a gente, as mulheres, estamos casando A maior parte das pessoas não cozinha mais em casa.
muito mal então, se esse é o problema. A gente está se Come fora, compra fora ou come miojo.
juntando com homens muito inúteis, porque não deveria [...]
ser desse jeito. Tem algo de terapêutico cozinhar também, não tem?
Existem duas coisas: por um lado, eu acho que tem uma Tem tudo cozinhar. Cozinhar é tudo. Cozinhar é terapêu-
coisa genética na mulher que carrega isso e é necessário tico, se você quer. E pode também te deixar bravo e can-
que a gente repare que está fazendo a mais. Eu sou ca- sado, porque às vezes você tem que comer e nem sempre
sada com um homem maravilhoso, surreal, ele não existe. está a fim de cozinhar. É muito amoroso você estar pre-
Cozinha muito bem e faz um monte de coisas. parando comida para alguém. É muito amoroso ser essa
[...] pessoa que garante que você vai comer.
Vamos falar do Masterchef agora. A gente perdeu as A terapia influencia de alguma forma a relação com a
contas de quantas temporadas você já participou. cozinha? Porque tem estímulos muito inconscientes
Como sua relação com o programa mudou ao longo no ato de cozinhar: o cheiro, as cores, não são coisas
desse tempo? que a gente racionaliza sempre.
Muito. No começo, quando eu entrei, eu tinha muitíssimo Interessante a sua pergunta porque, para mim, a terapia é
medo de muitas coisas. Primeiro me pareceu… Eu sempre muito racional e a cozinha pode ser, porque você precisa
fui uma cozinheira muito séria e sempre passei muito tem- pensar muito. Eu sempre falo que a gente cozinha com a ca-
po dentro da cozinha, minha vida inteira dentro da cozinha. beça. E que quem não cozinha com a cabeça cozinha mal.
Então, me parecia que eu estava abandonando o meu res- [...]
taurante para fazer publicidade para mim mesma. Você deu o exemplo de várias coisas que faz. A gente
Me sentia envergonhada e parecia o que eu estava fazen- queria pedir se você não teria uma receita prática e
do não tinha qualidade, que eu estava sendo meio mer- acessível para compartilhar.
cenária de fazer isso por dinheiro, mesmo não estando Tenho, tenho. Eu vou passar minha receita de feijão com
ganhando muito dinheiro, porque na primeira temporada a legumes, porque eu acho que ela é deliciosa. Você não
grana era surpreendente para um cozinheiro, mas não era precisa deixar o feijão de molho de um dia para o outro.
nada do que se imagina. Obviamente, isso melhora a digestão do feijão, faz com
No começo foi muito difícil. “O que é que eu estou fazendo que solte menos pum, mas eu não tenho nada contra o
aqui?” “Por quê?”. Masterchef tem um formato internacio- pum. E eu acho que a gente não tem muito tempo e nem
nal, um formato marcado, no qual os jurados têm que ser se programa o tempo inteiro.
meio que do mal, e eu nunca fui uma cozinheira assim. Então imagina que você chegou, pega duas xícaras de fei-
Consegui mudar a personagem ao longo dos anos, mas a jão e deixa com água morna por meia hora. Enquanto isso,
primeira, segunda temporada, eu estava muito mais pau- descasca ou corta alguns legumes que você tenha. Pode
tada pelos diretores. ser meia cenoura, meia abobrinha, uma cebola, dois, três
Um dia também eu descobri o poder que tinha falar na dentes de alho, uma batata doce, se você quiser. Sei lá.
TV, descobri a força de um programa de TV, o alcance, as Eu tenho ervas do lado de fora da cozinha, uma folhinha
penúrias e as delícias, as misérias, o horror do que se fala, de louro, um pouco de tomilho. Aí, você corta a cebola,
do que se escuta, dos comentários das redes sociais e da aquece na panela de pressão um pouquinho de óleo ou
discriminação das pessoas e, enfim, é um longo aprendi- azeite de oliva, refoga rapidamente essa cebola e coloca
zado, eu não me arrependo de nada. Muito interessante. uma pitada de sal. [...]
Do ponto de vista social, sobretudo, muito interessante.
Joga o louro, joga o tomilho, se for o caso, coloca os legu-
[...] mes. Podem ser inteiros. Se você quiser tirar os legumes
Você acha que a programação de entretenimento e depois porque você não quer vê-los, coloca eles inteiros.
jornalismo dos canais de televisão no Brasil valoriza a Deixa eles aí. Coloca o feijão fora da água de molho e co-
prática de cozinhar? loca duas vezes e meia de água quente, fervendo. Coloca
Acho que eles relembraram as pessoas. “Nossa, a gente na panela de pressão, em 25 minutos fica pronto.
tem uma cozinha, a gente pode cozinhar.” Parece tonto, Abriu a panela, aí o que você pode fazer? Você retira os
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legumes inteiros, que eles estão supermacios. Você pode 30. Em sua opinião, por que o entrevistador escolheu al-
comer o feijão e depois esses legumes você pode bater guém da área de alimentação para falar sobre o assunto?
no liquidificador com um pouquinho de feijão e água e vira Resposta pessoal.
um caldinho de feijão com legumes, então você tem duas Sugestão de resposta:
receitas em uma. Porque a pessoa entrevistada, por ser uma chef de co-
E tempera no final com sal. Essa coisa de temperar o feijão zinha, tem domínio sobre o assunto abordado.
no final tem a ver com isso, porque o sal endurece o grão de
todos os feijões. Então, é porque as mães, as avós, as co- 31. Essa entrevista se destina a qual tipo de leitor?
zinheiras, os cozinheiros, tiram um pouco do feijão quando Essa entrevista se destina a qualquer leitor, especialmente
está pronto, batem com sal e colocam depois. os interessados em alimentação e gastronomia.
Tenho a aposta que um monte de gente vai fazer “nos-
sa, é por isso que meu feijão está dando errado”. Seria 32. Onde encontramos esse tipo de texto?
legal as pessoas darem o feedback também. Esse tipo de texto é encontrado em jornais, revistas, inter-
Seria muito legal, eu gostaria. net, televisão, rádio, dentre outros.
[...]
Disponível em: https://ojoioeotrigo.com.br/2020/05/paola-carosella-a-comida-do-futuro-tem-que-ser-a-comida-do-
33. Qual o tempo de experiência profissional da entrevistada?
-passado/ Acesso em: 27 de jun. 2023.
A entrevistada tem 30 anos de experiência profissional.
25. Qual é o assunto/tema da entrevista que você leu? D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
O assunto/tema da entrevista é sobre as mudanças que
ocorreram nas cozinhas profissionais e a arte de cozinhar 34. Na sua opinião, podemos encontrar uma entrevista
como terapia. neutra, isto é, imparcial, sem opinião expressa?
D6- Identificar o tema de um texto. Resposta orientada pelo(a) professor(a).
Sugestão de resposta:
26. Qual é a finalidade de uma entrevista? Espera-se que os(as) estudantes percebam que as entre-
A finalidade de uma entrevista é propor um debate sobre vistas não são totalmente imparciais, elas apresentam al-
determinado tema para a difusão de conhecimento, a for- guns traços de parcialidade (opiniões implícitas).
mação de opinião e o posicionamento crítico. D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros. 35. Na entrevista lida, transcreva passagens em que se iden-
tifica a opinião do entrevistado e aquela do entrevistador.
27. Quais são os elementos que compõem a estrutura de Entrevistado:
uma entrevista? Explique cada um deles. “...o tempo de antes valia mais, ele era mais longo, ele era
A estrutura de uma entrevista é composta pela manchete mais focado, ele era mais concentrado.”
ou título, é uma frase de efeito com o intuito de despertar “...a gente faz muita coisa ao mesmo tempo e polui o tem-
o interesse do leitor, a apresentação, que é o momento po.”
em que se apresentam os pontos de maior relevância da Entrevistador:
entrevista, como também se destaca o perfil do entrevista- “Normalmente, a cozinha de final de semana, mais refina-
do, sua experiência profissional e seu domínio em relação da, fica na mão dos homens...”
ao assunto abordado, e perguntas e respostas, que é D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
a entrevista propriamente dita, na qual são retratadas as
falas de cada um dos envolvidos. 36. Explique a linguagem utilizada na entrevista. Transcre-
va trechos do texto para justificar sua resposta.
28. Quando e onde foi publicada a entrevista que você leu?
A entrevista foi publicada em 13/05/2020, pelo site O joio A entrevista apresenta uma linguagem formal, por
e o trigo. parte do entrevistador, na maior parte do texto. Exem-
D1 – Localizar informações explícitas em um texto. plos: “Você acha que a programação de entretenimen-
to e jornalismo dos canais de televisão no Brasil valo-
29. Quem foi a entrevistada nesse texto e em que ela atua? riza a prática de cozinhar?”; “Tem algo de terapêutico
A entrevistada foi Paola Carosella, e ela atua como chef cozinhar também, não tem?”
de cozinha.
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E informal por parte da entrevistada, principalmente. Gabarito A.


Exemplos: “...opa, mas peraí, temos uma cultura própria.”, D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do
“E eu acho que a gente não tem muito tempo...”; “A gente uso da pontuação e de outras notações.
perdeu as contas de quantas temporadas você já partici-
Professor(a), a atividade e o item, a seguir, trabalham com o
pou”; “Aí, você corta a cebola, aquece na panela de pres-
são um pouquinho de óleo ou azeite de oliva...” D18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da esco-
D13 - Identificar as marcas linguísticas que eviden- lha de uma determinada palavra ou expressão. As figuras
ciam o locutor e o interlocutor de um texto. de linguagem, que são o objeto de conhecimento desse descri-
Professor(a), a próxima atividade e o item contemplam o D17 tor, dão ao texto um significado que vai além do sentido literal,
- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pon- portanto permitem uma plurissignificação do enunciado, isto
tuação e de outras notações. O objeto de conhecimento é os é, uma interpretação que extrapola o sentido original. Traba-
Sinais de pontuação e as demais notações como caixa alta, lhe com os(as) estudantes textos nos quais sejam explorados
tipo e tamanho de letra etc. Dialogue com os(as) estudantes recursos expressivos importantes, proporcionando a eles(as)
que os sinais de pontuação, além de demarcarem unidades de a percepção das estratégias utilizadas pelo(a) autor(a) para a
sentido, garantem expressividade ao texto, provocando efeitos ampliação do significado do texto.
de sentido diversos. Notações como a caixa alta, o itálico e Mostre aos(às) estudantes que itens como esse faz parte da
o negrito também são recursos utilizados para marcar alguns avaliação do SAEGO (Sistema de Avaliação do Estado de Goi-
sentidos. Quando tratamos dos efeitos de sentido do uso da ás). Retome os aspectos desse descritor com os(as) estudan-
pontuação, estamos nos referindo à relação entre semântica e tes para garantir que eles(as) desenvolvam essa habilidade.
pontuação e ao objetivo discursivo do falante.
Mostre aos(às) estudantes que itens como esse faz parte da 39. Em “...o tempo de antes valia mais, ele era mais lon-
avaliação do SAEGO (Sistema de Avaliação do Estado de Goi- go, ele era mais focado, ele era mais concentrado.’, as
ás). Retome os aspectos desse descritor com os(as) estudan- expressões destacadas foram utilizadas na fala da entre-
tes para garantir que eles(as) desenvolvam essa habilidade. vistadora para realçar o ‘tempo’. Que figura de linguagem
foi utilizada para dar esse realce?
37. Nos trechos, a seguir, a pontuação foi utilizada intencio- A figura de linguagem utilizada é a gradação, intensifican-
nalmente. Responda qual foi essa intenção. do o ‘tempo de antigamente’: era mais longo, era mais
a) “Você veio comer ou veio mexer no celular?” (risos)” – focado, era mais concentrado.
parênteses.
40. Que efeito de sentido se percebe no trecho “Em suma,
Os parênteses foram utilizados para demonstrar a descon-
proporcionou uma saborosa conversa,”?
tração da entrevistada.
b) “Pegaria uma régua, sabe, tipo de…” – reticências. (A) o exagero de ideias.
As reticências foram usadas para sugerir continuidade da (B) o uso de sentidos opostos.
ideia de punição. (C) a atribuição de qualidades.
c) “Existem duas coisas: por um lado, eu acho que tem (D) a suavização de uma ideia.
uma coisa genética na mulher que carrega isso e é ne- Gabarito C.
cessário que a gente repare que está fazendo a mais.” D18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
– dois pontos. escolha de uma determinada palavra ou expressão.
Os dois pontos foram empregados para introduzir um es-
clarecimento.

38. O uso de aspas, no trecho “Depois, em algum momen-


to, alguém começou a falar: “opa, mas peraí, temos uma
cultura própria. Vamos mergulhar nessa nossa cultura pró-
pria”.”, indica a
(A) marcação de um discurso.
(B) evidência de um conceito.
(C) origem de palavras estrangeiras.
(D) citação de trechos de outros textos.
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Semana 2 adoção. Afinal, quando se tem um filho biológico, é possí-


vel saber se ele será bom ou mau, sadio ou não, violento,
pacato, bonito, feio, grosso, educado? A resposta é não.
► Revisitando os Descritores Ninguém sabe qual será a forma em que se conse-
guirá criar o filho biológico, como ele vai crescer, se será
Leia os textos a seguir para responder aos itens 41, médico ou jornalista, farmacêutico ou pintor. Precisamos
42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49 e 50. de campanhas publicitárias nacionais para encorajar as
famílias. É fundamental chamar a atenção para as crian-
TEXTO I
ças e adolescentes que não se enquadram nos perfis
Adoção, um ato de amor mais desejados.
Precisamos de campanhas publicitárias nacionais para É necessário argumentar que só vamos ajudar de ver-
encorajar as famílias. É fundamental chamar a atenção para dade, de forma efetiva e transformadora, quando decidir-
as crianças e adolescentes que não se enquadram nos perfis
mos apoiar quem mais precisa de ajuda: todas as crianças
mais desejados
(que estão em instituições à espera de adoção) com até 17
A construção de nova cultura da adoção é um dos de- anos, pardas ou negras, com deficiência, doença crônica
safios e um dos caminhos que temos de enfrentar para ou grupos de irmãos. É importante ressaltar aqui que a
que o contingente de crianças e adolescentes sem família família é essencial para formar as pessoas. Família é o
comece a diminuir no Brasil. Esse é direito inalienável da núcleo mais eficaz para uma criança formar o caráter e
criança e do adolescente e dever ético de todos. ter princípios e valores. É no convívio familiar que apren-
Coordenei em Palmas (TO), no dia 2, o seminário demos, um com o outro, a respeitar, partilhar, ter compro-
Adoção Tardia, que reuniu juristas e especialistas para misso, disciplina e lidar com conflitos. A verdade é que a
debater as maneiras de impedir que crianças órfãs, ou re- família é parte insubstituível na vida de qualquer indivíduo.
tiradas da família pela Justiça, ou abandonadas pelos pais Lutar pela adoção, principalmente tardia, é lutar para ga-
biológicos continuem excluídas social e economicamente. rantir às crianças que estão em abrigos o direito intrínseco
O Cadastro Nacional de Adoção mostra que há mais de do convívio em família.
46 mil pais que querem adotar e 9.507 crianças e adoles- Acredito que temos de compor uma força-tarefa com
centes passíveis de adoção. Ocorre que 90% das crianças, os profissionais da adoção (psicólogos, assistentes so-
mais precisamente 8.201, estão na faixa da adoção tardia. ciais, advogados, promotores de justiça, juízes etc.) para
E a notícia para essas crianças, infelizmente, não é elaborar nova cultura de adoção tardia enfrentando o de-
boa. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), só safio de não reproduzirmos os mitos e medos existentes,
3% de pais pretendentes aceitam receber filhos adotivos mas que, pelo contrário, trabalhemos em função de suas
acima de dois anos de idade, ou seja, os que estão na desconstruções.
adoção tardia. Além de quebrar preconceitos sobre a constituição fa-
Um dos aspectos alegados é o medo de que o adotado miliar, devemos promover políticas públicas em favor das
já tenha a personalidade formada, o que traria dificuldades crianças e adolescentes em situação de risco (abandono ou
na educação, pois ele não aceitaria os padrões estabeleci- conflito com a lei). Precisamos de políticas públicas voltadas
dos pelos pais adotivos. Acontece que isso não é verdade, para as famílias sem filhos, para que elas tenham acompa-
isso é mito. A dificuldade inicial faz parte de todos os pro- nhamento, orientação e sejam informadas como encontrar,
cessos de adoção, independentemente da idade, e aconte- na legislação e nas instituições, lugares em que possam
ce dos dois lados, tanto da criança quanto dos pais. vislumbrar a possibilidade de tornarem real o desejado exer-
A propósito, em um processo de adoção, tardia ou cício da maternidade e da paternidade, por via da adoção.
não, as chances de sucesso ou de fracasso dependem de As pessoas têm de saber que qualquer relação que
vários fatores, como a capacidade de amar, dar suporte, exige convívio frequente traz dificuldades e alegrias. E
garantir trocas afetivas e estabelecer relação de confiança quem pode adotar? Qualquer cidadão brasileiro acima de
e de afeto. 18 anos, independentemente do estado civil, mas é ne-
E o êxito depende quase que totalmente da habilidade cessário que a diferença de idade entre o pretendente e a
da família para acolher a criança. Então, temos de lutar criança seja de pelo menos 16 anos.
para criar condições objetivas, por meio de apoio psicoló- O pretendente deve se dirigir às varas da infância. No
gico, a fim de ajudar as famílias a acolher e não desistir da processo de habilitação, são incluídos dados de identifica-
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ção pessoal, renda, profissão e domicílio. Também é realiza- Professor(a), o próximo item desenvolve o D12 – Identificar
do estudo psicossocial para avaliar motivações e condições a finalidade de textos de diferentes gêneros, que requer
da adoção. Todas as crianças, e não apenas as recém-nas- dos(as) estudantes o reconhecimento da função social de dife-
cidas, precisam de uma família. Amor não tem idade. rentes gêneros textuais. Reforce que todo texto pertence a um
*Kátia Abreu, psicóloga. gênero textual, isso porque apresenta determinadas caracterís-
ticas relativamente estáveis, o que permite categorizá-lo como
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2019/09/10/internas_opiniao,781634/
artigo-adocao-um-ato-de-amor.shtml Acesso em: 04 de ago. 2023. pertencente a uma família de textos. Que o gênero textual nas-
ce da necessidade de estabelecermos comunicação, dessa
TEXTO II
forma, atende a uma função comunicativa, seja a de informar,
persuadir, narrar um acontecimento, instruir etc.

42. Qual é a finalidade do texto II?


(A) instruir sobre a adoção.
(B) narrar uma história de adoção.
(C) apresentar e defender a adoção.
Disponível em: https://agenciaal.alesc.sc.gov.br/images/uploads/alnoticias_memoria/imagem_eca31dd975.jpg (D) conscientizar a população sobre a adoção.
Gabarito D. - Operacional
Acesso em: 03 de ago. 2023.

Professor(a), o item, a seguir, se refere ao D9 - Diferenciar D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
as partes principais das secundárias em um texto. Mostre gêneros.
aos(às) estudantes que o texto é um entrelaçamento de ideia(s) Professor(a), considerando o D20 - Reconhecer diferentes
principal(ais) e ideias secundárias. É importante comentar com formas de tratar uma informação na comparação de tex-
os(as) estudantes que a ideia principal deve estar contida na tos que tratam do mesmo tema, em função das condições
resposta da seguinte pergunta: qual é a mensagem do texto? em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido,
Ou qual é a mensagem principal do parágrafo? Ou ainda, os(as) estudantes devem identificar diferentes formas de tra-
qual é a mensagem principal no trecho tal? A partir da re- tamento de um assunto a partir da comparação entre textos. A
lação entre as diversas informações distribuídas no texto, é análise comparativa de textos trata de uma estratégia de leitu-
possível compreender a ideia principal. Além disso, o título do ra cujo objetivo é comparar a linha de discussão empreendida
texto, por cumprir a função de antecipar informações, pode ser nos textos. Mesmo tratando do mesmo tema, os textos poderão
uma pista sobre a ideia principal do texto. Quanto às ideias se- pertencer a gêneros textuais diferentes e possuir discussões
cundárias, é preciso responder, por exemplo, à pergunta: que complementares ou divergentes acerca de um determinado
informações são usadas para desenvolver a ideia principal tema ou informação.
do texto? O conjunto de informações que contextualiza a ideia
principal do texto como dados estatísticos, exemplos, explica- 43. A informação em comum entre esses textos é a/as
ções, retomadas, argumentos de autoridade, entre outros as- (A) adoção tardia.
pectos que correspondem, então, às ideias secundárias.
(B) adoções de recém-nascidos.
41. Entre as informações do texto I, uma das principais (C) adoção de crianças menores de 3 anos.
está no trecho (D) adoções de adolescentes acima de 18 anos.
Gabarito A. - Operacional
(A) “Coordenei em Palmas (TO), no dia 2, o seminário D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
Adoção Tardia.” informação na comparação de textos que tratam do
(B) “Todas as crianças, e não apenas as recém-nasci- mesmo tema, em função das condições em que ele foi
das, precisam de uma família.” produzido e daquelas em que será recebido.
(C) “...temos de lutar para criar condições objetivas, (...) , Professor(a), considerando o D21 - Reconhecer posições dis-
a fim de ajudar as famílias a acolher...” tintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato
(D) “...só 3% de pais pretendentes aceitam receber filhos ou ao mesmo tema, a habilidade que pode ser avaliada por
adotivos acima de dois anos de idade...” este descritor refere-se à capacidade que os(as) estudantes
Gabarito D. - Global têm de analisar criticamente os diferentes discursos, inferindo
D9 - Diferenciar as partes principais das secundárias as possíveis intenções do autor marcadas no texto; identifican-
em um texto. do referências intertextuais presentes no texto; percebendo
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os processos de convencimento utilizados para atuar sobre o 46. Nos trechos a seguir, há uma opinião em
interlocutor/leitor, entre outros. As atividades que envolvem a (A) “E a notícia para essas crianças, infelizmente, não é boa.”
relação entre textos são essenciais para que os(as) estudantes
(B) “Ocorre que 90% das crianças, mais precisamente
construam a habilidade de analisar o modo de tratamento do
8.201, estão na faixa da adoção tardia.”
tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e
circulação dos textos. (C) “...só 3% de pais pretendentes aceitam receber filhos
adotivos acima de dois anos de idade...”
44. Sobre a adoção, os textos I e II (D) “E quem pode adotar? Qualquer cidadão brasileiro
(A) expressam ideias confusas. acima de 18 anos, independentemente do estado civil...”
(B) apresentam opiniões idênticas. Gabarito A. - Global
(C) abordam posicionamentos contrários. D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
(D) defendem pontos de vista complementares. Professor(a), o item, a seguir, desenvolve o D7 - Identificar a
Gabarito B. - Operacional tese de um texto, responsável pela cobrança da tese defen-
D21 - Reconhecer posições distintas entre duas ou mais dida no texto, e se relaciona com o descritor D6 - Identificar
opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. o assunto de um texto, pois não é possível que o texto apre-
Professor(a), as habilidades que podem ser avaliadas pelo D2 - sente uma defesa (tese) que fuja ao tema/assunto. Essa tese
Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando é sustentada por argumentos – faz relação com o descritor D8
repetições ou substituições que contribuem para a continuida- - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
de de um texto, relacionam-se, ao reconhecimento da função para sustentá-la, ou seja, “tipos de argumentos” que são cons-
dos elementos que dão coesão ao texto, ou seja, os meca- truídos a partir de “estratégias argumentativas.”
nismos linguísticos que permitem uma conexão lógico-semân-
47. A tese defendida pela autora em relação à adoção é a
tica entre as partes de um texto a partir do uso de conjunções,
preposições, advérbios ou locuções adverbiais. Dessa forma, (A) construção de nova cultura da adoção de crianças e
os(as) estudantes poderão identificar quais palavras estão sen- adolescentes sem família.
do substituídas e/ou repetidas para facilitar a continuidade do (B) promoção de políticas públicas em favor das crianças
texto e a compreensão do sentido. e adolescentes em situação de risco.
(C) responsabilidade das famílias como núcleo na forma-
45. No texto I, o trecho, “Precisamos de políticas públicas ção do caráter, princípios e valores da criança.
voltadas para as famílias sem filhos, para que elas tenham
(D) necessidade de adoção de crianças e adolescentes
acompanhamento,”, a palavra destacada se refere a
que não se enquadram nos perfis mais desejados.
(A) políticas públicas. Gabarito A. - Global
(B) famílias sem filhos. D7 - Identificar a tese de um texto.
(C) crianças e adolescentes. Professor(a), o próximo item se refere ao D8 - Estabelecer
(D) campanhas publicitárias. relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sus-
Gabarito B. - Operacional tentá-la. Nesse descritor, o(a) estudante deve relacionar a tese
D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, do texto com os argumentos que a fundamentam. O objetivo
identificando repetições ou substituições que contri- dos argumentos é embasar/fortalecer/trazer consistência ao
buem para a continuidade de um texto. posicionamento manifestado na tese. Sem esses argumentos,
a tese se torna uma mera opinião. Os argumentos são constru-
Professor(a), por meio do D14 – Distinguir um fato da opinião
ídos nos textos de diversas maneiras, portanto, é preciso con-
relativa a esse fato, pode-se avaliar a habilidade de os(as)
templar o estudo de “estratégias argumentativas.”
estudantes identificarem, no texto, um fato relatado e diferen-
ciá-lo do comentário que o autor, ou o narrador, ou o persona- 48. Qual trecho a seguir predomina um argumento de sen-
gem fazem sobre esse fato. Trabalhe com os(as) estudantes so comum?
gêneros textuais variados, especialmente os que apresentam
estrutura narrativa, tais como contos (fragmentos) e crônicas. (A) “Ocorre que 90% das crianças, mais precisamente
Os textos argumentativos também se prestam para trabalhar 8.201, estão na faixa da adoção tardia.”
essa habilidade. (B) “É fundamental chamar a atenção para as crianças
e adolescentes que não se enquadram nos perfis mais
desejados.”
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(C) “É no convívio familiar que aprendemos, um com o 50. No trecho “Além de quebrar preconceitos sobre a cons-
outro, a respeitar, partilhar, ter compromisso, disciplina e tituição familiar, devemos promover políticas públicas em
lidar com conflitos.” favor das crianças e adolescentes em situação de risco
(D) “...só 3% de pais pretendentes aceitam receber filhos (abandono ou conflito com a lei).”, os parênteses foram
adotivos acima de dois anos de idade, ou seja, os que usados com a finalidade de
estão na adoção tardia.” (A) esclarecer um vocábulo.
Gabarito C. - Global (B) ressaltar uma informação.
D8 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos (C) introduzir nova informação.
oferecidos para sustentá-la.
(D) comentar um acontecimento.
Professor(a), para o desenvolvimento do D15 - Estabelecer re-
Gabarito B. - Operacional
lações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do
conjunções, advérbios etc., os(as) estudantes devem identi-
uso da pontuação e de outras notações.
ficar relações lógico-discursivas no texto, sinalizadas, textual-
mente, por conjunções, advérbios etc., formando uma unidade
de sentido. As relações lógico-discursivas promovem as mais
Leia o texto, a seguir, para responder aos itens 51, 52, 53.
variadas relações: de adição, de explicação, de comparação, O ENIGMA DE REIGATE
de oposição, de finalidade, de tempo, de condição etc. Além do Depois de trabalhar intensamente mais de 15 horas
emprego das conjunções, de outros articuladores e modaliza- por dia, eis que Sherlock Holmes ficou doente. Para seu
dores do discurso, é importante que você, professor(a), explore amigo e fiel escudeiro, dr. Watson, era necessário tirá-lo
as diversas relações estabelecidas pelos advérbios. de Londres e levá-lo ao campo. Assim, eles foram passar
uns dias na casa do coronel Hayter, um veterano militar
49. No trecho “Segundo o Conselho Nacional de Justiça morador das proximidades de Reigate.
(CNJ), só 3% de pais pretendentes aceitam receber filhos
O descanso, porém, durou pouco. Logo na manhã se-
adotivos acima de dois anos de idade, ou seja, os que es-
guinte, o mordomo do Coronel Hayter avisou sôfrego: o co-
tão na adoção tardia.”, o elemento articulador destacado
cheiro William Kirwan, que trabalhava havia anos na casa
foi usado para estabelecer uma relação de
dos Cunninghams, foi assinado com tiro no coração.
(A) adição.
A notícia é que um ladrão entrara pela janela da copa e
(B) oposição. William lutou com ele para defender a propriedade do seu no-
(C) explicação. bre patrão, o Sr. Cunningham, juiz de paz da cidade. Isso tudo
(D) conformidade. aconteceu por volta da meia-noite. O palpite do Coronel Hay-
Gabarito D. - Operacional ter é que os mesmos criminosos que mataram William foram
D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presen- os que saquearam a casa do Sr. Acton na última segunda-fei-
tes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. ra: “Os ladrões saquearam a biblioteca, e conseguiram muito
Professor(a), o D17 - Reconhecer o efeito de sentido de-
pouco pelo trabalho. Todo o lugar foi revirado. As gavetas e os
corrente do uso da pontuação e de outras notações, tem a
armários foram arrombados, resultando no desaparecimento
finalidade de identificar os efeitos de sentido provocados pelo
de um bizarro volume de Homero, tradução de Pope, dois can-
emprego de sinais de pontuação e outras notações. Assim, o
delabros de prata, um peso de marfim para papéis, um peque-
objeto de conhecimento envolvido deve ser os Sinais de pon-
no barômetro de carvalho e um rolo de barbante.” – explicou
tuação e outras notações. Dialogue com os(as) estudantes
Coronel Hayter para Sherlock e Watson.
que os sinais de pontuação, além de demarcarem unidades Para o jovem inspetor Forrester, responsável pelo caso,
de sentido, garantem expressividade ao texto, provocando não resta dúvida: foi a mesma quadrilha que agiu nos dois
efeitos de sentido diversos. Notações como a caixa alta, o crimes. Ele afirmou que no caso da invasão da casa de
itálico e o negrito também são recursos utilizados para marcar Acton não houve nenhum vestígio. Agora, porém, algumas
alguns sentidos. Quando tratamos dos efeitos de sentido do pistas foram deixadas. Após o sinal do alarme, o assassino
uso da pontuação, estamos nos referindo à relação entre se- foi visto fugindo, tanto pelo Sr. Cunningham quanto pelo
mântica e pontuação e ao objetivo discursivo do falante. É im- filho dele, Sr. Alec Cunningham, que disseram que ele tinha
portante que os(as) estudantes consigam ver como os sinais estatura média e estava vestido de preto.
de pontuação desempenham além de sua função morfológica As investigações ainda estão apurando se ele é uma
uma função semântica. pessoa da comunidade ou alguém de fora dela. Com o
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morto foi encontrado um fragmento de carta, entre o indi- Gabarito C. - Operacional


cador e polegar que dizia: D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.
Professor(a), o D1 – Localizar informação explícita em tex-
tos, indica a habilidades linguística necessária à leitura de tex-
tos de gêneros variados. A habilidade prevista nesse descritor
[...] concerne à capacidade dos(as) estudantes para localizar, no
Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/581805/6/ALUNO-OFICINA%202%20-%20An-
dreia%20Alexandre.pdf Acesso em: 21 ago. 2021 percurso do texto, uma informação que, explicitamente, cons-
Professor(a), o próximo item refere-se ao D10 – Identificar o ta na sua superfície. Leve para os(as) estudantes textos de
conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a diferentes gêneros e de temáticas variadas e estimule os(as)
narrativa. Por meio desse descritor, pode-se avaliar a habilidade estudantes a articular o sentido literal do que leem com outros
dos(as) estudantes em reconhecer, na leitura de textos narrati- fatores de significação. Isso os(as) levarão a desenvolver a
vos, os fatos que causam o conflito ou que motivam as ações habilidade de localizar informações e, ao mesmo tempo, com-
dos personagens, originando o enredo do texto. Esses textos preender que aquilo que consta em um texto adquire vários
se constroem por meio da articulação de personagens, enredo sentidos dependendo das circunstâncias de sua produção.
(ou fatos), foco narrativo, espaço, tempo. Esses elementos se
articulam em torno de um conflito que gera toda a narração, da 53. A notícia que Sherlock Holmes recebeu pela manhã foi o/a
solução (ou não) do conflito. Ao desenvolver habilidade na leitura (A) assassinato do cocheiro.
de textos dessa natureza, os(as) estudantes serão capazes de (B) sua viagem para Reigate.
conjugar os vários elementos que tomam parte de uma narrativa,
(C) invasão à casa do Sr. Acton.
identificando a função de cada um deles.
(D) morte do juiz de paz da cidade.
51. No primeiro parágrafo desse texto, o narrador Gabarito A. - Operacional
(A) faz intromissões na história. D1 – Localizar informação explícita em textos.
(B) participa dos fatos narrados. Leia o texto para responder aos itens 54 e 55.
(C) conta um fato observado por ele. Fanatismo
(D) conhece o pensamento dos personagens. Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.
Gabarito C. - Operacional Meus olhos andam cegos de te ver.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os ele- Não és sequer razão do meu viver
mentos que constroem a narrativa. Pois que tu és já toda a minha vida!
Professor(a), no D11 - Estabelecer relação causa/consequ- Não vejo nada assim enlouquecida...
ência entre partes e elementos do texto, o objeto de conhe- Passo no mundo, meu Amor, a ler
cimento envolvido é a relação lógico-discursiva de causa-con- No misterioso livro do teu ser
sequência. Desse modo, comente com os(as) estudantes que, A mesma história tantas vezes lida!...
em geral, os fatos se sucedem numa ordem de causa e conse-
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
quência, ou de motivação e efeito. A causa expressa o motivo
Quando me dizem isto, toda a graça
e pode ser introduzida por meio de elementos articuladores:
Duma boca divina fala em mim!
porque, como, já que, visto que etc. Já a consequência expres-
sa os efeitos dessa causa e pode ser introduzida por meio de E, olhos postos em ti, digo de rastros:
articuladores como: que (precedido de tão, tal, tanto), de modo "Ah! podem voar mundos, morrer astros,
que, devido a etc. Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
52. De acordo com o texto, Sherlock Holmes foi passar uns Disponível em: https://www.revistapazes.com/florbelafagnerbaleiro/ Acesso em: 09 de ago. 2023.

dias no campo porque Professor(a), o item, a seguir, se refere ao D4 - Inferir informa-


ções implícitas em textos. Dialogue com os(as) estudantes
(A) assessorava um caso de assassinato.
sobre o que é uma informação explícita e implícita. Reforce
(B) tratava-se de uma viagem em segredo.
que as informações implícitas no texto são aquelas que não
(C) estava investigando um caso de roubo. estão presentes claramente na base textual, mas podem ser
(D) encontrava-se doente e precisava descansar. construídas pelo leitor por meio da realização de inferências
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que as marcas do texto permitem. Além das informações expli- meses de chuvas abaixo da média, com algumas regiões tão
citamente enunciadas, há outras que podem ser pressupostas secas que as autoridades pediram à população para reduzir o
e, consequentemente, inferidas pelo leitor. uso de água, enquanto os meteorologistas alertam para o pior.
Alguns reservatórios da Catalunha, que circunda Barce-
54. Ao final do poema Fanatismo, entende-se que o eu poético lona, estão tão baixos que antigas construções como pontes
(A) enxerga o ser amado de forma simples. e um campanário de igreja ressurgiram. Pessoas empinam
(B) volta-se para Deus como a pessoa amada. pipas no leito de lagos e aplicativos de navegação mostram
alguém no meio da água quando está em terra firme.
(C) se prende a pessoa amada de forma bem intensa.
O clima estará mais seco e quente do que o normal
(D) compreende o amor como uma emoção sem valor.
nesta primavera (no Hemisfério Norte) ao longo da costa
Gabarito C.- Operacional
nordeste do Mediterrâneo, que inclui a Catalunha. O clima
D4 - Inferir informações implícitas em textos.
seco aumentará o risco de incêndios florestais, mesmo
Professor(a), quanto ao D18 – Reconhecer o efeito de sentido que traga chuvas médias em todo o país, disse a agência
decorrente da escolha de uma determinada palavra ou ex- meteorológica da Espanha, Aemet.
pressão, os(as) estudantes devem identificar o efeito de sentido “Esta é uma área que poderíamos descrever como
provocado pelo uso de determinada palavra ou expressão. Por terra de ninguém porque não está sendo afetada pelas
isso, o objeto de conhecimento envolvido deve pautar nas figuras tempestades vindas do Atlântico e do Mediterrâneo”, disse
de linguagem. Comente com os(as) estudantes que as figuras de o porta-voz da Aemet, Ruben del Campo, à Reuters, refe-
linguagem consistem em recursos expressivos que promovem rindo-se ao nordeste da Espanha.
determinados efeitos de sentidos conforme a atitude criativa que
Ele apontou as mudanças climáticas como um dos
explora aspectos semânticos, fonológicos e sintáxicos. Determi-
principais fatores.
nadas palavras ou expressões passam a apresentar sentidos
“As ondas de calor nesta área geográfica do planeta
diversos, ampliados conforme a intenção comunicativa.
são mais frequentes, estão aumentando com mais frequ-
55. No verso: “Ah! podem voar mundos, morrer astros,”, há ência do que em outras regiões”, disse ele.
uma figura de linguagem utilizada como recurso estilístico A seca na Espanha, medida em 12 meses, não é pior
pelo autor. Que figura é essa? do que em 2017, 2012 e 2005. Mas o nível médio de água
nos reservatórios da Catalunha é de apenas 27%, ligeira-
(A) metáfora. mente acima do nível em partes da região sul da Andaluzia.
(B) hipérbole. Após 25 meses sem chuva significativa, a Catalunha
(C) paradoxo. pediu no início deste mês que a maioria de seus sete mi-
(D) prosopopeia. lhões de habitantes reduzisse o uso de água em 8% em
Gabarito B.- Operacional casa, 15% na indústria e 40% na agricultura.
D18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/milagre-torre-de-igreja-ressurge-apos-reservatorio-secar-
-na-espanha/> Acesso em: 04 de ago. 2023.
escolha de uma determinada palavra ou expressão.
Professor(a), quanto ao D3 - Inferir o sentido de uma palavra
Leia o texto para responder aos itens 56 e 57. ou expressão, o objeto de conhecimento é a Inferência. A in-
ferência trata da conclusão de um raciocínio, gerada a partir da
Milagre? Torre de igreja ressurge após reservatório observação de alguns indícios. Dessa forma, o sentido inferido
secar na Espanha só pode ser acessado por meio do texto, do que está exposto.
País enfrenta uma seca de longa duração após 36 meses de É com base nas informações explícitas e no conhecimento de
chuvas abaixo da média; em alguns locais, aplicativos de navegação
mostram alguém no meio da água quando está em terra firme mundo do leitor que é possível preencher o sentido de palavras
ou expressões. Mas, além disso, o leitor deve estar atento a
algumas pistas textuais que podem ajudá-lo nessa inferência,
como o título do texto e o assunto do texto.

Torre de igreja ressurge após reservatório secar na Espanha15/03/2023


REUTERS/Nacho Doce
A Espanha enfrenta uma seca de longa duração após 36
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56. No trecho “Esta é uma área que poderíamos descrever 58. No primeiro quadrinho, o texto verbal e a expressão do
como terra de ninguém porque não está sendo afetada menino sugerem que ele está
pelas tempestades vindas do Atlântico e do Mediterrâ- (A) triste porque não teve férias.
neo.”, a palavra destacada tem o sentido de
(B) contente com o que vai escrever.
(A) área sem lei.
(C) pensativo sobre o que vai escrever.
(B) domínio ocupado.
(C) território sem dono. (D) com raiva pois não gostou das férias.
(D) campo de vigilância. Gabarito C. - Operacional
Gabarito C. - Operacional D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico
D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
Professor(a), o próximo item trabalha, novamente, com o D17 Professor(a), o item, a seguir, trata do D16 - Identificar efei-
- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pon- tos de ironia ou humor em textos variados. O objeto de co-
tuação e de outras notações, que requer dos(as) estudantes nhecimento são os Efeitos de sentido de ironia e humor. A
a habilidade de identificar os efeitos de sentido provocados ironia é uma crítica disfarçada. Ao recorrer à ironia, o objetivo
pelo emprego de sinais de pontuação e outras notações. é afirmar o oposto do que é dito, num jogo de sentido. A ironia
pode se realizar em textos verbais e em textos multissemióticos,
57. No título “Milagre? Torre de igreja ressurge após re- como história em quadrinhos, charge, meme, cartaz publicitário,
servatório secar na Espanha”, o ponto de interrogação foi tira etc. Imaginemos que em uma conversa, uma das pessoas
usado para esteja falando alto, a ponto do outro sujeito dizer: “Por que não
(A) demonstrar uma dúvida do autor. fala mais alto? Lá do outro bairro ainda não dá para te ouvir”. O
objetivo do sujeito que recorre à ironia é dizer ao seu parceiro
(B) estimular uma reflexão no leitor.
de fala que o mesmo está falando alto, mas também é fazer um
(C) enfatizar espanto.
pedido: o de falar baixo. Já o humor trata de uma quebra de ex-
(D) indicar indignação.
pectativa. O humor se instala quando fatos inesperados aconte-
Gabarito C.
cem, quando algo corriqueiro é dito de forma exagerada, quando
D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do
há um trocadilho ou em caso de ambiguidade, isto é, quando há
uso da pontuação e de outras notações.
espaço para dupla interpretação. O humor pode ser encontrado
em textos verbais e em textos multissemióticos, como história
Leia o texto, a seguir, para responder aos itens 58 e 59. em quadrinhos, charges, memes, tira, piada, cartum etc.

59. O humor nesse texto está no fato de o menino


(A) ter aproveitado bastante as férias.
(B) ter passado as férias sem fazer nada.
(C) viajar pelo mundo e escalar montanhas.
(D) ter feito muitas coisas, mas jogando no videogame.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/11835/tirinhas-humor-nas-aulas Acesso em: 10 de ago. 2023.
Gabarito D. - Operacional
Professor(a), o próximo item se refere ao D5 - Interpretar texto D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos
com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, qua- variados.
drinhos, foto etc.). Nesse descritor, os(as) estudantes devem
interpretar o texto considerando o emprego da linguagem ver- Leia o texto para responder aos itens 60, 61 e 62.
bal e da linguagem não verbal na construção do sentido. Não
Como o beija-flor fica suspenso no ar?
se pode interpretar a palavra isolada da imagem, pois ambos
estão em relação para reforçar um determinado sentido. Então, Em primeiro lugar, a agilidade dessa ave é garantida
na leitura desse texto é preciso levantar questionamentos acer- pela velocidade do batimento de suas asas, muito maior
ca de como os recursos não verbais estão em interação com a que a de outros pássaros – chegando, em alguns casos,
palavra, que sentido está sendo enfatizado a partir da relação ao impressionante número de 80 batidas por segundo.
entre o código verbal e o código não verbal. Mas o verdadeiro segredo é outro. “Ao contrário das
outras aves, o beija-flor não agita as asas para cima e para

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baixo, mas para frente e para trás, na horizontal”, afirma o 61. No trecho, “Mas o bichinho desloca-se para a frente
ornitólogo1 Luiz Francisco Sanfilipeo, do Parque Zoológico e para trás alterando a potência em cada uma das fases
de São Paulo. Como a ligação da asa com o corpo não é rí- da batida.”, a palavra bichinho foi usada, no diminutivo,
gida, ela pode ser revirada como uma hélice. Assim, de ma- intencionalmente. Qual foi essa intenção?
neira semelhante a um helicóptero, formam-se redemoinhos (A) Apresentar ironia.
de ar que mantêm o pássaro pairando. Esse voo invertido,
(B) Revelar afetividade.
porém, só é adotado quando o beija-flor quer se alimentar,
dispensando-o de pousar junto às flores. (C) Indicar depreciação.
Outra coisa: se a força realizada com a asa na posição (D) Determinar o tamanho.
dianteira fosse a mesma da posição traseira, o beija-flor Gabarito B. - Operacional
não se moveria. Mas o bichinho desloca-se para a frente e D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da ex-
para trás alterando a potência em cada uma das fases da ploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
batida. O vaivém de poucos centímetros para frente e para
trás é necessário para ficar em uma posição mais cômoda Professor(a), o próximo item considera o D13 - Identificar as
em relação à flor... marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocu-
Superinteressante, São Paulo, p. 52, nov. 2001. Superinteressante especial, Mundo Estranho. tor de um texto. Nesse descritor, os(as) estudantes devem re-
Disponível em: http://betacarinae.blogspot.com/2012/09/como-o-beija-flor-fica-suspenso-no-ar.html Acesso em: 10
de ago. 2023. conhecer as pistas linguísticas que marcam o locutor e o inter-
Vocabulário locutor de um texto. O objeto de conhecimento envolvido são o
1
Ornitólogo - Especialista em ornitologia, ramo da biologia de- locutor e o interlocutor e variação linguística. É importante
dicado a estudar especificamente as aves. que você retome com eles(as) os elementos da comunicação:
Professor(a), o próximo item trabalha com o D6 – Identificar o o locutor, também chamado de emissor, se refere àquele que
tema de um texto, que requer dos(as) estudantes a habilidade fala, que comunica uma mensagem. Já o interlocutor, também
de reconhecer o assunto principal do texto. O objeto de co- chamado de receptor, é o destinatário da mensagem produzi-
nhecimento envolvido é o Assunto principal do texto. O tema da pelo locutor. Reforce que em um texto, é possível identificar
trata do assunto principal abordado no texto. Todo texto pos- marcas linguísticas que sugerem o locutor e o interlocutor de
sui uma temática central a partir da qual o mesmo se estrutura. um texto, e que essas marcas linguísticas podem ser eviden-
Com base no que é exposto no texto, é possível compreender ciadas nos diversos modos de falar. Desse modo, essa varia-
que temática está sendo discutida. Além disso, o título do texto ção linguística, por sua vez, pode estar relacionada a diversos
é uma importante pista sobre o tema. fatores como espaço geográfico, sexo, idade, classe social,
escolaridade, grau de formalidade da situação de comunicação
60. Qual é o assunto desse texto? etc. Professor(a), diga-lhes que a variação linguística pode ser
percebida no percurso histórico da língua - variação histórica
(A) O nascimento de vários pássaros. ou diacrônica. Comente com os(as) estudantes que as pala-
(B) O surgimento da hélice do helicóptero. vras e expressões, com o passar do tempo, vão sofrendo mo-
(C) A velocidade do batimento das asas do beija-flor. dificações, sendo que, algumas, podem cair em desuso, dando
(D) A forma como o beija-flor paira no ar para se alimentar. lugar a outras palavras/expressões. Esse aspecto se deve a
Gabarito D. - Operacional fatores linguísticos e extralinguísticos. Muito do que nossos
D6 – Identificar o tema de um texto. avós falavam não se fala mais, bem como muitas expressões
que usamos na contemporaneidade serão taxadas como ultra-
passadas daqui a um tempo (a língua é dinâmica). A percepção
Professor(a), o uso do D19 - Reconhecer o efeito de sentido
da variação linguística é essencial para a conscientização lin-
decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
guística dos(as) estudantes, permitindo que eles(as) construam
morfossintáticos, significa reconhecer que o uso de recursos
uma postura não-preconceituosa em relação aos usos linguís-
como diminutivos e/ou aumentativos, gradação (“Não já lutan-
ticos distintos dos(as) deles(as). É importante que, além dessa
do, mas rendido, enfermo, prostrado, desfalecido, morrendo,
percepção, que se atentem, também, para as razões dos dife-
morto.” Vieira), repetição de palavras, inversões na ordem das
rentes usos quando é utilizada a linguagem formal, a informal,
palavras, topicalizações, paralelismo sintático (uso da mesma
a técnica ou as linguagens relacionadas aos falantes.
estrutura sintática com algum fim específico) entre outros, pre-
cisa ser percebido e compreendido pelo leitor.

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62. Pode se afirmar que a linguagem utilizada no texto é jogos educativos da plataforma Kahoot, do desenvolvimen-
(A) poética e formal. to de pesquisas, e do uso de músicas, palavras cruzadas e
a chamada “nuvem de palavras”, entre outros recursos.
(B) lúdica e coloquial.
Segundo a pedagoga, o tabu ainda persiste por diver-
(C) popular e coloquial. sos fatores, como o desconhecimento das Metodologias
(D) didática e informativa. Ativas por parte dos professores na elaboração de novas
Gabarito D. - Operacional propostas de atividades, o pouco domínio sobre o compor-
D13 - Identificar as marcas linguísticas que eviden- tamento dos alunos em sala de aula, a falta de infraestru-
ciam o locutor e o interlocutor de um texto. tura nas escolas ou até a falta de recursos na aquisição do
aparelho celular por alguns alunos.
Leia os textos, a seguir, para responder aos itens 64, 65, “Uma das opções para solucionar estes problemas é o
66, 67 e 68. aumento de investimento na área da educação, o que possi-
bilitará a capacitação de professores, compra de equipamen-
TEXTO I
tos e acesso à internet nas escolas”, sugere a professora.
O uso do celular em sala de aula: vilão ou aliado? Construção de regras
Existe uma infinidade de atividades que promovem o Durante todo o período de permanência do aluno na
uso do celular em sala de aula, mas a equipe de professores
escola, vai haver momentos em que o uso do celular é au-
precisa planejar a realização dessas atividades
02/02/2023 às 13h09
torizado e momentos em que não. Para conseguir que isso
aconteça, é preciso que professores e equipe pedagógica
construam regras em comum acordo com os alunos. De
acordo com Eunice, estudos comprovam que regras ide-
alizadas e estabelecidas em comum acordo têm grandes
chances de serem respeitadas.
“Outro ponto importante é o domínio de sala de aula
As regras de comum acordo entre alunos e professores para uso do celular do professor enquanto docente e seu planejamento dos
dentro da sala de aula tem grandes chances de serem respeitadas (ROD-
NAE Productions/Pexels) Planos de Aulas, que devem instigar a curiosidade do alu-
O uso do celular dentro da escola é um tema que gera no, fazendo com que ele foque no desenvolvimento das
muitas discussões e divide opiniões. De um lado, os que atividades”, relata.
defendem a proibição do uso, e do outro os que defendem Disponível em: https://portal.unit.br/blog/noticias/o-uso-do-celular-em-sala-de-aula-vilao-ou-aliado/ Acesso em: 10
de ago. 2023.

o aparelho enquanto ferramenta pedagógica de aprendiza- TEXTO II


gem. O certo é que, se utilizado da maneira certa, ele pode
sim ser um auxílio ao processo de ensino-aprendizagem. Por que fazer o uso de celular em sala de aula?
Sabrina Andrade 11/05/2022
Para a professora Eunice Aparecida Borsetto, do cur-
so de Pedagogia EaD da Universidade Tiradentes (Unit O uso de celular em sala de aula por muito tempo foi
EaD), a utilização de aparelhos celulares nas atividades proibido e ainda é visto com maus olhos por alguns edu-
em sala de aula é uma tendência entre as gerações de cadores. Contudo, hoje, este simples aparelho, que con-
crianças nascidas na era da tecnologia, a qual promove tém várias aplicações atreladas, deixou de ser uma mera
inovação na forma de ensinar e aprender. distração para se tornar um recurso, que se bem utilizado,
auxilia muito no processo de aprendizagem.
“A aplicação das Metodologias Ativas resulta em
maior interatividade entre os alunos. Sem que deixemos Dessa forma, é preciso pensar nessa tecnologia como uma
de lado o respeito às características individuais de cada ferramenta de apoio para o ensino dos estudantes, e, também
um. É necessário um novo olhar sobre o uso de aparelhos em práticas eficazes que possam ampliar suas vantagens.
celulares na educação e o incentivo ao seu uso como fer- [...]
ramenta de conhecimento”, explica. Quais são as vantagens do uso de celular em sala
O tabu sobre o uso dessa ferramenta está centrado de aula?
muita das vezes por desconhecer as múltiplas possibilida- Atualmente, cada vez mais alunos levam consigo seus
des de trabalho. Borsetto lista uma infinidade de atividades telefones celulares para a sala de aula. Até mesmo os pe-
que o professor pode utilizar em sala de aula, a exemplo dos quenos têm esse aparelho entre os seus materiais de estudo.

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Nisso, ainda existe o debate de professores e gestores Professor(a), o próximo item trabalha, novamente, com o D7 -
escolares sobre o seu uso no processo de ensino dos jo- Identificar a tese de um texto, que requer dos(as) estudantes
vens. Afinal, pesquisas apontam que os estudantes verifi- a habilidade de reconhecer a ideia central defendida no texto.
cam o telefone na sala de aula em média mais de 11 vezes
65. No texto 1, o trecho que apresenta a tese (ponto de
por dia. E isso pode resultar em muito tempo de distração
vista) defendida pelo(a) autor(a) é
e interferência das obrigações escolares.
Porém, essa realidade não precisa ser encarada como (A) “...o aumento de investimento na área da educação, o
um problema. Isso porque o uso de celular em sala de que possibilitará a capacitação de professores.”
aula oferece muitas vantagens que podem inovar o mode- (B) “O uso do celular (...), se utilizado da maneira certa, pode
lo de ensino tradicional, tornando-o mais adequado quan- sim ser um auxílio ao processo de ensino-aprendizagem.”
to à transformação digital. (C) “...o domínio de sala de aula e seu planejamento dos Pla-
[...] nos de Aulas, que devem instigar a curiosidade do aluno.”
Disponível em: https://educacao.imaginie.com.br/uso-de-celular-em-sala-de-aula/ Acesso em: 10 de ago. 2023.
(D) “...a utilização de aparelhos celulares em sala de aula
Professor(a), o próximo item trabalha, novamente, com o D20 é uma tendência entre as gerações de crianças nascidas
- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na era da tecnologia.”
na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em Gabarito B. - Global
função das condições em que ele foi produzido e daquelas D7 - Identificar a tese de um texto.
em que será recebido, que requer dos(as) estudantes a ha- Professor(a), o próximo item trabalha, novamente, com o D8
bilidade de identificar diferentes formas de tratamento de um - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos ofe-
assunto a partir da comparação entre textos. recidos para sustentá-la, que requer dos(as) estudantes
a habilidade de relacionar a tese do texto e os argumentos
63. Esses textos têm em comum o fato de
que a fundamentam.
(A) citarem opiniões de especialistas que entendem do
assunto. 66. No texto 1, o argumento “a utilização de aparelhos ce-
(B) apresentarem opiniões positivas sobre o uso de celu- lulares nas atividades em sala de aula é uma tendência en-
lares em sala de aula. tre as gerações de crianças nascidas na era da tecnologia,
(C) mencionarem apenas as desvantagens de se traba- a qual promove inovação na forma de ensinar e aprender.”,
lhar o celular como ferramenta pedagógica. é um tipo de argumento de
(D) mostrarem que apenas alunos pequenos têm apare- (A) explicação.
lho celular entre os seus materiais de estudo.
(B) autoridade.
Gabarito B. - Global
(C) citação direta.
D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
(D) comprovação.
informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que ele foi Gabarito B. - Operacional
produzido e daquelas em que será recebido. D8 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
Professor(a), o próximo item trabalha, novamente, com o D21
- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opini- Professor(a), o próximo item trabalha, novamente, com o D15 -
ões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema, que requer Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, mar-
dos(as) estudantes a habilidade de identificar posicionamentos cadas por conjunções, advérbios etc., que requer dos(as) estu-
diferentes acerca de um mesmo fato ou tema. dantes a habilidade de identificar relações lógico-discursivas no
texto, sinalizadas, textualmente, por conjunções, advérbios etc.
64. Os(as) autores dos textos I e II
67. No texto II, no trecho “Dessa forma, é preciso pensar
(A) expõem ideias idênticas ao tema. nessa tecnologia como uma ferramenta de apoio para o
(B) adotam opiniões opostas ao tema. ensino dos estudantes, e, também em práticas eficazes
(C) defendem posicionamentos infundados. que possam ampliar suas vantagens.”, o elemento articula-
(D) apresentam pontos de vistas complementares. dor em destaque foi utilizado para
Gabarito D. - Operacional (C) indicar causa. (B) mostrar finalidade.
D21 - Reconhecer posições distintas entre duas ou mais (D) revelar condição. (A) apresentar conclusão.
opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
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► Proposta de Produção Textual – 9º ANO e o tema: D6 - Identificar o tema de um texto; os(as) estudantes
1ª SÉRIE precisam saber para que vão produzir uma “entrevista”, para
tanto é o: D12 - Identificar a finalidade de textos de dife-
Produção Textual - diálogo e prática rentes gêneros. Quando os(as) estudantes forem construir o
1. ETAPAS DA PRODUÇÃO TEXTUAL: ponto de vista sobre o tema abordado, por exemplo, devem
Estas etapas podem ser desenvolvidas, sucessivamente, ou de saber diferenciar “fato de opinião” então, o trabalho é com
modo simultâneo, uma vez que envolvem “idas e vindas.” o: D14 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
Para reconhecer e definir a problemática, bem como criar argu-
►Contextualizar a situação: Compartilhar a proposta de tra- mentos de “causa/consequência” eles(as) precisam dominar o:
balho apresentando o gênero que será trabalhado aos(às) es- D11 - Estabelecer relação de causa /consequência entre as
tudantes, a temática, e deixar clara a situação de comunicação partes e elementos do texto. Para que os(as) estudantes con-
e o caminho que será percorrido até chegar à produção final. sigam fazer o uso adequado dos elementos articuladores e
►Levantamento de conhecimentos prévios: é a identifica- dos modalizadores do discurso: D2 - Estabelecer relações
ção do que os(as) estudantes já sabem sobre o gênero textual entre partes de um texto, identificando repetições ou subs-
e o assunto que serão estudados, com o objetivo de diversi- tituições que contribuem para a continuidade de um texto e
ficar, ampliar e problematizar esses conhecimentos de modo D15 - Estabelecer relações lógico-discursiva presentes no
que ao final do trabalho possa ser verificado o que foi aprendido texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
pelos(as) estudantes.
Professor(a), retome com os(as) estudantes os elementos
►Produção inicial: é o momento de os(as) estudantes escre- constitutivos do gênero entrevista, trabalhados na semana 1.
verem o primeiro texto (diagnóstico) considerando a estrutura Leia, junto com eles(as) o modelo de entrevista que é apresen-
composicional, a funcionalidade e o suporte), para assim, am- tado nesta seção. Se preciso for, leia também os textos motiva-
pliar esses conhecimentos ao longo da sequência didática. dores com eles(as).
►Produção final: é a última versão da produção escrita do
gênero textual trabalhado. Caro estudante, nas próximas aulas, você elaborará
uma entrevista. Para isso, observe as características e a
►Socialização: é a divulgação, a publicação desse texto final
estrutura do gênero, bem como as explicações feitas pe-
para a comunidade escolar, ou para pais, familiares etc., isso pode
lo(a) seu(sua) professor(a), pois essas servirão de apoio
ser feito por meio de exposições, murais, apresentação oral etc.
para a sua produção. Não se esqueça de ler o exemplo
Professor(a) durante o desenvolvimento da produção textual, a de entrevista “Entrevista Nota 10: As dores e as delícias
sugestão é realizar atividades de leitura, interpretação de texto, do jornalismo”.
analisar as marcas linguísticas presentes nos textos (caracte-
rísticas próprias de cada gênero, aspectos linguísticos e semi-
Estudante, a entrevista é um texto que faz a trans-
óticos etc.), elaborar estratégias para que os(as) estudantes
crição, isto é, registra por escrito um diálogo sobre
desenvolvam capacidades de antecipar os significados de um
determinado assunto entre alguém que pergunta - o
texto, relacionar e selecionar informações, fazer inferências,
entrevistador - e alguém que responde - o entrevistado.
identificar pelo contexto palavras que eles(as) ainda não co-
Para ser publicado no jornal, o redator transforma em
nhecem o significado entre outros aspectos. Conhecer a temá-
língua escrita o que foi dito oralmente, em uma conversa,
tica (dados, informações coletadas etc.). Aprender a manejar
fazendo as adaptações necessárias, por exemplo, supri-
os discursos (interno, oral e escrito). Durante esse trabalho, é
mindo as hesitações, repetições e marcas da oralidade.
preciso acontecer a produção individual e coletiva, a reescrita Disponível em: https://www.colegiogeracao.com.br/wp-content/uploads/2019/02/Literatura-Entrevista.pdf Acesso
(individual e coletiva objetivando o aprimoramento da escrita). em: 27 de jun. 2023.

Todo esse trabalho precisa ser realizado “todos juntos profes-


3. A PRODUÇÃO DE UMA ENTREVISTA
sores(a) e estudantes.” É fundamental professor(a), que você
escreva junto com os(as) estudantes para que eles(as) visua- Como fazer uma entrevista
lizem os procedimentos de escrita dentro de um processo do Passo 1: Definição do assunto da entrevista e do
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. entrevistado
Esse primeiro passo reúne duas tarefas que não
2. DESCRITORES TRABALHADOS NA PRODUÇÃO
podem ser dissociadas. Em muitos casos, a escolha do
TEXTUAL:
entrevistado influencia diretamente o assunto foco da en-
Durante a interpretação do tema, quando os(as) estudantes fo- trevista. Em outros, é a escolha do assunto que levará a
rem marcar palavras/expressões-chave no texto para confirmar definição do entrevistado.
Revisa 9º Ano - Língua Portuguesa e Matemática - Outubro/2023
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Seja como for, completar essas duas tarefas é funda- truções claras de como o entrevistado deve preencher o
mental para prosseguir e conseguir fazer a sua entrevista. campo das respostas;
Ah, importante: ao fazer contato com a pessoa que • Elabore perguntas de fácil compreensão;
gostaria de entrevistar, informe o assunto tratado, como a • Evite perguntas abertas;
entrevista será realizada, se será ou não gravada. • Organize as perguntas de modo que favoreça o en-
Passo 2: Elaboração do roteiro de entrevista gajamento e o interesse do entrevistado em continuar a
O roteiro nada mais é do que um documento que dá entrevista.
suporte para o entrevistador na condução do encontro. Disponível em: https://www.tuacarreira.com/entrevista-escrita/ Acesso em: 27 de jun. 2023.
Nele, ficam descritas as perguntas e/ou os pontos de inte-
Exemplo de entrevista
resses, dependendo do tipo de entrevista.
Criar um roteiro de entrevista raramente é algo que Entrevista Nota 10: As dores e as delícias do
acontece do dia para a noite. Pesquisar sobre o assunto jornalismo
tratado e sobre a pessoa que concederá a entrevista é es- No mundo em constante transformação, o jornalista
sencial para decidir o que perguntar e como perguntar cumpre o papel fundamental de conferir, checar, averiguar e
para ela. Quanto mais você compreende sobre a relação transmitir notícias da forma mais verdadeira.
31/03/2020 14h01 Atualizado há 3 anos Por Unifor

do entrevistado sobre o assunto, melhor serão suas per-


guntas. Então reserve um tempo para fazer sua pesquisa
e elaborar o roteiro da entrevista com atenção.
Passo 3: Teste piloto
Para muitas pessoas, esse passo pode parecer estra-
Letícia é jornalista formada pela Universidade de Fortaleza – Foto: Ares
nho ou até descartável, mas ele é sim essencial para fazer
Soares / Universidade de Fortaleza
uma boa entrevista.
Do rádio, ela foi para o jornal impresso. No impresso,
O teste piloto nada mais é do que um ensaio da entre- começou a atuar também na televisão e no online. Divi-
vista, geralmente feito com colegas ou amigos do entre- dindo-se entre um e outro, ela segue trilhando caminhos
vistador. O objetivo é detectar falhas na elaboração das entre os diferentes veículos de comunicação - com suas
perguntas e corrigí-las antes da entrevista em si. abordagens, seus mecanismos e a necessidade, cada vez
Passo 4: Realização da entrevista mais urgente, de traduzir o mundo para quem lê, ouve e
Agora sim, é hora de encontrar com o entrevistado e assiste. Letícia Lima, jornalista formada pela Universi-
obter as informações que você precisa! Caso sua entrevis- dade de Fortaleza com passagens pelos laboratórios e
ta for via e-mail ou formulário, este é o momento em que pela TV Unifor, é uma das novas e mais respeitadas vozes
você clica no botão “Enviar” e espera a resposta chegar. na cobertura jornalística da área política.
Passo 5: Transcrição e revisão O segredo, explica a repórter do Sistema Verdes Ma-
A entrevista pode até ter acabado no passo anterior, res, é ter proatividade e estar sempre com informações
mas a produção do seu texto não. Após o encontro, o en- disponíveis. Foi na cobertura predominantemente masculina
trevistador deve começar a fazer a transcrição da conver- que Letícia encontrou a oportunidade de afinar fontes e pro-
sa e/ou revisar o texto e partir para a elaboração do texto duzir conteúdo jornalístico relevante para a sociedade. A co-
de apresentação. bertura política, ela conta, atualmente, é sua grande paixão.
Passo 6: Escolha da manchete ou título [...]
E no final, só falta escrever uma manchete ou título Conta um pouco para a gente como foi a sua trajetória
interessante para chamar atenção dos leitores! até se tornar repórter do Sistema Verdes Mares.
Algumas dicas para se sair bem ao fazer uma en- Eu sou Letícia Lima e me formei na Universidade de For-
trevista taleza em 2016, no curso de Jornalismo. Eu tive uma ex-
• Seja numa entrevista presencial ou remota, sempre periência bem bacana com os laboratórios de Jornalismo
prepare uma introdução. Se apresente, fale sobre o tema dentro da Universidade. Comecei em 2011, no LabJor. Acho
que você irá tratar, como a entrevista será conduzida… que não existe mais, pois agora é o Núcleo Integrado de
Mesmo que você já tenha combinado com o entrevistador, Comunicação. Mas, na minha época, havia esse laborató-
não custa nada repetir e esclarecer possíveis dúvidas. No rio de Jornalismo. Nós fazíamos o Jornal de Bandeja, que
caso de uma entrevista via e-mail ou formulário, dê ins- era distribuído no Centro de Convivência. E eu fiquei por

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alguns meses no laboratório. Eu tive esse primeiro contato Arrisco dizer que, se não fosse a experiência que eu tive no
com o jornalismo impresso. No semestre seguinte, comecei rádio, eu não teria êxito na experiência que estou tendo hoje
a ter uma experiência na TV Unifor como estagiária volun- em televisão. Depois do rádio, eu fui para o jornal impresso.
tária. Comecei a conhecer os programas e achava aquele Algo que apareceu de uma forma que não esperava. Na-
mundo fantástico. Já adorava a televisão. Lembro bem do quela época, eu pensei, e vejo ainda, que o jornal impresso
Panorama, que foi o primeiro programa no qual trabalhei. E dá profundidade que nenhum outro meio dá. Você pode se
ali já comecei a ter contato com o experimental. Na Unifor especializar, criar fontes, ter uma rede de contatos. Houve
temos a oportunidade de experimentar de forma iniciante, uma integração no Sistema Verdes Mares e, agora, o jor-
criando produtos. Eu tive passagem por alguns programas nalista que quiser, pode atuar em várias plataformas. Foi
na TV Unifor. Além do Panorama, eu tive uma rápida pas- quando eu me descobri na televisão. E atuando na área que
sagem pelo Palavreado, que fugia totalmente dos formatos eu quero: é um privilégio. Eu estou superfeliz.
padrões, pois falava de forma caricata e irônica de alguns [...]
assuntos atuais. E por último, pelo programa Pense Verde, Você hoje atua no Sistema Verdes Mares e produz
que foi o primeiro programa de televisão universitária exibi- matérias para TV, rádio, impresso e online. Conta pra
do em televisão aberta, no caso na TV Diário. Foi muito le- gente como é a rotina de um repórter de redação.
gal. Eu comecei a me aventurar e a curtir a televisão. Fiquei
por dois anos na TV Unifor. E comecei a ir para o mercado Primeiro, precisa estar atento ao noticiário e às notícias do
de trabalho. Tive um ano de experiência na produção de dia. Saber o que acontece na cidade, no estado, no país e
um programa independente. Fui para a Rádio Band News, até no mundo. Tem que estar minimamente informado sobre
onde comecei a atuar na área de Política. Depois, fui para o os assuntos. A proatividade é um critério cada vez mais vis-
Sistema Verdes Mares. to pelos editores nas redações. Eles não querem ser babás.
Querem jornalistas que tenham proatividade para formar
Como foi a sua graduação? Você conseguiu aprovei- agenda, rede de contatos. Com iniciativa de pensar pautas,
tar tudo o que o curso te oferecia ou hoje, estando há construir e, dali ter grandes matérias. Então, é acordar e es-
mais tempo no mercado, você sente que poderia ter tar por dentro. Acordar e ler as notícias. O celular é ótimo,
explorado mais algum aspecto? pois já está tudo na palma da mão. E a apuração jornalística
Quando eu comecei no Jornalismo na Unifor, em 2011, que, em tempos de desinformação e fake news, é algo que
já se falava em repaginação da grade do curso. Falando parece clichê, mas é preciso dizer. você precisa ter apuração
que o jornalismo precisava se aproximar da área adminis- jornalística e saber o que está lendo, falando, escrevendo. A
trativa e da área de marketing. Não era tão demandado internet é boa, mas tem as cascas de banana. E boas fontes.
no mercado, mas chegou um tempo no qual passou a ser Você só consegue boas apurações se tiver fontes confiáveis.
demandado mesmo: jornalistas que soubessem comuni- Quem chegou não vai conseguir fontes “de cara”. Precisa ir
cação interna, jornalistas que conseguissem trabalhar a conquistando a confiança e mostrando o trabalho.
imagem empresarial. Foi quando, na metade do meu cur- [...]
so, aconteceu uma mudança de reformulação da grade.
Então, eu aproveitei, mas, pensando no hoje, o jornalismo Quais são os prazeres e as dores de ser repórter?
evoluiu e cresceu de tal forma com a questão da internet... Vou começar pelos prazeres. Quando você apura uma infor-
Na minha turma, nós começamos a ver essas situações mação e coloca com bastante detalhe, boas fontes e apu-
mais para o fim do curso. Hoje, acredito que as discipli- ração, é um prazer. Quando as fontes já fazem parte da tua
nas são muito voltadas nesse sentido - outras plataformas rotina e passam a informação, você mostra que está fazendo
móveis que existem. Se eu escolhesse o curso hoje, talvez um trabalho legal. Eu acho um reconhecimento. É um prazer
eu tivesse mais teorias sobre esses temas. Quando eu que temos. Pelo menos, eu na cobertura política. E quando
cheguei no mercado, foi quando consegui desenvolver. você faz os furos! Para qualquer jornalista, o furo é prazero-
Sempre foi um sonho ser jornalista? O que te motivou so. E quando vê matéria repercutindo no online, com muitos
a escolher o curso de Jornalismo? acessos... E a matéria da televisão quando abre um telejor-
nal, quando é um assunto importante para o dia. As dores
Eu sempre quis ser jornalista. Sempre fui comunicativa. Eu são mais físicas. A crise da segurança tivemos dores físicas e
entrei no curso pensando na televisão. Minha primeira expe- mentais. Passar horas aguardando entrevista, sair correndo
riência no mercado, valendo, foi em rádio. Fiquei dois anos da Assembleia e indo para o quartel… Fiz uma matéria para
e conheci o hardnews. Um modelo de radiojornalismo em o Jornal Hoje e foi adrenalina pura. Na minha breve carreira
24 horas. Já foi uma surpresa e gostei muito da experiência. jornalística, eu nunca vi o coração palpitar como com essa
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matéria. Editores do Rio de Janeiro ligando, revisando textos seu nome e seus livros vão virar peças teatrais, filmes
comigo. Acabou que deu certo, mas foi adrenalina. e séries de TV. Seus livros começaram a ser traduzi-
[...] dos para outros países, tudo isso obviamente é um
Qual conselho você oferta para quem está entrando na grande sonho que você realizou. Com tantas conquis-
graduação e para quem está terminando a graduação? tas eu te pergunto: Por que você acha que tudo deu
tão certo? Ainda falta alguma coisa pra se realizar na
Eu falei várias vezes. A nova geração precisa ter zero sua vida? Ainda existem sonhos?
comodismo e muita produtividade. Jornalistas que sejam
bem informados. Na era da desinformação e quando todo TR: Eu sou publicada em Portugal apenas, mas o meu
mundo acha que pode escrever, se você tiver a informação sonho é ser publicada em vários países, estou batalhando
correta e bem apurada, você sai na frente. Isso é primor- muito para isso. Mas já realizei o sonho de ser reconhe-
dial nos tempos de hoje. E o desprendimento. Saber que cida pelo meu trabalho, de fazer o que eu amo e viver
hoje pode estar em uma redação integrada e aceitar ter disso. Isso é muito gratificante. Dá mais forças pra sonhar
experiências em outras plataformas. E, se possível, dentro e batalhar pelos sonhos.
da faculdade, já começar a ter estas experiências. Esse é LG: Thalita ainda existem novidades para esse ano? Te-
meu conselho: sejam proativos e bem informados. mos livros novos chegando pra gente? O que vem por aí?
Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/especial-publicitario/unifor/ensinando-e-aprendendo/ncia/2020/03/31/ TR: Tenho sim. Em novembro vou lançar um livro com
entrevista-nota-10-as-dores-e-as-delicias-do-jornalismo.ghtml Acesso em: 27 de jun. 2023.
as minhas melhores crônicas publicadas no meu blog, o
4. TEXTOS MOTIVADORES blogdathalita.com. São crônicas sobre o cotidiano, um li-
TEXTO I vro para rir, e para todas as idades.
Entrevista com Thalita Rebouças LG: Nosso blog é voltado para o público jovem assim
como seus livros. Qual a mensagem que você deixa
Thalita Rebouças é um fenômeno da literatura atual,
para nós?
voltada para o público jovem a autora virou uma Super
Estrela entre os adolescentes com seus livros engraça- TR: Leiam muito e sempre acreditem nos seus sonhos,
dos, de textos leves e que fazem todos os jovens se iden- pois eles podem se realizar!
tificarem com cada um deles. Eu tive a oportunidade de Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/seis-que-sabem/entrevista-com-thalita-reboucas-5903761.html
Acesso em: 03 de jul. 2023.
conversar com ela por e-mail, que me respondeu a essa TEXTO II
entrevista da melhor forma possível. Então venham vocês
dar uma conferida na minha entrevista com a autora:
Luis Guilherme: Thalita assim que o Jornal Extra lançou
o projeto "6quesabem" (Conselho Jovem do Jornal),
você deu uma declaração apoiando o projeto. O que
você acha de projetos que incentivam os jovens a lerem,
escreverem e se expressarem como o "6quesabem"?
Thalita Rebouças: Acho importantíssimo que as grandes
empresas, sejam elas jornalísticas ou não, deem oportuni- Disponível em: https://viacarreira.com/wp-content/uploads/2023/02/entrevista-para-tcc.png Acesso em: 03 de jul. 2023.

dades aos jovens. Apoiei e sempre estarei ao lado daque-


PROPOSTA DE ESCRITA DO GÊNERO ENTREVISTA
les que tiverem esse tipo de iniciativa.
LG: O que te chamou atenção para escrever para o Estudante, você trabalhou o gênero Entrevista nas ati-
público jovem? Por que eles? Os jovens de hoje estão vidades e também leu outros modelos desse gênero. Todos
mais interessados na leitura e escrita? nós temos alguém que admiramos, seja um cantor, ator ou
escritor do nosso livro preferido. Se você tivesse a oportu-
TR: Na verdade eu não escolhi o meu público, fui escolhida
nidade de conhecer seu ídolo, o que você diria para ele?
por ele. O meu primeiro livro, "Traição Entre Amigas", era vol-
Quais perguntas você faria? Com base no seu conheci-
tado para um público mais velho, de 18 a 25 anos. Mas quem
mento sobre o gênero e nos textos motivadores, escreva
amou foi o público adolescente e eu acabei me encantando
uma série de perguntas, em forma de entrevista com o seu
por ele. Acho que os jovens leem mais hoje do que antes, e
ídolo(a). Imagine o que seria legal de perguntar e pense nas
acho que isso começou com o fenômeno Harry Potter.
suas principais curiosidades acerca da vida do seu ídolo(a).
LG: Você tem mais de 1 milhão de livros vendidos, é
referência no ramo da literatura, tem produtos com
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MATEMÁTICA
MATEMÁTICA – 9º ANO

QUADRO DE DESCRITORES E SUBDESCRITORES


Hab.
SAEGO DESCRITORES SUBDESCRITORES
2022/23
D10 – A Identificar os elementos do triângulo retângulo, associando cada um a sua medida.
D10 – B Reconhecer a fórmula do Teorema de Pitágoras.
Reconhecer as relações métricas envolvendo a hipotenusa, a altura, os catetos e
D10 – C
suas projeções em um triângulo retângulo.
D10 – Utilizar relações
Calcular medidas desconhecidas dos lados de um triângulo retângulo, utilizando
métricas do triângulo D10 – D
Teorema de Pitágoras.
retângulo para resolver
problemas significativos. D10 – E Resolver problemas envolvendo o Teorema de Pitágoras.
Calcular medidas desconhecidas dos lados de um triângulo retângulo utilizando as
D10 – F
relações métricas envolvendo a hipotenusa, a altura, os catetos e suas projeções.
Resolver problemas utilizando as relações métricas envolvendo a hipotenusa, a
D10 – G
altura, os catetos e suas projeções em um triângulo retângulo.
D11 – A Diferenciar circunferência e círculo.
D11 – B Identificar elementos de uma circunferência.
D11 – C Relacionar as medidas de raio e diâmetro de uma circunferência/círculo.
D11 – D Identificar partes de um círculo.
D11 – Reconhecer D11 – E Calcular o comprimento de uma circunferência.
círculo/circunferência, seus D11 – F Reconhecer a posição relativa entre retas e circunferências.
elementos e algumas de
suas relações. D11 – G Identificar a posição relativa ente duas circunferências.
D11 – H Resolver problemas envolvendo segmentos tangentes à circunferência.
D11 – I Identificar ângulos inscritos ou centrais em uma circunferência.
D11 – J Calcular medidas de ângulos inscritos ou centrais em uma circunferência.
D11 – K Calcular medidas de segmentos a partir de relações métricas referentes à circunferência.
Reconhecer a incógnita (valor desconhecido) ou variável que se deve descobrir para
D17A
resolver um problema.
D17B Ler e interpretar problema, envolvendo equação do 2º grau.
D17C Inferir uma equação polinomial de 2º grau que modela um problema.
D17 - Resolver proble- D17D Identificar os coeficientes de uma equação polinomial do 2º grau.
ma, envolvendo equação
do 2º grau. D17E Aplicar a fórmula de resolutiva da equação do 2º grau.
Resolver equação polinomial do 2º grau completa ou incompleta, aplicando a fórmula
D17F
resolutiva.
D17G Analisar a solução de um problema envolvendo equação do 2º grau.
D17 H Verificar a solução de um problema envolvendo equação do 2º grau.

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COMPREENDENDO O MATERIAL PEDAGÓGICO

Professor(a),
Professor(a), este material foi estruturado e elaborado a partir de uma matriz de subdescritores, pautada na matriz
de descritores do SAEB.
A matriz de subdescritores contempla um conjunto de habilidades que precisam ser desenvolvidas com efetividade
para que o estudante do ciclo do 9° ano à 3ª série avance no desenvolvimento integral das habilidades dos descri-
tores propostos no ensino-aprendizagem.
Cada aula aborda o desenvolvimento de um descritor, por meio de uma sequência gradativa de atividades que con-
templam as habilidades, tendo como objetivo oportunizar aos estudantes o desenvolvimento da habilidade desse
descritor em sua integralidade. Sendo assim, essas atividades consideram as diversas estratégias, ferramentas,
procedimentos e conhecimentos prévios os quais o estudante necessita para o desenvolvimento pleno de cada
habilidade (descritor). Caso considere necessário, fique à vontade para inserir atividades que assegurem outras
habilidades que você pondera importantes e necessárias e que, porventura, não estejam listadas na coluna de
subdescritores.
Ao final de cada aula, é proposta a resolução de um item com a finalidade de avaliar o desenvolvimento do estu-
dante quanto à habilidade do descritor abordado na aula. Caso os estudantes continuem apresentando dificuldades
na habilidade estudada, sugere-se que sejam elaboradas outras atividades que contribuam com a aprendizagem
desses estudantes.
É importante ressaltar, também, que este material foi dividido em duas semanas (Semana 1 e Semana 2) e que, em cada
uma, são apresentados os objetos de conhecimento de acordo com os componentes curriculares do currículo.

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Professor(a), segundo o DCGO, na unidade temática geome- quando a hipotenusa é considerada a sua base. Por isso, é
tria, as seguintes habilidades devem ser trabalhadas em rela- denominada altura relativa à hipotenusa.
ção aos triângulos e às circunferências e círculos:
• As letras m e n representam as projeções dos catetos b
(EF09MA14-B) Ler, interpretar, resolver e elaborar problemas de e c sobre a hipotenusa. Observe que a soma das medidas
aplicação do Teorema de Pitágoras ou das relações de propor- das projeções é igual à medida da hipotenusa (a).
cionalidade, envolvendo retas paralelas cortadas por secantes.
Conhecendo os elementos que formam um triângulo retân-
(EF09MA13) Demonstrar relações métricas do triângulo retân-
gulo, veja as relações entre as medidas desses elementos:
gulo, entre elas o Teorema de Pitágoras, utilizando, inclusive, a
semelhança de triângulos.
(EF09MA24) Resolver situações problema envolvendo o cál-
culo das medidas do comprimento da circunferência e da área
do círculo.
(EF09MA11) Resolver problemas por meio do estabelecimento de
relações entre arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos na circun-
ferência, fazendo uso, inclusive, de softwares de geometria dinâmica.
A última relação, que é a mais importante, é conhecida
Semana 1 como Teorema de Pitágoras:
Descritor SAEB: D10 – Utilizar relações métricas do triângulo “Em um triângulo retângulo, a soma dos quadrados
retângulo para resolver problemas significativos. das medidas dos catetos é igual ao quadrado da medi-
Objetos de conhecimento desenvolvidos: da da hipotenusa.”
• Triângulo retângulo;
• Teorema de Pitágoras; Professor(a), a atividade 1 possibilita o desenvolvimento, por parte
• Relações métricas do triângulo retângulo; dos(as) estudantes, da habilidade de identificar os elementos do tri-
• Leitura e interpretação de problemas. ângulo retângulo, associando cada um a sua medida. Enfatize aos
estudantes que as letras utilizadas para representar as medidas de
► Relações métricas no triângulo retângulo
cada um dos elementos podem variar. A medida da hipotenusa, por
Relembrando exemplo, não deve necessariamente ser representada por "a", po-
derá ser representado por outra letra, como por exemplo “x”. Essa
O triângulo retângulo é uma figura geométrica frequentemen- orientação se deve ao fato de que alguns estudantes memorizam
te utilizada na geometria plana e espacial. Por isso, nesta a fórmula sem desenvolver a habilidade de identificar cada um dos
semana, serão estudadas as relações entre as medidas line- elementos que compõem o triângulo retângulo.
ares de um triângulo retângulo. Essas relações são baseadas
no conceito de semelhança entre triângulos retângulos. 1. Considere o triângulo retângulo representado a seguir.
Como as relações métricas relacionam as medidas dos ele-
mentos do triângulo retângulo, cada um desses elementos
estão destacados na figura a seguir.

Complete as lacunas do texto a seguir com as informações


referentes a esse triângulo.
• A hipotenusa, representada pela letra a, é sempre o maior
O triângulo retângulo é um polígono que possui __________
lado do triângulo retângulo. Também pode-se dizer que a
hipotenusa é o lado oposto ao ângulo de 90º. lados e três __________________, sendo um deles
• Os outros dois lados, representados pelas letras b e c, um ângulo reto, ou seja, com medida igual a ________.
são conhecidos como catetos. Estes lados são perpendi- Os outros dois ângulos são ________________, por-
culares entre si, por isso pode-se dizer que eles formam tanto, menores que 90º. O _____________ lado desse
o ângulo de 90º. triângulo, que é oposto ao ângulo de 90º, é chamado de
• O segmento perpendicular à hipotenusa, apresentado na __________________________ e os outros dois la-
imagem acima, representa a altura h do triângulo retângulo dos são chamados de ______________________.
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O triângulo retângulo, exemplificado acima, possui ângulo Indique as medidas de cada elemento a seguir:
reto localizado no vértice ______ e sua hipotenusa é o a) Hipotenusa:
lado _____, cuja medida está representada por _____.
b) Cateto menor:
O menor cateto é o lado _________ que possui medida
c) Cateto maior:
representada por ______ e o maior cateto é o lado
______ que possui medida representada por ______. d) Altura relativa à hipotenusa:
e) Projeção do menor cateto:
A altura relativa à hipotenusa é o segmento ______, cuja
medida está representada por _____. Essa altura divide a f) Projeção do maior cateto:
hipotenusa em dois segmentos, que são as projeções dos Sugestão de Solução:
catetos sobre a hipotenusa. A projeção do menor cateto a) Hipotenusa: 5 cm
é o segmento _____, cuja medida está representada por b) Cateto menor: 3 cm
____ e a projeção do maior cateto é o segmento ______, c) Cateto maior: 4 cm
cuja medida é representada por ____. d) Altura relativa à hipotenusa: 2,4 cm
e) Projeção do menor cateto: 1,8 cm
Sugestão de Solução: f) Projeção do maior cateto: 3,2 cm
O triângulo retângulo é um polígono que possui três lados e D10 A – Identificar os elementos do triângulo retângu-
três ângulos, sendo um deles um ângulo reto, ou seja, com lo, associando cada um a sua medida.
medida igual a 90°. Os outros dois ângulos são agudos,
portanto, menores que 90º. O maior lado desse triângulo, Professor(a), na atividade 3, tem-se o objetivo de oportunizar
que é oposto ao ângulo de 90º, é chamado de hipotenusa aos(às) estudantes o desenvolvimento da habilidade de reco-
e os outros dois lados são chamados de catetos. nhecer o Teorema de Pitágoras. A atividade propõe que, de
O triângulo retângulo, exemplificado acima, possui ângulo forma gradativa, os(as) estudantes identifiquem as medidas de
reto localizado no vértice A e sua hipotenusa é o lado BC, cada elemento (hipotenusa e catetos) para, em seguida, reco-
cuja medida está representada por a. nhecer a validade do teorema.
O menor cateto é o lado AC que possui medida represen- 3. Considere o triângulo ABC representado a seguir.
tada por b e o maior cateto é o lado AB que possui medida
representada por c.
A altura relativa à hipotenusa é o segmento AD, cuja me-
dida está representada por h. Essa altura divide a hipo-
tenusa em dois segmentos, que são as projeções dos
catetos sobre à hipotenusa. A projeção do menor cateto é
o segmento CD, cuja medida está representada por m e a
projeção do maior cateto é o segmento BD, cuja medida é Em relação a esse triângulo, responda:
representada por n. a) Qual lado é a hipotenusa?
D10 A – Identificar os elementos do triângulo retângu-
lo, associando cada um a sua medida. b) Qual é a medida da hipotenusa?
Professor(a), a atividade 2, assim como a atividade 1, possibi- c) Em qual vértice está localizado o ângulo reto?
lita aos estudantes o desenvolvimento da habilidade de identi- d) Quais lados são os catetos?
ficar os elementos do triângulo retângulo, associando cada um
a sua medida. Diferente da atividade 1, a atividade 2 traz as e) Quais as medidas dos catetos?
medidas de cada elemento. f) Qual é o quadrado da medida da hipotenusa?
2. Considere o triângulo retângulo representado a seguir. g) Qual é a soma dos quadrados das medidas dos catetos?
h) Qual a relação entre o quadrado da medida da hipotenu-
sa e a soma dos quadrados dos catetos?
Sugestão de solução:
a) A hipotenusa é o lado AC.
b) A hipotenusa mede 15 centímetros.

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c) O ângulo reto está localizado no vértice B. 5. Calcule o valor de x em cada triângulo retângulo a seguir.
d) Os catetos são os lados AB e BC.
a) b)
e) Os catetos medem 9 centímetros e 12 centímetros.
f) 152 = 225.
O quadrado da medida da hipotenusa é igual a 225.
g) 92 + 122 = 81 + 144 = 225.
A soma dos quadrados dos catetos é igual a 225.
h) O quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma
dos quadrados dos catetos: c)
152 = 92 + 122 ↔ 225 = 81 + 144 → 225 = 225.
D10 B – Reconhecer a fórmula do Teorema de Pitágoras.
Professor(a), a atividade 4 possibilita que os(as) estudantes
desenvolvam a habilidade de reconhecer as relações métricas Sugestão de solução:
envolvendo a hipotenusa, altura, os catetos e suas projeções a) 𝑥 2 = 62 + 62 → 𝑥 2 = 36 + 36 → 𝑥 2 =
em um triângulo retângulo, assim como calcular medidas des-
conhecidas a partir de medidas conhecidas. 72 → 𝑥 = 72 → 𝑥 = 36 � 2 → 𝑥 = 6 �
2 → 𝑥 = 6 2 𝑐𝑚
4. Utilizando as medidas do triângulo retângulo a seguir,
valide cada uma das relações métricas.
b)102 = 𝑥 2 + 82 → 100 = 𝑥 2 + 64 →
𝑥 2 + 64 = 100 → 𝑥 2 = 100 − 64 → 𝑥 2 =
36 → 𝑥 = 36 → 𝑥 = 6 𝑐𝑚

c) 122 = 𝑥 2 + 62 → 144 = 𝑥 2 + 36 → 𝑥 2 +
36 = 144 → 𝑥 2 = 144 − 36 → 𝑥 2 = 108 →
𝑥 = 108 → 𝑥 = 36 � 3 → 𝑥 = 6 � 3 →
Sugestão de solução:
a�h = b�c 𝑥 = 6 3 𝑐𝑚
b2 = a � m c2 = a � n
41 � 20 = 4 41 � 5 41 D10 D – Calcular medidas desconhecidas dos lados de
(4 41)² = 41 � 16 (5 41)² = 41 � 25
820 = 20 � 41 um triângulo retângulo, utilizando Teorema de Pitágoras.
820 = 820
656 = 656 1025 = 1025
Professor(a), a atividade 6 tem como objetivo possibilitar
h2 = m � n 𝑎=𝑚+𝑛 a2 = b2 + c²
2
aos(às) estudantes a resolução de problema envolvendo o teo-
(20²) = 25 � 16 41 = 25 + 16 412 = 4 41 + (5 41)²
rema de Pitágoras. Este momento é oportuno para generalizar
400 = 400 41 = 41 1681 = 16 � 41 + 25 � 41
as fórmulas que calculam a altura e a área de um triângulo equi-
1681 = 656 + 1025
1681 = 1681
látero, bem como mostrar aos estudantes que outras fórmulas
da geometria são obtidas por meio do teorema de Pitágoras.
D10 C – Reconhecer as relações métricas envolvendo
a hipotenusa, altura, os catetos e suas projeções em 6. Considere um triângulo equilátero cujo lado mede 20 cm.
um triângulo retângulo. a) Calcule a medida da altura desse triângulo.
Professor(a), a atividade 5 possibilita que os(as) estudantes
desenvolvam a habilidade de calcular medidas desconhecidas b) Calcule a área da região delimitada por esse triângulo.
dos lados de um triângulo retângulo, além de resolver proble-
Sugestão de solução:
mas utilizando teorema de Pitágoras. Um equívoco bastante
a) A altura de um triângulo equilátero é também mediana,
frequente é confundir as medidas dos catetos e hipotenusa no
formando assim um triângulo retângulo cuja hipotenusa é
momento de substituir os valores na fórmula quando a incógni-
um dos lados do triângulo equilátero e os catetos são a
ta é a medida de um dos catetos. Por esse motivo, nas letras b)
altura e metade da base:
e c), as incógnitas são medidas de catetos.

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Para determinar a medida da projeção do cateto maior (n):


𝑎 = 𝑚 + 𝑛 → 15 = 5,4 + 𝑛 → 15 − 5,4
= 𝑛 → 𝑛 = 9,6 𝑐𝑚
D10 F – Calcular medidas desconhecidas dos lados
de um triângulo retângulo utilizando as relações mé-
tricas envolvendo a hipotenusa, a altura, os catetos e
Denotando a altura por h, tem-se que: suas projeções.
h2 + 102 = 202 → h2 + 100 = 400 → h2 = 400 − 100
8. O lampião, representado na figura a seguir, está suspen-
→ h2 = 300 → h = 300 → h = 100 � 3 so por duas cordas perpendiculares entre si presas ao teto.
→ h = 10 � 3 → h = 10 3 cm

b) Denotando a área por At , tem-se que:


20 � 10 3 200 3
𝐴𝑡 = → 𝐴𝑡 = → 𝐴𝑡 = 100 3 𝑐𝑚²
2 2 A distância do lampião ao teto, em centímetros, é igual a
D10 E – Resolver problemas envolvendo o Teorema de (A) 7,8.
Pitágoras.
(B) 8,4.
Professor(a), nas atividades 7, 8, 9 e 10, o objetivo é opor- (C) 9,0.
tunizar aos(às) estudantes o desenvolvimento da habilidade
(D) 9,6.
de calcular medidas desconhecidas dos lados de um triângulo
retângulo e resolver problemas utilizando as relações métricas (E) 10,2.
envolvendo a hipotenusa, a altura, os catetos e suas projeções. Gabarito: D
A atividade 8 está em forma de item, e a atividade 10 é uma Sugestão de solução:
questão do ENEM, que possibilita aos(às) estudantes se fami-
liarizarem com essa avaliação de larga escala.

7. Considere o triângulo retângulo a seguir.


Determinando a medida da hipotenusa (a), obtém-se:
𝑎2 = 122 + 162 → 𝑎2 = 144 + 256
→ 𝑎2 = 400 → 𝑎 = 400 → 𝑎 = 20 𝑐𝑚
Determinando a medida da altura (h), obtém-se:
𝑎 � ℎ = 𝑏 � 𝑐 → 20 � ℎ = 12 � 16
→ 20ℎ = 192 → ℎ = 9,6 𝑐𝑚
Calcule as medidas da altura relativa à hipotenusa (h), das
projeções dos catetos (m e n) e da hipotenusa (a). D10 G – Resolver problemas utilizando as relações
métricas envolvendo a hipotenusa, a altura, os catetos
Sugestão de solução: e suas projeções em um triângulo retângulo.
Para determinar a medida da hipotenusa (a):
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 → 𝑎2 = 92 + 122 → 𝑎2 = 81 + 144 9. Qual é a área de um triângulo retângulo cujas projeções
→ 𝑎2 = 225 → 𝑎 = 225 → 𝑎 = 15 𝑐𝑚. ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa medem 3 cm e
12 cm?
Para determinar a medida da altura relativa à hipotenusa (h): Sugestão de solução:
𝑎 � ℎ = 𝑏 � 𝑐 → 15 � ℎ = 9 � 12 → 15ℎ = 108 Primeiramente, calcula-se a medida da altura (h) relativa
108 à hipotenusa:
→ℎ= → ℎ = 7,2 𝑐𝑚.
15 ℎ2 = 𝑚 � 𝑛 → ℎ2 = 12 � 3 → ℎ2 =
Para determinar a medida da projeção do cateto menor (m): 36 → ℎ = 36 → ℎ = 6 cm
𝑏 2 = 𝑎 � 𝑚 → 92 = 15 � 𝑚 → 15𝑚 = 81 Em seguida, calcula-se a medida da base (hipotenusa),
81 que é a soma das projeções:
→𝑚 = → 𝑚 = 5,4 𝑐𝑚.
15 𝑎 = 𝑚 + 𝑛 → 𝑎 = 3 + 12 → 𝑎 = 15 cm

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Após, calcula-se a área do triângulo (At), multiplicando a ► Circunferência


medida da base pela altura e dividindo por 2:
15�6 Descritores SAEB: D11 – Reconhecer círculo/circunferência,
𝐴𝑡 = → 𝐴𝑡 = 15 � 3 → 𝐴𝑡 = 45 cm²
2 seus elementos e algumas de suas relações.
D10 G – Resolver problemas utilizando as relações Objetos de conhecimento desenvolvidos:
métricas envolvendo a hipotenusa, a altura, os catetos • Circunferência e círculo;
e suas projeções em um triângulo retângulo. • Elementos de uma circunferência;
• Partes de um círculo;
10. (Enem 2014) Diariamente, uma residência consome 20 • Posições relativas de retas e circunferências;
160 Wh. Essa residência possui 100 células solares retan- • Posições relativas entre duas circunferências;
gulares (dispositivos capazes de converter a luz solar em • Segmentos tangentes;
energia elétrica) de dimensões 6 cm x 8 cm. Cada uma das • Arco de circunferência, ângulo central e ângulo inscrito;
tais células produz, ao longo do dia, 24 Wh por centímetro • Arco capaz;
de diagonal. O proprietário dessa residência quer produzir, • Relações métricas referentes à circunferência.
por dia, exatamente a mesma quantidade de energia que
sua casa consome. Qual deve ser a ação desse proprietá- Relembrando
rio para que ele atinja o seu objetivo?
Circunferência é o lugar geométrico em que todos os pon-
(A) Retirar 16 células
tos se encontram à mesma distância de um dado ponto,
(B) Retirar 40 células que é chamado de centro da circunferência, geralmente re-
(C) Acrescentar 5 células presentado pela letra O. A distância de qualquer ponto da
(D) Acrescentar 20 células circunferência ao seu centro dá-se o nome de raio (r).
(E) Acrescentar 40 células Alguns elementos importantes da circunferência:
Gabarito: A O raio é um segmento que une o centro a qualquer ponto
Sugestão de solução: da circunferência. Na circunferência a seguir, OC é um raio.
Primeiro, será necessário descobrir qual é a produção de A corda é qualquer segmento de reta que une dois pon-
energia de cada célula. Para isso, é necessário descobrir tos da circunferência. Na circunferência a seguir, AB é
a medida da diagonal (d) do retângulo, que é igual à hi- uma corda.
potenusa do triângulo de catetos iguais a 8 cm e 6 cm. O arco é um subconjunto de pontos da circunferência, de-
Aplicando o teorema de Pitágoras, obtém-se: terminado por dois de seus pontos. Na circunferência a
𝑑 2 = 62 + 82 → 𝑑 2 = 36 + 64 → 𝑑 2 = 100 seguir, AB é um arco.
→ 𝑑 = 10 𝑐𝑚 A flecha é o segmento de reta que une o ponto médio de
Como a medida da diagonal é igual a 10 cm, pode-se cal- uma corda ao ponto médio de um arco. Na circunferência
cular a energia (E) produzida pelas 100 células, ou seja: a seguir, FM é uma flecha.
E = 24 ∙ 10 ∙ 100 = 24 000 Wh (240 Wh por célula) O diâmetro é qualquer segmento que une dois pontos
Como a energia consumida na residência é igual a 20 160 Wh, distintos da circunferência, passando pelo centro. Tam-
será necessário reduzir o número de células. bém pode-se definir diâmetro como a corda que passa
24 000 - 20 160 = 3840 Wh, ou seja, as 100 células produ- pelo centro da circunferência. O diâmetro mede o do-
zem 3840 Wh a mais. bro do raio e também pode ser definido como a maior
Dividindo esse valor pela energia produzida por uma célu- corda da circunferência. Na circunferência a seguir, AD
la, encontra-se o número que deverá ser reduzido, ou seja: é um diâmetro.
3840 ꞉ 240 = 16 células.
Portanto, a ação do proprietário para que ele atinja o seu
objetivo deverá ser retirar 16 células.
D10 E – Resolver problemas envolvendo o Teorema de
Pitágoras.

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Importante: denotando por d a medida do diâmetro de


uma circunferência, e por r a medida do raio da mesma
circunferência, tem-se que:

Comprimento da circunferência
Em qualquer circunferência, dividindo o comprimento (con-
torno) pelo diâmetro, obtém-se o número irracional π, já es-
tudado anteriormente. Posições relativas de retas e circunferências.
Reta secante é uma reta que corta a circunferência em dois
pontos quaisquer.
Esse número é aproximadamente igual a 3,14. A partir des- Reta tangente é uma reta que toca a circunferência em
sa razão, obtém-se a fórmula para o cálculo do comprimen- um único ponto T. Esse ponto é conhecido como ponto de
to de uma circunferência: tangência ou de contato.
Observação 1: A distância do centro da circunferência ao ponto T,
que é de tangência, é igual ao raio da circunferência.

Círculo Observação 2: Qualquer reta tangente a uma circunferência é


perpendicular a um dos seus raios.
O círculo é o conjunto de pontos de um plano cuja distância
a um ponto fixo O é menor ou igual a uma distância r dada, Reta externa é uma reta que não possui nenhum ponto em
com r não nula. O círculo é a reunião da circunferência com comum com a circunferência.
o conjunto de todos os pontos localizados internamente a
ela. No estudo do círculo, assim como na circunferência,
utilizam-se as denominações centro, raio e diâmetro.

Partes do círculo
Setor circular é a parte do círculo que se limita por dois
raios.
Segmento circular é a região do círculo limitada entre uma
corda e um arco. Posições relativas entre duas circunferências.
Coroa circular é a região do plano limitada por duas cir- Circunferências secantes são aquelas circunferências que
cunferências concêntricas e de raios diferentes. possuem somente dois pontos em comum. A distância entre seus
Zona circular é a região do círculo compreendida entre centros é menor do que a soma das medidas de seus raios.
duas cordas paralelas distintas. Circunferências tangentes (interiores ou exteriores) são aque-
las circunferências que possuem apenas um ponto em comum.
São interiores quando a distância entre os seus centros é igual à
diferença entre as medidas de seus raios. São exteriores quan-
do a distância entre seus centros é igual à soma das medidas de
seus raios.
Circunferências externas são aquelas circunferências que não
possuem ponto em comum. A distância entre seus centros é
maior do que a soma das medidas de seus raios.

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Circunferências internas são aquelas circunferências que não Arco de circunferência e ângulo central
possuem ponto em comum. A distância entre seus centros é me- Como já foi definido anteriormente, arco é um subconjunto de
nor do que a diferença das medidas de seus raios. pontos da circunferência, determinado por dois de seus pontos.
Circunferências concêntricas são duas ou mais circunferên- O arco também é medido como os ângulos. Um arco de 360 1
da
cias que possuem o mesmo centro, porém com raios diferentes. circunferência mede 1 grau (1°).
Circunferências secantes Circunferências tangentes Circunferências tangentes O ângulo central, em uma circunferência, é aquele cujo vértice
interiores exteriores
coincide com o centro da circunferência. Sua medida é igual à
medida do arco compreendido entre seus lados
O ângulo central, em uma circunferência, é aquele cujo vértice
Circunferências externas Circunferências internas Circunferências concêntricas coincide com o centro da circunferência. Sua medida é igual à
medida do arco compreendido entre seus lados

Segmentos tangentes.
Considere um ponto P exterior à circunferência, contido no mes-
mo plano. Por esse ponto P, podem ser traçados dois segmentos,
PA e PB, cujas extremidades são o ponto P dado e os pontos de
tangência A e B. Esses dois segmentos são congruentes (PA ≡ Ângulo inscrito
PB). A congruência dos triângulos BPO e APO garantem essa
O ângulo inscrito, em uma circunferência, é aquele cujo vér-
congruência.
tice pertence à circunferência e os lados são secantes a ela.

Circunferência inscrita no triângulo. Arco capaz


Uma circunferência tangente aos três lados de um triângulo Dado um segmento AB e um ângulo α, define-se como arco
está inscrita no triângulo. O triângulo é circunscrito a essa cir- capaz o lugar geométrico de todos os pontos do plano que
cunferência. contém os vértices dos ângulos, cujos lados passam pelos
Circunferência inscrita no quadrilátero. pontos A e B, sendo todos os ângulos congruentes ao ângulo
Uma circunferência tangente aos quatro lados de um quadrilá- α. Este lugar geométrico é um arco de circunferência, e está
tero está inscrita no quadrilátero. O quadrilátero é circunscrito destacado na figura ao lado.
a essa circunferência. A condição necessária e suficiente para Todo ângulo inscrito no arco capaz AB, com lados passando
que um quadrilátero convexo seja circunscrito em uma circun- pelos pontos A e B são congruentes e isto significa que o seg-
ferência, é que a soma das medidas de dois lados opostos mento de reta AB é sempre visto sob o mesmo ângulo de visão
seja igual à soma das medidas dos outros lados. se o vértice deste ângulo está localizado no arco capaz.
Observe a aplicação dos segmentos tangentes e congruentes
nesses casos:

Disponível em: impa.br / Acesso em: 25 ago. 2023.

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Sugestão de solução:

Exemplo:

Circunferência Círculo
D11 A – Diferenciar circunferência e círculo.

Relações métricas referentes à circunferência.


Professor(a), na atividade 2, objetiva-se que os(as) estudantes
identifiquem os elementos de uma circunferência. Reitere que
estes elementos serão aplicados no círculo.

2. Considere a circunferência a seguir e alguns de seus


elementos destacados.

Escreva a seguir o nome de cada um dos elementos des-


tacados:
a) O: d) CD:
b) OA: e) CF:
c) EF: f) GH:
Sugestão de solução:
a) O: centro da circunferência.
b) OA: raio.
Professor(a), na atividade 1, o objetivo é possibilitar aos(às) es- c) EF: diâmetro (maior corda de uma circunferência).
tudantes o desenvolvimento da habilidade de diferenciar circunfe- d) CD: corda.
rência e círculo. Reitere que a circunferência é o lugar geométrico e) CF: arco.
em que todos os pontos se encontram à mesma distância de um f) GH: flecha.
dado ponto, que é chamado de centro da circunferência e que o D11 B – Identificar elementos de uma circunferência.
círculo é a reunião da circunferência com o conjunto de todos os
pontos localizados internamente a ela. De forma mais simples,
relacione a circunferência como o contorno de um círculo. Professor(a), na atividade 3, o objetivo é oportunizar aos(às)
1. Identifique entre as figuras a seguir, aquela que represen- estudantes o desenvolvimento da habilidade de relacionar as
ta uma circunferência, e aquela que representa um círculo. medidas de um raio com a medida de um diâmetro em uma
circunferência e um círculo. Reitere que a medida do diâmetro
equivale a duas vezes a medida do raio, e que é importante
que eles tenham atenção a essa relação, pois é necessária na
resolução de problemas que envolvem comprimento de circun-
ferências (C = 2 ∙ π ∙ r) e área de círculos (Ac = π ∙ r2).

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3. Responda as questões a seguir: Solução:


(A)
a) Determine o raio de uma circunferência que possui diâ-
metro medindo 40 cm. ( C ) Coroa circular

b) Determine o diâmetro de uma circunferência que possui


raio medindo 12,5 cm. (B)
Sugestão de solução:
( D ) Zona circular
a) d = 2 ∙ r→ 40 = 2 ∙ r → 40
2
= r → r = 20 cm
b) d = 2 ∙ r→ d = 2 ∙ 12,5 → d = 25 cm
D11 C – Relacionar as medidas de raio e diâmetro de (C)
uma circunferência/círculo.
( B ) Segmento circular

Professor(a), na atividade 4, possibilita-se que os(as) estudan-


tes desenvolvam a habilidade de identificar elementos de um (D)

círculo. Apesar da habilidade esperada ser relacionada ao cír- ( A ) Setor circular


culo, nesta atividade também poderão ser identificados alguns
elementos da circunferência estudados na atividade 2.
D11 D – Identificar partes de um círculo.

4. Relacione cada elemento do círculo com o seu respec- Professor(a), na atividade 5, o objetivo é possibilitar aos(às)
tivo nome: estudantes o desenvolvimento da habilidade de calcular o com-
primento de uma circunferência, dado o seu raio ou seu diâme-
(A) tro. Essa atividade permite reforçar a relação entre diâmetro e
raio, trabalhada na atividade 3.
( ) Coroa circular
5. Responda as questões a seguir.
a) Determine o comprimento de uma circunferência que
possui diâmetro de 22 cm. Considere π = 3,14.
(B)
b) Uma circunferência de raio igual a 10 cm possui quantos
centímetros de comprimento? Considere π = 3,1.
( ) Zona circular
Sugestão de solução:
22
a) d = 2 ∙ r → 22 = 2 ∙ r → = r → r = 11
2
C = 2 ∙ π ∙ r → C = 2 ∙ 3,14 ∙ 11 → C = 69,08
(C) O comprimento da circunferência é igual a 69,08 centímetros.
b) C = 2 ∙ π ∙ r → C = 2 ∙ 3,1 ∙ 10 → C = 62
O comprimento da circunferência é igual a 62 centímetros.
( ) Segmento circular
D11 E – Calcular o comprimento de uma circunferência.
Professor(a), a atividade 6 possibilita aos estudantes desen-
volverem a habilidade de identificar a posição de uma reta em
(D)
relação à uma circunferência. Aproveite a atividade para com-
parar a distância de cada reta ao cento da circunferência com
( ) Setor circular a medida do raio de cada uma. Reforce que, no caso da reta
tangente, a sua distância até o centro é igual à medida do raio
e que esta é perpendicular ao raio cuja extremidade é o pon-
to de tangência. Essa propriedade será utilizada em situações
problema posteriores. Reforce também que, no caso da reta
secante, a sua distância até o centro é menor do que a medida
do raio, e no caso da reta externa, a sua distância até o centro
é maior do que a medida do raio dessa circunferência.

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6. Em relação às posições relativas entre retas e circun- Professor(a), a atividade 7 possibilita aos estudantes desen-
ferências: volverem a habilidade de identificar a posição de uma circunfe-
rência em relação à outra circunferência. Assim como na ativi-
a) Complete as sentenças a seguir com as palavras do quadro.
dade 6, analise a relação entre as distâncias dos dois centros
das duas circunferências e as medidas de seus raios.

Reta secante é uma reta que corta a circunferência em 7. Relacione as duas colunas a seguir.
________ pontos quaisquer. (A)
Reta tangente é uma reta que toca a circunferência em ( ) Circunferências tangentes
um __________ ponto T. Esse ponto é conhecido como exteriores
ponto de __________________ ou de contato.
Reta _______________ é uma a reta que não possui
nenhum ponto em comum com a circunferência.
(B)
b) Escreva o nome da posição de cada reta, relativa à cir-
cunferência, nas figuras a seguir. ( ) Circunferências concên-
tricas

(C)
( ) Circunferências secantes

(D)
( ) Circunferências tangentes
interiores

(E)
Sugestão de solução:
a) Reta secante é uma reta que corta a circunferência em ( ) Circunferências exter-
dois pontos quaisquer. nas
Reta tangente é uma reta que toca a circunferência em
um único ponto T. Esse ponto é conhecido como ponto de
tangência ou de contato. (F)
Reta externa é uma a reta que não possui nenhum ponto
em comum com a circunferência. ( ) Circunferências internas
b)

Sugestão de solução:

D11 F – Reconhecer a posição relativa entre retas e


circunferências.
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Sugestão de solução:
a) Por serem dois segmentos tangentes à circunferência, e
que partem de um mesmo ponto P, então esses segmen-
tos 𝑷𝑨 e 𝑷𝑩 são congruentes. Tem-se assim que:
4𝑥 − 24 = 2𝑥 + 12 → 4𝑥 − 2𝑥 = 12 + 24 →
36
2𝑥 = 36 → 𝑥 = → 𝑥 = 18 cm
2

b) Dividindo o lado que mede x pelo ponto de tangência,


temos que uma parte mede 10 centímetros e a outra parte
mede 3 cm. Portanto:
x = 10 + 3 → x = 13 cm
c) Para que um quadrilátero convexo seja circunscrito em
D11 G – Identificar a posição relativa ente duas circun- uma circunferência, a soma das medidas de dois lados
ferências. opostos é igual à soma das medidas dos outros lados.
Portanto:
Professor(a), a atividade 8 possibilita que os(as) estudantes 2𝑥 + 4𝑥 = 16 + 12 → 6𝑥 = 28 → 𝑥 =
28
→𝑥 =
desenvolvam a habilidade de resolver problemas envolvendo 6
14
segmentos tangentes à uma circunferência. Amplie o que foi es- � cm
→ 𝑥 = 4,666 … → 𝑥 = 4, 6
3
tudado sobre segmentos tangentes, aplicando sua congruência D11 H – Resolver problemas envolvendo segmentos
nos triângulos e quadriláteros que possuem uma circunferência tangentes à circunferência.
inscrita, resolvendo as letras a), b) e c) dessa atividade.
Professor(a), nas atividades 9 e 10, tem-se o objetivo de possi-
8. Determine o valor de x em cada figura a seguir. Conside- bilitar aos(às) estudantes que desenvolvam a habilidade de iden-
re as medidas em centímetros. tificar ângulos inscritos ou centrais em uma circunferência e, em
seguida, calcular as medidas em cada um desses casos. Reforce
a) que o ângulo central, em uma circunferência, é aquele cujo vérti-
ce coincide com o centro da circunferência e que a sua medida é
igual à medida do arco compreendido entre seus lados. Reforce
também que o ângulo inscrito, em uma circunferência, é aquele
cujo vértice pertence à circunferência e os lados são secantes a
ela. Nesse caso, sua medida é a metade do arco determinado
b pelas interseções dos lados e a circunferência. A atividade 10
traz dois ângulos (central e inscrito), na mesma figura, para que
o(a) estudante relacione as duas medidas.

9. Identifique a seguir o ângulo que é inscrito e o ângulo


que é central em uma circunferência. Em seguida, calcule
a medida de cada um deles.

c)

x x

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Sugestão de solução: 11. Considerando que cada medida a seguir está em centí-
metros, calcule o valor de x em cada uma das figuras.
a)

D11 I – Identificar ângulos inscritos ou centrais em


uma circunferência.
D11 J – Calcular medidas de ângulos inscritos ou cen- c)
trais em uma circunferência.

10. Calcule a medida de x na figura a seguir.

Sugestão de solução:
48
a) 3 � 𝑥 = 12 � 4 → 3 � 𝑥 = 48 → 𝑥 = → 𝑥 = 16 cm.
3
b) 7 � 𝑥 − 7 + 7 = 9 + 5 � 4 → 7 � 𝑥 = 14 � 5 → 7 � 𝑥 =
70
Sugestão de solução: 70 → 𝑥 = 7
→ 𝑥 = 10 cm.
O ângulo 𝐵𝑂� 𝐶 é central e o ângulo 𝐵𝐴̂ 𝐶 é inscrito e
� Dessa
os dois são determinados pelo mesmo arco 𝐵𝐶.
forma, pode-se afirmar que:
160
2𝑥 + 10 = → 2𝑥 + 10 = 80 → 2𝑥 = 80 − 10
2
70
→ 2𝑥 = 70 → 𝑥 = → 𝑥 = 35°
2 c) 4 � 𝑥 + 4 = 82 → 4 � 𝑥 + 4 = 64 → 4𝑥 + 16 = 64 →
D11 I – Identificar ângulos inscritos ou centrais em 4𝑥 = 64 − 16 → 4𝑥 = 48 → 𝑥 = 12 cm
uma circunferência.
D11 J – Calcular medidas de ângulos inscritos ou cen-
trais em uma circunferência.

Professor(a), a atividade 11 possibilita que os(as) estudantes


D11 K – Calcular medidas de segmentos a partir de
desenvolvam a habilidade de determinar as medidas de seg-
relações métricas referentes à circunferência.
mentos determinados por arcos de uma circunferência a partir
das relações métricas referentes à uma circunferência. Professor(a), nas atividades 12, 13 e 14, em forma de itens,
tem-se como objetivo avaliar se os(as) estudantes desenvolve-
ram algumas habilidades trabalhadas nessa aula. Caso identi-
fique alguma dificuldade, retome as atividades trabalhadas ou
acrescente outras que considerar conveniente.

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12. Considere a circunferência a seguir. α = 120° (Ângulo central)


β = 60° (Ângulo inscrito)
D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus ele-
mentos e algumas de suas relações.

Semana 2
Nessa circunferência, os segmentos AE, AB e OB são, ► Equação polinomial de 2º grau
nessa ordem
Descritor SAEB:
(A) corda, raio e diâmetro.
D17 - Resolver problema, envolvendo equação do 2º grau.
(B) diâmetro, raio e corda. Objetos de conhecimento desenvolvidos:
(C) raio, corda e diâmetro. • Equação polinomial do 2º grau;
(D) corda, diâmetro e raio. • Expressão numérica;
• Expressão algébrica;
Gabarito: D • Polinômios;
Sugestão de solução: • Quatro operações numéricas.
𝐴𝐸: corda
𝐴𝐵: diâmetro Relembrando
𝑂𝐵: raio Definição: Chama-se de equação do 2º grau com uma incógni-
D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus ele- ta, toda equação que assume a forma:
mentos e algumas de suas relações.
ax² + bx + c = 0
Onde:
13. O raio das rodas de um caminhão mede 40 cm.
• x é a incógnita.
A medida do diâmetro da roda do caminhão, em centíme- • a, b e c são números reais, com a ≠ 0.
tros, é igual a • a é coeficiente do termo em x².
(A) 60. (C) 80. • b é coeficiente do termo em x.
• c é o coeficiente do termo independente de x.
(B) 70. (D) 90.
Gabarito: C Para determinar as raízes dessa equação, caso existam, utili-
Sugestão de solução: zaremos a fórmula resolutiva (Bháskara):
d = 2 ∙ r → d = 2 ∙ 40 → d = 80 cm −𝐛± ∆
D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus ele- 𝒙= , onde ∆= 𝐛𝟐 − 𝟒𝐚𝐜
𝟐𝐚
mentos e algumas de suas relações.

14. Na figura a seguir o ponto O é o centro da circunferên- Professor(a), a atividade 1 possibilita que os(as) estudantes
cia e o arco ABC mede 240°. desenvolvam a habilidade de reconhecer a incógnita (valor
desconhecido) ou variável que se deve descobrir para resolver
um problema. Neste momento, eles deverão completar as lacu-
nas de um texto que define incógnita, equação e o significado
da raiz de uma equação do 2° grau.

1. Complete as lacunas do texto a seguir.


As medidas dos ângulos α e β são respectivamente Conhecendo uma equação
(A) 100° e 50° (C) 180° e 90°. Uma ________ é uma sentença que relaciona duas ex-
(B) 120° e 60°. (D) 240° e 120°. pressões _________ e / ou __________. As expres-
Gabarito: B sões ___________ são representadas por ______ e, na
Sugestão de solução: maioria dos casos, essa letra é o __. Essas letras des-
Medida do arco 𝐴𝐶� : 360° − 240° = 120° conhecidas são chamadas de ___________. Em outras
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palavras, uma equação é uma __________ que contém,


pelo menos, uma _________.
A sentença a seguir é uma _______, observe
2x2 = 32
A _____ neste caso é o __, e a definição no dicionário ma- Observe que o valor -4 também deixa essa equação ver-
temático de incógnita é: grandeza que deve ser encontrada dadeira, pois:
para a resolução de uma equação ou de um problema. O
_____ que deixa essa equação ______é o 4. Então, no
lugar da _____ x, deve-se colocado o valor 4. Observe:
Logo, uma equação do 2º grau possui dois valores que
2x2 = 32
tornam a sentença verdadeira, neste caso 4 e -4.
Para que a sentença (equação) seja verdadeira, se coloca- D17 A – Reconhecer a incógnita (valor desconhecido) ou
do o valor __ no lugar da incógnita x, o primeiro membro variável que se deve descobrir para resolver um problema.
deve resultar em ___. Então, tem-se que:
Professor(a), a atividade 2 possibilita que os(as) estudantes
�2
2𝑥 desenvolvam as habilidades de ler e interpretar problema, en-
𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑚𝑒𝑚𝑏𝑟𝑜 volvendo equação do 2º grau. Neste momento, não se preocu-
2 � 42 pe com a resolução da equação do 2° grau, eles deverão ler e
depois retirar informações contidas na situação problema.
2 � 16
32 2. A região retangular a seguir representa um terreno cujas
Observe que o _____ –4 também deixa essa equação dimensões são descritas em metros.
__________, pois: 34 + 3x
+11
5x

Logo, uma equação do 2º grau possui dois valores que


tornam a sentença verdadeira, neste caso ___ e ___. Qual o valor de x sabendo que a área dessa região é igual
a 1764 m²?
Sugestão de solução: Interpretando:
Uma equação é uma sentença que relaciona duas expres-
a) Identifique como está representada a largura.
sões numérica e / ou algébrica. As expressões algébri-
cas são representadas por letras e, na maioria dos casos, b) Identifique como está representado o comprimento.
essa letra é o x. Essas letras desconhecidas são chama- c) Qual a área dessa figura?
das de incógnitas. Em outras palavras, uma equação é
uma igualdade que contém, pelo menos, uma incógnita. d) Escreva a expressão para calcular a área dessa figura.
A sentença a seguir é uma equação, observe e) Escreva a equação para calcular o valor de x.
2x2 = 32
f) Escreva a equação da letra e) de forma simplificada.
A incógnita neste caso é o x, e a definição no dicionário
matemático de incógnita é: grandeza que deve ser encon- Sugestão de solução:
trada para a resolução de uma equação ou de um proble- a) 5x + 11
ma. O valor que deixa essa equação verdadeira é o 4. b) 34 + 3x
Então no lugar da incógnita x, deve-se colocado o valor 4. c) 1764 m²
Observe: d) (5x + 11) ∙ (34 +3 x)
2x2 = 32 e) (5x + 11) ∙ (34 + 3x) = 1764
Para que a sentença (equação) seja verdadeira, se colo- f) 170x + 15x2 + 374 + 33x = 1764
cado o valor 4 no lugar da incógnita x, o primeiro membro 15x2 + 203x + 374 - 1764 = 0
deve resultar em 32. Então, tem-se que: 15x2 + 203x - 1390 = 0
D17B – Ler e interpretar problema, envolvendo equação do 2º grau.
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Professor(a), as atividades 3 e 4 possibilitam que os(as) estu- 4. Observe o seguinte problema:


dantes desenvolvam as habilidades de:
Qual o número de lados do polígono que tem 20 diagonais?
• Reconhecer a incógnita (valor desconhecido) ou variável que
Sabendo que o número de diagonais d de um polígono de
se deve descobrir para resolver um problema;
n lados é dado pela fórmula:
• Ler e interpretar problema, envolvendo equação do 2º grau;
𝒏� 𝒏− 3
• Inferir uma equação polinomial de 2º grau que modela um 𝒅=
problema. 2
Agora, responda as questões a seguir.
Neste momento, ainda não é necessário que se preocupe com a
resolução da equação do 2° grau, eles deverão ler e depois reti- a) Qual equação devo utilizar para responder esse problema?
rar informações contidas nas equações ou na situação problema. b) Quais são as variáveis desse problema?
É importante que você, professor(a), na atividade 3, apresente a
diferença de incógnita e variável para os(as) estudantes. c) Substitua na equação (quantidade de diagonais) o nú-
mero de diagonais do problema e escreva essa equação
3. Reconheça as incógnitas / variáveis nas equações a simplificada.
seguir: d) Na equação simplificada escrita anteriormente, qual é
a) Equação do 2° grau: 2x² + 10x ─ 12 = 0 a incógnita?
𝑆 Sugestão de solução:
b) Velocidade média: 𝑣 = 𝑛 𝑛−3
10 a) 𝑑 = �
c) Função horária da posição para o movimento uniforme: 2
S = 10 + 2t b) O número de diagonais representado por d e o número
de lados do polígono representado por n.
d) Equação de Torricelli: v² = 25 + 4S 𝑛 𝑛−3 𝑛 𝑛−3
c) 𝑑 = → 20 = → 𝑛2 − 3𝑛 − 40 = 0
e) Velocidade de propagação das ondas: v = 25f 2 2
d) O número de lados do polígono representado por n.
f) Velocidade de propagação das ondas: v = 60λ D17A – Reconhecer a incógnita (valor desconhecido)
g) 1ª lei de Ohm: U = R ∙ i; U = 10i ou variável que se deve descobrir para resolver um
problema.
h) Potência elétrica: P = U ∙ i; P = 5U D17B – Ler e interpretar problema, envolvendo equa-
Sugestão de solução: ção do 2º grau.
a) Na equação: 2x2 + 10x - 12 = 0 a incógnita é o x. D17C – Inferir uma equação polinomial de 2º grau que
𝑆 modela um problema.
b) Na equação: 𝑣 = as variáveis são o v e o S.
10
c) Na equação: S = 10 + 2t as variáveis são o s e o t. Para refletir!
d) Na equação: v = 25 + 4S as variáveis são o v e o S.
2
Afinal de contas o que significa interpretar um pro-
e) Na equação: v = 25f as variáveis são o v e o f. blema matemático?
Uma boa palavra para definir a interpretação é “tra-
f) Na equação: v = 60λ as variáveis são o v e o λ.
dução”. Interpretar é traduzir a linguagem da questão,
g) Na equação: U = R ∙ i; U = 10i as variáveis são o U e o i. que nesse caso é matemática, para a natural (portu-
h) Na equação: P = U ∙ i; P = 5U as variáveis são o P e o U. guês). E vice-versa! Então, vamos lá!
D17A – Reconhecer a incógnita (valor desconhecido)
ou variável que se deve descobrir para resolver um Professor(a), a atividade 5 possibilita que os(as) estudantes
problema. desenvolvam a habilidade de inferir uma equação polinomial
D17B – Ler e interpretar problema, envolvendo equa- de 2º grau que modela um problema. Leia o texto acima “Para
ção do 2º grau. refletir”, juntamente os(as) estudantes, pois os(as) ajudará a
compreenderem o significado de interpretar um problema e
que a matemática pode ser vista como uma linguagem. Essas
situações problema serão retomadas para serem resolvidas na
atividade 10.
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5. Traduza matematicamente as seguintes situações a seguir: Professor(a), as atividades 6 e 7 possibilitam que os(as) estu-
dantes desenvolvam a habilidade de identificar os coeficientes
a) O triplo do quadrado da mesada de Carlos é igual a 63
de uma equação polinomial do 2º grau. Neste momento, ainda,
menos 12 vezes o valor da mesada. Quantos reais Carlos
não é para calcular as raízes da equação do 2° grau. Os(as)
ganha de mesada?
estudantes, quando no uso da fórmula resolutiva da equação
Sugestão de solução:
do 2° grau, confundem os coeficientes, então, gaste energia
Denotando a mesada de Carlos por x, tem-se que:
apenas na identificação desses coeficientes.
• O triplo do quadrado da mesada de Carlos: pode ser es-
crito como 3x2;
6. Complete as lacunas do texto a seguir.
• 63 menos 12 vezes o valor da mesada: pode ser escrito
como 63 - 12x.
Então, juntando a toda a sentença, obtém-se:
O triplo do quadrado da mesada de Carlos é igual a 63
menos 12 vezes o valor da mesada
3x2 = 63 - 12x, que pode ser reescrito como: 3x2 + 12x - 63 = 0.
b) Foi construído um telão retangular com área de 21 600 cm².
Sabe-se que o comprimento desse telão é uma vez e meia
a sua largura. Quais são as dimensões (comprimento e
largura) desse telão?
Sugestão de solução:
Denotando a largura do telão por x, tem-se que:
• O comprimento desse telão é uma vez e meia a sua lar-
gura: 1,5x.
• A área de uma região retangular é expressa por: largura
Sugestão de solução
× comprimento.
Então, pode-se escrever a seguinte equação matemática:
x ∙ 1,5x = 21600
1,5x2 – 21600 = 0
c) O gerente de uma empresa organizou uma confraterniza-
ção em um departamento. Os colaboradores desse depar-
tamento deveriam fazer uma troca de chocolates na qual D17D – Identificar os coeficientes de uma equação po-
cada participante deveria dar um chocolate a cada um dos linomial do 2º grau.
demais colaboradores do departamento. Essa troca envol-
veu, ao todo, 156 chocolates. 7. Observe as equações polinomiais do 2º grau e escreva
Quantos colaboradores participaram dessa confraternização? os coeficientes: a, b e c e assinale se a equação é comple-
ta ou incompleta.
Sugestão de solução:
Por indução: a) x² + x ─ 4 = 0
Se fossem 3 colaboradores, cada um daria 2 chocolates, a= b= c=
então a quantidade seria: 3 × 2;
Completa: ( ), pois
Se fossem 4 colaboradores, cada um daria 3 chocolates,
então a quantidade seria: 4 × 3; a 0, b 0,
Se fossem 5 colaboradores, cada um daria 4 chocolates, c 0
então a quantidade seria: 5 × 4;
.. Incompleta: ( ), pois
.
Denotando a quantidade de colaboradores por x, tem-se que: a 0, b 0,
x ∙ (x - 1) = 156 c 0.
D17C – Inferir uma equação polinomial de 2º grau que
modela um problema.

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b) 2x² ─ 18 = 0 Professor(a), a atividade 8 possibilita que os(as) estudantes


desenvolvam as habilidades de aplicar a fórmula de resolutiva
a= b= c=
da equação do 2º grau e resolver equação polinomial do 2º
Completa: ( ), pois grau completa ou incompleta, aplicando a fórmula resolutiva.
a 0, b 0, Use este momento para iniciar o cálculo das raízes de uma
equação do 2° grau. As equações a serem calculadas aqui são
c 0
as mesmas da atividade 7. Lembre-se que os(as) estudantes
Incompleta: ( ), pois identificaram os coeficientes, então, antes de iniciar este mo-
a 0, b 0, mento, é recomendável que você professor(a) tenha sistemati-
zado a solução juntamente com os(as) estudantes.
c 0.
8. Substitua os coeficientes a, b e c na fórmula:
c) ─5x² ─ 3x = 0 −𝑏 ± 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 para cada uma das letras da ati-
𝑥=
2𝑎
a= b= c= vidade 7.
Completa: ( ), pois
a 0, b 0, a)
c 0
Incompleta: ( ), pois
a 0, b 0,
c 0

d) 2x² ─ 6x + 5 = 0
a= b= c=
Completa: ( ), pois
a 0, b 0,
c 0
Incompleta: ( ), pois
a 0, b 0,
c 0.
Sugestão de solução
a) x2 + x - 4 = 0 a = 1 b=1 c = -4
Completa: ( X ), pois a ≠0, b ≠ 0, b)
c ≠ 0.

b) 2x2 - 18 = 0 a = 2 b=0 c = -18


Incompleta: ( X ), pois b = 0

c) -5x2 - 3x = 0 a = -5 b = -3 c=0
Incompleta: ( X ), pois c = 0

d) 2x2 - 6x + 5 = 0 a=2 b = -6 c=5


Completa: ( X ), pois a ≠0, b ≠ 0,
c≠0
D17D – Identificar os coeficientes de uma equação po-
linomial do 2º grau.
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Sugestão de solução
a)

c)

b)

d)

c)

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d) 9. Leia o texto a seguir e, em seguida, responda as pergun-


tas referentes a ele.
A equação do 2º tem várias aplicações. Dentre elas, na
Física, possui um papel importante na análise dos movi-
mentos uniformemente variados (MUV), pois em razão da
aceleração, os corpos variam a velocidade e o espaço em
função do tempo.
Na Física, a expressão que relaciona o espaço em função
do tempo é dada pela:
𝑎𝑡 2
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉0𝑡 +
2
Onde, a: aceleração, S: espaço, S0: espaço inicial, V0: velo-
cidade inicial e t: tempo.
Essas raízes não pertencem ao conjunto dos números re- Para exemplificar, um MUV realizado por um móvel é defi-
ais. Portanto, no conjunto dos números reais não existe nido pela função: S = 3t² ─ 27t + 54, sendo S medido em
solução. metros e t em segundos.
e) Quais são as raízes das equações das alternativas an- a) Reescreva a função: S = 3t² ─ 27t + 54 utilizando y e x.
teriores?
b) Quais as raízes da equação: 3t² ─ 27t + 54 = 0
Sugestão de solução:
c) Quais as raízes da equação: 3x² ─ 27x + 54 = 0
As raízes da equação: x2 + x - 4 = 0 são:
−1 + 17 −1 − 17
d) Qual o significado das raízes da equação da alternativa “c”?
𝑥1 = ou 𝑥2 =
2 2 e) A função reescrita muda de significado?
As raízes da equação: 2x2 - 18 = 0 são: 3 e -3
Sugestão de solução:
3 a) y = 3x2 - 27x + 54
As raízes da equação: -5x - 3x = 0 são: − e 0
2
5 b) t1 = 3 e t2= 6
6+ −4 6− −4
As raízes da equação: 2x2 - 6x + 5 = 0 são: e 4 . c) x1 = 3 e x2 = 6
4
Essas raízes não pertencem ao conjunto dos números d) O instante que um móvel está na origem dos espaços.
reais. Portanto, no conjunto dos números reais não existe e) Resposta pessoal, mas espera-se que o(a) estudante
solução. perceba que a função reescrita utilizando y e x tem o mes-
D17E - Aplicar a fórmula de resolutiva da equação do mo comportamento.
2º grau. D17G – Analisar a solução de um problema envolven-
D17F - Resolver equação polinomial do 2º grau com- do equação do 2º grau.
pleta ou incompleta, aplicando a fórmula resolutiva. D17 H – Verificar a solução de um problema envolven-
do equação do 2º grau.
Professor(a), as atividades 9 e 10 possibilitam que os(as) es-
tudantes desenvolvam as habilidades de analisar a solução 10. Resolva as seguintes situações problema.
de um problema envolvendo equação do 2º grau e verificar a) O triplo do quadrado da mesada semanal de Carlos é
a solução de um problema envolvendo equação do 2º grau. igual a 63 menos 12 vezes o valor da mesada. Quantos
Anteriormente, os(as) estudantes calcularam as raízes de uma reais Carlos ganha de mesada semanal?
equação do 2° grau utilizando a fórmula resolutiva. Já as ativi- Sugestão de solução:
dades 1 e 5 possibilitaram o desenvolvimento da habilidade de Denotando a mesada de Carlos por x, tem-se que:
interpretar situações problema e traduzir um problema na lin- • O triplo do quadrado da mesada de Carlos pode ser es-
guagem natural para a linguagem matemática. Agora, os(as) crito como 3x2;
estudantes devem resolver situações problema e perceber • 63 menos 12 vezes o valor da mesada pode ser escrito
que uma das ferramentas que eles utilizaram é a fórmula reso- como 63-12x.
lutiva da equação do 2° grau. Então, juntando toda a sentença, obtém-se:
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O triplo do quadrado da mesada de Carlos é igual a 63 Sugestão de solução:


menos 12 vezes o valor da mesada Por indução:
3x2 = 63 - 12x, que pode ser reescrito como: 3x2 + 12x - 63 = 0. Se fossem 3 colaboradores, cada um daria 2 chocolates,
Aplicando a fórmula resolutiva, tem-se que: então a quantidade seria: 3 × 2;
2 2
3𝑥 + 12𝑥 − 63 = 0 → 𝑥 + 4𝑥 − 21 = 0 → 𝑎 = 1; 𝑏 = 4 𝑒 𝑐 = −21 Se fossem 4 colaboradores, cada um daria 3 chocolates,
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= 42 − 4 � 1 � −21 → ∆= 16 + 84 → ∆= 100
então a quantidade seria: 4 × 3;
Se fossem 5 colaboradores, cada um daria 4 chocolates,
então a quantidade seria: 5 × 4;
Denotando a quantidade de colaboradores por x, tem-se que:
−4+10 6
x ∙ (x - 1) = 156
𝑥′ = → 𝑥 ′ = 2 → 𝑥 ′ = 3ou
2 x2 - x = 156
−4 − 10 −14 x2 - x - 156 = 0
𝑥" = → 𝑥" = → 𝑥 " = −7
2 2
Aplicando a fórmula resolutiva, tem-se que:
x' = 3 ou x" = -7 (não convém) x1 = -2 e x2 = 13
Como o problema se refere ao valor, em reais, da mesada Como o problema se refere à quantidade de colaborado-
semanal, a resposta é que Carlos recebe 3 reais por semana. res (pessoas), a resposta é: 13 colaboradores.
b) Foi construído um telão retangular com área de 21 600 cm². D17G – Analisar a solução de um problema envolven-
Sabe-se que o comprimento desse telão é uma vez e meia do equação do 2º grau.
a sua largura. Quais são as dimensões (comprimento e lar- D17 H – Verificar a solução de um problema envolven-
gura) deste telão? do equação do 2º grau.
Sugestão de solução: Professor(a), na atividade 11, em formato de item, a intenção
Denotando a largura do telão por x, tem-se que: é avaliar se os(as) estudantes desenvolveram a habilidade de
Sabe-se que o comprimento desse telão é uma vez e meia resolver problema envolvendo equação do 2º grau. Caso eles
a sua largura: pode ser escrito como 1,5x. apresentem alguma dificuldade, você, professor(a), pode dis-
Sabe-se que a área de uma região retangular é expressa ponibilizar outras situações problema.
por: largura × comprimento, então, pode-se escrever do
enunciado a seguinte equação matemática: 11. Em um supermercado, as caixas de azeite foram or-
x ∙ 1,5x = 21600 ganizadas em filas na prateleira. O número de caixas por
1,5x2 – 21600 = 0 fila corresponde ao quadrado de um número adicionado ao
Como se trata de uma equação do 2º grau incompleta, seu quíntuplo, obtendo-se o número 36.
pode-se utilizar o seguinte procedimento: Qual a quantidade de caixas desse azeite na prateleira?
2
1,5𝑥 – 21600 = 0
2
1,5𝑥 = 21600
(A) 10
(B) 9
(C) 8
𝑥 2 = ± 14400 (D) 4
𝑥 = ±120 Gabarito: D
𝑥1 = −120 e 𝑥2 = 120 Sugestão de solução:
Como o problema se refere à medida, em centímetros, a Denotando um número por x, tem-se que:
resposta é 120 cm de largura e 120 ∙ 1,5 = 180 cm de • Quadrado de um número: x2
comprimento. • Quíntuplo de um número: 5x
Juntando essas informações, tem-se que:
c) O gerente de uma empresa organizou uma confrater-
x2 + 5x = 36
nização em um departamento. Os colaboradores desse
x2 + 5x - 36 = 0
departamento deveriam fazer uma troca de chocolates, na
Aplicando a fórmula resolutiva, tem-se que:
qual cada participante deveria dar um chocolate a cada um
x1 = -9 e x2 = 4
dos demais colaboradores do departamento. Essa troca
envolveu, ao todo, 156 chocolates. Como o problema se refere à quantidade de caixas de
azeite, a resposta é 4 caixas na prateleira.
Quantos colaboradores participaram dessa confraternização? D17 - Resolver problema, envolvendo equação do 2º grau.
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Professor(a), elaboramos a lista de itens a seguir abordando 2. Considere o hexaedro regular representado a seguir.
todos os 37 descritores da matriz SAEB do 9º ano, com o intuito
de revisar as habilidades trabalhadas anteriormente. Lembre-
-se de que alguns descritores podem ser abordados de outras
maneiras e em níveis diferentes. Acrescente itens que abordem
algum descritor que considerar conveniente ser trabalhado de
forma mais detalhada. Reiteramos que todos os descritores
abordados a seguir foram trabalhados de forma gradativa nos A planificação desse sólido é representada por:
materiais elaborados durante todo o ano. Qualquer dúvida, con- (A) (B)
sulte os materiais passados (Revisa Goiás). Boa revisão!

LISTA DE ITENS

1. Uma formiga parte de um ponto H fazendo o seguinte


trajeto: (C) (D)
Percorre 3 quadradinhos no sentido leste, virando no senti-
do norte percorre outros 4 quadradinhos. Em seguida, per-
corre 2 quadradinhos para o oeste. Virando para o norte
percorre 1 quadradinho e, finalmente, percorre 5 quadradi- Gabarito: C
nhos no sentido leste, chegando no ponto B. Sugestão de solução:
A única planificação com 6 faces quadradas e congruen-
tes é a opção C.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças
entre figuras bidimensionais e tridimensionais, rela-
cionando-as com as suas planificações (Revisa maio).

H 3. Sob a luz de uma lâmpada, uma parede de 12 metros


projeta uma sombra no chão que mede 18 metros. No
Essa formiga parou em qual ponto? mesmo instante, e sob a mesma luz, a sombra de um es-
tudante que é projetada no chão mede 3 metros, conforme
(A) I ilustrado na figura a seguir.
(B) J
(C) K
(D) L
Gabarito: B
Sugestão de solução:
12 m

3m
18 m
Nessas condições, a altura (H) estimada do estudante, em
metros, é igual a
(A) 1,50.
D1 – Identificar a localização e movimentação de ob- (B) 1,75.
jeto em mapas, croquis e outras representações gráfi- (C) 2,00.
cas (Revisa setembro).
(D) 2,25.

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Gabarito: C 6. A figura a seguir mostra o trajeto feito por um dinossauro.


Sugestão de solução:
12 18 12 6 2 1
= → = → = →𝐻=2
𝐻 3 𝐻 1 𝐻 1
Logo, a altura do estudante é igual a 2,00 metros.
D3 – Identificar propriedades de triângulos pela compa-
ração de medidas de lados e ângulos (Revisa fevereiro).

4. Considere a medida do ângulo externo do losango re-


presentado na figura a seguir.

Os ângulos internos α e β medem, respectivamente


(A) 60° e 120°. Qual ângulo indica uma mudança de direção maior que
(B) 40° e 140°. 90º?
(C) 30° e 150°.
(A) γ
(D) 20° e 160°.
(B) ζ
Gabarito: A
(C) μ
Sugestão de solução:
120° + 𝛼 = 180° → 𝛼 = 180° − 120° → 𝛼 = 60° (D) β
𝛼 + 𝛼 + 𝛽 + 𝛽 = 360° → 2𝛼 + 2𝛽 = 360° → 2𝛽 Gabarito: D
= 360° − 2𝛼 → 2𝛽 = 360° − 2 � 60° Solução: Ângulo maior que 90º é o nome obtuso β
240°
D6 – Reconhecer ângulos como mudança de direção
2𝛽 = 360° − 120° → 2𝛽 = 240° → 𝛽 = → 𝛽 = 120° ou giros, identificando ângulos retos e não retos (Re-
2
D4 – Identificar relação entre quadriláteros por meio visa março).
de suas propriedades (Revisa fevereiro).
7. A figura a seguir mostra o triângulo A’B’C’ como sendo
5. A medida da área do quadrado II é igual a 4 cm². uma redução do triângulo ABC.

16

16 4
12 4
3

Qual é a medida, em cm², da área do quadrado I? A razão de homotetia dessa redução é equivalente a
(A) 24 (C) 32 1
(A) 2 ∙
(B) 28 (D) 36 1
(B) 4 ∙
Gabarito: D
Sugestão de solução: No quadrado II, têm-se que (C) 4.
𝐴 = 𝐿2 → 4 = 𝐿2 → 4= 𝐿² → 𝐿 = 2 cm. (D) 1.
No quadrado I, têm-se que A = L2 → A = 62 → A = 36 cm².
D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de
medidas dos lados, do perímetro, da área em amplia-
ção e/ou redução de figuras poligonais usando ma-
lhas quadriculadas (Revisa setembro).
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Gabarito: B As coordenadas que representam os vértices A, B e C são,


Sugestão de solução: respectivamente
3 4 4 1
𝑅= = = = (A) (5, ─4) , (─3, 7) e (3, ─1).
12 16 16 4
(B) (─5, ─4) , (3, 7) e (3, 1).
D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura cons-
(C) (5, 4) , (3, 7) e (─3, 1).
truída por uma transformação homotética são seme-
lhantes, identificando propriedades e/ou medidas que (D) (─5, 4) , (3, 7) e (3, 1).
se modificam ou não se alteram (Revisa março). Gabarito: D
D9 – Interpretar informações apresentadas por meio
8. A figura a seguir mostra um parafuso que é conhecido de coordenadas cartesianas (Revisa setembro).
como sextavado, pois possui uma cabeça com seis lados,
cuja face superior é polígono regular. 10. Uma escada de 13 metros, apoiada em uma parede,
alcança uma altura de 5 metros.
A distância do pé da escada até a parede é igual a
(A) 11 m.
A soma de seus ângulos internos, do número de suas diago- (B) 12 m.
nais e o valor de cada ângulo interno valem, respectivamente (C) 13 m.
(A) 480⁰, 8, 80⁰. (D) 14 m.
(B) 540⁰, 8, 90⁰. Gabarito: B
(C) 600⁰, 9, 100⁰. Sugestão de solução:
(D) 720⁰, 9, 120⁰. Pelo Teorema de Pitágoras,
Gabarito: D 𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
Sugestão de solução: 132 = 52 + 𝑥 2 → 169 = 25 + 𝑥 2
Cálculo da soma dos ângulos internos: → 169 − 25 = 𝑥 2
𝑆𝑖 = 𝑛 − 2 � 1800 → 𝑆𝑖 = 6 − 2 � 1800
144 = 𝑥 2 → 144 = 𝑥2
0 0
→ 𝑆𝑖 = 4 � 180 → 𝑆𝑖 = 720
∴ 𝑥 = 12 m
Cálculo das diagonais:
𝑛�(𝑛−3) 6�(6−3) 6�3
D10 – Utilizar relações métricas do triângulo retângulo
𝑑= 2
→ 𝑑= 2
→𝑑= 2
→ para resolver problemas significativos (Revisa outubro).
18
𝑑= →𝑑= 9 diagonais.
2
11. Considere a circunferência a seguir.
Cálculo de cada ângulo interno:
𝑆𝑖 7200
𝑎𝑖 = = = 1200 .
𝑛 6
D8 – Resolver problema utilizando propriedades dos
polígonos (soma de seus ângulos internos, número de
diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno
nos polígonos regulares) (Revisa setembro).
Nessa circunferência, os segmentos AB, OF e CD são,
9. Considere o polígono representado no plano cartesiano
nessa ordem
a seguir.
(A) corda, raio e diâmetro.
(B) diâmetro, raio e corda.
(C) raio, corda e diâmetro.
(D) corda, diâmetro e raio.

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Gabarito: B A1 = 2 ∙ (20 ∙ 10) = 2 ∙ 200 = 400 cm²


Sugestão de solução: A2 = 2 ∙ (15 ∙ 10) = 2 ∙ 150 = 300 cm2
AB: diâmetro A3 = 2 ∙ (20 ∙ 15) = 2 ∙ 300 = 600 cm2
OF: raio AT = A1 + A2 + A3
CD : corda AT = 600 + 300 + 400 = 1300 cm²
D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus ele- D13 – Resolver problema envolvendo o cálculo de
mentos e algumas de suas relações (Revisa outubro). área de figuras planas (Revisa maio).

12. Uma circunferência possui diâmetro com medida igual 14. Uma xícara de café, com formato de cilindro reto, pos-
a 18 centímetros. Considere π = 3,14. sui 10 centímetros de diâmetro e 8 centímetros de altura.
O comprimento dessa circunferência é Qual é o volume dessa xícara? (Adote π = 3,14.)

(A) 56,52 cm. (A) 524 cm³


(B) 57,01 cm. (B) 628 cm³
(C) 58,14 cm. (C) 756 cm³
(D) 59,35 cm. (D) 812 cm³
Gabarito: A Gabarito: B
Sugestão de solução: Sugestão de solução:
𝑑 18
𝑟= →𝑟= → 𝑟 = 9 cm
2 2
𝐶 = 2 � 𝜋 � 𝑟 → 𝐶 = 2 � 3,14 � 9 → 𝐶 = 6,28 � 9
𝑉 = 𝐴𝑏 � ℎ → 𝑉 = 𝜋 � 𝑟² � ℎ
→ 𝐶 = 56,52
O comprimento dessa circunferência é 56,52 centímetros. 𝑉 = 3,14 � 52 � 8 → 𝑉 = 3,14 � 25 � 8 → 𝑉 = 628 cm³
D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo de pe- D14 – Resolver problema envolvendo noções de volu-
rímetro de figuras planas (Revisa março). me (Revisa maio).

13. A caixa de papelão a seguir está fechada e possui o 15. Uma bola de futebol americano, ao ser lançada, per-
formato de um paralelepípedo retangular. corre, durante sua trajetória, uma distância de 90 jardas.
Sabe-se que 1 jarda corresponde a 91,44 centímetros.
Qual foi a distância, em metros, percorrida por essa bola?
(A) 82,296
Qual é a área, em cm², da superfície dessa caixa? (B) 87,669
(A) 800 (C) 89,233
(B) 900 (D) 91,624
(C) 1100 Gabarito: A
Sugestão de solução:
(D) 1300 100 centímetros = 1 metro
Gabarito: D 91,44 centímetros = 0,9144 metros
Sugestão de solução: 0,9144 ∙ 90 = 82,296
Considere a planificação desse paralelepípedo: A distância percorrida nessa trajetória foi de 82,296
metros.
D15 – Resolver problema envolvendo relações entre
diferentes unidades de medida (Revisa setembro).

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16. A reta numérica, representada na malha quadrilhada a 18. Considere a sentença P= 6² ∙ 5 ÷ 3² + √81 - 1000⁰.
seguir, indica a distância entre as cidades A e B.
O valor de P é igual a
(A) 22.
(B) 28.
(C) 34.
(D) 40.
Gabarito: B
A seta indica qual quilômetro?
Sugestão de solução:
(A) 1453 𝑃 = 62 � 5 ÷ 32 + 81 − 10000 = 36 � 5 ÷ 9 + 9 − 1
(B) 1503 = 180 ÷ 9 + 9 − 1 = 20 + 8 = 28

(C) 1553 D18 – Efetuar cálculos com números inteiros envol-


vendo as operações (adição, subtração, multiplicação,
(D) 1603
divisão e potenciação) (Revisa fevereiro).
Gabarito: A
Sugestão de solução: 19. Manoel realizou as compras mensais de casa e adqui-
1803 - 1253 = 550 riu os seguintes produtos:
550 ÷ 11 = 50
A distância entre dois pontos consecutivos é de 50 km.
4 ∙ 50 = 200
1253 + 200 = 1453
A seta indica o quilômetro 1453.
D16 – Identificar a localização de números inteiros na Quanto Manoel gastou, em reais, nessas compras?
reta numérica (Revisa junho).
(A) 92,00
17. Observe a reta real a seguir: (B) 93,00
(C) 94,00
(D) 95,00
Gabarito: D
Sugestão de solução:
2 2 ∙ 12 + 3 ∙ 7 + 2 ∙ 25 = 24 + 21 + 50 = 95
O número racional − está representado na reta real pela
5
letra D19 – Resolver problema com números naturais en-
volvendo diferentes significados das operações (adi-
(A) U. ção, subtração, multiplicação, divisão e potenciação)
(B) W. (Revisa agosto).
(C) X.
20. Observe o extrato bancário de Joaquim durante uma
(D) Y. semana.
Gabarito: C
Sugestão de solução:
2

5
é representado pela letra X.
= −0,4
D17 – Identificar a localização de números racionais
na reta numérica (Revisa junho).
No final da sexta-feira, ao retirar o extrato, o saldo estava
(A) R$21 000,00 positivo.
(B) R$21 000,00 negativo.
(C) R$15 000,00 positivo.
(D) R$15 000,00 negativo.
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7
Gabarito: D 23. Considere a fração ∙
8
Sugestão de solução: Uma fração equivalente a essa é
+80 000 - 27 000 - 35 000 - 68 000 +3 5 000 = 115 000 -
130 000 = -15 000
(A)
D20 – Resolver problema com números inteiros envol-
vendo as operações (adição, subtração, multiplicação,
(B)
divisão e potenciação) (Revisa março).
28
(C)
21. Observe o número a seguir 16

0,25 (D)
A representação fracionária desse número é igual a Gabarito: A
Sugestão de solução:
(A) 7 28
=
(B) 8 32
D23 – Identificar frações equivalentes (Revisa janeiro).
(C)
1
(D) 1�
� 24. Na bomba de combustível de um posto de abasteci-
3
3
mento, o valor indicado é de 4,987 reais o litro.
Gabarito: B
Sugestão de solução: Isso quer dizer que o posto vende o combustível por 4 reais e
25 1 (A) 0,987 décimos de real.
0,25 = = �
100 4
(B) 0,987 centésimos de real.
D21 – Reconhecer as diferentes representações de
um número racional (Revisa janeiro). (C) 0,987 milésimos de real.
(D) 987 milésimos de real.
22. Uma turma de 9º ano possui 50 estudantes. Dentre Gabarito: D
eles, 32 são meninas. Sugestão de solução:
A fração que representa a razão entre o número de meni-
nas e o total de estudantes é igual a
987
(A) . 4,987 = 4 + 0,987 = 4 +
1000
(B) Lê-se 987 milésimos de real.
D24 – Reconhecer as representações decimais dos
(C) números racionais como uma extensão do sistema de
numeração decimal, identificando a existência de “or-
(D) dens”, como décimos, centésimos e milésimos (Revi-
sa junho).
Gabarito: C
Sugestão de solução: −4

32 16 25. Considere a expressão (─5)³ + 4 ∙ (─6)² ─ 1


2
.
= �
50 25 O valor numérico dessa expressão é igual a
D22 – Identificar fração como representação que pode
estar associada a diferentes significados (Revisa junho). (A) – 253.
(B) – 3.
(C) 3.
(D) 253.

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Gabarito: C Quanto essa pessoa pagou pelo sapato?


Sugestão de solução:
−4 (A) R$151,00
(-5)3 + 4 ∙ (-6)2 - 12 = - 125 + 4 ∙ 36 - (2)4 = - 125 + 144 - 16
(B) R$161,00
= 19 - 16 = 3
(C) R$171,00
D25 – Efetuar cálculos que envolvam operações com
números racionais (adição, subtração, multiplicação, (D) R$181,00
divisão e potenciação) (Revisa agosto). Gabarito: B
Sugestão de solução:
140 ∙ (1 + 0,15) = 140 ∙ (1,15) = 161
26. Evandina foi abastecer o seu automóvel flex, gastando Essa pessoa pagou R$161,00 pelo sapato.
R$ 48,57 com gasolina e R$ 79,38 com etanol. D28 – Resolver problema que envolva porcentagem
O valor total a ser pago por Evandina é igual a (Revisa janeiro).

(A) R$ 117,95. 29. 5 operários reformam o muro de uma escola em 40


(B) R$ 121,95. dias. Se a reforma fosse realizada por mais 3 operários,
trabalhando no mesmo ritmo, em quantos dias a obra
(C) R$ 123,76.
seria concluída?
(D) R$ 127,95.
(A) 15 dias
Gabarito: D
Sugestão de solução: (B) 20 dias
48,57 + 79,38 = 127,95 (C) 25 dias
D26 – Resolver problema com números racionais que (D) 30 dias
envolvam as operações (adição, subtração, multipli- Gabarito: C
cação, divisão e potenciação) (Revisa agosto). Sugestão de solução:
As duas grandezas são inversamente proporcionais, então
27. Considere a expressão a seguir. 5 𝑥 200
= → 8 � 𝑥 = 5 � 40 → 8 � 𝑥 = 200 → 𝑥 = = 25
8 40 8
ou seja, 25 dias.
D29 – Resolver problema que envolva variação pro-
O resultado aproximado dessa expressão é igual a porcional, direta ou inversa, entre grandezas (Revisa
fevereiro).
(A) – 31,60.
(B) – 18,40. 30. Observe a expressão a seguir
(C) 18,40.
(D) 31,60.
Gabarito: A em que V = 400 000 e d = 20.
Sugestão de solução:
O valor numérico dessa expressão é igual a
2 + 27 − 625 = 2 + 3 3 − 25 ≅
1,41 + 5,19 − 25 ≅ 6,6 − 25 ≅ −18,40 (A) 1700.
D27 – Efetuar cálculos simples com valores aproxima- (B) 1800.
dos de radicais (Revisa junho). (C) 1900.
(D) 2000.
28. Um sapato que custa R$ 140,00 à vista, tem acréscimo
Gabarito: A
de 15% quando comprado com o cartão de crédito. Uma
Sugestão de solução:
pessoa realizou a compra desse sapato utilizando o cartão 0,5 ∙ 𝑉 0,5 ∙ 400000 200000
de crédito. 𝑑 2 + 1200 →
202 + 1200 →
400
+ 1200

500 + 1200 → 1700


D30 – Calcular o valor numérico de uma expressão
algébrica (Revisa maio).
Revisa 9º Ano - Língua Portuguesa e Matemática - Outubro/2023
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31. Em uma loja de sorvetes, o lucro L(x) é calculado obe- 33. Em uma firma de entrega de mercadorias, a taxa t é
decendo a fórmula L(x) = x² + 20x ─ 525, onde x represen- cobrada na seguinte condição: um valor fixado em sete re-
ta o número de baldes de 10 litros de sorvete. Em um dia ais, mais 20 centavos por quilômetro d rodado.
chuvoso, o lucro L(x) foi igual a 0. A equação que melhor representa essa condição é
Nessas condições, qual foi a quantidade de baldes de sor-
(A) t = 7 + 20d.
vetes vendidos nesse dia?
(B) t = 7 + 14d.
(A) 15 (C) t = 7 + 1,4d.
(B) 25 (D) t = 7 + 0,2d.
(C) 35 Gabarito: D
(D) 50 Sugestão de solução:
Gabarito: A t = 7 + 0,2d
Sugestão de solução: L(x) = 0. D33 – Identificar uma equação ou inequação do 1º
grau que expressa um problema (Revisa agosto).
L(x) = x2 + 20x - 525
0 = x2 + 20x - 525 34. Maurício usou apenas notas de R$ 50,00 e de R$ 20,00
x2 + 20x - 525 = 0 → ax2 + bx + c = 0 → a = 1, b = 20 c = -525 para fazer um pagamento de R$ 360,00. Quantas notas de
∆ = b2 - 4ac → ∆ = 202 - 4 ∙ 1 ∙ (-525) → ∆ = 400 + 2100 cada tipo ele usou, sabendo que no total foram 9 notas?
→ ∆ = 2500
(A)

−20 + 50 30 −20 − 50 −70


𝑥′ = = = 15 𝑒 𝑥" = = (B)
2 2 2 2
= −35 (não convém)
Logo, foram vendidos apenas 15 baldes de sorvetes nesse dia.
D31 – Resolver problema que envolva equação do 2º (C)
grau (Revisa outubro).

(D)
32. Considere as sequências numéricas a seguir.
Gabarito: letra A
X 1 2 3 4 5 ...
Sugestão de solução:
Y 4 7 12 19 28 ... x = número de notas de 50 reais
A sentença matemática que expressa os valores de Y em y = número de notas de 20 reais.
relação aos valores de X é x + y = total de notas  x + y = 9
50x + 20y = 360 (valor total)
(A) y = x² + 3 𝑥+𝑦=9
(B) y = x³ + 1 �
50𝑥 + 20𝑦 = 360
(C) y = 3x + 1 D34 – Identificar um sistema de equações do 1º grau
(D) y = x² ─ 1 que expressa um problema (Revisa agosto).
Gabarito: A
Sugestão de solução: y=x^2+3 35. Observe o gráfico a seguir
x = 1 → y = 12 + 3 = 4
x = 2 → y = 22 + 3 = 7
x = 3 → y = 32 + 3 = 12
x = 4→ y = 42 + 3 = 19
x = 5 → y = 52 + 3 = 28
D32 – Identificar a expressão algébrica que expressa
uma regularidade observada em sequências de núme-
ros ou figuras (padrões) (Revisa maio).
Revisa 9º Ano - Língua Portuguesa e Matemática - Outubro/2023
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O sistema que corresponde à interseção dessas duas


retas é
(A)

(B)

(C)

(D)

Gabarito: B
Sugestão de solução: As duas retas se cortam no ponto P
(3, 2) que é a solução do sistema �𝑥𝑥 + 𝑦=5
−𝑦 =1
pois �33 + 2=5
−2 = 1

D35 – Identificar a relação entre as representações al-


gébrica e geométrica de um sistema de equações do
1º grau (Revisa agosto).

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Expediente
Governador do Estado de Goiás Diretora de Política Educacional
Ronaldo Ramos Caiado Patrícia Morais Coutinho
Vice-Governador do Estado de Goiás Superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação
Daniel Vilela de Resultados
Márcia Maria de Carvalho Pereira
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente do Programa Bolsa Educação
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Secretária-Adjunta
Helena Da Costa Bezerra Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento
Curricular
Diretora Pedagógica Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Márcia Rocha de Souza Antunes
Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Alessandra Oliveira de Almeida
Fundamental
Giselle Pereira Campos Faria Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino
Fundamental
Superintendente de Ensino Médio Evandro de Moura Rios
Osvany Da Costa Gundim Cardoso
Coordenadora de Recursos Didáticos para o Ensino Médio
Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Militar
Cel Mauro Ferreira Vilela Professores elaboradores de Língua Portuguesa
Edinalva Filha de Lima Ramos
Superintendente de Desporto Educacional, Arte e Katiuscia Neves Almeida
Educação Luciana Fernandes Pereira Santiago
Marco Antônio Santos Maia
Professores elaboradores de Matemática
Superintendente de Modalidades e Temáticas Alan Alves Ferreira
Especiais Alexsander Costa Sampaio
Rupert Nickerson Sobrinho Tayssa Tieni Vieira de Souza
Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Coelho da Silva
Andros Roberto Barbosa Professores elaboradores de Ciências da Natureza
Superintendente de Gestão Administrativa Leonora Aparecida dos Santos
Leonardo de Lima Santos Sandra Márcia de Oliveira Silva
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento de Revisão
Pessoas Alessandra Oliveira de Almeida
Hudson Amarau De Oliveira Cristiane Gonzaga Carneiro Silva
Maria Aparecida Oliveira Paula
Superintendente de Infraestrutura
Gustavo de Morais Veiga Jardim Diagramação
Adriani Grun
Superintendente de Planejamento e Finanças
Taís Gomes Manvailer
Superintendente de Tecnologia
Bruno Marques Correia

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