Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APOSTILA DE
MATEMÁTICA FINANCEIRA / ENGENHARIA
ECONÔMICA
2018
Apresentação
Bem, o campo de aplicação dessa disciplina é bastante amplo, pois suas técnicas são
necessárias em operações de financiamento de quaisquer naturezas: crédito a pessoas físicas e
empresas, financiamentos habitacionais, crédito direto ao consumidor e outras.
No mundo dos negócios, seu conhecimento é absolutamente imprescindível, uma vez que os
custos dos financiamentos dados e recebidos são peças centrais do sucesso empresarial.
Esta apostila composta de nove módulos pretende lhe ajudar a desvendar essas técnicas para
que você possa gerir os seus interesses financeiros com racionalidade e eficiência.
O sexto módulo estuda os diversos Sistemas de Amortização de dívidas que tem vasta aplicação
prática. Especial atenção é dada aos modelos de prestação constante ( Sistema Francês de
Amortização – “PRICE” ) e amortização constante ( Sistema de Amortização Constante - SAC )
por sua relevância na vida cotidiana.
Esperamos que você tenha sucesso nos estudos que se propôs a fazer ao iniciar este excelente
curso de Graduação em Ciências Contábeis, na UESC.
E-mail: carmandofilho@uol.com.br
Tel: 98821-3061
Talvez seja pelo fato de não darem muita importância à Matemática Financeira que muitos
administradores não sejam bem sucedidos. É preciso que haja consciência de que em qualquer
setor da empresa, seja ela própria ou não, é de suma importância o conhecimento matemático, já
que muitas das decisões são tomadas a partir do cenário econômico.
Engana-se aquele que imagina viver sem a influência da Matemática Financeira em sua vida.
Tão imprescindível e elementar quanto a aritmética, a Matemática Financeira rege a vida
econômica do homem e do administrador moderno.
A base de um administrador, podemos dizer que é a Matemática Financeira, já que este deve
tomar decisões baseadas na economia. Um administrador deve ter uma boa base desta, pois se
não, poderá tomar as decisões erradas.
Com a Matemática Financeira o administrador tem maior controle dos fluxos da empresa, e
pode medir com mais precisão quais as opções mais rentáveis; já que as decisões a serem
tomadas são todas baseadas no cenário econômico; e não só no ambiente da empresa, mais
deve-se usar a Matemática Financeira no dia-a-dia; em situações corriqueiras.
Todo administrador, tem de saber a respeito de várias coisas acerca do que vai trabalhar.
Certamente um administrador irá ministrar compras para a empresa e tendo em mente a
Matemática Financeira facilita seu trabalho em questão da aplicação dos juros relacionadas com
vários setores.
A Matemática Financeira não esta apenas vinculada aos administradores e sim a qualquer
pessoa que queria saber qual a vantagem de se fixar um simples negócio ou algo mais
complicado e saindo sempre na vantagem. Podendo assim economizar e sempre ter vantagem.
A Matemática Financeira é importantíssima, pois é ela que guia como um bom administrador
deve agir de acordo com as oscilações do mercado de hoje que é tão interdependente e
integrado com o todo global...
Acho essencial todo administrador ter plenos conhecimentos da Matemática Financeira, além de
estar presente no seu dia-a-dia, ele tem que ter uma noção básica do que está se passando a
sua volta, com os custos e lucros viáveis e inviáveis na empresa da qual esta administrando. Um
leigo na Matemática Financeira pode até conseguir tais dados através de outros meios, mas, ou
o mesmo gastará mais ou demorará mais, e como na administração sempre se precisa de
resultados imediatos, então acredito que não seja certo não ter conhecimento dessa área.
Com todas essas exigências de mercado tem se criado um novo perfil de administrador, o
administrador polivalente que tem por características ser: inovador, flexível, criativo, e de fácil
adaptação as mudanças.
E a Matemática Financeira tem sido de grande importância para esses administradores dentro
de suas funções, mas ele precisa ter amplo domínio da mesma, para ser bem sucedido em seu
trabalho, que depende em grande parte, da exatidão dos números.
Pois são esses números, que tem proporcionado ao administrador descobrir aplicações realmente
úteis em questões nas áreas econômicas, financeiras e resoluções de problemas da empresa.
O sistema financeiro vigente exige muito dos administradores, e nós temos que estar por dentro
principalmente em nosso ambiente de trabalho, é para isso que a Matemática Financeira está
entre nossas disciplinas.
a Matemática Financeira tem suma importância para a atividade do administrador pois é através
desta que pode-se exerce o controle da organização, visto que essa ciência permite ao
administrador verificar seus Investimentos, rendimentos, lucros, despesas.....
A Matemática Financeira está cada vez mais presente na vida dos administradores e se torna
essencial, o administrador em seu perfil absorver todos os conhecimentos dessa disciplina porque
será através dela que ele alcançará o sucesso.
É evidente que a Matemática Financeira tem muito para contribuir com o dia a dia do
administrador, com noções exatas sobre as finanças da empresa é muito mais fácil lidar com as
situações difíceis que surgem no cotidiano das empresas.
intensificara o mundo global dentro da organização e tomando decisões que irão influenciar o
desenvolvimento dessa organização.
A Matemática Financeira é importante para os futuros administradores, pois a mesma ajuda aos
discentes a desenvolver o raciocínio, entender os vários caminhos dos valores que os mesmos
possam aplicar nas suas futuras empresas ou mesmo no dia-a-dia de cada um.
Pelo que podemos ver a Matemática Financeira está presente em todo momento da vida de
uma pessoa. Se os gestores entenderem a importância que ela tem, eles poderão galgar altos
índices de sucesso em suas carreiras.
Nota:
Bons Estudos!
MÓDULO 01
1.1 - Introdução
Neste módulo antes de apresentarmos os conceitos básicos dos principais parâmetros
financeiros, vamos inicialmente abordar sobre algumas perguntas e respostas, os objetivos, e
fundamentos que norteiam o estudo da Matemática Financeira.
Esse valor muda no tempo, quer em função de sua aplicação, obtendo rendimentos
( juros ), quer em função de sua desvalorização, por causa da inflação. É intuitivo que mil reais
hoje em seu bolso tem mais valor do que mil reais que chegarão às suas mãos daqui a seis
meses. Dessa forma, podemos afirmar que R$ 1.000,00 hoje é diferente de R$ 1.000,00
amanhã, ou seja, o dinheiro muda no tempo.
Ou seja:
Regra Importante!
Para se comparar, somar ou subtrair valores monetários de um fluxo de caixa, os mesmos têm
que estar referenciados na mesma data. “Não se soma ou subtrai quantias em dinheiro que não
estejam na mesma data”
A Matemática Financeira tem por objetivo estudar as diversas formas de evolução do valor do
dinheiro no tempo, bem como as formas de análise e comparação de alternativas para aplicação
e/ou obtenção de recursos financeiros.
De uma forma bastante simplista podemos dizer que o objetivo da Matemática Financeira, é o de
dar respostas a algumas das seguintes indagações:
Quanto uma pessoa receberá por uma aplicação financeira em um fundo de renda fixa, no
final de certo período, a uma determinada taxa de juros?
Quanto uma pessoa deverá depositar periodicamente em uma determinada aplicação
financeira, para que venha obter uma poupança desejada?
Qual o valor atual, ou seja, o valor de hoje, que um banco pagaria, por um título de crédito
descontado antes de seu vencimento?
Qual a diferença entre o valor das prestações de um financiamento da casa própria, pelo
Sistema de Amortização Constante - SAC e pelo Sistema Francês de Amortização - PRICE?
Em qual dos sistemas o valor dos juros é menor?
Qual o custo efetivo de um empréstimo onde a instituição financeira além da taxa de juros,
adiciona comissões e imposto ao valor do empréstimo?
Podemos verificar que em todas as situações acima, nos deparamos com pagamentos ou
recebimentos acontecendo em determinado tempo ( data ).
Vivemos hoje em um mundo globalizado onde se fala em Finanças e Economia o tempo todo, e
neste mundo, não fazemos quase nada no nosso dia-a-dia que não se utilize algum conceito, ou
critério de tomada de decisão, da Matemática Financeira.
No campo pessoal e profissional, poderá ser aplicada em inúmeras aplicações do dia-a-dia, tais
como:
Decisões como escolher a melhor alternativa de compra de um imóvel;
Financiar ou comprar à vista um veículo;
Identificar qual o desconto mais interessante para a antecipação de um pagamento;
A escolha de alternativas de investimentos na atividade produtiva, por exemplo, conta com
instrumentos de cálculo da Engenharia Econômica, cuja base está na Matemática
Financeira.
È claro que não, pois a maioria das pessoas conhece bem as operações aritméticas de soma,
subtração, multiplicação e divisão; E com uma adequada metodologia didática, a pessoa aprende
a fazer o cálculo, com uma fórmula ou com uma função específica de uma calculadora financeira
(HP-12C), ou através de uma planilha do Excel, do modo que lhe parecer mais amigável.
Capital:
Entende-se por capital do ponto de vista da Matemática Financeira, qualquer valor expresso em
moeda corrente e que esteja disponível em certa data para ser utilizado em uma operação
financeira. Em outras palavras, o Capital é o valor aplicado ou tomado por empréstimo através de
alguma operação financeira.
É também conhecido como: Principal, Valor Presente ou Valor Atual. Em inglês usa-se a
expressão “Present Value”= Valor Presente.
Juros:
Os Juros representam a remuneração de um capital [PV] aplicado ou tomado por empréstimo em
uma operação financeira.
Para o aplicador, os juros representam uma rentabilidade;
Para o tomador do empréstimo, os juros representam um custo.
Ou seja, juros ou interesse podem ser definidos como o aluguel pago, pelo uso do dinheiro.
Notação Simbólica: ( J ) Fórmula para um período: ( n = 1 ): J = PV. i
Exemplo: Quanto receberá de juros uma pessoa que aplicou em uma instituição financeira a
quantia de R$ 10.000,00, por um período de 1 mês, a uma taxa de 1% ao mês?
Dados: PV = 10.000; n = 1; i = 1% a.m = 1 / 100 = 0,01;
J=?
Como: J = PV. i J = 10.000. 0,01 = 100
Resultado: Receberá R$ 100,00 de juros.
Somente as instituições financeiras oficiais podem cobrar e pagar explicitamente juros nos
empréstimos e aplicações financeiras e que representa o seu objetivo social.
A cobrança de juros na venda a prazo por parte de um fornecedor não pode ser feita de maneira
explícita, mas sim de forma embutida nos preços de venda.
Exemplo: Uma mercadoria custa a vista R$ 1.000,00, porém na sua venda a prazo o fornecedor
passará o preço da operação para R$1.100,00, com recebimento para 2 meses. Na verdade tudo
se passa como se o fornecedor houvesse dado um desconto de R$100, 00, para a operação ser
realizada à vista.
E essa diferença deve ser vista como se fosse um abatimento (desconto), e não como juros, uma
vez que, só as instituições financeiras podem cobrar de forma explícita e oficial.
Taxa de Juros:
É o coeficiente que determina o valor dos juros em um intervalo de tempo e corresponde à razão (
quociente ) entre os juros ( J ) pagos ou recebidos no fim de um determinado período de tempo
[ n ] e o capital [ PV ] inicialmente empatado.
Exemplos:
A Taxa de Juros é Unitária, quando os juros são expressos na forma decimal. Ela é utilizada na
aplicação de fórmulas matemáticas ( algébricas ), na resolução dos problemas de Matemática
Financeira.
Para conseguirmos, por exemplo, a taxa unitária (0,22) a partir da taxa percentual
( 22% ), basta dividir a taxa percentual por 100, 22 / 100 = 0, 22.
E para conseguirmos, a taxa percentual a partir da taxa unitária, basta inverter o processo, ou
seja, devemos multiplicar a taxa unitária por 100.
Exemplo: uma pessoa aplicou R$10.000,00 em uma instituição financeira e ao final de 1 mês,
recebeu R$100,00 de juros. Qual a taxa de juros oferecida pela instituição financeira?
Dados: PV = 10.000; J = 100; n = 1; i = ?
Como: i = J / PV i = 100 / 10.000 = 0,01 i = 0,01. 100 = 1%
Resultado: 1% a.m.
Assim a taxa de juros de uma operação é um parâmetro financeiro determinado pelo mercado e
condicionado por múltiplos e distintos fatores, uns objetivos, outros subjetivos.
Por ser um fato econômico negociável no mercado de bens e direitos, a posse de dinheiro se
sujeita à seguinte lei da oferta e da procura:
Por ser questão de mercado, a taxa de juros conforma-se a todos os fatores que condicionam a
atividade econômica, a poupança e ã produção de bens e serviços em geral, entre os quais estão
os instrumentos que o governo dispõe para:
fixação de normas creditícias e tributárias restritivas ou estimuladoras;
redução ou ampliação dos meios de pagamentos disponíveis- mediante depósito
compulsório;
investimento em atividade rural;
programa habitacional;
Em uma operação financeira fica estabelecida contratualmente, uma taxa de juros constante, ou
seja, de referência fixa, e que será valida até o prazo final da transação financeira.
Atualmente existe uma série de terminologias sobre as taxas de juros, que muitas vezes
confundem até os profissionais da área financeira, mas que no decorrer deste livro procuraremos
conceituá-las da maneira mais simples e objetiva, sempre através de aplicações práticas.
Prazo:
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
18
A determinação do prazo considerado para uma operação financeira é algo fundamental para
determinação exata dos valores devidos através do processo de capitalização.
Usualmente nos contratos associados a operações financeiras os prazos são qualificados de:
Exatos: quando os números de dias do mês e do ano correspondem aos do ano civil;
Comerciais: quando o mês tem sempre 30 dias e o ano tem um total de 360 dias;
Montante:
O Montante representa o capital final de um financiamento, empréstimo ou de uma aplicação
financeira, e é obtido pela soma do capital [PV] inicialmente emprestado ou aplicado, com os
juros ( rendimentos ) pagos ou recebidos (J ).
Fórmula Básica: FV = PV + J
Notação Simbólica: [FV] – o valor futuro é representado na HP-12C pela 5ª tecla na linha
financeira da calculadora.
Prestação:
Fluxo de Caixa:
A palavra Fluxo de Caixa que em Inglês é expresso pela por “Cash Flow“, tem duas funções na
HP-12C, todas representadas na cor azul e estão relacionadas com as teclas:
O Fluxo de Caixa é representado graficamente por um diagrama, que por sua vez obedece a
algumas convenções:
O tempo é representado na horizontal dividido pelo número de períodos relevantes para
análise.
Por convenção as entradas ou recebimentos são representados por setas verticais
apontadas para cima e as saídas ou pagamentos são representados por setas verticais
apontadas para baixo.
Diagrama / Convenções:
(+) (+)
0 2 (período / tempo)
1 n
(-) (-)
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
20
A linha horizontal ( reta ) registra a escala de tempo (período / prazo) de uma operação
financeira;
O ponto 0 indica o momento inicial de um Investimento, de um empréstimo, ou de uma
aplicação financeira;
Os intervalos de tempo são iguais;
As setas para baixo representam: saídas, pagamentos de dinheiro e são negativas;
As setas para cima representam: entradas, recebimentos de dinheiro e são positivas.
Exemplo: Se uma pessoa aplicar um capital PV, por um período n de tempo, a uma taxa i de
juros, obterá ao final da aplicação um montante FV.
0 i
n
PV ( - )
OBS: Por se tratar de uma aplicação o capital, saiu de seu bolso, e, portanto a seta será para
baixo, negativa ( - ).
E como a pessoa receberá ao final da aplicação um montante FV, que representa o capital PV
acrescido dos juros J, então esse valor entrará em seu bolso, e, portanto a seta será para cima,
positiva ( + ).
Exemplo: Se uma pessoa tomar emprestado um capital PV, por um período n de tempo, a uma
taxa i de juros, terá que pagar um montante FV, ao final do empréstimo.
PV ( + )
i n
0
FV ( - )
OBS: Como a pessoa tomou emprestado hoje um capital PV, esse capital entrou em seu bolso, e,
portanto a seta será para cima, positiva ( +). E como ela terá que pagar no final um montante
FV, que representa o capital PV acrescido dos juros J, então esse valor sairá de seu bolso, e,
portanto a seta será para baixo, negativa ( - ).
Exemplo 1: Se uma pessoa depositar periodicamente uma quantia PMT, igual e sucessiva para
cada período, por um período n de tempo, a uma taxa i de juros, receberá ao final dos depósitos,
um montante FV,
0 1
| n
.................... PMT.................... .....
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
22
Exemplo 2: Se uma pessoa comprar hoje um produto por um valor PV, para pagar em prestações
periódicas iguais e sucessivas PMT, por um período n de tempo, a uma taxa i de juros, seu fluxo
de caixa será:
Fluxo de Caixa Representativo:
PV
1
|0 n
.................... PMT.................... .......
Quando um capital é emprestado ou investido a certa taxa por um período ou diversos períodos
de tempo, o montante pode ser calculado de acordo com dois regimes básicos de capitalização
de juros:
Podemos então definir como regimes de capitalização os métodos pelos quais os capitais são
remunerados, ou seja, como os capitais crescem em função dos juros que são acrescidos
( incorporados ) aos mesmos.
FV = PV + J
No Regime de Capitalização de Juros Simples (RCS), somente o capital inicial rende juros, ou
seja, os juros são devidos ou calculados exclusivamente sobre o principal ( capital
inicial ) ao longo dos períodos de capitalização a que se refere a taxa de juros.
Em outras palavras, nesse regime não se somam os juros do período ao capital, para o cálculo de
novos juros nos períodos seguintes.
Enquanto que no regime de capitalização composta ( RCC ), o montante evolui como uma
progressão geométrica, ou seja, exponencialmente, fazendo com que neste caso o dinheiro
cresça mais rapidamente.
FV = PV + J
Juros Simples ( RCS ) Juros Compostos ( RCC )
Principal: [ PV ] 100,00 100,00
após 1 ano FV = 100 + 0,10 x 100 = 110 FV = 100 + 0,10 x 100 = 110
após 2 anos FV = 110 + 0,10 x 100 = 120 FV = 110 + 0,10 x 110 = 121
após 3 anos FV = 120 + 0,10 x 100 = 130 FV = 121 + 0,10 x 121 = 133,1
após 4 anos FV = 130 + 0,10 x 100 = 140 FV = 133,1+0,10x133, 1 = 146,41
Observando a tabela acima, vemos que no RCS, a cada ano o capital aumenta a um valor
constante J=10, ou seja, o dinheiro cresce Linearmente, ou seja, em Progressão Aritmética, a
uma razão igual a PV.i
Esse regime é aplicado mais frequentemente nas operações de curto prazo, especialmente nos
empréstimos bancários lastreados em desconto de duplicatas.
Já no RCC, como os juros são incorporados a cada período, isto é são capitalizados a cada
período, o dinheiro cresce Exponencialmente, ou seja, em Progressão Geométrica e, portanto
cresce mais rapidamente. Este regime é aplicado nas operações de médio e longo prazo.
O gráfico abaixo representa as evoluções no tempo t e do montante a Juros Simples e do
montante a Juros Compostos, ambos à mesma taxa de juros i.
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
24
BONS ESTUDOS!
( Benjamin Franklin )
MÓDULO 02
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
25
2.1. Introdução
Os cálculos financeiros são enormemente facilitados pelo uso de calculadoras financeiras. Muitos
deles inclusive só se tornaram viáveis na prática com as calculadoras financeiras (1982) e
também é obvio com a utilização de softwares financeiros computacionais.
Não é possível, portanto, fazer-se estudos sérios de Decisões Financeiras sem se conhecer o uso
das calculadoras financeiras.
A HP-12C
Essas teclas servem de acesso as cinco memorais financeiras da calculadora onde são
armazenados os valores para os posteriores cálculos. Cada tipo de problema de decisão
financeira usa um conjunto de quatro das cinco teclas.
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
26
A calculadora HP-12C tem 3 funções por tecla: a primeira escrita em branco, a segunda em azul
e a terceira em amarelo.
A ativação da função em azul ou amarelo exige que se aperte primeiro a tecla azul [g]
Vemos então que uma mesma tecla pode ter até 3 funções diferentes, reconhecidas pelos
caracteres impressos:
Em branco (face superior da tecla)
Em azul (abaixo da tecla)
Em amarelo (acima da tecla)
[ NPV ] ......função amarela. Serve para calcular o Valor Presente Liquído, de um fluxo de caixa;
( Net Present Value )
[ PV ]....... função branca. Serve para calcular o Valor Presente, ou Valor Atual de um fluxo de
caixa; (Present Value).
[ CF0 ].......... função azul. Serve para dar entrada no valor inicial do investimento de um fluxo de
caixa. ( Cash Flow )
2.4. Memórias
A HP-12C está equipada com um sistema de memória contínua que mantém os dados
guardados, mesmo com a calculadora desligada.
Para tanto, ela possui 4 registros de pilha operacional e 5 registros financeiros (a sua memória
RAM,), além de 20 registros de memória e armazenamento (o seu HD- Winchester,).
Como as calculadoras financeiras têm memória continua devemos sempre limpar as memórias
financeiras antes de iniciarmos um novo calculo financeiro, para evitarmos que um "resíduo" na
memória deixado por cálculos anteriores interfira com os atuais cálculos.
A diferença entre uma HP-12C e as calculadoras convencionais está na forma de entrada dos
dados. As calculadoras convencionais executam cálculos de uma forma direta, ou seja,
obedecendo à seqüência natural da Matemática.
A forma de cálculos da HP-12C é pelo sistema de Notação Polonesa Reversa ( RPN ), onde
inicialmente digita-se o primeiro valor, dando entrada neste número apertando a tecla [ ENTER ],
depois se digita o segundo valor e por fim aperta-se a tecla da função.
Segue-se esse raciocínio para todas as funções da HP-12C: algébrica, financeira e estatística; ou
seja, primeiro digita-se os valores e por fim a função desejada.
Exemplo:
Para fazermos a operação 12.000 + 135 nas calculadoras convencionais, tecla-se primeiro
12.000 depois o +, e em seguida o 135 e, finalmente, a tecla =.
Resultado: 12.135
Digite 12.000, pressione [ ENTER ], em seguida digite 135 e por último, a tecla [ + ].
Resultado: 12.135.
Para fixarmos o número de casas decimais na HP-12C, basta pressionarmos a tecla de prefixo [ f
] e o número de casas decimais que desejamos após a vírgula.
Exemplo:
1.234,56 (Sistema Brasileiro – vírgula separando as casas decimais)
1,234.56 (Sistema Americano – ponto separando as casas decimais)
Para realizarmos a troca do ponto pela vírgula e vice-versa, devemos proceder da seguinte forma:
Desligue a calculadora; Com a calculadora desligada, pressione ao mesmo tempo as teclas [ON]
e [ . ] (ponto); Solte a tecla [ON] e logo após a tecla [ . ] (ponto).
Para se trocar o sinal de um número devemos usar a tecla [CHS] (Change Signal) da HP-12C,
que corresponde a tecla ± nas outras calculadoras convencionais.
b) (4x7)+(6x3)
6
Sequência Algébrica: 4 [ENTER] 7 [x] 6 [ENTER] 3 [x] [+] 6 [÷]
Resultado: 7,67
c) [ (1.800 / 1.200 ) – 1 ] / 6
Sequência Algébrica: 1800 [ENTER] 1200 [÷] 1 [ -] 6 [÷]
Resultado: 0,08
d) 1200. ( 1 + 0,02 x 12 )
Sequência Algébrica: 0.02 [ENTER] 12 [x] 1 [ +] 1200 [x]
Resultado: 1488,00
Teclas: [ yx ] ; [ 1/x ] ; [ √ x ]
2.9.1. Função Potência [ YX ] - Eleva um número y qualquer (base) a um número x qualquer
(expoente).
Exemplo: Calcular 24
Sequência Algébrica: 2 [ ENTER ] 4 [ yx ]
Resultado = 16
Para calcular a raiz quadrada de um número x √ x , pressionamos antes a tecla [ g ], porque ela
é uma função azul, que se encontra na face inferior da tecla [ yx ]
Para calcularmos uma raiz de ordem superior a 2 ( raiz cúbica, quarta, etc), temos que utilizar o
artifício matemático de elevar um número a um expoente fracionário, ou seja, transformar a raiz
em uma potência.
TECLAS
x
[ y ] , [ 1/x ]
2.10. Setor de
Porcentagem:
Existem 3 teclas das
NUMÉRICAS
funções de porcentagem:
[ %T ] ; [ %] e [ % ].
[ R ] 5.000 [ %T ] 10%
[ R ] 7.000 [ %T ] 14%
[ R ] 3.000 [ %T ] 6%
TOTAL: 70 + 10 + 14 + 6 100%
Exemplo 1: Determine quanto cresceu a população de uma cidade que no ano de 2000 possuía
185.250 habitantes e no ano de 2005 passou a ter 200.563 habitantes.
Solução: 185.250 [ ENTER ] 200.563 tecla [ % ]
Resultado:: 8,27%
Exemplo 2: Na compra com cartão de crédito, uma loja oferece 10% de desconto sobre o preço
de etiqueta de suas mercadorias. Qual o valor do desconto a ser obtido sobre a compra de uma
camisa que custa R$ 22,50?
E quanto terá que pagar pela camisa? Pressione a tecla [ - ] Resultado: R$ 20,25
Sabemos que, para chegar ao resultado, basta subtrairmos o desconto do preço original.
2). Um investidor comprou ações por R$ 1.350,00 e as vendeu por R$ 1.230,00. Qual o
percentual do prejuízo?
Resultado: - 8.89%
Obs:- O sinal negativo refere-se ao decréscimo ocorrido na operação!
3) Dois amigos montam uma empresa com capitais diferentes: o primeiro entra com R$
2.650.000,00, e o segundo com R$ 3.350.000,00. Qual o percentual de participação dos dois
sócios no lucro da empresa?
Resultado: 44,17% - participação percentual do sócio 1
Resultado: 55,83 % - participação percentual do sócio 2
5) Uma nota fiscal é emitida num total de R$ 56.000,00 onde 17% foram deduzidos para a
apuração do ICMS. Qual o valor da nota menos o imposto? Resultado: R$ 46.480,00
6) Sabendo-se que a dedução do imposto sindical foi de R$ 36,00; calcule quanto em percentual
corresponde de um salário bruto de R$ 600,00. Resultado: 6 %
7) Pago de um título de clube social a importância de R$ 60,00 para manutenção. Sabendo que o
título custou 550,00; quantos por cento a taxa de manutenção corresponde do título? Resultado:
10,9091%
8) O dólar ontem estava cotado a R$ 2,78 e hoje em 2,85. Qual foi a variação percentual?
Resultado: 2,5180%
9) A cotação de uma determinada ação na bolsa de valores está cotada hoje a R$ 83,50. Ontem a
cotação estava em R$ 86,00. Qual foi a variação percentual?
Resultado: - 2,9070%
10) No mês passado, a sua empresa exportou produtos no valor de 3.92 milhões de dólares para
os EUA., 2.36 milhões de dólares para a Europa e 1.67 milhões de dólares para o resto do
mundo. Qual foi a porcentagem das Vendas à Europa sobre o total exportado.
Resultado: 29,69 %
TECLAS
[ ∑ ], [ PRGM ], [FIN], [REG]
NUMÉRICAS
Teclas Significado
[ CLX ] Limpa os valores contidos no visor.
f CLEAR REG = [ f ] [CLX] Limpa “tudo”, exceto a memória de programação.
TECLAS
[ DATE ], [ DYS ], [ D.MY ], [ M.DY ]
Inicialmente, prepare sua calculadora para operar no sistema brasileiro, pressionando as teclas
[ g ] [ D.M.Y ] (dia-mês-ano), que se encontra na cor azul na parte inferior da face da tecla 4.
Detalhe: nos exercícios com datas, utilizamos 6 casas decimais.
Portanto: pressione [ f ] e 6.
Se pressionarmos as teclas [ g ] [ M.D.Y ], estaremos utilizando o sistema americano, em que na
data primeiro vem o mês e depois o dia e ano. ( mês-dia-ano)
Curiosidade: A HP-12C está programada para trabalhar com datas no intervalo de 15 de Outubro
de 1582 até 25 de Novembro de 4.046.
OBS: Logo após os dígitos referentes ao dia, teclamos um ponto, em seguida teclamos 2 dígitos
do mês e por fim os quatro dígitos do ano.
2) Hoje: 10.03.2007
Data passada: 01.03.2002
Resultado: -1835 dias
4) Um cliente deverá descontar uma dívida em 27/10/2001 onde a data contratada no título é
30/12/2001. Quantos dias serão descontados? Resultado: 64 dias.
A função [ DATE ]= Calcula datas futuras e datas passadas, acionando primeiro a tecla: [ g ].
Auxilia determinar uma data passada ou futura, a partir de uma data conhecida e do número de
dias entre essas datas.
Exemplo 2 – Uma aplicação financeira por 60 dias está vencendo hoje, 10.03.2007. Qual a data
em que foi efetivado o negócio?
Digite a data do vencimento: 10.032007
Pressione [ ENTER ]
1) Apliquei no dia 23/06/97 determinada quantia em CDB por prazo de 92 dias. Qual a data e o
respectivo dia da semana do resgate?
Resultado: 23.09.97 terça-feira
2) Verifique qual a data e o dia da semana correspondente a 132 dias passados da data de
20/09/97 Resultado: 11/05/97, domingo.
6) Uma mercadoria comprada em 07/03/2007 está programada para ser transferida para uma filial
em 120 dias. Em que dia cairá?
Resultado: 05/07/07 – 5ª feira
TECLAS
[ STO ] , [ RCL ]
NUMÉRICAS
[PV] – Valor presente do problema, ou seja, qualquer valor na data zero (capital, valor atual,
principal);.
[PMT] – Valor das prestações, pagamentos, depósitos etc. Refere-se a fluxos de valores que se
repetem periodicamente;
[ FV ] – Valor futuro do problema, ou seja, qualquer valor no período final do problema (montante,
valor nominal, valor de face, valor capitalizado, duplicata, nota promissória etc);
TECLAS
[ n ], [ i ], [PV], [ PMT ], [ FV ]
NUMÉRICAS
OBS: Os problemas resolvidos e propostos com a utilização das teclas financeiras serão
apresentados a partir do módulo 3.
TECLAS
[ BEGIN ], [ END ]
NUMÉRICAS
Observações Relevantes:
OBS.1:
A taxa [ i ] e o número de períodos [ n ] devem referir-se à mesma unidade de tempo, isto é, se a
taxa for anual, o tempo deverá ser expresso em anos; se for mensal, o tempo deverá ser
expresso em meses, ou vice-versa.
OBS.2:
Em todas as fórmulas matemáticas ( algébricas ), utiliza-se a taxa de juros na forma unitária, que
representa a taxa percentual dividida por 100.
OBS.3:
Ao iniciar qualquer operação financeira digitar [ f ] [ REG ] = [ f ] [ CLX ].
Dessa forma você apaga os registradores financeiros anteriores deixados na memória da
calculadora.
OBS.4:
Verifique sempre se a sua HP-12C está com o c (composto) no final do visor à direita.
“Fazer ou não fazer algo, só depende de Deus tem colocado em sua vida, você é capaz
(Albert Einstein)
MÓDULO 03
3.1.1- Conceito:
O regime de capitalização de juros será simples quando a taxa de juros incidir apenas sobre o
valor presente ( capital inicial ) [ PV ], ao longo dos períodos de capitalização a que se refere a
taxa de juros.
“Neste regime sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros ” Em outras
palavras, nesse regime não se somam os juros do período ao capital, para o cálculo de novos
juros nos períodos seguintes.
O Valor Presente, Valor Atual ou Principal, é o valor inicial, o Capital emprestado ou aplicado,
antes de somarmos os juros.
PV = J / i.n
Fórmula dos Juros: J = PV. i . n i = J / PV.n
n = J / PV.i
Como: FV = PV + J J = FV – PV PV = FV – J
Onde:
J =Juros;
PV= Capital Inicial ( Valor Presente / Valor Atual, Principal);
i = Taxa Unitária ( Decimal) de Juros;
n = Número de períodos que o capital ficou aplicado, ou emprestado.
FV = Valor Futuro ( Montante).
Fórmula do Montante: FV = PV + J
FV = PV + PV.i.n FV = PV ( 1 + i.n )
PV = FV / ( 1 + i.n )
FV = PV ( 1 + i.n ) i = [ (FV / PV ) – 1 ] / n
n = [ (FV / PV ) – 1 ] / i
Duas taxas serão proporcionais quando existir entre elas a mesma relação verificada para os
períodos de tempo a que se referem.
Então: i1 = n1
i2 n2
Exemplos:
1) Uma pessoa aplicou um capital a juros simples de 3% a.m, pelo prazo de 4 meses e 10 dias e
após este período recebeu o valor de R$ 10.000,00. Qual o capital aplicado?
I = 3% a.m 3 / 100 = 0,03 a.m;
Dados: n = 4 meses e 10 dias n = 130 dias;
FV = 10.000; PV = ?
Solução:
Como a unidade de tempo do prazo n está em dias, e como a taxa de juros i dada está ao mês,
implica que temos que dividi-la por 30, para transformá-la em uma taxa diária. ( lembre-se
que 1 mês = 30 dias )
Logo: i = 0,03 / 30 a.d
Como: PV = FV / ( 1 + i.n )
Temos que: PV = 10.000 / ( 1 + 0,03 . 130 )
30
Resolvendo algebricamente pela HP-12C, e utilizando 2 casas decimais: [ f ] 2, temos:
10.000 [ENTER] 0,03 [ENTER] 30 [÷] 130 [x] 1 [+] [÷] = 8.849,56
Resultado : PV = R$ 8.849,56
Dados: PV = 400.000;
n = 180 dias n = 180 / 360 = 0,5 anos
J = 60.000; i = ? ( anual )
Solução:
Como i = J / PV. n;
Temos que: i = 60.000 / 400.000. 0,5
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
47
Solução:
Como: n = [( FV / PV ) – 1] / i
Temos que: n = [ ( 3 PV / PV ) – 1 ] / 0,20
Logo: n = 3 – 1 / 0,20 n = 2 / 0,20
2 [ENTER] 0.20 [ ÷ ] 10
Resultado : 10 anos.
5) Um capital foi aplicado durante 6 meses à taxa de 2% a .m . Ao final desse prazo, o montante
foi reaplicado a 3% a.m durante 8 meses. Sabendo-se que o montante final recebido foi de R$
1.500,00, calcular o valor do capital inicial.
0 i = 2% a.m.
6
PV = ?
Não podemos calcular FV, pois só conhecemos n = 6 ; i = 0,02, e não conhecemos PV.
Porém no 2º Fluxo de Caixa abaixo, conhecemos i, n e FV, então podemos calcular o PV, que
representa o valor reaplicado do 1º Fluxo.
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
49
0 I = 3% a.m.
8
PV = ?
Solução:
Como: PV = FV / ( 1 + i.n )
Temos que: PV = 1.500 / ( 1 + 0,03 . 8 )
Resolvendo algebricamente pela HP-12C e utilizando 2 casas decimais: [ f ] 2, temos:
1.500 [ ENTER ] 0,03 [ ENTER ] 8 [ x ] 1 [ + ] [ ÷ ]
PV = 1.209,68
Esse valor de PV representa o Valor Futuro do 1º Fluxo de Caixa, pois foi dito que no final de 6
meses, o montante seria reaplicado, então eles são iguais!
0 i = 2% a.m.
6
PV = ?
Resultado : R$1.080,07.
6) Uma pessoa contraiu um empréstimo de R$ 1.500,00, para ser pago ao final de um ano, à taxa
de juros simples de 2% a.m. Três meses antes do vencimento resolveu quitar toda a dívida,
sendo que, nessa época, a taxa aplicada foi de 2,5% a.m. Nessas condições, determine o valor
do pagamento
PV =1.500
. ............... i = 2% a.m..........................
0 . 9 n=3 12
......2,5%a.m........
?
Valor da quitação = PV FV =?
Solução:
1º Passo: Com base nos dados do Fluxo de Caixa Original, correspondentes ao empréstimo
original, ou seja, até o final dos 12 meses, calculamos o montante FV =1.500 ( 1
+ 0,02 . 12 )
Resolvendo algebricamente pela HP-12C e utilizando 2 casas decimais: [ f ] 2, temos:
0,02 [ ENTER ]12 [ x ] 1 [ + ] 1.500 [ x ] FV = 1.860
2º Passo: Com base nos dados do Fluxo de Caixa da Antecipação do Empréstimo, ou seja, 3
meses antes do vencimento, calculamos o valor da quitação PV = ?
7) Aplicam-se 3/5 de um capital a 24% a.a e o restante a 16% a.s, obtendo-se, assim, um ganho
anual de R$ 5.000.00. Qual é o valor desse capital?
1ª Aplicação: n = 1 ano
OBS: Sabemos que PV representa 100% do capital, e como uma parte dele (PV1), corresponde a
3 / 5 = 0,60, ou seja, a 60% de PV, é claro que o restante desse capital (PV2), será de 40%
( 100% - 60% ) = 2 / 5 = 0,40.
n = 1 ano
Como o ganho anual de R$ 5.000.00, representa o total de juros auferidos ( JT ), em 1 ano, nas
duas aplicações, temos que:
JT = J1 + J2
Solução:
Inicialmente, vamos calcular J1 e J2;
Como: J1 = PV1. i1. n J1 = 0,60 PV. 0,24. 1
Logo: J1 = 0,1440 PV
Como: J2 = PV2. i2. n J2 = 0,40 PV. 0,32. 1
Logo: J2 = 0,1280 PV
Como: JT = J1 + J2
Temos que: 5.000 = 0,1440 PV + 0,1280 PV 0,2720 PV = 5.000
Logo: PV = 5.000 / 0,2720
E, portanto: PV = 18.382,35
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
52
Resultado: PV = R$18.382,35
3.1.6- Exercícios Propostos de Juros Simples:
2) Uma indústria adquiriu matéria prima no valor de R$ 45.000,00, pagando no ato da compra R$
15.000,00 e R$ 18.000,00 a ser pago no final de 45 dias após. Qual o pagamento que ainda
deverá ser feito no final de 90 dias, para liquidar a dívida, sabendo-se que o vendedor cobra uma
taxa linear de 45% aa?
Resultado: R$ 14.416,42
3) João tomou emprestado certa quantia de Carlos à taxa de 2,40%a.m. Sabendo-se que João
pagou R$ 2.061,42 para Carlos, saldando a dívida 2 meses antes de seu vencimento e que nesta
época a taxa corrente de mercado era de 2,10% a.m, quanto João tomou emprestado e qual era
o prazo inicial se os juros previstos montavam R$ 648,00
4) Uma aplicação financeira tem prazo de 5 meses, rende juros à taxa de 1,8% ao mês, porém o
investidor deve pagar no ato do resgate um imposto de renda igual a 20% do valor dos juros
ganhos. Pede-se:
a) Qual o montante líquido (montante após o pagamento do imposto de renda) de uma aplicação
de R$ 4.000,00
Resultado: R$ 4.288,00
b) Qual o capital que deve ser aplicado para se obter um montante liquido de R$ 3.600,00
Resultado: R$ 3.358,21
5) Uma empresa obteve um empréstimo de R$ 200.000,00 a juros simples de 10% ao ano. Algum
tempo depois liquidou a dívida, inclusive juros, e tomou um novo empréstimo de R$ 300.000,00 a
juros simples de 8% ao ano.
Dezoito meses após o primeiro empréstimo, liquidou todos os seus débitos, verificando ter pago
R$ 35.000,00 de juros total nos dois empréstimos.
Determinar os prazos dos dois empréstimos.
Resultado: 3 e 15 meses.
3.2.1 - Conceito:
No regime de Juros Compostos, no fim de cada período de tempo a que se refere a taxa de juros
considerada, os juros devidos ao capital inicial são incorporados a este capital. Diz-se que os
juros são capitalizados, passando esse montante, (capital mais juros), a render novos juros no
período seguinte.
Este Regime é também conhecido como o Regime de “Juros sobre Juros”. Assim, neste
regime de capitalização, os juros produzidos no período n serão componentes da base de cálculo
dos juros do período n + 1.
O regime de juros compostos é o mais utilizado no sistema financeiro e, portanto, o mais útil para
cálculos de problemas do dia-a-dia.
FV = PV + J J = FV - PV PV = FV - J
PV = FV / ( 1 + i )n ;
FV = PV. ( 1 + i )n i = [ ( FV / PV ) 1/ n – 1 ] x 100
n = Ln ( FV / PV ) / Ln ( 1 + i )
Como: J = FV – PV e FV = PV. ( 1 + i )n
Logo: J = PV [ ( 1 + i )n – 1 ]
Importante:
Não se esqueça que a taxa [ i ] tem que ser expressa na mesma medida ( unidade ) de tempo de
[ n ].
Obs:
( 1 + i )n = FAC - Fator de Capitalização ou Fator de Acumulação de Capital, ou Fator de Valor
Futuro;
1 / ( 1 + i )n = FVA - Fator de Valor Atual ou Fator de Valor Presente.
Duas ou mais taxas são conceituadas como equivalentes a juros compostos, se quando aplicadas
a um mesmo capital, durante um mesmo período de tempo, porém, com períodos para
capitalização diferentes, produzirem juros e montantes iguais.
Obs:
No RCS, se duas taxas são proporcionais, elas também serão equivalentes.
No RCC, duas taxas proporcionais, não são equivalentes.
Exemplo:
1) Um capital de R$ 10.000,00 pode ser aplicado alternativamente a uma taxa de 24% ao ano ou
a 2% ao mês, durante um período de 2 anos. Diga se as duas taxas são equivalentes no RCS e
no RCC.
PV = 10.000
Dados: i1 = 24% a.a; i2= 2% a.m ; ( são proporcionais )
n1 = 2 anos ; n2 = 24 meses.
Sabemos que:
No RCS FV = PV ( 1 + i.n )
No RCS FV = PV ( 1 + i )n
Solução:
No RCS:
FV1 = PV ( 1 + i1. n1 ) FV1 = 10.000 ( 1 + 0,24.2 ) FV1 = 14.800
FV2 = PV ( 1 + i2. n2 ) FV1 = 10.000 ( 1 + 0,02. 24 ) FV1 = 14.800
Como os montantes são iguais, então podemos afirmar que:
No RCS, duas taxas proporcionais, são também equivalentes.
No RCC:
FV1 = PV ( 1 + i1 ) n1 FV1 = 10.000 ( 1,24 )2 FV1 = 15.376,00
FV2 = PV ( 1 + i2 ) n2 FV2 = 10.000 ( 1,02 )24 FV2 = 16.084,37
Como os montantes são diferentes, então podemos afirmar que:
No RCC, duas taxas proporcionais, não são equivalentes.
Iq = [ (1 + It ) q / t – 1 ] x 100
Onde:
Iq = Taxa equivalente que quero ( taxa procurada );
It = Taxa que tenho ( taxa dada );
q = Prazo que quero em dias (está relacionado à taxa que quero);
t = Prazo que tenho em dias (está relacionado à taxa que tenho).
1º Exemplo:
Qual a taxa anual equivalente a juros compostos a uma taxa de 1% ao mês?
Dados: It = 1% = 0,01; q = 360 ; t = 30
Solução Algébrica:
Iq = [ (1 + It ) q / t – 1 ] x 100
Iq = [ (1 + 0,01 ) 360 / 30 – 1 ]x100 Iq =[ (1,01 )12 – 1] x 100
1,01[ enter ] 12 [ Yx ] 1 [ - ] 100 [ x ] Iq = 12,68% a. a
Resultado: 12,68 % a.a. - taxa equivalente anual
2º Exemplo:
Qual a taxa semestral equivalente a juros compostos a uma taxa de 3% ao trimestre?
Dados: It = 3% = 0,03; q = 180 ; t = 90
Solução Algébrica:
Iq = [ (1 + It ) q / t – 1 ] x 100
[ f ] [ CLX ]
[ f ] [ R/S ]
[ f ] [ R ]
[ STO ] 0
[ RCL ] [ i ]
1
[%]
1
[+]
[ RCL ] 0
[ RCL ] [ n ]
[÷]
[ yx ]
1
[-]
1
0
0
[x]
[ g ] [ R ] 0 0
[ f ] [ R/S ]
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
57
1º) Coloque na tecla [ i ] o valor da taxa que você tem, ou seja, a taxa que foi dada ( fornecida )
na questão;
2º) Coloque na tecla [ n ] o número de dias referente à taxa que você tem, ou seja, a que foi
dada;
3º) Coloque na tecla [ R/S ] o número de dias referente à taxa que você quer, ou seja, a que
deseja obter.
1º Exemplo:
Qual a taxa anual equivalente a juros compostos a uma taxa de 1% ao mês?
Solução pelo Programa:
[ f ] [ CLX ] Limpa todos os registradores.
1º Passo
1[i ] Armazena a taxa a ser convertida;
2º Passo
30 [ n ] Introduz o prazo em dias da taxa dada ( que tenho) ;
3º Passo
360 [ R/S ] Introduz o prazo em dias da taxa desejada (que quero);
2º Exemplo:
Qual a taxa semestral equivalente a juros compostos a uma taxa de 3% ao trimestre?
Solução pelo Programa:
[ f ] [ CLX ] Limpa todos os registradores.
1º Passo
3[i ] Armazena a taxa a ser convertida;
2º Passo
90 [ n ] Introduz o prazo em dias da taxa dada ( que tenho) ;
3º Passo
3º Exemplo:
Qual a taxa diária equivalente a juros compostos a uma taxa de 1,5% ao bimestre?
1º Passo
1.5 [ i ] Armazena a taxa a ser convertida;
2º Passo
60 [ n ] Introduz o prazo em dias da taxa dada ( que tenho) ;
3º Passo
1 [ R/S ] Introduz o prazo em dias da taxa desejada (que quero);
Resultado: 0,0248 % a.d. - taxa equivalente diária.
4º Exemplo:
Qual a taxa quadrimestral equivalente a juros compostos a uma taxa de 20% ao ano?
1º Passo
20 [ i ] Armazena a taxa a ser convertida;
2º Passo
360 [ n ] Introduz o prazo em dias da taxa dada ( que tenho) ;
3º Passo
2) Admita que um banco esteja pagando 16,5% a.a. de juros na colocação de um título de sua
emissão. Calcular a taxa efetiva (equivalente) para os seguintes prazos:
Taxa nominal Temos uma taxa de juros nominal quando o prazo de formação e incorporação
dos juros ao capital inicial não coincide com aquele a que a taxa se refere.
Exemplos:
Taxa efetiva A taxa é dita efetiva, quando a unidade da taxa for igual ao período de
capitalização dos juros. é aquela cujo período de capitalização coincide com aquele a que ela
se refere. É a taxa efetivamente paga ou cobrada na unidade em que fornecida
Exemplos:
3% ao mês com capitalização mensal 3% ao mês;
15% ao ano com capitalização anual 15% ao ano;
0,15% ao dia com capitalização diária 0,15% ao dia;
Obs: Muito embora a taxa nominal seja utilizada em algumas operações financeiras, ela não
pode fazer parte dos cálculos, temos que transformá-la em sua taxa efetiva.
Exemplo 1: Taxa Nominal: 36% a.a capitalizada mensalmente a taxa é anual, porém os juros
são capitalizados, ou seja, são incorporados a cada mês.
Como 1 ano possui 12 meses, teremos 12 períodos de capitalização, assim a Taxa Efetiva
Mensal será: 36 / 12 = 3% a.m.
Exemplo 2: Taxa Nominal: 18% a.s capitalizada bimestralmente a taxa é semestral, porém os
juros são capitalizados, ou seja, são incorporados a cada bimestre.
Como 1 semestre possui 3 bimestres, teremos 3 períodos de capitalização, assim a Taxa Efetiva
Bimestral será: 18 / 3 = 6% a.b.
1) Para cada taxa nominal apresentada a seguir, pede-se calcular a taxa efetiva anual:
18% a.a capitalizado mensalmente; Resultado:19,5618%.
OBS: Use [ f ] 4
3.2.9 - Exercícios Resolvidos de Juros Compostos:
PV = 140.000; J = 59.090;
Dados: n = 2 anos 24 meses 8 trimestres
i=?
Solução Algébrica:
Sabemos que: FV = PV +J
Logo: FV = 140.000 + 59.090 FV = 199.090
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
62
Como: i = [ ( FV / PV ) 1/ n – 1 ] x 100
Temos: i = [ ( 199.090 / 140.000 ) 1/ 8 – 1 ] x 100
199.090 [ enter ] 140.000 [ ÷ ] 8 [ 1/x ] [ yx ] 1 [ - ] 100 [ x ] 4,50%
Resultado: 4,50% a.t
Solução com a HP-12C:
140.000 [ CHS ] [ PV ] 199.090 [FV ] 8 [ n ] [ i ] i = 4,50%
Resultado: i = 4,50% a.t
3. Uma pessoa depositou num banco um valor. Passados 6 meses da aplicação seu saldo era de
R$ 10.000,00 e passados mais 4 meses seu saldo era de R$12.000,00, calcule a taxa de juros e
o capital aplicado inicialmente.
10.000 12.000
0 .
6 10
PV = ?
Algebricamente teríamos:
Cálculo da taxa de juros: [ i ]
i = [ ( FV / PV ) 1/ n – 1 ] x 100 i = [ ( 12000 / 10000 ) 1/ 4 – 1 ] x 100
12000 [ enter ] 10000 [ ÷ ] 4 [ 1/x ] [ yx ] 1 [ - ] 100 [ x ] 4,6635%
Cálculo da do Valor Presente: [ PV ]
Como: PV = FV / ( 1 + i )n
Temos que: PV =12000 / (1,046635)10 ou: PV = 10000 / (1,046635 )6
Em ambas as expressões, teríamos:
6. Uma TV tela plana é vendida nas seguintes condições: R$ 1.800,00 a vista ou a prazo com
30% de entrada e mais um pagamento de R$ 1.450,00 em 90 dias. Determinar a taxa mensal de
juros simples cobrada na venda a prazo.
Solução Algébrica:
Sabemos que: PV = Preço a Vista - Entrada
Logo: PV = 1.800 – 540 PV = 1.260
Como: i = [( FV / PV ) 1/ n – 1] x100 i = [(1450 / 1260 ) 1/ 3 – 1] x100
1450 [ enter ] 1260 [ ÷ ] 3 [ 1/x ] [ yx ] 1 [ - ] 100 [ x ] 4,7931%
Opção A:
70000 [ CHS ] [ FV ] 8 [ n ] 2,5 [ i ] [ PV ] 57.452,26
60000 [ CHS ] [ FV ] 3 [ n ] 2,5 [ i ] [ PV ] 55.715,96
PV = 50.000,00 + 57.452,26 + 55.715,96 163.168,22
Opção B:
100000 [ CHS ] [ FV ] 6 [ n ] 2,5 [ i ] [ PV ] 86.229,69
50.000 [ CHS ] [ FV ] 2 [ n ] 2,5 [ i ] [ PV ] 47.590,72
PV = 30.000,00 + 86.229,69+ 47.590,72 163.820,41
1. Uma pessoa aplicou R$ 3.000,00 a juros compostos, à taxa de 36% ao ano com capitalização
trimestral, durante 6 meses.
a) Se houvesse aplicado por 18 meses teria tido o dobro do montante da aplicação por 6 meses;
Resp: Falsa
b) Se houvesse aplicado por 6 meses à taxa mensal equivalente à taxa dada, teria o mesmo
montante original; Use [ f ] 6. Resp: Verdadeira
c) Se houvesse aplicado por 6 meses e a capitalização fosse mensal, teria tido o mesmo
montante original; Resp: Falsa
Assinale a sentença falsa e verdadeira, justificando através de cálculos.
2. Uma compra pode ser paga por R$ 3.000,00 a vista ou financiada por meio de uma entrada de
10% e mais dois pagamentos mensais, o segundo 20% maior do que o primeiro. Sabendo-se que
o 1º pagamento ocorre no 4º mês e que a taxa de juros é de 27% a.a capitalizado
quadrimestralmente, calcule o valor dos pagamentos.
3. Um carro esta a venda por R$ 20.000,00 de entrada e R$ 20.000,00 para após 6 meses. Um
comprador propõe dar uma entrada e mais uma parcela de R$ 25.000,00 após 8 meses. Neste
caso, quanto deverá dar de entrada se a taxa de juros de mercado for de 3% ao bimestre?
Resp: R$ 16.091,38
Resp : R$ 50.033,42
5) Um Banco A oferece empréstimos pessoais a juros compostos a uma taxa de 40% ao ano. Um
Banco B pelo mesmo empréstimo e prazo, cobra juros compostos de 36 % a.a. capitalizados
mensalmente.
a) Em que Banco você tomaria o empréstimo?
b )Qual deveria ser a taxa nominal anual do Banco B, para que fosse indiferente para o tomador
do empréstimo a escolha do Banco?
Exemplo1: Seja o conjunto de capitais apresentados no fluxo de caixa abaixo. Vamos verificar se
esses capitais são equivalentes na data focal zero, admitindo uma taxa de juros compostos de
10%a.a.
Solução Algébrica:
Com relação à data focal 0, os valores 1.100; 1. 210; 1. 331 e 1. 464,10 representam os valores
futuros FV1, FV2, FV3 e FV4, e nesse caso temos que calcular seus valores presentes respectivos
PV1, PV2, PV3 e PV4.
PV1 = FV1 / (1+ i)n1 PV1 = 1.100 / (1,10 )1 PV1 = 1.000
PV2 = FV2 / (1+ i)n2 PV2 = 1.210 / (1,10 )2 PV1 = 1.000
PV3= FV3 / (1+ i)n3 PV2 = 1.331 / (1,10 )3 PV1 = 1.000
PV4 = FV4 / (1+ i)n4 PV4 = 1.464,10 / (1,10 )4 PV1 = 1.000
1.100 [ FV ] 10 [ i ] 1 [ n ] [ PV ] PV = 1.000
1.210 [ FV ] 10 [ i ] 2 [ n ] [ PV ] PV = 1.000
1.330 [ FV ] 10 [ i ] 3 [ n ] [ PV ] PV = 1.000
1.464,10 [ FV ] 10 [ i ] 3 [ n ] [ PV ] PV = 1.000
Logo vemos que os quatro títulos têm o mesmo valor presente [ PV ] na data focal zero, o que
implica que eles são equivalentes financeiramente, ou seja, tanto faz receber R$1.000,00 hoje,
como R$1.100,00 daqui a um ano, ou R$ 1.464,10 daqui a quatro anos, pois eles são
equivalentes financeiramente.
Exemplo 2:
Com a HP-12C,
1.100 [ PV ] 10 [ i ] 3 [ n ] [ PV ] PV = 1.464,10
1.210 [ FV ] 10 [ i ] 2 [ n ] [ PV ] PV = 1.464,10
1.330 [ FV ] 10 [ i ] 1 [ n ] [ PV ] PV = 1.464,10
Logo, por apresentarem os mesmos valores, os capitais são também equivalentes na data 4. Se
fizermos os cálculos para as datas 2 ou 3, veríamos que os capitais seriam também equivalentes
nessas datas.
Podemos afirmar então que uma vez constatada a equivalência para certa data focal, a mesma
permanecerá válida para qualquer outra data focal.
O valor atual ou valor presente de um conjunto de capitais, é a soma algébrica dos valores futuros
( FV ) do fluxo de caixa, transportados, ou seja, descapitalizados, (descontados), para a data focal
zero, à uma determinada taxa de juros.
Matematicamente
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
68
n
VA = PV= FVj / ( 1 + i )n :
j=1
Exemplo 3: Suponha que uma pessoa tenha uma carteira de aplicação em títulos de renda fixa
com datas de vencimento diferentes, conforme apresentado no fluxo de caixa abaixo
Admitindo-se uma taxa de juros ( desconto ) de 3% a.m, determine o valor atual (VA) desse
conjunto de capitais.
1. Um carro esta a venda por R$ 20.000,00 de entrada e R$ 20.000,00 para após 6 meses. Um
comprador propõe dar uma entrada e mais uma parcela de R$ 25.000,00 após 8 meses. Neste
caso, quanto deverá dar de entrada se a taxa de juros de mercado for de 2% a.m?
Solução:
Fluxo de Caixa:
1ª Opção:
meses
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
69
0 6
20.000 20.000
Fluxo de Caixa:
2ª Opção:
meses
0 8
X=? 25.000
Pelo princípio da equivalência financeira, temos que igualar os valores atuais dos dois fluxos.
meses
0 6
100.000 70.000
Fluxo de Caixa:
2ª Opção:
3 meses
0 9
150.000 X=?
Pelo princípio da equivalência financeira, temos que igualar os valores atuais dos dois fluxos.
Valor Atual do 1º fluxo:
70.000 [ CHS ] [ FV ] 2 [ i ] 6 [ n ] [ PV ] 62.158,00
VA = 100.000 ( valor que está na data 0) + 62.158,00
VA = 162.158,00
Resp: R$ 147.148.06.
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
71
2. Na venda de um barco, a loja Náutica S.A, oferece duas opções a seus clientes:
R$ 30.000,00 de entrada, mais duas parcelas semestrais, sendo a 1ª de R$ 50.000,00 e
a 2ª de R$ 100.000,00.
Sem entrada, sendo o pagamento efetuado em 4 parcelas trimestrais, sendo as duas
primeiras de R$ 40.000,00 e as duas últimas de R$ 50.000,00.
Qual é a melhor alternativa para o comprador, se considerarmos a taxa de juros de 21% ao ano
com capitalização quadrimestral? Resp: 1ª alternativa, pois apresenta menor valor atual.
BONS ESTUDOS!
"Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar
o melhor de si."
(Ayrton Senna)
MÓDULO 04
Quando um título de crédito (letra de cambio, promissória, duplicata) ou uma aplicação financeira
é resgatado antes de seu vencimento, o título sofre um Abatimento, que é chamado de Desconto.
D = FV – PV
Valor Nominal ( FV ): É o valor do título de crédito, no dia do seu vencimento. È também chamado
de Valor de Face do título de crédito.
Valor Atual ( PV ): Antes do vencimento, o título de crédito pode ser resgatado por um valor
menor que seu valor nominal, denominado de: Valor Líquido Recebido, Valor Líquido Liberado, ou
Valor Atual do Título.
Ou seja,
Valor Atual: È o Valor Presente de um título de crédito e que corresponde efetivamente ao valor
pago (recebido) por este título, na data de seu resgate,
Como: D = FV – PV PV = FV – D
Nesse tipo de desconto, a taxa de juros ou de desconto incide sobre o Valor Atual do Titulo ( PV ).
Dr = PV. i . n ou: Dr = FV . i . n
(1+i.n)
PVr = FV - Dr PVr = FV
(1+i.n)
Exemplo 1: Um título com valor de face ( valor nominal ) de R$ 270,00, foi resgatado
racionalmente 2 meses antes de seu vencimento a 3 % a.m.. Qual o valor atual do título e qual
o valor do desconto?
Dados:
FV = R$ 270,00 ; n = 2 meses ; i = 3 a.m. = 0.03 a.m.
Solução:
PVr = FV PVr = 270
( 1 + i. n ) ( 1 + 0,03. 2 )
270 [ENTER} 0.03 [ENTER] 2 [x] 1 [+] [÷]
PVr= R$ 254,72
Como Dr = FV – PVr Dr = 270 – 254,72
270 [ENTER] 254.72 [-]
Dr = R$ 15,28
Nesse tipo de desconto, a taxa de juros ou de desconto incide sobre o Valor Nominal do Titulo
( FV ). Pode ser entendido como sendo os juros simples calculados sobre o valor nominal do
título;
Dc = FV . ic . n
Onde:
Dc = Desconto Comercial;
FV = Valor Nominal do Título;
ic = Taxa de desconto comercial;
n = Período considerado,
Valor Atual Comercial é determinado pela diferença entre o valor nominal FV e o desconto
comercial Dc.
PVc = FV - Dc PVc = FV ( 1 - i . n )
Desconto Bancário
Desconto Bancário é quando se adiciona ao valor do desconto comercial (Dc) as taxas e/ou
impostos ( t ) cobradas pelos bancos e que incidem sobre o valor nominal do título ( FV ).
Exemplo 3: Uma empresa descontou uma duplicata de valor nominal R$ 300.000,00, 2 meses
antes de seu vencimento, a uma taxa de desconto comercial de 2,5%a.m. O banco cobrou 1% de
taxa administrativa e mais 0,0041% a.d de IOF( Imposto sobre Operação Financeira), que
incidiram sobre o valor nominal do titulo. Determine o valor que foi depositado na conta da
empresa e qual a taxa efetiva da operação.
Dados:
FV = 300.000; i = 2,5% a.m = 0,0025 ; n = 2 ;
t1 = 1% = 0,01 ; t2 = IOF = 0,0041% = 0,000041
Solução:
Db = Dc + t1 FV + t2 FV
Db = 300.000. 0,025. 2 + 0,01. 300.000 + 0,000041. 60. 300.000
Db = 15.000 + 3.000 + 738 Db = 18.738
Como PVb = FV – Db PVb = 300.000 – 18.738
Resultado: PVb = R$ 281.262,00
1. Uma Nota Promissória foi descontada a uma taxa de 2,50% a.m., com valor nominal de R$
80.000,00, sendo o valor recebido de R$ 68.000,00. Se a antecipação foi feita pelo critério de
desconto “por fora”, qual foi o prazo da antecipação?
Dados:
FV = 80.000; i = 2,5% a.m = 0,025 ; PV = 68.000; n = ? ;
Solução:
Da fórmula: PVc = FV ( 1 - i . n ) n = [ (1 – PVc / FV) ] / i
Então: n = [ (1 – 68.000 / 80.000) ] / 0,025 n = 6
Resultado: 6 meses
2. Um título foi descontado com uma taxa de 4% a.m., 60 dias antes de seu vencimento, através
de uma operação de desconto comercial simples. Se o valor recebido foi de R$ 40.000,00, qual
o valor nominal do título e qual o valor do desconto?
Dados: i = 4% a.m = 0,04 ; PV = 40.000; n = 60 dias n = 2 meses;
FV = ?; Dc = ?
Solução:
Da fórmula: PVc = FV ( 1 - i . n ) FV = PVc / ( 1 - i . n )
Então: FV = 40.000 / ( 1 – 0,04 . 2 ) FV = 43.478,26
Da fórmula: Dc = FV . i . n Dc =43.478,26. 0,04. 2 Dc = 3.478,26
Resultado:R$ 43.478,26 e R$ 3.478,26
3. Uma empresa deseja descontar duas duplicatas num banco que lhe oferece uma taxa de
desconto comercial simples de 2%a.m. Sabendo-se que a 1ª duplicata é de R$ 10.000,00 e
tem vencimento dentro de 3 meses e que a 2ª duplicata é de R$20.000,00 e tem vencimento
dentro de 6 meses. Determinar o valor a ser creditado pelo banco na conta da empresa.
Dados:
i = 2% a.m = 0,02 ; FV1 = 10.000; FV2 = 20.000; n1= 3meses;
n2 = 6 meses; PVc0 = Valor Atual das duas duplicatas ( Hoje ) ?
Solução:
Da fórmula: PVc = FV ( 1 - i . n )
Temos que: PVc1 = FV1 ( 1 - i . n1 ) e PVc2 = FV2 ( 1 - i . n2 )
Então:
PVc1 = 10.000 ( 1 – 0,02 . 3 ) PVc1 = 9.400
PVc2 = 20.000 ( 1 – 0,02 . 6 ) PVc2 = 17.600
Como: PVc0 = PVc1+PVc2 PVc0 = 9.400+17.600 PVc0 = 27.000
Resultado: R$ 27.000,00
4. Um banco anuncia que sua taxa de juros é a menor do mercado, cobrando apenas 3% de taxa
administrativa. Exemplifica dizendo que, para 6 meses, um título de R$ 45.000,00, sofrerá um
desconto de apenas R$ 8.550,00. Qual é a taxa anual de desconto comercial considerada?
Dados:
t = 3% = 0,03; n= 3 meses; FV = 45.000; Db = 8.550
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
77
Solução:
Da fórmula: Db = FV ( i.n + t ) i = ( Db – FV.t ) / FV.n Logo: i = ( 8.550 – 45.000.
0,03 ) / 45.000.6 i = 0,0267 a.m
i = 0,0267. 12 i = 0,3204 a.a i = 0,3204.100 i = 32,04
Resultado: 32,04 % a.a.
5. O portador de um título de R$ 80.000,00 resolveu descontá-lo 4 meses antes do vencimento,
com desconto simples “por fora” de 3% ao mês, e aplicar a juros simples, o valor recebido a
uma taxa de 3,5% ao mês, pelo mesmo período. Fez ele bom negócio ou teria sido melhor
aguardar o vencimento do título? Justifique através de cálculos.
Dados:
Solução:
Da fórmula: PVc = FV ( 1 - i . n ) PVc = 80.000 ( 1- 0,03. 4 )
PVc = 70.400
Aplicando esse valor à taxa de juros simples de 3,5% a.m ,obteremos: FV = PV ( 1 + i.n ) FV =
70.400 ( 1 + 0,035. 4) FV = 80.256
Resultado: Sim, pois o valor final obtido de R$80.256, é superior em R$ 256,00 aos R$
80.000,00 do título original.
FV = PV ( 1 + I ) n PV = FV / ( 1 + I ) n
Logo:
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
78
Dr = PV ( 1 + I ) n – PV Dr = PV [ ( 1 + I ) n – I ]
PV = Dr / [ ( 1 + I ) n – I ]
Exemplo 1: O valor do desconto de uma nota promissória, que vence em 36 meses, é de R$
11.318,19. Admitindo-se que é utilizada uma taxa de 2 % a.m. de desconto racional composto,
qual o valor nominal do título?
Dados:
Dr = R$ 11.318,19
i = 2 % a.m. = 0.02 a.m.
n = 36 meses;
FV = ?
Solução:
Pela fórmula: PV = Dr / [ ( 1 + I ) n – I ]
Temos que: PV = 11.318,19 / [ ( 1,02 )36 – I ]
11318.19 [ENTER] 1.02 [ENTER] 36 [y x] 1 [-] [÷]
PV = R$ 10.884,05
Como:
FV = PV + Dr FV = 10.884,05 + 11.318,19 FV = 22.202,24
Resultado: FV = R$ 22.202,24
Exemplo 2: Um título de R$60.000,00 foi resgatado 3 meses antes de seu vencimento, a uma
taxa de juros compostos de 3% a.m. Determine o valor atual desse título segundo o critério
racional composto.
Dados:
FV = R$ 60.000,00
i = 3 % a.m. = 0.03 a.m.
n = 3 meses;
PV = ?
Solução Algébrica:
n
Pela fórmula: PV = FV / ( 1 + I )
Temos que: PV = 60.000 / ( 1,03)3
60000 [ENTER] 1.03 [ENTER] 3 [yx] [÷]
Resultado: PV = R$ 54.908,50
Solução com a HP-12C ( Financeira):
60.000 [ FV ] 3 [ n ] 3 [ I ] [ PV ] PV = 54.908,50
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
79
Resultado: PV = R$ 54.908,50
PV = FV ( 1 – i)n FV = PV / ( 1 – i )n
DC = FV – PV DC = FV [ 1 - ( 1 – i )n ]
Exemplo 1:
Uma duplicata no valor de R$28.800,00, com 120 dias para seu vencimento é descontada com
desconto comercial composto, a uma taxa de 2,5% ao mês. Calcular o valor líquido creditado na
conta e o valor do desconto concedido.
Solução:
1) Um título com valor de face ( valor nominal ) de R$ 270,00, foi resgatado racionalmente 2
meses antes de seu vencimento a uma taxa simples de 3 % a.m.. Qual o valor atual do título e
qual o valor do desconto? Resp: PVr= R$ 254,72 e Dr = R$ 15,28.
3) Um título foi descontado com uma taxa simples de 4% a.m., 60 dias antes de seu vencimento,
através de uma operação de desconto comercial. Se o valor recebido foi de R$ 40.000,00, qual
o valor nominal do título e qual o valor do desconto?
Resp: R$ 43.478,26 e R$ 3.478,26
4). Uma duplicata de R$ 80.000,00 foi descontada 6 meses antes do vencimento e o valor
recebido nesta data foi de R$ 68.000,00. Qual a taxa simples de desconto “por fora” da
operação? Resp: 2,50% a.m
9). Por um titulo de R$ 15.000,00 pelo prazo de 6 meses, o cliente recebeu o valor liquido de R$
12.525,00. Se a taxa de juros for fixada em 27% a.a., existirá taxa de serviço cobrada no
desconto bancário?
Resp: Sim, 3%
11) Calcule o desconto de um título de valor nominal R$ 600,00, descontado 5 meses antes do
vencimento a uma taxa de desconto racional composto igual a 4% a.m.
Resp.:R$ 106,84
13) Uma empresa possui uma nota promissória com vencimento para 90 dias e valor nominal
igual a R$ 34.000,00. Se a empresa descontasse por dentro esse titulo a uma taxa de juros
compostos igual a 5% a.m., qual seria o valor líquido recebido?
Resp.: R$ 29.370,48
14) Uma nota promissória no valor de R$ 60.000,00 foi resgatada 68 dias antes do vencimento
com uma taxa de desconto por dentro de 15% ao ano. Determine o valor do principal dessa
operação no regime de juros compostos. Resp.: R$ 58.436,76
15) Uma duplicata no valor de R$ 8.000,00 foi descontada 4 meses antes do vencimento, a uma
taxa de desconto comercial composto igual a 3% a.m. Calcule o valor líquido da operação e o
desconto sofrido pelo título. Resp.: R$ 7.082,34 e R$ 917,66.
16) Um título com vencimento no prazo de 1 ano tem valor nominal de R$ 27.000,00. Sabendo-se
que esse título foi descontado 5 meses antes do seu vencimento, num banco que cobra 0,3% de
taxa administrativa e que a taxa corrente de desconto racional composto é de 2 % ao mês.
Quanto recebeu o proprietário do título?
Resp.: R$ 24.373,73.
BONS ESTUDOS!
( Plutarco )
MÓDULO 05
5.1- Introdução
Até agora temos lidado com situações cujos fluxos de caixa eram apenas um Valor Presente e um
Valor Futuro.
Na maioria das vezes, entretanto, muitos negócios são liquidados com vários pagamentos
uniformes (iguais), como é o caso, por exemplo, da aquisição de veículos, terrenos, casas,
eletrodomésticos, etc.
Este módulo trata da teoria que rege as séries uniformes de pagamentos ou recebimentos
( prestações ).
Em que consistem, na prática, as séries de pagamentos? São as prestações que você já conhece
de um carnê da loja que realizou uma compra, ou o valor das prestações que você ainda não
conhece, mas deseja conhecer, para poder tomar uma decisão, em adquirir ou não sua casa
própria, uma TV, por exemplo, ou um outro bem qualquer.
Como você já percebeu, as séries de pagamentos estão muito presentes em nosso dia-a-dia, de
modo que é importantíssimo, para sua “saúde financeira” ou de sua empresa, saber como
calcular as taxas de juros envolvidas nessas operações financeiras.
5.2 - Conceito:
Se a série tiver como objetivo a construção do capital, este será o Montante [ FV ] da série, ao
contrário, ou seja, se o objetivo for a amortização de um capital, este será o Valor Atual [ PV ] da
série.
O valor das prestações de uma série uniforme é identificado na HP-12C, pela 4ª tecla da linha
financeira [ PMT ] que vem do inglês “Periodic Payment” = Pagamento Periódico.
a. Quanto ao Prazo:
Temporárias – quando apresentam um número finito de termos.
Exemplo: venda de um carro financiado em 36 parcelas;
c. Quanto à Periodicidade:
Periódicas – quando todos os períodos são iguais.
Exemplo: Aluguéis mensais;
Obs: Visando obter uma maior praticidade, ilustraremos neste módulo apenas as séries
uniformes, com as seguintes características:
Série Uniforme Finita,
Periodicidade Constante;
O montante de uma renda corresponde à soma dos depósitos (termos) individuais, durante n
períodos, a uma taxa i de juros.
Devemos lembrar que o valor presente [PV] da série de n termos da renda, no instante zero, deve
ser equivalente ao montante [FV] no instante zero.
Fórmula Algébrica: FV = PMT [ ( 1 + i )n – 1 ] / i
Fluxo de Caixa:
FV
0 1 2 3
|
PMT PMT PMT
Onde:
Dados:
PMT = R$ 500,00
n = 12 mêses
i = 1,5 % a.m. = 0,015 a.m.
Pede-se: FV = ? e J = ?
FV = PMT. [(1 + i)n - 1] / i
Solução Algébrica:
FV = 500 [ (1,015 )12 - 1 ] / 0,015
1.015 [ENTER] 12 [ yx ] 1 [ - ] 0.015 [ ÷ ] 500 [ x ]
Resultado: R$ 6.520,61
J = FV – ( PMT . n )
J = ( 6.520,61 – 500 . 12 )
Resultado: J = 520,61
Fórmula Algébrica:
PMT = FV [ i / (1 + i)n - 1 ]
Dados:
FV = R$ 5.000,00 Pede-se: PMT = ?
n = 12 mêses
i = 1.5 % a.m. = 0,015 a.m. PMT = FV. [ i / (1 + i)n - 1]
Solução Algébrica:
PMT = 5.000.[ 0,015 / ( 1,015 )12 - 1 ] R$ 383,40
0,015 [ ENTER ] 1,015 [ ENTER ]12[ yx ] 1[ - ] [ ÷ ]5.000 [ x ]
O Valor Atual (ou Presente) de uma Renda equivale ao valor de uma dívida (empréstimo, valor à
vista de um bem) que será pago em prestações.
Fórmula Algébrica:
PV = PMT [ ( 1 + i )n – 1 / ( 1 + i )n. i ]
[ ( 1 + i )n – 1 / ( 1 + i )n. i ] = Fator de Valor Atual - FVA
Fluxo de Caixa:
PV 1 2 3
Solução Algébrica:
PV = PMT [ ( 1 + i )n – 1 / ( 1 + i )n. i ]
Exemplo 4 :
Um carro cujo preço a vista é de R$ 30.000,00, é financiado através de uma entrada de 10% e
mais 36 prestações mensais postecipadas a uma taxa de 2,5% a.m. Determine o valor da
prestação e o valor dos juros pagos.
Dados:
Preço a Vista = R$ 30.000,00; Entrada: 10% de 30.000 = 3.000
Como:
PV = Preço a Vista – Entrada PV = 30.000 – 3.000 = 27.000
n = 36 prestações ; i = 2,5% a.m.= 0,025
Solução Algébrica:
PMT = PV . [ (1 + i)n . i / (1 + i)n – 1 ]
O montante de uma renda antecipada difere do montante de uma renda postecipada no tocante à
ocorrência do 1º depósito, que como sabemos na série antecipada ocorre no ato, ou seja, na data
zero.
Fórmula Algébrica:
FV = PMT [ ( 1 + i )n – 1 ] ( 1 + i )
i
Fluxo de Caixa:
FV
0 1 2 3..................... n-1
.................................. PMT.............................
Exemplo 5 : Quanto receberá uma pessoa que faz depósitos mensais antecipados no valor de
R$ 500,00, em um fundo de investimento, durante 12 meses, á taxa de 1,5% a.m.
Dados:
PMT = R$ 500,00 Pede-se: FV = ?
n = 12 meses
i = 1,5 % a.m. = 0,015 a.m. FV = PMT [ ( 1 + i )n – 1 ] ( 1 + i )
i
Solução Algébrica:
FV = 500 [ (1,015 )12 - 1 ] / 0,015 ] ( 1,015 )
1.015 [ENTER]12 [ yx ] 1 [ - ] 0.015 [ ÷ ] 500 [ x ] 1,015 [ x ]
Resultado: R$ 6.618,42
[ FV ] = R$ 6.618,42
OBS: Para fluxos de caixa antecipados, devemos sempre pressionar a tecla [ g ] e a tecla
[ BEG ]. Aparecerá no visor a palavra “BEGIN” = Início = começo.
Para tirarmos “BEGIN”do visor, pressionamos a tecla [ g ] e a tecla [END], que a HP, voltará a
operar com fluxos postecipados..
Fórmula Algébrica:
PMT = FV [ i / (1 + i)n - 1 ] ÷ ( 1 + i )
Exemplo 6 : Quanto uma pessoa deve depositar em um banco, no início de cada mês, para obter
um montante de R$ 5.000,00 daqui a 12 meses, sabendo-se que a taxa de juros é de 1,5 % a.m ?
Dados:
FV = R$ 5.000,00 Pede-se: PMT = ?
n = 12 mêses
i = 1.5 % a.m. = 0,015 a.m. PMT = FV [ i / (1 + i)n - 1 ] ÷ ( 1 + i )
Solução Algébrica:
PMT = 5.000.[ 0,015 / ( 1,015 )12 - 1 ] ÷ ( 1,015 )
0,015 [ENTER] 1,015 [ENTER]12[ yx ] 1[ - ] [ ÷ ] 5.000 [ x ]1,015 [ ÷ ]
Resultado: R$ 377,73
Fórmula Algébrica:
PV = PMT [ ( 1 + i )n – 1 / ( 1 + i )n. i ] ( 1 + i )
Fluxo de Caixa:
PV
0 1 2
..............PMT............
Onde:
PV = Valor Atual ou Presente de uma Renda com 3 termos (Pagamentos)
Dados:
PMT = 280 ; n = 12 ; i = 2% a.m = 0,02 ; Pede-se: PV ?
Solução Algébrica:
PV = PMT [ ( 1 + i )n – 1 / ( 1 + i )n. i ] ( 1 + i )
Fórmula Algébrica:
Dados:
Preço a Vista = R$ 30.000,00 ; Entrada: 10% de 30.000 = 3.000
Como:
PV = Preço a Vista – Entrada PV = 30.000 – 3.000 = 27.000
n = 36 prestações ; i = 2,5% a.m.= 0,025
Solução Algébrica:
As rendas diferidas são aquelas em que os pagamentos ou depósitos ocorrem após o primeiro
período, denominado prazo ou período de carência.
Ilustramos abaixo um Fluxo de Caixa de uma Renda de 5 termos, com 3 períodos de carência, ou
seja, o 1º pagamento ocorre no 4º mês da operação financeira:
PV .
0 1 2 3 4 5 6 7 8
PMT
Exemplo 9 : Qual o preço a vista de uma TV tela plana, que foi adquirida em 5 prestações
mensais de R$ 400,00, com 3 meses de carência, ou seja, com o 1º pagamento no 4º mês da
compra, sendo a taxa de juros 4 % a m. ?
Solução:
1º Passo: Calculamos o valor atual [ PV ] da série de 5 pagamentos na data 4. Para isso
usamos [ g ] [ BEG ].
Solução com a HP:
[ g ] [ BEG ].
400 [ CHS ] [ PMT ]
5[n]
4[I]
[ PV ] = R$ 1.851,96
2º Passo: Transportamos, ou seja, descapitalizamos R$ 1.851,96 (que passa a ser FV), para a
data focal zero.
1.851,96 [ FV ]
4 [ n ] período de carência;
4[i]
Resultado: [ PV ] = R$ 1.583,06 Preço a vista da TV.
1) Uma pessoa faz depósitos mensais durante 3 anos numa instituição financeira que paga 1,5%
ao mês de juros. No 1º ano, seus depósitos são de R$ 3.000,00, no 2º ano de R$ 5.000,00 e no
3º ano de R$ 8.000,00. Qual o seu montante no final do 3º ano, após fazer o 36º depósito?
Resp: R$ 238.218,58
2) Uma casa foi comprada com uma entrada de R$ 10.000,00, mais 50 prestações mensais de
R$ 1.300,00, além de 4 parcelas anuais de R$ 3.000,00 cada uma. Passados 5 anos da compra,
seu proprietário deseja vendê-la. Que preço mínimo ele deve pedir se a taxa de mercado é de 4%
ao mês nesse período?
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
94
Resp: R$ 443.492,62.
Considerando-se uma taxa de juros de 5% a.m, diga qual a melhor opção de pagamento para o
comprador.
Resp: Opção b, menor PV.
Qual o valor a vista do imóvel, sabendo-se que a taxa de juros do financiamento é de 3,5% ao
mês e que o tempo estimado entre o sinal e a entrega das chaves é de 4 meses?
Resp: R$ 55.420,29
BONS ESTUDOS!
“ Não fique preocupado com suas dificuldades em Matemática. Eu posso lhe assegurar
que as minhas são ainda maiores”
(Albert Einstein)
MÓDULO 06
Os empréstimos podem ser: de curto, médio e longo prazo. Os empréstimos de curto e médio
prazo caracterizam-se, normalmente, por serem saldados em até 12 meses. Consistem em
operações de crédito realizadas pela empresa, para suprir necessidades de Capital de Giro,
geralmente.
O valor desses empréstimos [ PV ] deverá ser restituído à instituição financeira, acrescido da sua
remuneração ( Juros ).
Assim, quando se contrai uma dívida, o devedor se compromete a devolver o capital emprestado
acrescido dos juros, que é a remuneração do capital. Como a remuneração do capital depende do
regime de juros adotados, geralmente este regime é determinado pelo prazo em que o
empréstimo é efetuado.
Para os casos de empréstimos de curto prazo (inferior a 1 ano) costuma-se utilizar o Sistema de
Juros Simples, sendo que as formas mais frequentes de se quitar o débito são:
I. O principal e os juros são pagos somente no final do período do empréstimo ( PV + J ), ou
comumente chamado de “principal mais encargos no final”.
II. Os juros devidos ao principal, pelo período total do empréstimo, são cobrados
antecipadamente, ou seja, no próprio momento em que se contrai a dívida.
Isto é conhecido como encargos antecipados, principal no final, e é, praticamente, a única forma
de financiamento a juros simples que existe no mercado, atualmente.
É o que ocorre no desconto de duplicatas. Se o comerciante entregar duplicatas com valor de
face, de R$10.000,00, por exemplo, receberá somente R$ 8.700,00, se a taxa de desconto
comercial for de 3% a.m, o resgate antecipado for de 4 meses e o banco cobrar ainda 1% de taxa
administrativa sobre o valor da duplicata.
Db = FV.i.n + t.FV
Db = 10.000. 0,03. 4 + 0,01. 10.000
Resultado: Db = 1.300
Como:
PVb = FV – Db PVb = 10.000 – 1.300
No vencimento das duplicatas, o banco recebe o seu Valor de Face ( Valor Nominal da
Duplicata ). .
FV = 10.000
0 4
Db = 1.300 FV = 10.000
PV =10.000
0 1 2 3 4
.................J = 1.000...............
FV = 11.000
O regime estipulado para a remuneração de capitais emprestados a longo prazo (mais de 1 ano),
costuma ser o Sistema de Juros Compostos. Os métodos mais utilizados no Brasil, para o
resgate de empréstimos de longo prazo, em que os juros são calculados sobre o saldo devedor,
são:
Sistema Francês de Amortização / Sistema “PRICE”;
Sistema de Amortização Constante - SAC.
Antes de apresentarmos as características principais dos dois sistemas, vamos conceituar alguns
termos de uso corrente na aplicação dos mesmos.
Conceitos:
Prestação – soma da parcela da amortização, com a parcela dos juros e outros encargos
financeiros, pagos em um dado período;
Este sistema também é conhecido pelos nomes: Sistema Price ou Sistema de Prestações
Constantes e é muito utilizado nas compras a prazo de bens de consumo, CDC - Crédito Direto
ao Consumidor e amplamente adotado no mercado financeiro do Brasil.
Neste sistema, o valor do financiamento (PV) é pago em prestações (PMT) iguais, periódicas e
sucessivas, constituídas de duas parcelas: uma relativa à amortização do principal (A) e outra
relativa aos juros (J), sobre o Saldo Devedor (SD).
Ou seja: PMT = A + J
Obs: O Sistema Price, também conhecido como Tabela Price, é um caso particular do Sistema
Francês de Amortização e apresenta as seguintes características:
A taxa de juros contratada é dada em termos nominais. Na prática, esta taxa é dada em
termos anuais;
As prestações têm período menor que aquela a que se refere a taxa. Em geral, as
amortizações são mensais;
Exemplo 1 :
1) Um banco empresta R$ 10.000,00, para ser pago em 5 parcelas anuais, sem carência, à uma
taxa de juros de 10% a.a. Elabore a planilha de financiamento pelo Sistema Francês de
Amortização.
Dados:
PV = 10.000,00; n = 5; i = 10% a.a = 0,10
A = PMT – J
O saldo devedor do período é obtido pela subtração da amortização do período (n) do saldo
devedor do período anterior (n-1).
SDn = SDn-1 – An
Obs: Para calcular o valor dos juros, o valor da amortização e o valor do saldo devedor, dos
outros 4 anos ( as outras 4 linhas anuais da planilha ), obedecemos a mesma sequencia dos três
últimos passos acima.
Em seguida teclamos:
1 [ f ] [ AMORT ] Calcula J1 = 1.000
[ X><Y ] Calcula A1= 1.637,97
[ RCL ] [ PV ] Calcula SD1 = 8.362,03
n SD A J PMT
0 10.000,00 – – –
1 8.362,03 1.637,97 1.000,00 2.637,97
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
102
Obs: O saldo devedor de R$ 0,03 não significa que você ficará devendo após ter pago todas as
prestações e tampouco que a financeira não receberá o inicialmente pactuado, pois o valor do
principal e os juros estão calculados na prestação. Esse saldo decorre apenas do processo de
arredondamento dos cálculos.
6.3.1.2 - Sistema Francês com prazo de carência e pagamento dos juros no período de
carência
Neste caso, é dado ao devedor um prazo durante o qual ele pagará apenas os juros da dívida,
sem amortizá-la durante essa carência.
Exemplo 2 :
Um banco empresta R$ 10.000,00, para ser pago em um prazo total de 7 anos, em parcelas
anuais, com carência de 2 anos, com pagamento dos juros no período de carência, à uma taxa
de juros de 10% a.a. Elabore a planilha de financiamento pelo Sistema Francês de Amortização.
Dados:
PV = 10.000,00 ; n = 7 ; i = 10% a.a = 0,10 ; carência : 2 anos
6.3.1.3 - Sistema Francês com prazo de carência e capitalização dos juros na carência
Neste caso, durante o período de carência, o devedor não paga os juros da dívida, que são
capitalizados no saldo devedor.
Exemplo 3 :
Um banco empresta R$ 10.000,00, para ser pago em um prazo total de 7 anos, em parcelas
anuais, com carência de 2 anos, e com capitalização dos juros no saldo devedor, à uma
taxa de juros de 10% a.a. Elabore a planilha de financiamento pelo Sistema Francês de
Amortização.
1 [ f ] [ AMORT ]
[ X><Y ]
[ RCL ] [ PV ]
n SD A J PMT
0 10.000,00 – – –
1 11.000,00 – – –
2 12.100,00 – – –
3 10.118,05 1.981,95 1.210,00 3.191,95
4 7.937,91 2.180,14 1.011,81 3.191,95
5 5.539,75 2.398,16 793,79 3.191,95
6 2.901,78 2.637,97 553,98 3.191,95
7 0,01 2.901,77 290,18 3.191,95
TOTAL – 12.099,99 3.859,76 15.959,75
Importante:
Exemplo 4 :
Qual o total acumulado das parcelas dos juros, do total das amortizações, até à 30ª prestação de
um empréstimo de R$ 50.000,00, pelo Sistema Francês, num prazo de 3 anos, pagos em
parcelas mensais e a uma taxa de juros de 2% a.m. Diga também o saldo devedor nesse
instante?
Dados:
PV = 50.000 ; n = 36 parcelas mensais ; i = 2% a.m.
Em sequencia digite:
30 [ f ] [ AMORT ] 19.837,31 ( total acumulado dos juros até a 30º prestação );
[ x > < y ] 39.0112,89 ( total acumulado das amortizações até a 30º prestação );
[ RCL] [ PV ] 10.988,11 ( saldo devedor após ter pago a 30º prestação );
Solução:
Reiniciam-se as operações acima até 30 [ f ] [ AMORT ] = 19.837,31 e em sequencia digitamos as
teclas:
As amortizações do Principal são sempre iguais em todo o prazo da operação e seu valor
é obtido através da divisão do capital emprestado pelo número de prestações;
Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, que decresce a cada pagamento da
amortização, são decrescentes nos períodos;
Vamos realizar o preenchimento da planilha SAC, utilizando o mesmo exemplo, dado no Sistema
Francês ( Price ).
Exemplo 5 :
Um banco empresta R$ 10.000,00, para ser pago em 5 parcelas anuais, sem carência, à uma
taxa de juros de 10% a.a. Elabore a planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização
Constante - SAC.
Dados:
PV = 10.000,00; n = 5; i = 10% a.a = 0,10
Os valores das prestações, dos juros e do saldo devedor, são obtidos através das mesmas
fórmulas utilizadas no Sistema Francês. Ou seja:
n SD A J PMT
0 10.000,00 – – –
1 8.000,00 2.000,00 1.000,00 3.000,00
2 6.000,00 2.000,00 800,00 2.800,00
3 4.000,00 2.000,00 600,00 2.600,00
4 2.000,00 2.000,00 400,00 2.400,00
5 0 2.000,00 200,00 2.200,00
TOTAL – 10.000,00 3.000,00 13.000,00
6.3.2.2 - Sistema SAC com prazo de carência e pagamento dos juros no período de
carência
Neste caso, é dado ao devedor um prazo durante o qual ele pagará apenas os juros da dívida,
sem amortizá-la durante essa carência.
Exemplo 6 :
Um banco empresta R$ 10.000,00, para ser pago em um prazo total de 7 anos, em parcelas
anuais, com carência de 2 anos, com pagamento dos juros no período de carência, à uma taxa
de juros de 10% a.a. Elabore a planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização Constante
- SAC.
Dados:
PV = 10.000,00; n = 5; i = 10% a.a = 0,10 ; carência : 2 anos
n SD A J PMT
0 10.000,00 – – –
1 10.000,00 – 1.000,00 1.000,00
2 10.000,00 – 1.000,00 1.000,00
3 8.000,00 2.000,00 1.000,00 3.000,00
4 6.000,00 2.000,00 800,00 2.800,00
5 4.000,00 2.000,00 600,00 2.600,00
6 2.000,00 2.000,00 400,00 2.400,00
7 0 2.000,00 200,00 2.200,00
TOTAL – 10.000,00 5.000,00 15.000,00
6.3.2.3 - Sistema SAC com prazo de carência e capitalização dos juros na carência
Neste caso, durante o período de carência, o devedor não paga os juros da dívida, que são
capitalizados no saldo devedor.
Exemplo 7 :
Um banco empresta R$ 10.000,00, para ser pago em um prazo total de 7 anos, em parcelas
anuais, com carência de 2 anos, e com capitalização dos juros no saldo devedor, à uma
taxa de juros de 10% a.a. Elabore a planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização
Constante - SAC.
Dados:
PV = 10.000,00 ; n = 7 ; i = 10% a.a = 0,10 ; carência : 2 anos
Inicialmente corrigimos os saldos devedores dos anos 1 e 2, ou seja, capitalizamos os juros
nesses anos.
n SD A J PMT
0 10.000,00 – – –
1 11.000,00 – – –
2 12.100,00 – – –
3 9.680,00 2.420,00 1.210.00 3.630,00
4 7.260,00 2.420,00 968,00 3.388,00
5 4.840,00 2.420,00 726,00 3.146,00
6 2420,00 2.420,00 484,00 2.904,00
7 0 2.420,00 242,00 2.662,00
TOTAL – 12.100,00 3.630,00 15.730,00
Analisando as duas Planilhas 1 - De financiamento sem carência, nos dois Sistemas: Price e
SAC, mostradas abaixo, observa-se que:
Pode-se então concluir que uma empresa optará pelo Sistema Price, se necessitar ter um menor
desembolso no início do financiamento e optará pelo Sistema SAC, se desejar desembolsar um
valor menor de juros no fim do financiamento.
n SD A J PMT
0 10.000,00 – – –
1 8.362,03 1.637,97 1.000,00 2.637,97
2 6.560,26 1.801,77 836,20 2.637,97
3 4578,32 1.981,94 656,03 2.637,97
4 2,398,18 2.180,14 457,83 2.637,97
5 - 0,03 2.398,15 239,82 2.637,97
TOTAL – 9.999,97 3.189,88 13.189,85
n SD A J PMT
0 10.000,00 – – –
1 8.000,00 2.000,00 1.000,00 3.000,00
2 6.000,00 2.000,00 800,00 2.800,00
3 4.000,00 2.000,00 600,00 2.600,00
4 2.000,00 2.000,00 400,00 2.400,00
5 0 2.000,00 200,00 2.200,00
TOTAL – 10.000,00 3.000,00 13.000,00
A = PV / n ; Jt = PV. i [ 1 – ( t – 1 ) ] ; Jt = A .i ( n – t + 1 )
n
SDt = PV [ ( 1 – ( t / n ) ) ];
PMTt = A + Jt;
PMTt = A [ 1 + i ( n – t + 1 ) ]
A = A . t Amortizações Acumuladas até o período t escolhido;
J = A . t . i ( 2n – t + 1 ) Juros Acumulados até o período t escolhido;
2
Onde:
A = Parcela de Amortização do Principal;
n = Número de Prestações;
= Somatório.
Obs: As fórmulas acima são válidas somente quando:
O Sistema de Amortização for o SAC;
Inexiste Carência.
Um banco empresta R$ 10.000,00, para ser pago em 5 parcelas anuais, sem carência, à uma
taxa de juros de 10% a.a. Elabore a planilha de financiamento pelo Sistema de Amortização
Constante – SAC e determine:
O valor da parcela dos juros referente à 4ª prestação, ou seja, no instante t = 4;
O valor da parcela do saldo devedor referente à 4ª prestação;
O valor acumulado dos juros pagos até a 4ª prestação;
O valor acumulado das amortizações pagas até a 4ª prestação;
O valor acumulado das prestações até o pagamento da 4ª parcela.
Dados:
PV = 10.000,00; n = 5; i = 10% a.a = 0,10
Logo: A = 10.000 / 5 = 2.000,00
2 2
Resultado: J = R$ 2.800,00
Normalmente sobre os financiamentos incidem uma série de custos adicionais, tais como o
imposto sobre operações financeiras (IOF), comissões, taxas administrativas, etc.
Devido a incidência desses encargos, o custo do financiamento é maior que a taxa inicialmente
contratada, tornando-se indispensável a sua inclusão na planilha de amortização para posterior
cálculo do custo efetivo do empréstimo, ou seja, da taxa efetiva do empréstimo, que é calculada
utilizando-se o conceito da Taxa Interna de Retorno. – TIR, que estudaremos com mais detalhes
no Módulo 8 - Análise de Investimentos.
Exemplo:
A uma pequena empresa são emprestados R$ 60.000,00, a serem pagos, sem carência, pelo
Sistema Francês de Amortização (SAC).
Periodicidade: Anual;
Despesas Contratuais (DC) 1% ao final de cada ano, incidente sobre o saldo devedor.
Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF): 1% sobre o total do financiamento mais encargos,
pagos no ato da liberação do empréstimo.
59.169 [ g ] [ CF0 ]
16.600 [ CHS ] [ g ] [ CFJ ]
15.500 [ CHS ] [ g ] [ CFJ ]
14.400 [ CHS ] [ g ] [ CFJ]
13.300 [ CHS ] [ g ] [ CFJ ]
12.200 [ CHS ] [ g ] [ CFJ ]
11.100 [ CHS ] [ g ] [ CFJ ]
[ f ] [ IRR ] = 11,52% a.a
o valor dos juros e da amortização pagos na última prestação e qual o saldo devedor?
Resp: R$ 811,13 e R$ 29.968,80 e R$ - 0,04
2) Uma empresa de alimentos pretende ampliar uma de suas unidades de produção. Feitas as
análises, observou-se que a empresa não dispõe do capital necessário para efetuar o
investimento inicial. O projeto necessita de um aporte de R$ 160.000,00. Assim o gerente
financeiro entrou em contato com um banco e conseguiu as seguintes condições:
Periodicidade: Semestral;
Taxa: 2% ao mês.
e a planilha de financiamento sem o pagamento dos juros, mas com correção do saldo
devedor, no período de carência.
Determine:
Resp: R$ 120.000,00
6) Um consultório médico foi financiado, em 3 anos, sem carência, com periodicidade semestral,
pela Tabela Price, a juros de 12% ao ano. Sendo de R$ 200.000,00 seu preço a vista, elabore a
planilha de financiamento.
Resp: R$ 775,04
Resp: R$ 21.897,85
Resp: R$ 2.423,22
BONS ESTUDOS!
“Quem nunca errou nunca experimentou nada novo”.
“O único homem que está isento de erros, é aquele que não arrisca acertar”.
(Albert Einstein)
MÓDULO 07
7- Inflação, Deflação e Atualização Monetária
7.1-Introdução
“A inflação e a deflação são duas condições econômicas que afetam o valor do dinheiro de uma
nação. Um período inflacionário é uma época de preços em elevação, enquanto que um período
de deflação é uma época de preços em declínio”.
A inflação pode ser entendida como uma elevação generalizada e permanente dos níveis de
preços do sistema econômico, resultando em deterioração do poder aquisitivo da moeda e
depreciação dos valores dos ativos. A complexidade do cálculo da inflação decorre da
necessidade de aferir a variação de preços de produtos distintos fisicamente, e de serviços, que
variam a taxas diferenciadas.
Para o cumprimento dessa tarefa, existem diversos índices de preços que procuram medir a
inflação em toda a cadeia de produção e de comercialização, ou em partes relevantes da mesma.
Daí a existência de índices gerais, no atacado (indústria e agricultura), no varejo ( consumidores)
e na construção (insumos e materiais de construção).
O cálculo da inflação é efetuado por meio de uma média da variação dos preços pesquisados
para os diferentes produtos, ponderada pelas quantidades produzidas, consumidas ou
comercializadas dos bens, a partir de parâmetros primários obtidos das pesquisas de orçamentos
familiares e até de matrizes de relações inter-setoriais.
Os índices de preços mais importantes do país são aqueles produzidos pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), pelo IBGE e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade
de São Paulo (FIPEUSP).
Índices de preços são números que agregam e representam os preços de uma determinada cesta
de produtos. Sua variação mede, portanto, a variação média dos preços dos produtos da cesta.
Podem se referir a, por exemplo, preços ao consumidor, preços ao produtor, custos de produção
ou preços de exportação e importação.
A concepção dos índices varia de conformidade com a abrangência geográfica da pesquisa, com
o universo dos consumidores (classe de renda), com o período a que se refere, além de outros
fatores específicos para cada índice.
O longo período de convivência com inflação no Brasil fez com que se criassem diversos índices
agregados de preços para medi-la, bem como mecanismos de atualização monetária, que
funcionavam como repositores do poder aquisitivo da moeda, perdido no período anterior.
O IPC-Fipe, por exemplo, foi criado pela Prefeitura do Município de São Paulo com o objetivo de
reajustar os salários dos servidores municipais.
O IGP-M foi criado para ser usado no reajuste de operações financeiras, especialmente as de
longo prazo, e o IGP-DI para balizar o comportamento dos preços em geral da economia.
O INPC é o índice balizador dos reajustes de salários, enquanto o IPCA corrige os balanços e
demonstrações financeiras trimestrais e semestrais das companhias abertas, além de ser o
medidor oficial da inflação no país.
Apesar dessa variedade, os índices calculados no país se classificam em três grupos principais:
os índices de preços ao consumidor de cobertura nacional apurados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) (www.ibge.gov.br); os índices gerais de preços apurados pelo
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) (http://www.fgv.br); e os
índices de preços ao consumidor de São Paulo, apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (http://www.fipe.com.br).
IGP: Índice Geral de Preços, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. É uma média ponderada
do índice de preços no atacado (IPA), com peso 6; de preços ao consumidor (IPC) no Rio e SP,
com peso 3; e do custo da construção civil (INCC), com peso 1. Usado em contratos de prazo
mais longo, como aluguel.
IGP-DI: O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna, da FGV, reflete as variações de
preços de todo o mês de referência. Ou seja, do dia 1 ao 30 de cada mês. Ele é formado pelo IPA
(Índice de Preços por Atacado), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional
do Custo da Construção), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. O indicador apura as
variações de preços de matérias-primas agrícolas e industriais no atacado e de bens e serviços
finais no consumo.
IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado, também da FGV. Metodologia igual à do IGP-DI, mas
pesquisado entre os dias 21 de um mês e 20 do seguinte. O IGP tradicional abrange o mês
fechado. O IGP-M é elaborado para contratos do mercado financeiro
IGP-10: Índice Geral de Preços 10, também da FGV e elaborado com a mesma metodologia do
IGP e do IGP-M. A única diferença é o período de coleta de preços: entre o dia 11 de um mês e o
dia 10 do mês seguinte
IPC-RJ: Considera a variação dos preços na cidade do Rio de Janeiro. É calculado mensalmente
pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e toma por base os gastos de famílias com renda de um a
33 salários mínimos
INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, média do custo de vida nas 11 principais
regiões metropolitanas do país para famílias com renda de 1 até 8 salários mínimos, medido pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo, também do IBGE, calculado desde 1980,
semelhante ao INPC, porém refletindo o custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 40
salários mínimos. A pesquisa é feita nas mesmas 11 regiões metropolitanas. Foi escolhido como
alvo das metas de inflação ("inflation targeting") no Brasil
INCC: Índice Nacional do Custo da Construção, um dos componentes das três versões do IGP, o
de menor peso. Reflete o ritmo dos preços de materiais de construção e da mão-de-obra no setor.
Utilizado em financiamento direto de construtoras/incorporadoras
De maneira simplista, o processo inflacionário de uma economia pode ser entendido pela
elevação generalizada dos preços dos vários bens e serviços.
Em sentido contrário, diante de uma baixa predominante dos preços de mercado dos bens e
serviços, tem-se o fenômeno definido por deflação.
Ilustrativamente, abaixo estão relacionados os valores do IGP (Índice Geral de Preços) referentes
aos meses de maio a dezembro de determinado ano.
Mês maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro
Pela evolução desses índices de preços, pode ser constatado como os preços gerais da
economia variaram no período. Para tanto, relaciona-se o índice do fim do período que se deseja
estudar com o do início.
Por exemplo, a taxa de inflação do 2 o semestre medida pelo IGP está refletida na evolução
apresentada entre o índice de junho (início do semestre) e o de dezembro (fim do semestre).
Assim:
Dessa maneira, a taxa de inflação, a partir de índices de preços, pode ser medida pela seguinte
expressão:
Onde:
Taxa Real , é aquela que expurga o efeito da inflação no período. Dependendo dos casos,
a taxa real pode assumir valores negativos. Podemos afirmar que a taxa real corresponde à taxa
efetiva corrigida pelo índice inflacionário do período.
Existe uma relação entre a taxa efetiva, a taxa real e o índice de inflação no período. Vejamos:
Como a taxa real foi negativa, podemos afirmar que essa categoria profissional teve perdas
salariais do período, uma vez que o reajuste salarial foi abaixo do índice inflacionário do período.
Exercícios Propostos
1) Calcular a taxa efetiva anual que uma financeira deve empregar em seus contratos de
empréstimos, se ela deseja ganhar 10 % a.a. de juros reais e sabendo que a inflação prevista
será de 6 % a.a.
2) Uma empresa aplicou R$150.000,00 num banco que lhe devolveu o montante de R$
185.000,00 no final de 8 meses. Considerando que a inflação média mensal no período foi de
1,5% a.m, determine a taxa real mensal de juros.
3) O salário de um funcionário público era R$ 500,00 e, depois de um aumento anual concedido
pelo Governo, passou a ser R$ 615,00. Qual a taxa aparente (efetiva) e qual a taxa anual real do
aumento desse funcionário se a inflação do período foi de 10%?
4) Um terreno é posto a venda por R$ 30.000,00 a vista. Qual é a prestação mensal para a venda
financiada em 24 prestações, se o proprietário quer juros reais de 6% a.a e se a inflação prevista
for de10% a.a?
5) Quanto deve ser aplicado em Caderneta de Poupança, em 1 ano, para que se tenha R$ 20.000,00 no final
do período? Considerar juros reais de 6% ao ano mais correção monetária, conforme o quadro abaixo:
Trimestres Correção Monetária
Primeiro 3,0%
Segundo 2,4%
Terceiro 2,6%
Quarto 2,2%
FIM DO MÓDULO 07
BONS ESTUDOS!
“Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo”.
(Vinícius de Moraes)
Módulo 08
8. DEPRECIAÇÃO
8.1 - Conceitos
Os bens que constituem o ativo de uma empresa estão sujeitos a constantes desvalorizações,
devido, principalmente, ao desgaste e ao envelhecimento. A diferença entre o preço de compra de
um bem e seu valor de troca (valor residual) no fim de certo tempo, chama-se depreciação.
Por exemplo, uma máquina que foi comprada por $ 4.000 e, após 10 anos, pode ser revendida
por $ 500,00, teve uma depreciação de $3.500,00.
Existem ainda, bens que sofrem desvalorização total após certo tempo, isto é, não possuem valor
residual, geralmente são os bens imateriais: marca de fábrica, patentes, royalties, etc.
A legislação brasileira estabelece limites mínimos para o cálculo do tempo de depreciação dos
bens do ativo das empresas. Por exemplo, para móveis e máquinas, em geral, a depreciação
anual pode ser calculada à taxa máxima de 10% a.a. (Tempo mínimo de dez anos), enquanto os
veículos podem ser depreciados em até 20 % a.a. A tabela a seguir apresenta alguns bens e as
respectivas vidas úteis e taxas anuais de depreciação admitidas pela legislação.
A depreciação pode ser real ou teórica. A depreciação real é aquela que corresponde à diferença
entre os valores do bem no início e no fim de um período (ano). A depreciação teórica é baseada
em previsões do tempo de vida útil do bem e de seu valor residual.
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
125
É praticamente impossível calcular a depreciação real, pois seria necessário que, ao cabo de
cada período, se fizesse uma avaliação total do patrimônio da empresa e preços constantes, isto
é, descontada a inflação.
Seria um trabalho bastante oneroso e, portanto, antieconômico. Por isso, na prática, faz-se a
depreciação de conformidade com a tabela admitida pela legislação, ou seja, usa-se a
depreciação teórica.
Ativo Imobilizado - é representado pelos direitos que tenham por objeto os Bens destinados ao
uso nas atividades da empresa (não à venda – apesar de poderem vir a ser vendidos) ou à
manutenção de suas atividades, inclusive os de propriedade industrial ou comercial.
Um terreno, no qual se pretenda construir uma nova instalação, também é um ativo imobilizado
por ser adquirido com a intenção de ser utilizado no processo operacional da empresa.
O Ativo Imobilizado pode ser tangível ou intangível, sendo tangíveis aqueles elementos que
possuem um corpo físico, como máquinas, equipamentos, veículos etc.
Os elementos intangíveis do Ativo Imobilizado são aqueles que não possuem um corpo físico,
mas envolvem direitos de propriedade, como marcas, patentes, direitos autorais.
Os elementos tangíveis do Ativo Imobilizado têm suas vidas úteis estimadas, limitadas no tempo,
produzindo, ao final, um valor residual, ou seja, um valor de venda após o seu uso.
O tempo de vida útil de um bem será determinado de acordo com o prazo durante o qual é
possível a sua utilização nas operações da empresa (e a produção de seus rendimentos).
Portanto, o valor depreciável será o valor de aquisição do bem e todos os gastos necessários
para colocá-lo em funcionamento, se for o caso, menos o seu valor residual (valor a ser
recuperado no final de sua vida útil).
O método de depreciação linear é o método mais simples e mais utilizado. Consiste apenas em
dividir o total a depreciar pelo número de anos de vida útil do bem.
Fórmula:
É o método que contabiliza, como despesa ou custo, uma parcela constante do valor do bem
em cada período.
Exemplo: A empresa comprou, no início de janeiro, um veículo com vida útil estimada de 5
anos ( n ) pelo valor de $ 30.000,00 ( PV ), sem valor residual estimado ( R= 0 ).
Exemplo:
Calcular o valor da depreciação de uma máquina de R$ 400.000,00, sabendo que a vida útil é de
5 anos, e o valor residual de R$ 50.000,00.
Solução:
Plano de Depreciação
Acumulada
0 -x- -x- R$ 400.000,00
1 R$ 70.000,00 R$ 70.000,00 R$ 330.000,00
2 R$ 70.000,00 R$ 140.000,00 R$ 260.000,00
3 R$ 70.000,00 R$ 210.000,00 R$ 190.000,00
4 R$ 70.000,00 R$ 280.000,00 R$ 120.000,00
5 R$ 70.000,00 R$ 350.000,00 R$ 50.000,00
Exemplo:
Determinar a taxa constante e elaborar o plano de depreciação de um bem adquirido por R$
400.000,00, com vida útil de 5 anos e valor residual de R$ 50.000,00.
Solução:
Plano de Depreciação:
Valor de Depreciação
n Taxa Fixa Residual
Depreciação Acumulada
0 -x- -x- -x- R$ 400.000,00
1 34,0246% R$ 136.098,40 R$ 136.098,40 R$ 263.901,60
2 34,0246% R$ 89.791,46 R$ 225.889,86 R$ 174.110,14
3 34,0246% R$ 59.240,28 R$ 285.130,14 R$ 114.869,86
4 34,0246% R$ 39.084,01 R$ 324.214,15 R$ 75.785,85
5 34,0246% R$ 25.785,83 R$ 349.999,98 R$ 50.000,02
Ou seja, consiste em somar os algarismos desde a unidade até o algarismo que representa o
número de anos da vida útil do bem.
Exemplo: A empresa comprou, no início de janeiro, um veículo com vida útil estimada de 5
anos ( n ) pelo valor de $ 30.000,00 ( PV ), sem valor residual estimado ( R= 0 ).
Solução:
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15,
Ou pela fórmula:
Exemplo:
Solução:
Plano de Depreciação:
FIM DO MÓDULO 08
BONS ESTUDOS!
“Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo”.
(Vinícius de Moraes)
MÓDULO 09
9.1 – Conceituação.
Para que qualquer alternativa seja considerada num processo de decisão há que se estudar a
sua viabilidade e, deste modo, responder aos seguintes questionamentos:
9.2.2 – Premissas.
As premissas que permitem analisar a viabilidade de um projeto, geralmente, são as seguintes:
1) O orçamento de investimento;
2) As projeções operacionais;
3) O horizonte do prazo do investimento ou tempo de vida do projeto;
4) O custo de capital, ai considerando o capital próprio e o de terceiros;
5) As fontes de recursos disponíveis.
O investimento em capital fixo ou imobilizado engloba todo aquele investimento que não entrará
no “giro” dos negócios tais como: terrenos, obras civis, equipamentos, despesas de engenharia,
montagens, administração do projeto, despesas financeiras durante a construção, etc.
Contabilmente, esse capital é apropriado no item Ativo Não Circulante do balanço patrimonial.
O capital de giro é representado pelos recursos necessários à operação quotidiana do projeto. Ele
compreende: os investimentos em: necessidades mínimas de caixa; salários e encargos sociais
necessários para os primeiros períodos de operação do projeto; estoques de matérias primas, de
produtos em elaboração e de produtos acabados; custos administrativos; financiamento de
vendas; etc. Contabilmente, esse tipo de capital é apropriado em contas do ativo circulante.
Finalizando, é importante analisar o custo de produção a ser incorrido a cada nível de demanda.
Considerando que, em especial, os custos variáveis oscilam com a quantidade produzida, há de
se observar e analisar qual a quantidade ótima de produção que permite realizar o lucro máximo.
E, para tanto, observar quais as quantidades de produção que permitem economia de escala* e
a quantidade ou ponto ótimo de produção a partir do qual se entra num processo de deseconomia
de escala.
Embora as ações possam ser vendidas a qualquer momento, o ideal é que o investidor participe
neste mercado com uma estratégia de ganhar dinheiro no longo prazo. Não convém aplicar hoje
em ações o dinheiro que será usado para pagar a prestação da casa própria amanhã, por
exemplo.
Esta é uma recomendação natural para investimentos de maior risco. Também não se deve
comprar um imóvel sabendo que será necessário vendê-lo em seis meses. É melhor esperar um
momento adequado, que pode ser de seis meses, mas também pode não ser.
É interessante notar que, ao termino da vida do projeto, havendo Investimento Fixo e/ou Capital
de Giro residual, eles devem ser incorporados ao fluxo de caixa, como uma entrada de caixa, ao
final do mesmo.
Economia de escala*
As economias de escala representam ganhos, em termos de custos de produção, que
as organizações obtêm com o aumento da sua dimensão e da quantidade produzida. Estes
ganhos ocorrem devido à existência de custos fixos na produção. Aumentando o nível de
produção, esses custos fixos diluem-se por um número maior de unidades produzidas fazendo
assim baixar o custo médio de produção.
Obviamente que os ganhos com economias de escala têm limites: por um lado porque estes são
cada vez menores à medida que se aumenta a produção tornando-se insignificantes a partir de
determinada altura; por outro lado porque a partir de certa altura são ultrapassados pelos custos
de complexidade associados ao aumento de dimensão.
Essa Taxa Mínima de Atratividade ( TMA ): É a taxa de juros mínima por que convém o investidor
optar em determinado projeto de investimento.
Em síntese:
“Custo de oportunidade é o que deixa de ganhar por não se poder fazer o investimento
correspondente àquela oportunidade.” Se um banco paga uma taxa de juros de 2% a.m, este é o
custo de oportunidade em deixar o dinheiro em casa em vez de aplicar neste banco.
Taxa Mínima de Atratividade é a taxa mínima de juros que uma proposta de investimento deve
oferecer para que o projeto de investimento seja atrativo. O investidor estabelece a sua taxa
mínima de retorno para que determinado investimento seja atrativo, em detrimento de não realizar
outros projetos.
Exemplos:
9.3.1 – Conceituação.
A análise da viabilidade financeira de investimentos é realizada realizando o estudo do fluxo de
caixa projetado e associado a cada uma das alternativas desenvolvidas.
Neste diagrama, receitas ou entradas de dinheiro são representadas por setas voltadas para
cima, sinal (+). Pagamentos ou saídas de dinheiro representadas por setas voltadas para baixo,
sinal (-). O diagrama de fluxo de caixa, então, expressa graficamente o resultado ou saldo das
movimentações de caixa havidas em determinado período.
A correta montagem dos diagramas de fluxo de caixa – DCF exigem o cumprimento das
seguintes premissas:
i - O fluxo de caixa de um período equivale à soma algébrica das entradas e saídas de caixa que
ocorrem durante o mesmo.
ii - Lançar como investimento, apenas os capitais demandados pelo projeto;
iii - A priori, não há a consideração de risco ou incerteza.
iv - O montante de capital próprio empregado no projeto e o pagamento de dividendos;
v - A entrada de capital de dívidas, juros e amortizações, não vinculados ao projeto;
vi - O reinvestimento de fundos gerados pelos projetos.
vii - Decisões financeiras realizadas antes do início anterior do projeto em análise.
Investimentos Dependentes,
Investimentos Independentes,
Investimentos Mutuamente Exclusivos.
a) Investimentos Dependentes.
b) Investimentos Independentes.
Havendo disponibilidade financeira para a execução simultânea de dois projetos distintos, não há
necessidade em compará-los. Mas, simplesmente, verificar se ambos promovem o aumento de
riqueza dos proprietários.
Dois investimentos são ditos mutuamente exclusivos quando as receitas oriundas do primeiro
cessarem, completamente, havendo a aceitação do segundo. Ou, quando for tecnicamente
impossível implantar um deles em havendo a decisão de executar o outro.
Em Resumo:
Dizemos que dois ou mais investimentos são independentes quando a aceitação/rejeição de um
deles não altera a aceitação/rejeição do outro
Dizemos que dois ou mais investimentos são mutuamente excludentes quando ao se aceitar um
deles, significa rejeitar os outros.
Por exemplo, se possuirmos um terreno de esquina, poderemos construir um posto de gasolina
ou um prédio de apartamentos, mas não os dois.
Surge, então, uma questão correlata: dados dois ou mais projetos mutuamente excludentes, qual
é o melhor?
A resposta é simples: aquele que tiver maior VPL
Como as alternativas competem entre si, uma serve de referência para a outra no processo de
seleção. Ao ser considerada a competição de alternativas, o objetivo é definir o projeto vencedor,
aquele que mais aumenta a riqueza dos proprietários. Isto quer dizer que são comparados,
apenas, projetos mutuamente exclusivos.
Decisões separáveis devem ser tomadas separadamente. Não há por que considerar num
processo de decisão projetos definidos como independentes com aqueles mutuamente
exclusivos.
É preciso manter a visão clara e não entrar em comparações irrelevantes e que perturbem um
processo decisório.
São eles:
Valor Presente Líquido - VPL;
Taxa Interna de Retorno – TIR;
Retorno do Capital ou Pay-Back;
Valor Anual Uniforme Equivalente – VAUE, ou Custo Anual Uniforme Equivalente ou
Beneficio Anual Uniforme Equivalente;
Índice de Lucratividade – IL;
Relação Benefício / Custo – B/C
.
É muito possível que a adoção de um único método, isoladamente, não satisfaça as exigências
de um bom processo decisório.
O VPL, em inglês chamado de NPV – Net Present Value, é considerado uma técnica sofisticada
de análise de investimento.
O VPL é obtido descontando o fluxo de caixa a uma taxa especificada, trazendo, dessa forma,
todos os valores para a situação inicial – a um valor presente líquido. Essa taxa especificada
normalmente corresponde a uma de retorno mínimo que deve ser obtido por um projeto.
O VPL, consiste então em calcular o valor presente de uma série de pagamentos (ou
recebimentos), iguais ou diferentes a uma mesa taxa de juros (geralmente a TMA) e deduzir
deste valor o fluxo inicial (valor do empréstimo, do financiamento ou do investimento).
Sob o ponto de vista do VPL, o projeto é considerado viável quando o resultado do cálculo for
maior do que zero, pois isso quer dizer que o projeto dará um retorno maior do que a taxa
especificada.
Onde:
CFj = valor fluxo de caixa de ordem j;
i = taxa de desconto;
CF0 = valor do fluxo de caixa inicial (data 0) ou valor o investimento.
Se VPL > 0, então haverá um ganho adicional (expresso em valores de hoje) em relação ao
mesmo investimento aplicado à taxa de desconto, isto é, o investimento será atrativo; caso
contrário ( VPL < 0 ), teremos uma perda (expressa em valores de hoje) e o
investimento não será atrativo.
Em resumo:
VPL > 0 Atesta-se a viabilidade econômica do projeto
VPL < 0 Atesta-se a inviabilidade do empreendimento
VPL = 0 Neste caso, a situação é indiferente, podendo aceitar ou não
Importante:
OBS:
Um investimento vale a pena quando cria valor para seus proprietários. Por isso que as propostas
de investimento ou projetos deverão valer mais do que o seu custo, uma vez implantado.
Esta diferença entre o valor de mercado de um investimento e seu custo é denominada valor
presente líquido, abreviadamente VPL.
O processo de avaliação de um investimento descontando seus fluxos de caixa futuros, usando o
custo de capital, é chamado de avaliação de fluxo de caixa descontado.
Observe-se que toda vez que se consegue investir uma quantia exatamente à taxa de
atratividade, o valor presente do projeto como um todo será nulo. Um valor atual positivo indica,
pois, que está investindo a uma taxa superior à taxa de atratividade. O inverso ocorre para
valores presentes negativos.
Por outro lado, o valor presente de um fluxo de caixa indica a diferença entre o valor atual das
quantias futuras envolvidas e o investimento inicial.
Justifica-se o método apresentado, pois um valor atual positivo significa que as quantias futuras,
descontadas à taxa mínima de atratividade, superam o investimento inicial necessário - o que
torna atrativa a proposta.
Por outro lado, um valor atual negativo significa que se está investindo mais do que se irá obter, o
que é, evidentemente, indesejável; em outras palavras, a mesma quantia, se fosse investida à
taxa de atratividade, renderia mais do que no projeto em questão.
Exemplo 1:
Examinar se pelo método do VPL, o projeto a seguir pode ser aceito, adotando-se uma TMA de
8% a.m:
Investimento inicial = 8.000 UM;
Vida útil = 10 meses;
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
143
Algebricamente temos:
Exemplo 2:
Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2010 é estimado em US$9000,00
e que a taxa mínima de atratividade - TMA é igual a 21% a. a., pede-se analisar pelo método do
VPL, se o investimento planejado é rentável.
Solução:
Temos:
Investimento inicial = CFo = 55000
Receitas: CF1 = 15500, CF2 = 18800, CF3 = CF4 = CF5 = 17200; no sexto ano a receita será
CF3 = 13500 + 9000 = 22500, pois teremos 13500 do ano mais o preço de revenda 9000.
Teremos então:
VPL para uma taxa de juros i = 21 % a. a. = 21 /100 = 0,21 a. a. (1 + i ) = 1 + 0,21 = 1,21
Substituindo na fórmula do VPL vem:
VPL = VP - CFo = 15500 / 1,211 + 18800 / 1,21 2 + 17200 / 1,21 3 + 17200 / 1,214 + 17200 / 1,215 +
22500 / 1,21 6 - 55000
Usando uma calculadora científica ,teremos:
VPL = 12809,92 + 12840,65 + 9708,95 + 8023,93 + 6631,34 + 7169,19 - 55000 = + 2183,99
Ora, como o Valor Presente Líquido - VPL é um valor positivo, infere-se que o investimento é
rentável e poderá ser feito, pois a taxa efetiva ( interna ) de retorno –TIR, será certamente
superior aos 21% a. a. (21% ao ano) esperados pela indústria.
3 [ g [ [ Nj ]
22500 [ g [ [ CFj ]
21 [ i ] ( lembre-se que a taxa i é 21% )
[ f ] [ NPV ] Aparecerá no visor da calculadora o valor 2.183,99
Exemplo 3:
Os fluxos de caixa de três projetos de investimento agropecuário, abaixo relacionados, estão
sendo analisados por um investidor. Avalie pelo método do VPL qual opção ele deverá tomar.
Sabe-se que a taxa mínima de atratividade é de 8,5%a.a.
Pequena Propriedade:
26000 [ CHS ] [ g ] [ CF0 ]
3600 [ g ] [ CFj ]
3800 [ g ] [ CFj ]
4100 [ g ] [ CFj ]
4350 [ g ] [ CFj ]
4800 [ g ] [ CFj ]
8,5 [ i ]
[ f ] [ NPV ] → - 9.913,11 < 0 →INVIÁVEL
Média Propriedade:
45000 [ CHS ] [ g ] [ CF0 ]
12000 [ g ] [ CFj ]
12950 [ g ] [ CFj ]
14600 [ g ] [ CFj ]
15300 [ g ] [ CFj ]
16800 [ g ] [ CFj ]
8,5 [ i ]
[ f ] [ NPV ] → 10.703,66 > 0 →VIÁVEL
Grande Propriedade:
85000 [ CHS ] [ g ] [ CF0 ]
36000 [ g ] [ CFj ]
37500 [ g ] [ CFj ]
48000 [ g ] [ CFj ]
49600 [ g ] [ CFj ]
55000 [ g ] [ CFj ]
8,5 [ i ]
[ f ] [ NPV ] → 89.981,47 > 0 →VIÁVEL
Resp: Ele Deveria investir na Grande Propriedade, uma vez que, o retorno será maior.
Exemplo 4:
Um investidor tem a oportunidade de comprar um duplex por $ $ 80.000 e gostaria de um retorno
de pelo menos 13%. O investidor espera manter o duplex por cinco anos e depois vendê-lo por
$ 130.000 e prevê os fluxos de caixa no diagrama abaixo. Calcule o VPL para determinar se o
investimento resultaria em retorno ou prejuízo.
Figura : Fluxo de caixa
Exemplo 5:
Avalie o investimento abaixo, calculando o VPL e considerando uma TMA de 27% ao ano.
¨ Investimento inicial: R$150.000,00;
Exemplo 6:
Uma pessoa deseja obter uma rentabilidade mínima de 10% ao ano para aplicar seus R$
50.000,00 pelos próximos 3 anos. Pesquisou em 3 bancos cujas propostas de retiradas são
apresentadas na tabela abaixo. Diga em qual banco deve ela deve investir?
SOLUÇÃO:
BANCO A:
50000 [ CHS ] [ g ] [ CFO ] 22000 [ g ] [ CFj ] 3 [ g ] [ Nj ] 10 [ i ]
[ f ] [ NPV ] 4.710,74 ( + ) > 0 VIÁVEL
BANCO B:
50000[ CHS ][ g ][ CFO ] 20000[ g ][ CFj ] 23000 [ g ] [ CFj ] 2 [ g ] [ Nj ]
10 [ i ]
[ f ] [ NPV ] 4.470,32 ( + ) > 0 VIÁVEL
BANCO C:
50000[ CHS ][ g ][ CFO ] 8000[ g ][ CFj ] 28000 [ g ] [ CFj ] 32000 [ g ] [ CFj ] 10 [ i ]
[ f ] [ NPV ] 4.455,30 ( + ) > 0 VIÁVEL
Resp: Deve investir no Banco A, pois possui um valor maior do VPL.
Exemplo 7:
A empresa Doce Mundo, pretende ampliar a sua produção de pirulitos. Para que isso ocorra a
mesma terá que adquirir uma nova máquina, exigindo um investimento inicial de R$ 60.000,00.
Pede-se:
n q RT CF CV CT VALOR LIQUIDO
p.q Cunit.q (CF + CV) (RT – CT)
0 - - - - - 60.000
1 200.000 20.000 10.000 10.000 20.000 0
2 280.000 28.000 10.000 14.000 24.000 4.000
3 392.000 39.200 10.000 19.600 29.600 9.600
4 548.800 54.880 10.000 27.440 37.440 17.440
5 600.000 60.000 10.000 30.000 40.000 20.000
6 600.000 60.000 10.000 30.000 40.000 20.000
SOLUÇÃO:
60000 [ CHS ] [ g ] [ CFO ]
0 [ g ] [ CFj ]
4000 [ g ] [ CFj ]
9600 [ g ] [ CFj ]
17440 [ g ] [ CFj ]
20000 [ g ] [ CFj ]
2[ g ] [ Nj ]
12 [ i ]
[ f ] [ NPV ] - 17.413,54 ( - ) < 0 INVIÁVEL
Exemplo 8:
20000 35000
19000 10000
0 .
1 2 11 12
CF0= ?
SOLUÇÃO
20000 [ g ] [ CFj ]
19000 [ g ] [ CFj ]
18000 [ g ] [ CFj ]
17000 [ g ] [ CFj ]
16000 [ g ] [ CFj ]
15000 [ g ] [ CFj ]
14000 [ g ] [ CFj ]
13000 [ g ] [ CFj ]
12000 [ g ] [ CFj ]
11000 [ g ] [ CFj ]
10000 [ g ] [ CFj ]
35000 [ g ] [ CFj ]
10 [ i ]
[ f ] [ NPV ] 114.657,02
Resp: R$114.657,02, é o valor máximo que o comprador estará disposto a pagar pela
máquina, pois corresponde ao valor presente das receitas líquidas futuras.
Exemplo 9:
Sejam dois investimentos representados pelos fluxos de caixa que se seguem: 00.0
Qual é o melhor projeto, admitindo que o investidor possui R$ 200,00 para aplicar? Taxa de
Mínima de Atratividade = 10%
SOLUÇÃO:
PROJETO A:
100 [ CHS ] [ g ] [ CFO ]
30 [ g ] [ CFj ]
5[ g ] [ Nj ]
10 [ i ]
[ f ] [ NPV ] 13,72 R$ 14,00
PROJETO B:
200 [ CHS ] [ g ] [ CFO ]
58 [ g ] [ CFj ]
5[ g ] [ Nj ]
10 [ i ]
[ f ] [ NPV ] 19,87 → R$ 20,00
COMENTÁRIOS:
A primeira coisa que é preciso notar é que se trata de investimentos de quantias distintas.
Assim sendo, cumpre pensar sobre o que o interessado fará com os R$ 100,00 que sobrarão
caso ele se decida pelo projeto A.
Se ele puder aplicar todos os seus R$ 200,00 em dois projetos do tipo A, o valor presente de seu
investimento será duas vezes R$ 14,00, o que dá R$ 28,00.
Como isto é superior a R$ 20,00, ele deverá optar pelos projetos A.
O importante aqui é entender que a decisão depende daquilo que se vai fazer com o montante
não investido no projeto mais barato.
Exemplo 10:
Um homem está considerando a compra de um automóvel; duas oportunidades parecem-lhe
atrativas; a de um carro com dois anos de idade e a de outro com quatro anos. Qualquer que seja
a escolha, ele pretende manter o automóvel por um ano e então comprar o modelo novo. O carro
mais velho é oferecido a um preço de R$ 6.000,00 à vista e o mais novo a R$ 4.000,00 de
entrada e R$ 700,00 mensais, durante 6 meses. As despesas estimadas, supondo quilometragem
média de 2.000 km/mês, são as seguintes:
Carro mais novo:
Combustível, Manutenção, etc.: R$ 200,00/ mês.
Valor de Revenda: R$ 6.800,00
Carro mais velho:
Combustível, Manutenção, etc.: R$ 250,00/mês
Valor de Revenda: R$ 4.800,00
A taxa mínima de atratividade do comprador é de 1% a.m. Qual a alternativa que deverá ser
escolhida?
Solução:
1. Valor Atual dos Custos do Carro mais Velho
Resp: Conclui-se que é mais econômico comprar o carro mais novo, pois possui menor
custo. (- R$ 4.273,19 < - R$ 4.554,01 )
Para elaborar o FCO de um projeto de investimento você precisa, ao final de cada ano de:
Receitas (R), Custos(C), depreciação (Dep), a alíquota (T) do Imposto de Renda (IR), etc.
Verificar se este investimento deve ser aceito pelo método do VPL, considerando a taxa mínima
requerida (TMA) pela empresa “Roda Viva” de 12% a.a.
Solução: Para verificar se este investimento deve ser aceito, inicialmente construímos o fluxo de
caixa como mostra o quadro abaixo.
Os resultados registrados no quadro abaixo foram
5
O fluxo de caixa operacional FCO do primeiro ano igual a R$ 901,00 foi obtido pela fórmula
FCO = (R - C) × (1 - T) + Dep × T, ou seja,
FC0 = (2.550,00 -1.460,00) × (1 - 0,35) + 550,00 × 0,35 = 901,00 .
Os FCO’s dos quatro anos restantes foram obtidos da mesma maneira.
Finalmente, construímos o FC do projeto registrado na última linha do quadro acima. Agora,
vamos calcular o VPL do fluxo de caixa FC e tem-se:
Como o VPL > 0 , logo este investimento deve ser aceito a uma TMA de 12%aa.
Se VPL de (P2 – P1) > 0, então o fluxo de caixa incremental Δ (P2 - P1) deve ser aceito,
pois o incremento de investimento será recuperado, remunerado com a TMA requerida e
gerará lucro extra. Ao aceitar o fluxo de caixa incremental Δ (P2 - P1) afirmamos que o
Projeto 2 é melhor que o Projeto 1, e que o Projeto 1 deve ser abandonado.
Caso contrário, se VPL de (P2 – P1) < 0 o fluxo de caixa incremental Δ (P2 – P1 ) não deve
ser aceito, pois o Projeto 1 é melhor que o Projeto 2 que deve ser abandonado.
Exemplo. Com o lançamento do novo produto a empresa “Minas Catarina” espera aumentar sua
participação no mercado. Foram analisados e preparados três projetos:
3) Produzir na própria empresa “Minas Catarina” construindo numa área livre do terreno da
empresa “Minas Catarina”, adquirindo o equipamento necessário.
Os fluxos de caixa semestrais depois dos impostos dos três projetos estão no quadro abaixo.
Usando o método do VPL considerando a TMA de 8,5% ao semestre, selecionar o melhor projeto,
aplicando o procedimento da análise incremental.
Solução: As quatro primeiras colunas do quadro seguinte mostram os fluxos de caixa dos três
projetos, ordenados de forma crescente pelo valor de investimento
Começamos por desafiar o Projeto 1 com o Projeto 2 preparando o fluxo de caixa incremental
Δ (P2 – P1) registrado na quinta coluna do quadro acima.
Como VPL(P2 – P1 ) = 8.715,00 > 0 , podemos afirmar que o Projeto 2 é melhor que o Projeto 1 e
o Projeto 1 deve ser abandonado.
Como VPL (P3 – P2) = 4.034,00 > 0 , podemos afirmar que o Projeto 3 é melhor que o Projeto 2 e
o Projeto 2 deve ser abandonado.
Com a HP 12, teríamos:
40000 [ CHS ] [ g ] [ CFO ]
4000 [ g ] [ CFj ]
5500 [ g ] [ CFj ]
6500 [ g ] [ CFj ]
8000 [ g ] [ CFj ]
9000 [ g ] [ CFj ]
9500 [ g ] [ CFj ]
11500 [ g ] [ CFj ]
12500 [ g ] [ CFj ]
8,5 [ i ]
[ f ] [ NPV ] 4.033,55 4.034,00
A Taxa Interna de Retorno é a taxa de desconto que torna o valor presente líquido de um fluxo de
caixa igual a Zero. Taxa Interna de Retorno será obtida igualando a equação do Valor Presente
Líquido a zero, isto é,
O método consiste em determinar, para cada investimento que se pretenda realizar, a taxa de
juros que proporciona um fluxo de caixa equivalente ao que se espera obter com o projeto.
A taxa de retorno, é a taxa de juros que torna nulo o valor presente de um investimento.
A taxa de retorno de uma proposta de investimento é a taxa de juros para a qual o valor presente
dos recebimentos resultante do projeto é exatamente igual ao valor presente dos
desembolsos.
Isto significa dizer que a taxa interna de retorno é aquela que torna nulo o valor presente líquido
do projeto. Ou ainda, é aquela que torna o valor dos lucros futuros equivalente aos gastos
realizados com o projeto, caracterizando assim, como a taxa de remuneração do capital investido.
Exemplo 1: Calcular a taxa interna de retorno (custo do capital para o tomador do empréstimo),
correspondente a um empréstimo de 15.000 UM, a ser liquidado em quatro pagamentos mensais
de 4.500 UM; 5.000 UM; 3.500 UM e 5.500 UM. O fluxo de caixa desta operação, é representado
como segue:
Exemplo 2:
A respeito de um projeto, os seguintes dados são conhecidos:
Exemplo 3:
A gerência de novos investimentos da empresa “Maxell” está realizando a análise do projeto para
lançamento de um novo produto no mercado. Verificar se o projeto de investimento cujo fluxo de
caixa anual após os impostos está no quadro abaixo, pelo método da TIR, considerando uma taxa
mínima de atratividade (TMA) de 10% a.a.
Exemplo 4:
A compra de determinada máquina está sendo considerada por uma empresa; tem custo inicial
de R$ 150.000,00. Foi estimado que proporcionará um excesso de receitas sobre despesas nos
próximos 12 anos, começando com R$ 30.000,00 no primeiro e decrescendo à base de R$
1.500,00 por ano, devido ao aumento dos custos. O valor de revenda daqui a 12 anos é previsto
ser R$ 39.000,00. Qual a taxa de retorno fornecida pelo investimento na máquina?
Solução:
28500 [ g ] [ CFj ]
27000 [ g ] [ CFj ]
25500 [ g ] [ CFj ]
24000 [ g ] [ CFj ]
22500 [ g ] [ CFj ]
21000 [ g ] [ CFj ]
19500 [ g ] [ CFj ]
18000 [ g ] [ CFj ]
16500 [ g ] [ CFj ]
15000 [ g ] [ CFj ]
52500 [ g ] [ CFj ]
[ f ] [ IRR ] → 13,03% a.a → Taxa Interna de Retorno
Exemplo 5:
Um investidor comprou 100 ações por R$ 3.500,00. Recebeu os primeiros dividendos de R$ 2,00
por ação no final do ano 3, e continuou a receber tal quantia por mais 3 anos (4 ao todo). Após
isso passou a receber o dobro por mais 3 anos. Após os 9 anos vendeu as ações por R$
7.500,00. Qual foi a taxa de retorno da operação?
Solução:
3500
2 [ g ] [ Nj ]
7900 [ g ] [ CFj ]
[ f ] [ IRR ] → 12,67% a.a → Taxa Interna de Retorno
Solução:
Calculando a TIR do Projeto 1, você encontra 23,89% a.a.
A TIR do Projeto 1 é maior que a TMA de 15% a.a, o Projeto 1 deve ser aceito.
Do mesmo modo você calcula da TIR do Projeto 2 obtêm 21,56% a.a e é maior que a TMA de
15% a.a , logo o Projeto 2 deve ser aceito.
O fluxo de caixa incremental Δ (P2 – P1 ) foi obtido, calculando P2 – P1 em cada ano. No ano
zero (260.000) – (210.000) = (50.000); ao final do primeiro ano 70.000 – 65.000 = 5.000 e assim
por diante. A TIR do fluxo de caixa incremental Δ (P2 – P1 ) é igual a 12,31% a.a.
Como a TIR de Δ (P2 – P1 ) é menor que a TMA de 15% a.a, logo, o Projeto 1 é melhor que o
Projeto 2.
OBS: Quando se comparam dois projetos de investimento, nem sempre o que tem maior taxa de
retorno é aquele que deve ser escolhido. Um exemplo servirá para explicar isto melhor.
Exemplo 7.
Sejam os projetos A e B representados pelos fluxos a seguir.
Uma certa firma, cuja taxa de atratividade é de 100% e cujo orçamento para projetos é de R$
200,00 deve escolher entre os dois projetos A e B, sendo que não é possível repetir o projeto A .
Solução:
É fácil de ver que as taxas de retorno dos dois projetos são de 300% para A e 250% para B.
Como ambas são superiores a 100% (taxa de atratividade), eles satisfazem.
PROJETO A: 100 [ CHS ] [ g ] [ CF0 ] 400 [ g ] [ CFj ] [ f ] [ IRR ] → 300%
PROJETO B: 200 [ CHS ] [ g ] [ CF0 ] 700 [ g ] [ CFj ] [ f ] [ IRR ] → 250%
Resta escolher entre eles. Se a firma optasse por A, sobrariam outros R$ 100,00 no seu
orçamento. Partindo da hipótese de que esta quantia seria aplicada à taxa de atratividade, no final
do ano 1, além dos R$ 400,00 gerados pelo investimento em A, mais R$ 200,00 adviriam à
empresa pela simples aplicação à taxa de atratividade. No total, R$ 600,00 seriam obtidos.
É óbvio que sob estas premissas mais valeria investir todos os R$ 200,00 no projeto B ( total de
700,00 ).
Assim, pode-se concluir que a comparação direta entre dois projetos pelo método de taxa de
retorno só é válida se eles tiverem o mesmo investimento inicial. Nesse caso, o de maior taxa de
retorno é o melhor.
Sempre que as quantias a serem investidas diferirem, cumpre fazer uma hipótese quanto à
aplicação da soma não investida no projeto mais barato. Uma das hipóteses mais coerentes com
a filosofia da taxa de atratividade é de que tal aplicação será a esta taxa.
Partindo dessas ideias, pode-se deduzir que o importante na análise entre projetos é medir suas
diferenças. No exemplo dado, esta análise seria do seguinte tipo:
Em outras palavras, o que se quer saber é se compensa aplicar mais R$ 100,00 em B do que em
A, para obter mais R$ 300,00. A taxa de retorno incremental de B sobre A é de 200%, ou seja,
superior à taxa de atratividade. A aplicação dos R$ 100,00 adicionais seria pois mais do
justificada.
Note-se que a utilização de um método que analise as diferenças é bastante sutil. O processo
decompõe o projeto B em duas partes:
O ponto crucial é que a taxa de retorno do investimento adicional tem que ser maior que a taxa de
atratividade ( no exemplo isto aparece 200%).
Caso o projeto B gerasse apenas R$ 550,00, em vez de R$ 700,00 no final do ano 1, não
compensaria investir mais R$ 100,00 para obter R$ 150,00 a mais. A firma deveria optar pelo
investimento em A e aplicar o restante à taxa de atratividade
for superior à taxa mínima de atratividade, o acréscimo é vantajoso. Isto faz com que a proposta
escolhida não seja necessariamente a de maior taxa de retorno.
Exemplo 8.
Solução:
É fácil ver que esses fluxos de caixa somados reproduzem o fluxo de caixa da proposta B. A
primeira parcela, idêntica à proposta A, corresponde à taxa de retorno de 15% ao ano. A segunda,
correspondente ao investimento incremental ∆ (B-A), fornecerá, como foi visto, a taxa de 9% ao
ano. Portanto, se a proposta B for a escolhida, a parcela adicional de R$ 9.940,00 será
empregada a uma taxa maior que a mínima de atratividade, mostrando ser, esta proposta,
superior.
Exemplo 9.
Suponha-se que além das propostas do exemplo anterior, existam mais duas, uma com
investimento de R$ 25.000,00, que trará redução nos custos de R$ 6.800,00 por ano, e outra de
R$ 30.000,00 com redução de R$ 8.500,00 anuais nos custos. Analise as múltiplas alternativas.
Solução:
Como a taxa de retorno de 7,93% ao ano, é inferior à taxa mínima de atratividade do empresário,
de 8% ao ano, ela não é atrativa, portanto, a proposta C, é eliminada. Compara-se agora a quarta
proposta D com a segunda B e não mais com a terceira, que já foi eliminada.
rta
proposta é tomado em relação à segunda, já que a terceira, não tendo sido aceita, é eliminada
por completo da análise.
O método da taxa de retorno pode ser usado para comparar alternativas “do mesmo nível de
investimento” e com durações diferentes pelo confronto puro e simples das taxas de retorno das
alternativas.
9.6.3 - Valor Anual Uniforme Equivalente – VAUE ou Valor Presente Líquido Anualizado –
VPLa,
Trata-se de uma variação do VPL, cuja função é demonstrar quanto de ganho líquido um projeto
de investimento poderá propiciar período a período. Esta técnica somente é usada quando se
comparam projetos com fluxos de caixa de vidas úteis diferentes,
Este método procura encontrar uma série anual uniforme equivalente de um fluxo de caixa do
investimento, considerando uma dada taxa mínima de atratividade.
Esse método pode ser utilizado também para converter o desembolso de um fluxo de caixa e os
seus benefícios no custo anual uniforme equivalente e no benefício anual uniforme equivalente,
respectivamente.
Em que:
= Fluxo de Caixa do Projeto;
Para analisar o resultado por este método, a alternativa que resultar no maior resultado positivo,
será a alternativa correta. (VAUE > 0 => Viável ; VAUE < 0 => Inviável )
A determinação do índice só é possível utilizando as formulas dos juros compostos, a partir dos
conceitos de Valor Presente – PV; Valor Futuro – FV e o valor das prestações ou pagamentos
uniformes – PMT.
Com o Valor Presente – PV do fluxo de caixa da série não uniforme do projeto considerado,
procede-se a anualização do fluxo, considerando para isso o VPL como valor atualizado
submetido ao horizonte do planejamento a uma determinada taxa de desconto – TMA, obtendo-
se assim, o fluxo de caixa anual uniforme equivalente ao tempo de duração do projeto.
VPL = Valor Presente Líquido; FCk = fluxos de caixa verificados no projeto; i= taxa de desconto do projeto
(TMA); k = vida útil do projeto.
2) Transformar o VPL dos projetos em anuidades usando como taxa de desconto a TMA da empresa;
3) Tomar a decisão de investimento optando pelo projeto que apresentar o maior VPLA. Esse método tem a
vantagem de ajustar todos os projetos de vidas úteis diferentes, comparando-os pela anualização dos valores
presentes líquidos. No entanto, esse método não considera a possibilidade de projetos, de vida útil mais
curta, terem seus fluxos de caixa excedentes reaplicados em novos projetos de investimento gerando fluxos
ou projetos de investimento incrementais.
Exemplos:
Solução:
VAUE(A)
VAUE(B)
Solução:
A alternativa A continua com a mesma análise, enquanto que a B fica com duas saídas no seu
fluxo de caixa, uma inicial de R$ 160.000,00 e outra, no primeiro ano de R$ 20.000,00(1,40) = R$
28.000,00, .
VAUE(B)
Por esse método a viabilidade de um investimento é medida em razão do tempo necessário para
que o somatório das parcelas anuais de receita seja igual ao investimento inicial, isto é, trata-se
do tempo necessário para recuperação do capital investido no projeto.
Assim, se um investimento carece de uma aplicação inicial de R$ 100.000,00 e apresenta um
perfil de entradas líquidas de caixa anuais de R$ 10.000,00, o tempo necessário para
recuperação desse investimento é de 10 anos, ou seja, o período de payback é de 10 anos.
Esse método é bastante utilizado pela facilidade de uso e compreensão, porém apresenta três
falhas importantes que comprometem o resultado da análise.
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
173
Em primeiro lugar esse método ignora a distribuição dos fluxos de caixa dentro do período de
recuperação. Com isto, fluxos de caixa com maior concentração de fluxos financeiros no início do
período são considerados iguais a outros tenham tal concentração no final do período de
recuperação.
Assim, o método desconsidera uma regra básica do investidor, onde este prefere o dinheiro agora
(hoje) do que mais tarde (num período de tempo posterior). Além disso, o método não avalia ou
leva em consideração a vida útil do projeto, isto é, o tempo durante o qual o projeto gerará
resultados.
Com isso, fluxos de caixa que possam ocorrer após o período de payback não são levados em
consideração. Isto pode levar projetos de significativos fluxos financeiros de longo prazo a serem
preteridos em prol de projetos de pouco retorno, mas fluxo rápido.
Outro aspecto trata-se do fato desse método não considerar o valor do dinheiro no tempo, isto é,
recursos financeiros de valor nominal igual, mas em períodos de tempo diferentes não são
equivalentes.
Além disso, o método não estabelece critérios para definição do período de recuperação do
investimento, tal escolha é arbitrária.
Desse modo, o método de payback deve ser evitado, ou, no máximo, usado como complemento
de análise, associado a outros métodos mais adequados.
Esse método é uma derivação do Payback Simples (clássico). Ele tenta sanar ou minorar o
principal problema do modelo clássico, que é a desconsideração do valor do dinheiro no tempo.
Por esse método, os fluxos de caixa periódicos devem ser descontados à TMA, para só então
serem comparados com o capital inicialmente investido. Com o processo de desconto dos fluxos
de caixa, os valores monetários podem então ser comparados na mesma época, isto é com
valores equivalentes.
No entanto, esse método ainda não considera as questões relacionadas com a vida útil do
projeto, indicando que projetos que tenham fluxos de caixa maiores nos primeiros períodos sejam
Prof. Carlos Armando Rocha Filho
174
preferidos aos demais, mesmo que estes apresentem uma vida útil mais longa e um maior
volume de fluxos de caixa positivos ao longo de sua vida útil.
ANO FL CX FL CX
ACUM
0 - 150.000 -
150.000
1 57.900 -
92.100
2 57.900 -
34.200
3 57.900 +
23.700
O Payback está entre os anos 2 e 3 como podemos observar pelo fluxo de caixa acumulado
4
Payback = Investimento = 150.000 = 2,59 anos57.900 +
81.600
Fluxo de Caixa 57.900
5 57.900 +
139.500
Ou: 2 + 34200 = 2 + 0,59 = 2,59 anos
57900
O método do Payback pode, também, ser aprimorado quando incluímos o conceito do valor do
dinheiro no tempo. Isso é feito no método do Payback Descontado que calcula o tempo de
Payback ajustando os fluxos de caixa por uma taxa de desconto.
Exemplo
– Investimento = 150.000
– Fluxos de Caixa = 57.900 iguais para 5 anos
– Taxa de Desconto = 18% ao ano
O Payback está entre ano 3 e o ano 4, como podemos observar pelo fluxo de caixa
acumulado ajustado.
Método:
i = taxa de juros
Se esta razão for maior que 1 [ BC(i) > 1 ], os benefícios do projeto superam os
custos.
FIM DO MÓDULO 09
BONS ESTUDOS!
"Um homem de sucesso é antes de tudo um colecionador de oportunidades”
“O que brilha mais que o ouro- resposta: a luz. O que brilha mais que a luz? –resposta: a
troca de ideias.
Prof. Carlos Armando Rocha Filho