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GESTÃO ESTRATÉGICA DE
NEGÓCIOS NA SEGURANÇA
PRIVADA
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O atual cenário apresentado pelo mercado
Nota-se que uma boa gestão estratégica envolve vários atores, ou seja,
considerando o setor de segurança privada, o vigilante, líder, supervisor,
coordenador, gerente e diretor, além de setores, conforme a estratégia, como
recursos humanos e/ou materiais, comercial, financeiro, dentre outros. Todos
devem participar para que as possíveis falhas na implementação de uma
estratégia possam ser mapeadas com antecedência.
Compreende-se, perfeitamente, a dificuldade em agrupar todos os
profissionais e setores. Contudo, isso é crucial para a implementação mais
acertada de qualquer projeto.
Por vezes, não se considera importante o vigilante estar presente. No
entanto, é preciso recordar que ele é o profissional que irá operacionalizar
algumas das decisões estratégicas e poderá ser a peça fundamental para
esclarecer pontos impensados e apresentar soluções antes ignoradas ou não
previstas.
É de suma importância considerar que uma gestão apropriada garanta que
a empresa desempenhe as suas atividades rotineiras da melhor maneira possível.
Porém, ela sozinha não é capaz de atender às necessidades de um mercado
mutante, motivo pelo qual a estratégia é fundamental para a garantia da
continuidade do negócio.
O setor de segurança privada, atualmente composto por empresas de
pequeno a grande porte, precisa de uma gestão eficiente e de estratégias capazes
de atender a demanda por segurança de seus clientes, sem perder de vista as
exigências impostas ao setor por meio da legislação específica e inovar para
manter a liderança.
Cabe ao gestor estar alinhado às estratégias já em voga pela empresa,
mas também participar e se adequar às novas táticas, desenvolvidas para atender
aos imperativos impostos por clientes antigos e pelos novos também. Por esse
motivo, a vida acadêmica se torna fundamental. Nesse momento, os profissionais
podem atualizar os seus conhecimentos e ter contato com as principais novidades
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nas mais diversas áreas do saber, atuando como um multiplicador do
conhecimento na sua empresa.
A sociedade impõe a sua velocidade, tornando-se obrigação da
organização acompanhar ou até mesmo ditar o rumo para a excelência na
prestação de serviços. Entretanto, sem profissionais antenados e que estudem e
compreendam o mercado, isso não será possível. Conforme Silva, Varvakis e
Lorenzetti (2010, p. 11), “o retorno deverá vir em termos de conquistas de fatias
de mercado, fidelização de clientes, rentabilidade acima da média do setor etc.”
Nesta aula, o objetivo é refletir sobre questões que perpassam pelo setor e
trabalhá-las com mais afinco nas próximas aulas.
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TEMA 3 – A GESTÃO ESTRATÉGICA NA TERCEIRIZAÇÃO
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permitindo vangloriar os que obtêm êxito em suas decisões e massacrar os que
não conseguem o mesmo resultado.
A função da terceirização é apresentar ao cliente a solução para a sua
necessidade, de forma particular, ou seja, atendendo a expectativa de cada
posto/cliente de forma única. Para tal, cada profissional que atuará junto ao cliente
precisa conhecer essas particularidades e se adequar, sobretudo quando se trata
da segurança pessoal e/ou vigilância patrimonial.
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desânimo nos colaboradores e pressionando o departamento de recursos
humanos para uma contratação acelerada de novos funcionários sem o
treinamento correto. A empresa precisava ainda atender aos novos contratos e
tinha clientes descontentes com o atraso na prestação do serviço. Em resumo, foi
gerado um caos desnecessário por falta de gestão e de planejamento realizados
de forma correta.
No caso exemplificado, foi possível permanecer com o negócio. No entanto,
há empresas que têm a continuidade do seu negócio comprometida por falta de
gestão estratégica. Nesse sentido, Silva, Varvakis e Lorenzetti (2010, p. 31)
alertam que:
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envolverão a segurança patrimonial, econômica e/ou a vida do cliente, há a
necessidade de reflexão, dados, informações e profissionais capacitados, já que
uma decisão tomada de forma equivocada poderá desencadear graves problemas
para o cliente, o colaborador e a empresa.
Considerando que os profissionais de segurança privada atuam
diretamente com o cliente, o equilíbrio emocional de cada um dos profissionais
garantirá a continuidade do negócio. A questão é: como é possível estar ciente
das decisões de cada um dos seus colaboradores mesmo em situações que não
envolvem risco iminente?
Constantemente, surgem situações que vão além do conhecimento do
vigilante. No entanto, é esse profissional que está em contato direto com o cliente.
Nesse sentido, é essencial treinar os colaboradores sobre como agir em contextos
adversos, como inquisição por parte do cliente e solicitação para realizar uma
tarefa não contratada. Enfim, os vigilantes estão sujeitos a várias circunstâncias
diferentes diariamente.
Por vezes, as empresas investem no treinamento de líderes, supervisores,
coordenadores, gerentes e diretores, porém os demais colaboradores, quando
são treinados, recebem informações importantes e estratégicas da empresa,
esquecendo que são eles os responsáveis por operacionalizar toda a atividade.
Independentemente de investimentos, treinamentos e aplicação de todo o
aparato essencial para o negócio alavancar, pode ocorrer o improvável e surgirem
turbulências. Para Ito e Howe (2018, p. 199), “resiliência não significa,
necessariamente, antecipar o fracasso; significa antecipar que você não pode
antecipar o que virá e, em vez disso, trabalhar em uma espécie de consciência
situacional”, ou seja, deve-se gerenciar o momento e criar estratégias para evitar
transtornos maiores, sem, contudo, deixar que o seu emocional seja afetado e o
impeça de pensar com clareza e de entrar em contato com os colaboradores que
poderão te auxiliar na solução do problema.
O mesmo autor compreende que
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, L. M. F. Administração estratégica: planejamento, ferramentas e
implantação. Curitiba: InterSaberes, 2016.
MAGALDI, S.; SALIBI NETO, J. Gestão do amanhã: tudo o que você precisa
saber sobre gestão, inovação e liderança para vencer na 4º Revolução Industrial.
São Paulo: Gente, 2018.
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