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GESTÃO E INTELIGÊNCIA NA
SEGURANÇA PRIVADA
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crescimento em função dos elevados índices de violência e da dificuldade do
governo de prover segurança à população, conforme já estudamos na evolução
histórica da segurança privada no Brasil.
Assim, há tendência de aquecimento do setor, crescendo a procura por
profissionais especializados e capacitados que possam buscar melhor relação de
custo-benefício às pessoas e suas organizações, principalmente por meio do uso
da tecnologia do setor.
Em decorrência de tais fatos, segundo a Federação Nacional de Empresas
de Segurança e Transporte de Valores, a Fenavist, existem no Brasil, de forma
registrada e legalizada, mais de duas mil empresas no segmento de segurança
privada.
Diante de tal fato, com a devida capacitação, abre-se mercado para que o
profissional de segurança privada também possa gerenciar equipes de segurança
patrimonial e pessoal terceirizadas, atuando, como já verificamos, em empresas
de segurança, transporte de valores, escolta e segurança pessoal.
Outro segmento que cresce de forma exponencial é o da Consultoria em
Segurança Privada, a qual, inclusive, estudaremos mais a fundo nos próximos
temas abordados.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a FGV, em pesquisa divulgada nesta
década (“A educação profissional e você no mercado de trabalho”), a
empregabilidade dos cursos de especialização em geral é de cerca de 90%,
contando com quase 80% dos graduados trabalhando na sua área de formação.
Dessa forma, elencamos a seguir, com breve explicação, um rol com os
principais segmentos e atividades em que o profissional da segurança privada
pode atuar:
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IV. Segurança privada: atuar na segurança de residências e imóveis privados
para evitar riscos à integridade patrimonial. Cuidar da segurança de
empresários e suas famílias, montando o esquema de acompanhamento,
que deve prevenir assaltos e sequestros;
V. Gestão da Segurança Privada: em departamentos, setores e áreas
relacionadas à segurança patrimonial de empresas públicas e privadas;
VI. Segurança Pessoal: lidera equipes que cuidam da segurança e escolta de
indivíduos;
VII. Projetos de Segurança: por meio de análise socioeconômica, política,
cultural e de índices de violência e criminalidade, define políticas de
segurança e planos de ação;
VIII. Segurança do Trabalho: atua na prevenção de acidentes, preservação da
integridade física de funcionários e melhoria do ambiente de trabalho;
IX. Investigação e Perícia Judicial: apoia essas atividades como autônomo ou
em empresas de consultoria;
X. Eventos: gerenciamento de pessoas e processos de segurança coletiva ou
individual em eventos públicos e corporativos;
XI. Gestão de Equipes: lidera times de segurança privada, coordena o
trabalho, distribui tarefas, orienta e garante a execução dos procedimentos
de segurança;
XII. Tecnologia: gerencia a segurança em ambientes eletrônicos, envolvendo
procedimentos, definição de equipamentos e implantação de programas;
entre outros.
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TEMA 2 – GESTÃO DE SEGURANÇA PRIVADA
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Nesse sentido, o investimento das organizações na gestão da segurança
privada de seus bens (leiam-se todos os seus bens, intangíveis ou não) mostra-
se inerente à continuidade de suas atividades, posto que o profissional e/ou a
empresa de segurança privada devem estar inseridos nas decisões estratégicas
da empresa, todos com propósito único de prevenir qualquer tipo de perda, furto,
fraude, desvio, dentre outras ações criminosas.
Dessa forma, elencamos abaixo as ações essenciais que uma organização
que pretende minorar ao mínimo os seus riscos, por meio da
contratação/implantação de uma gestão de segurança privada, que deve:
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TEMA 3 – O GESTOR DA SEGURANÇA PRIVADA
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Cabe, portanto, ao gestor da segurança, realizar este processo de trabalhar
com as pessoas que compõem a organização, engajando-as nos objetivos e
metas da empresa.
Para tanto, ele deve dispor de conhecimentos não só teóricos, mas também
práticos para aplicação no seu processo de gestão, por meio do planejamento, da
organização, da direção e do controle das atividades de segurança privada.
Segundo o Consultor José Marcondes, o gestor da segurança privada tem
quatro funções principais: planejamento, organização, direção e controle.
Analisemos cada uma destas funções.
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Controle envolve: estabelecer indicadores de desempenho; elaborar
rotinas de monitoramento das atividades; atribuir responsabilidades de aferição
de resultados; e elaborar rotinas para aplicação de ações corretivas.
Ainda segundo o Consultor de Segurança Privada José Marcondes, o
gestor de segurança, para ser bem-sucedido e ter sucesso em sua área, deve
apresentar competências técnicas, humanas e conceituas. Estudemos cada uma
delas.
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Por fim, com a experiência de atuação no segmento, descrevemos a seguir
as qualidades que o mercado de trabalho espera que o gestor tenha:
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meio do desenvolvimento e da viabilização de projetos de segurança, de acordo
com as necessidades específicas de cada cliente.
Trata-se de uma atividade em franca expansão, em decorrência do
crescimento e da evolução das ameaças, além das frequentes alterações de
ambiente e crescimento da competitividade e mudanças nas organizações, de
maneira que se torna absolutamente indispensável a adoção de medidas de
segurança mais profissionais, precisas e adequadas a cada organização.
Nessa linha, são princípios da consultoria em segurança privada:
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Vamos verificar juntos, portanto, os principais nichos de negócios da
consultoria em segurança privada segundo o consultor em segurança privada
José Sérgio Marcondes:
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Desenvolvimento e/ou revisão de políticas, procedimentos e/ou normas de
segurança;
Facilitação/treinamento para implantação de novas
ferramentas/tecnologias/práticas de segurança;
Aconselhamento sobre dúvidas relacionadas a soluções de segurança e/ou
atividades pontuais.
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Ou seja, eventual vulnerabilidade encontrada (ex.: uma falha na cerca de
segurança; um ponto cego de câmeras; a proximidade com uma região perigosa;
etc.), indica um estado de fragilidade que pode se referir tanto à segurança
privada física quanto ao comportamento de pessoas e situações e, portanto, deve
ser reduzido ao máximo, pela descoberta, avaliação e, é claro, correção de tais
pontos vulneráveis.
Segundo o Consultor José Sérgio Marcondes, faz-se absolutamente
necessário estar sempre à frente de qualquer ameaça à segurança de uma
organização. Dessa forma, a seguir estão pontuadas as principais
vulnerabilidades que você, como consultor ou gestor da segurança privada de
uma organização, deve identificar:
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3. Vulnerabilidade Estrutural: envolve qualquer problema relacionado à
estruturação da equipe de segurança privada e dos recursos necessários
para execução destes serviços, tais como:
Falta de equipe especializada ou contingente menor do que o necessário;
Deficiência ou mau uso de equipamentos e recursos materiais e
tecnológicos;
Recursos Humanos inadequado para a necessidade de segurança
corporativa;
Ausência ou falha nas normas e políticas de segurança;
Falta de conhecimento das responsabilidades de segurança de cada
colaborador.
4. Vulnerabilidade no Planejamento: as vulnerabilidades de planejamento
acontecem normalmente por medidas de segurança impróprias e/ou mal
planejadas, que não condizem com a necessidade real da corporação e
possuem origem na falta de conhecimento das três vulnerabilidades que
estudamos anteriormente (RH, Física e Estrutural).
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REFERÊNCIAS
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GESTÃO de segurança privada: o que é e como ingressar na área? Escola Brasil
de Segurança. Disponível em: https://blog.escoladeseguranca.com.br/gestao-de-
seguranca-privada/. Acesso em: 27 ago. 2019.
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