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APOSTILA DE AGENTE DE PORTARIA INDUSTRIAL E EMPRESAS EM GERAL

SEGURANÇA PATRIMONIAL

SEGURANÇA FÍSICA E DE INSTALAÇÕES:

A Segurança de Instalações é antes de tudo, uma atitude preventiva


que envolve uma série de conhecimentos, mecanismos e reflexos a serem
utilizados no momento preciso. A proteção contra atos destrutivos ou
danosos ao patrimônio constitui a essência de uma atividade que, seja
através de formas primitivas ou improvisadas, seja através de um sistema
orgânico de medidas modernas ou sofisticadas, é conhecida como
Vigilância.

Segurança

Condição daquele que está livre de exposição do perigo; ato ou efeito


de segurar; estado, qualidade ou condições de seguro; condição daquele ou
daquilo em que se pode confiar; garantir um meio de proteção.

Conceitos

Segurança Física de Instalações é o conjunto de medidas e


atividades empregadas, por intermédio de um planejamento prévio e
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constante fiscalização, com a finalidade de se dotar uma instalação com um


nível de segurança adequada e necessária.

Segurança Pessoal é um conjunto de ações preventivas, adotadas


com vistas à assegurar a integridade física, mental ou moral de si ou de
outrem.

A segurança Patrimonial é o conjunto de atividades do ramo da


segurança que tem como objetivo prevenir e reduzir perdas patrimoniais
em uma determinada organização.

É considerada estratégica em determinadas situações, já que as


perdas patrimoniais podem cessar as atividades da empresa. Seu valor na
cadeia estratégica aumenta de acordo com o valor agregado do produto
final comercializado pela empresa.

As tarefas de um processo de segurança patrimonial mais comum


são:

• controle de acessos (pedestres, mercadorias e veículos);

• controle de materiais e estoque;

• prevenção de furtos e roubos;

• vigilância ostensiva;

A segurança deverá ser observada em dois aspectos, interna e externa.

Segurança Interna: As ameaças internas podem ser consideradas


como o risco número um à segurança. Um bom programa de segurança
física é o passo inicial para a defesa da corporação no sentido de proteger
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as suas informações contra acessos indevidos. Este programa deve iniciar


através da realização de uma análise de risco. Uma visita às dependências
da empresa pode fornecer resultados interessantes. Os seguintes
elementos devem ser checados durante esta análise: portas das salas
trancadas, mesas e armários trancados, estações de trabalho protegidas
contra acessos indevidos, disposição e proteção das mídias magnéticas de
armazenamento, cabeamento de rede padronizado e seguro, informações
protegidas (em meio magnético e papel), documentos sobre as mesas,
descarte de informações (se existem trituradoras de papéis), áreas de
circulação de visitantes, áreas restritas etc.

Segurança Externa:

• Diz respeito a localização física da empresa ou ao órgão: posição


geográfica das instalações (rios, estradas, elevação, condição
climática, etc.)

• Configuração sócio-econômica da cidade, estado, país


(população vizinha, status social, área urbana ou rural,
instalações policiais, índices de criminalidade).

• Estas variáveis externas são consideradas como incontroláveis,


pois a empresa não tem condição de dominar, pode no máximo
influenciar.

Após este levantamento, o resultado da análise deve apontar o grau


do risco a que a empresa está exposta em decorrência das ameaças
referentes à segurança física. De acordo com as áreas de maior risco
(aquelas que podem causar prejuízos ao negócio se um evento motivado
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por falha na segurança física acontecer), os investimentos devem ser


direcionados para que o risco seja minimizado.

Por exemplo, pode ser que haja a necessidade de se adquirir


equipamentos de controle de acesso baseado em autenticação biométrica
para áreas críticas e de circulação restrita, como sala de servidores, alta
direção da empresa etc. As medidas de correção e equipamentos
necessários devem ser adquiridos com base no custo-benefício que
proporcionam. Para alguns casos, o prejuízo decorrente de um evento é
inferior ao valor do investimento a ser feito nas medidas de correção, o que
nos faz enxergar com clareza que neste caso, o melhor seria ignorar o risco.

Antes de entrarmos na questão específica da Segurança


Patrimonial é importante que façamos algumas observações sobre a
Segurança num sentido mais lato. Se considerarmos que as empresas são
estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviços, que
têm fins lucrativos, e que são regidos dentro de normas técnicas específicas,
é importante que tenhamos uma noção do que venha a ser a Segurança
Institucional como um todo.
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1 A SEGURANÇA PATRIMONIAL

1.1 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS

1.1.1 NECESSIDADES PRIMÁRIAS

As necessidades qualificadas como primárias são aquelas sem as


quais o ser humano simplesmente não consegue sobreviver e manter-se de
forma estável em seu habitat. São as seguintes:

a) Necessidades Fisiológicas: As necessidades fisiológicas, como


a própria designação diz, são as necessidades do físico, ou seja,
alimentar-se, repousar, abrigar-se das intempéries e reproduzir-
se (instinto sexual). Até aqui não existem muitas diferenças
entre o ser humano e os animais irracionais, ou seja, são
necessidades capazes de garantir a sobrevivência imediata.

b) Necessidades de SEGURANÇA: Uma vez satisfeitas as


necessidades do físico, a primeira necessidade que o ser
humano passa a sentir é a de segurança. No entanto, a
segurança descrita aqui por Maslow é uma segurança no sentido
lato, ou seja, não apenas a segurança contra a violência e a
criminalidade, mas também a segurança contra qualquer
ameaça ou perigo, como doenças, desemprego, situações
difíceis ou simplesmente o desconhecido.

1.1.2 NECESSIDADES SECUNDÁRIAS

As necessidades qualificadas como secundárias são aquelas que


completam e realizam o ser humano, mas não são indispensáveis à sua
sobrevivência animal. São as seguintes:
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a) Necessidades Sociais: Uma vez satisfeitas as necessidades


primárias, a primeira necessidade que o ser humano passa a
sentir é a de relacionar-se, ter amigos, trabalhar, constituir uma
família. São as chamadas necessidades sociais.

b) Necessidades de Estima ou Afeto: A partir do momento em


que o ser humano passa a viver em sociedade, uma nova
necessidade se manifesta, ou seja, não basta ter uma vida social,
é preciso ser estimado, admirado, amado ou reconhecido.

c) Necessidades de Auto-realização: Finalmente – e uma vez


supridas as outras necessidades – o ser humano passa a querer
realizar-se como pessoa, criando, revolucionando ou
simplesmente realizando seus desejos mais íntimos.

No entanto, é importante observar que a segurança abordada por


Maslow é uma segurança no sentido genérico, ou seja, todo e qualquer
evento que possa ameaçar o ser humano. Aqui, no entanto, trataremos de
uma segurança específica, a Segurança Patrimonial.

Como a atividade de segurança patrimonial está enquadrada


dentro da atividade empresarial, com ou sem fins lucrativos, aplicam-se a
ela todos os princípios da Segurança Empresarial como um todo, apenas
com as devidas áreas de concentração, que devem ser ressaltadas.

2 A SEGURANÇA PATRIMONIAL

2.1 CONCEITO DE SEGURANÇA EMPRESARIAL

Conceituar o que quer que seja é sempre uma tarefa difícil e as


discordâncias são inevitáveis. No entanto, profissionais de Segurança de
todo mundo, concordam que uma boa definição de Segurança Empresarial
pode ser a seguinte:
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“Conjunto de Medidas, capazes de gerar um estado, no qual os


interesses vitais de uma empresa, estejam livres de danos, interferências e
perturbações”

O conceito acima, aparentemente simples, reveste-se, no entanto,


de grande profundidade e complexidade. Vamos analisar individualmente
cada uma das designações grifadas em negrito.

a) Conjunto de Medidas: A segurança só é eficiente se for


sustentada sobre um conjunto de medidas, onde umas possam
influenciar outras. Assim, a segurança isolada ou localizada
geralmente não é eficiente. Não adianta ter uma boa segurança
na portaria, por exemplo, se o sistema anti-furto simplesmente
não existe. Não adianta muito ter uma vigilância de primeira
qualidade se a instituição empresarial simplesmente não possui
um bom sistema de prevenção e combate a incêndios. Assim, as
chamas podem queimar e consumir toda a empresa, incluindo
aí, muitas vezes, o próprio vigilante. Por isso, a segurança só será
eficiente se for organizada dentro de um conjunto de medidas
inter-relacionadas e complementares.

b) Estado: Estado é diferente de situação. Enquanto a situação é


sempre localizada e passageira, o estado é sempre abrangente e
permanente. Assim quando uma pessoa diz que “está passando
por uma situação difícil”, ela está querendo dizer que, sobre
aquele assunto específico e naquele momento as coisas não
estão bem, mas que podem melhorar de uma hora para outra.
Estamos assim diante de uma situação. Por outro lado, quando
uma autoridade decreta um “Estado de calamidade pública”, ela
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está dizendo que a situação é genérica, abrangente e não tem


data certa para ser alterada. Isso diferencia situação de estado.
Assim uma empresa não deve ter situações de segurança, mas
sim um estado de segurança, ou seja, a segurança deve
abranger toda a empresa por todo o tempo. Só assim a
segurança será eficiente e cumprirá sua função no ambiente
empresarial.

c) Interesses Vitais: Vital, vem de “vida”, assim, interesses vitais


são todos aqueles que são indispensáveis para manter a
empresa viva e em atividade. Infelizmente no meio empresarial
há um conceito de segurança meramente patrimonial, com a
adoção de medidas contra furtos, assaltos, incêndios e coisas do
gênero mas, na maioria das vezes, não existem medidas capazes
de proteger os negócios da empresa, que, em última análise é o
que mantém a empresa funcionando. De nada adianta manter
grandes instalações, super protegidas, se a empresa
simplesmente perder seu mercado, em razão de atos de
espionagem e concorrência desleal. Assim a segurança dos
negócios (inteligência) é tão importante quanto a segurança
patrimonial (física).

d) Danos,Interferências e Perturbações: Finalmente, esse


estado, criado por um conjunto de medidas, deve proteger os
interesses vitais da organização empresarial de danos,
interferências e perturbações.
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Os danos geralmente estão relacionados a perdas materiais,


como furtos, roubos, acidentes, incêndios e outras ocorrências capazes de
causar prejuízo material à empresa.

As interferências, regra geral, estão relacionadas a atos de


espionagem, sabotagem, furto de informações e concorrência desleal, ou
seja, atos capazes de interferir nos negócios da empresa, causando-lhe
prejuízos financeiros.

As perturbações estão sempre relacionadas com aquelas situações


que alteram, ameaçam ou interrompem as atividades normais da empresa,
geralmente com prejuízos financeiros, como greves, paralisações,
alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, entre outros eventos.

2.2 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA

Uma das grandes dificuldades enfrentadas por Profissionais de


Segurança de todo o mundo é convencer o empresário ou dirigente de uma
instituição de que empregar dinheiro em Segurança, se constitui num
investimento e não em um gasto.

Um método que tem dado resultado é fazer um demonstrativo ao


empresário, dos inúmeros benefícios que uma empresa é capaz de gerar à
sociedade e, ao mesmo tempo, os inúmeros riscos a que ela está exposta.

Vamos começar aqui, enumerando os benefícios. De uma forma


geral, pode-se dizer que uma organização empresarial é capaz de
proporcionar, entre outros, os seguintes benefícios à comunidade:

a) Lucro aos acionistas ou proprietários

b) Geração de empregos diretos e indiretos


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c) Desenvolvimento tecnológico

d) Crescimento do comércio local, em razão do aumento do


poder aquisitivo da população.

e) Aumento de agências bancárias, em razão do aumento do


fluxo de dinheiro no meio circulante.

f) Melhoria da infra-estrutura, como estradas, portos e


aeroportos, para o escoamento da produção.

g) Investimento em atividades esportivas

h) Apoio a iniciativas comunitárias

i) Incentivo à cultura

j) Aquecimento da economia, de uma forma geral, gerando


maiores e melhores perspectivas de consumo.

Até aqui os benefícios. No entanto, essa organização, capaz de


gerar tantos benefícios à sociedade e ao país, está, ao mesmo tempo,
exposta a inúmeros riscos e perigos, que se não forem previstos, evitados
ou administrados com eficiência podem causar sérios prejuízos, ou até
mesmo a extinção, dessas organizações. De uma forma geral, podemos
dizer que uma organização empresarial está exposta, entre outros, aos
seguintes riscos e perigos:

a) Incêndios, capazes de causar desde riscos materiais


consideráveis até a destruição completa das instalações,
podendo ocorrer, ainda a perda de vidas humanas.

b) Furtos, internos ou externos.

c) Assaltos, que podem inclusive por em risco a vida de


funcionários e dirigentes.
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d) Atos de espionagem e concorrência desleal, que podem por a


perder, anos de trabalho e investimentos.

e) Penetração não autorizada em sistemas informatizados,


provocando danos ou praticando fraudes.

f) Atos de terrorismo

g) Sabotagem e Chantagem

h) Greves violentas e paralisações provocadas intencionalmente.

i) Alcoolismo e drogas no ambiente de trabalho, prejudicando a


produção e ensejando a prática de crimes.

j) Epidemias e contaminações coletivas

k) Acidentes, explosões e desabamentos.

l) Seqüestros de dirigentes da empresa.

Como se pode ver, numa análise atenta de custo/benefício, é muito


importante o investimento na segurança das atividades empresariais. A se
lamentar apenas que, nem sempre, as pessoas de direito têm uma exata
percepção dessa necessidade.

No entanto, o que estamos falando aqui não é nenhuma novidade.


Já no ano de 1916, Henri Fayol, considerado um dos pais da moderna
Administração, em razão de ter sido o fundador da Escola Clássica da
Administração, já alertava o meio empresarial para a necessidade de se
manter sistemas eficientes de segurança nas empresas.
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3 PROTEÇÃO PERIMETRAL

(Medidas de Segurança Física de Instalações)


Barreiras Naturais e Artificiais

3.1 A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO FÍSICO


A primeira providência a ser adotada pela empresa, na organização
de um bom sistema de Segurança Patrimonial, é proteger suas instalações
de violações ou acessos não autorizados, o que deve ser feito através de
um eficiente sistema de Proteção Perimetral, que nada mais é do que o
cercado colocado em torno das instalações do estabelecimento.
A Proteção Perimetral tem por função proteger o local contra acessos
não autorizados, obrigando dirigentes, funcionários, visitantes e
fornecedores a entrarem na empresa por locais determinados para cada
um.
A Proteção Perimetral deve ser forte e resistente o suficiente para
impedir ou dificultar sua violação por vândalos ou delinqüentes e impedir
acessos não autorizados.

3.2 BARREIRAS
São obstáculos que se colocam entre aquilo que se quer proteger do
elemento estranho, para dificultar ou impedir a entrada de pessoa em áreas
do estabelecimento. Servem para identificar e marcar os limites externos
da área a ser protegida. Podem ser: Barreiras Naturais e Barreiras
Artificiais.

3.3 TIPOS DE CERCADO


De uma forma geral, são utilizados numa Proteção Perimetral um
dos seguintes materiais:
a) Muros
b) Alambrados
c) Grades
d) Estrutura de madeira
e) Estacas de concreto
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f) Cercas de arame farpado


Os materiais mais utilizados em Proteção Perimetral são, no
entanto, o muro, a grade e o alambrado. Vamos conhecer as vantagens e
desvantagens de cada um.

MATERIAL VANTAGENS DESVANTAGENS

Muros Resistência Alto Custo


Difícil Violação Nenhuma
visibilidade
interna ou externa

Grades Resistência Alto Custo


Visibilidade interna e externa
Difícil Violação

Alambrados Baixo Custo Pouca Resistência


Fácil Instalação Fácil Violação
Visibilidade interna e externa

Normalmente, nas empresas é comum a utilização do alambrado,


por sua praticidade e baixo custo.
Outra vantagem do alambrado, é que ele permite que o pessoal da
segurança veja o que se passa do lado de fora da empresa, podendo
identificar, assim, possíveis suspeitos nas redondezas ou mesmo prever e
antecipar-se a alguma ameaça ou atentado.
O cercado deve ser alto o suficiente para impedir sua transposição
por pessoas estranhas. Recomenda-se a altura mínima de 3,00 metros,
podendo chegar até 5,00 metros.
No topo do cercado deve ser colocada uma rede de proteção, que
pode ser de arame farpado ou qualquer outro material que cumpra a
mesma função.

3.4 ZONA LIVRE INTERNA E EXTERNA


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É importante observar a Zona Livre Interna e a Zona Livre Externa.


A primeira é o espaço existente entre o cercado e as instalações da empresa
e o segundo é o espaço existente entre o cercado e a via pública.
No primeiro caso, a metragem ideal a ser observada é em torno de
15 metros e no segundo, algo em torno de 4 a 5 metros.
Essas medidas são necessárias para manter um espaço vazio entre
o cercado e a via pública e entre o cercado e as instalações da empresa,
obrigando assim um eventual invasor a ter que se expor em campo aberto,
o que chamaria a atenção do pessoal de segurança.
Observe-se, no entanto, que nem sempre isso é possível,
principalmente para empresas que já estão construídas e em atividade, mas
é uma regra fundamental a ser seguida para futuras edificações.

3.5 CONDIÇÕES DO TERRENO


O terreno deve ser preferencialmente plano, evitando buracos,
morros ou acidentes geográficos capazes de ocultar um invasor,
principalmente no período noturno.
Caso o terreno em torno da empresa seja muito acidentado, é
necessário providenciar uma terraplanagem. O ideal é que o terreno seja
cimentado ou coberto de grama.

3.6 ÁRVORES E VEGETAÇÕES


Evite tanto quanto possível a existência de árvores ou vegetações
nas proximidades da proteção perimetral. Pode ser bonito, mas também
contribui para ocultar invasores, bombas, aparelhos de escuta ou outras
ameaças à empresa.
No entanto, é necessário tomar muito cuidado com essas
questões, para que não ocorra uma violação da lei ambiental. Assim, antes
de cortar árvores ou vegetações existentes na empresa, é necessário
consultar os órgãos de fiscalização ambiental para verificar se isso é possível
sob o ponto de vista legal.

3.7 ALARMES E DETECTORES


Além da utilização dos materiais e métodos adequados, é
importante instalar também alguns equipamentos eletrônicos, capazes de
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denunciar a presença de invasores nas proximidades da proteção


perimetral.
Existe no mercado um grande número desses produtos, cabendo à
empresa escolher os modelos que mais se adaptam à sua realidade,
observando sempre os parâmetros de qualidade, funcionalidade e custos.
Existem basicamente dois tipos de equipamentos que cumprem
essa finalidade:
a) Sistemas eletrônicos de detecção de invasão:
b) Sistemas eletrônicos de detecção periférica

3.8 INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO


É necessário também fazer constantes inspeções em toda a
extensão da proteção perimetral, para verificar possíveis rachaduras no
terreno, processos de erosão ou tentativas de violação. Essa inspeção deve
ser feita pelo menos uma vez por mês.
Também é importante testar o funcionamento dos equipamentos
de segurança instalados ao longo da proteção perimetral, para verificar se
estão funcionando regularmente, evitando assim que eles venham a falhar
diante de uma situação real de risco ou perigo.

5 ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA

5.1 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA


Para que a empresa venha a ter uma segurança efetiva e
satisfatória é necessário eliminar todo empirismo e improvisação.
Como já vimos inicialmente, a atividade de segurança tem o
mesmo grau de importância, dentro da empresa, do que as demais
atividades, como Produção, Marketing, Contabilidade, Finanças e
Administração.
Assim, é importante que a empresa dispense à área de Segurança
os mesmos cuidados que dispensa a outras áreas. E o primeiro passo para
isso é criar uma Gerência ou Diretoria de Segurança, colocando como
responsável por ela um profissional qualificado e habilitado.
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Nos países desenvolvidos, a Segurança desempenha um papel da maior


importância na vida das organizações empresariais.

5.2 CENTRAL DE SEGURANÇA


É necessário também que a empresa organize e mantenha uma
Central de Segurança, ou seja, um local onde devem estar centralizados
todos os serviços de Segurança.
Essa central deverá ser dirigida pelo Gerente de Segurança, e deve
possuir os seguintes recursos:
a) Monitoramento eletrônico de todas as áreas e dependências
da empresa, através de alarmes, sensores e circuito fechado de
TV.
b) Controle das tubulações de água, ar condicionado, centrais de
energia elétrica e elevadores.
c) Controle do som ambiente com canal exclusivo de penetração,
para avisos sobre incêndios, emergências e situações de crimes
ou violências.
d) Central de Alarmes de furtos, assaltos, incêndios e outras
emergências.
e) Central de radiocomunicação, envolvendo o pessoal de
Segurança e todas as áreas da empresa.
f) Linhas exclusivas de telefone, independentes da central
telefônica e de telefonistas.
g) Burocracia interna da Gerência de Segurança.

5.3 PESSOAL DE SEGURANÇA


E para que todo esse sistema de segurança funcione
adequadamente, cumprindo assim sua função, que é proporcionar
segurança ao ambiente empresarial, é necessário organizar
adequadamente a equipe que irá operá-lo.
O tamanho e complexidade da equipe de segurança vão depender
diretamente do porte da empresa. No entanto, o ideal é que seja
constituída da seguinte forma:
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a) Presidente ou Diretor Geral: é o responsável direto pelo


comando da empresa. A ele está subordinada a Gerência ou
Diretoria de Segurança.
b) Gerente ou Diretor de Segurança: é o responsável absoluto
por toda a área de Segurança dentro da empresa. Reporta-se
apenas à Presidência ou à Direção Geral.
c) Supervisor de Segurança: é o responsável pelos turnos de
trabalho na área de Segurança, que deve ser desenvolvida
durante as 24 horas do dia.
d) Vigilante: Trabalha nos mais variados ambientes, como
recepção, garagem, corredores e outras instalações da empresa.
e) Pessoal de Apoio, composto por técnicos e engenheiros,
capazes de agir em situações como quedas de energia elétrica,
falhas nos sistemas de comunicação, danificação de
equipamentos de segurança, ou qualquer outra missão técnica
que lhes seja solicitada pelo Gerente de Segurança.
f) Pessoal de Emergência, composto por médicos, socorristas,
bombeiros, e outros profissionais, capazes de atender
prontamente a situação como acidentes, incêndios,
desabamentos e outras situações de crise ou emergência;

6 IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE INTERNO

(Prevenção de Entradas não permitidas)

6.1 SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO

A portaria ou recepção da empresa é de vital importância para a


segurança, uma vez que é por ela que entram e saem dirigentes,
funcionários, visitantes e fornecedores. Também é por ela que tentam
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passar ladrões, assaltantes, seqüestradores, terroristas, espiões e outros


tipos de criminosos.

Daí a importância em treinar adequadamente os funcionários que


nela trabalham.

É importante que existam funcionários da Segurança apoiando os


porteiros e recepcionistas, sempre atentos a qualquer anormalidade.

Além do apoio humano, é necessário que o local seja monitorado


com câmeras de circuito interno de TV, controladas diretamente pela
central de segurança.

O pessoal da Segurança, em serviço na recepção deve estar munido


de equipamentos de comunicação, capazes de mantê-los em contato
permanente com a central de segurança.

O ingresso de qualquer pessoa, no interior da empresa, só deve ser


permitido dentro de um processo de identificação e controle de acesso
eficiente.

O sistema mais prático e simples de identificação é através de


crachás. Por isso, adote um sistema específico para cada tipo de pessoa,
como dirigentes, funcionários, estagiários fornecedores, serviços
terceirizados e visitantes, entre outros.

Existem no mercado diversas empresas especializadas em criar


sistemas de identificação, cabendo à empresa escolher o sistema que
melhor se adapte à sua situação particular.

Os funcionários de empresas de serviços terceirizados, como


empreiteiras, manutenção, jardinagem e outros, devem receber crachás
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para circularem apenas nas áreas onde prestarão seus serviços, devendo
ser vedado seu acesso a outras áreas.

Alguns modelos de catracas, que podem ser utilizados no controle


de acesso de funcionários, visitantes e fornecedores.
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6.2 ENTRADA E SAÍDA DE FUNCIONÁRIOS

Para o público interno é recomendável crachás com fotos e códigos


de barras. Já para o público externo, o recomendável é o sistema que
fotografa automaticamente o visitante, guardando a foto e seus dados em
arquivo no computador.

Essas informações poderão ser úteis, posteriormente, em casos de


furtos, assaltos e seqüestros, ou mesmo para comprovar a presença ou não
de determinada pessoa na empresa, em determinado dia e horário.

Os funcionários de empresas de serviços terceirizados devem


receber crachás para circularem apenas nas áreas onde prestam seus
serviços, devendo ser vedado seu acesso a outras áreas.

6.3 ENTRADA E SAÍDA DE VISITANTES

Todo visitante deverá ser cadastrado na recepção, com os


seguintes dados, que deverão ficar arquivados:

a) Nome completo do visitante;

b) Endereço;

c) Número do Documento de Identidade;

d) Nome da pessoa ou setor que veio visitar;

e) Assunto ou motivo da visita; Horário de entrada; e

f) Horário de saída.

6.4 ENTRADA E SAÍDA DE FORNECEDORES


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Adote um sistema semelhante para fornecedores e prestadores de


serviço.

Os crachás fornecidos a visitantes e fornecedores devem possuir


informações sobre o local exato onde devem ir ou circular, através de cores,
por exemplo. Assim o pessoal da Segurança poderá observar pessoas
circulando em locais não autorizados, possibilitando assim a identificação
de possíveis suspeitos.

Os veículos de visitantes e fornecedores, também, devem ser


cadastrados, com todas as informações já mencionadas, acrescidas com os
seguintes dados:

• marca e tipo do veículo;

• cor;

• modelo; e

• número da placa.

Com relação aos fornecedores e visitantes mais freqüentes, é


necessário tomar todo o cuidado possível para evitar a rotina. Na maioria
das vezes, quando uma pessoa, ou representante de alguma empresa, se
tornam freqüentes no ambiente empresarial, é comum a segurança relaxar,
não fazendo os registros necessários. Não raro ocorrem casos de amizade
entre os funcionários da segurança e tais pessoas.

Por isso, é muito importante treinar o pessoal da Segurança para


evitar esse tipo de comportamento. Já houve casos em que criminosos se
disfarçaram de prestadores de serviço para ingressar em empresas e
cometer crimes. Assim, quando alguém se apresentar na portaria como
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fornecedor ou prestador de serviço, o porteiro deve tomar as seguintes


providências:

a) Pedir a apresentação da Ordem de Serviço ou Nota Fiscal.

b) Telefonar para a empresa, pedindo confirmação do serviço ou


fornecimento.

c) Comunicar à direção da empresa sobre a presença do


funcionário e pedir autorização para entrada.

6.5 SEGURANÇA DOS ESTACIONAMENTOS

Os estacionamentos também devem contar com sistemas de


segurança, envolvendo a presença física de vigilantes, instalação de circuito
fechado de TV, sistemas de controle de acesso e boa iluminação no período
noturno.

Procure manter estacionamentos específicos para funcionários,


visitantes e fornecedores. Os critérios de admissão aos estacionamentos
por parte de visitantes e fornecedores, devem obedecer aos mesmos
critérios adotados para o ingresso de pessoas, já mencionados
anteriormente.

Providencie credenciais ou autorizações para os veículos dos


funcionários, capazes de identificá-los junto aos vigilantes. De preferência
utilize sistemas de controle, através de cartões magnéticos específicos.

Os estacionamentos também devem contar com serviços de segurança


eficientes

6.6 SEGURANÇA DE ÁREAS RESTRITAS


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Para áreas restritas como diretoria, laboratórios, centros de pesquisa,


tesouraria, áreas de risco, depósitos, almoxarifados, entre outros, deve-se
criar um sistema complementar de identificação, como digitação de
códigos, leitura de mãos ou de íris ou qualquer outro sistema igualmente
eficiente.

Por ocasião da demissão de algum dirigente ou funcionário, é


necessário recolher seu crachá, chaves e outros objetos da empresa, que
estejam em seu poder. Se a pessoa demitida tiver acesso a áreas restritas,
deve-se providenciar uma alteração nos códigos ou senhas.

Equipamentos de leitura biométrica, catracas codificadas e leitura de íris


são ideais para o controle de acesso em áreas restritas ou de alta
segurança.

6.7 MAPA DE CONTROLE

Procure fazer um mapa das atividades internas da empresa e


mantenha-o em arquivo. Nunca se sabe quando será necessário consultar
dados e eventos ocorridos no passado.

O ideal é ter um programa de computador, capaz de armazenar


todos os dados sobre entradas e saídas de funcionários, visitantes e
fornecedores.

6.8 SABOTAGEM E ESPIONAGEM


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Sabotagem é a ação deliberada, visando a prejudicar o trabalho,


produção e a imagem de uma empresa ou pessoa. Pode ser classificada em:

• Sabotagem Ativa - Ação ostensiva dirigida contra materiais ou


equipamentos.
• Sabotagem Passiva - Ação velada dirigida pelo ânimo das pessoas.

Espionagem esta relacionada com a sabotagem, que visa destruir,


desmantelar o sistema ao passo que a espionagem visa a coleta de dados e
informações. Através dos seguintes métodos:

a. Infiltração;
b. Escutas;
c. Roubo e furto;
d. Corrupção;
e. Fotografias;
f. Observação.

A segurança cabe impedir a saída de projetos, plantas ou qualquer


equipamento, sem a devida autorização, bem como não permitir a entrada
de filmadoras ou máquinas fotográficas por parte de visitantes, salvo com
a devida permissão.
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9 PROTEÇÃO CONTRA FURTOS E ASSALTOS

9.1 AMEAÇAS AO PATRIMÔNIO DA EMPRESA

Os furtos e assaltos contra empresas vêm crescendo a cada dia. Os


furtos podem ser divididos em internos e externos. No primeiro caso, os
furtos são praticados pelo público interno, ou seja, pelos próprios
funcionários.

No segundo caso os furtos são praticados por pessoas que entram na


empresa com o objetivo de furtar.

Já os assaltos e arrombamentos são praticados por criminosos


profissionais, que planejam e executam a operação criminosa.

Existem diversas medidas e providências, que a empresa pode adotar


para dificultar ou impedir a ação dos criminosos.

Para evitar crimes praticados pelo público interno, a empresa deve


dar atenção especial à sua política de Recursos Humanos, tomando
cuidados especiais na contratação de pessoal, principalmente daqueles que
terão acesso às finanças e aos bens da organização.

A primeira providência a ser adotada é criar mecanismos capazes de


impedir a prática de crimes por parte do público interno. Não são raros os
casos de envolvimento de funcionários e dirigentes na ocorrência de crimes
dentro da empresa, tanto os praticando diretamente, como contribuindo
para sua execução, através do fornecimento de informações para que
criminosos possam agir contra o estabelecimento empresarial.

Por isso, a empresa deve ter uma política correta de contratação de


pessoal, dando especial atenção ao aspecto da Segurança, ou seja, evitando
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contratar pessoas que possam vir, de alguma forma, causar dano à


organização.

Com relação aos furtos e assaltos, a adoção de medidas


preventivas, integrando sistemas eletrônicos, com a vigilância desenvolvida
pelo elemento humano, pode produzir resultados extremamente positivos
na inibição de atos criminosos dentro do ambiente empresarial, conforme
veremos mais à frente.

9.2 MEDIDAS PREVENTIVAS

Não existem métodos perfeitos ou infalíveis para evitar essas ações


criminosas, mas existem algumas medidas e providências que a empresa
pode adotar, para dificultar ou impedir a ação dos criminosos. Assim,
recomenda-se a adoção das seguintes medidas:

a) Não deixe objetos de valor em locais onde possam ser


facilmente subtraídos.

b) Instale alarmes e circuito-fechado de TV em locais


estratégicos, principalmente na diretoria, corredores, portaria,
estacionamentos, corredores, depósitos, almoxarifados,
laboratórios e outras áreas consideradas sensíveis ou
importantes sob o aspecto da segurança.

c) Se possível, contrate uma empresa de segurança, que


mantenha um serviço de monitoramento com apoio de um
tático-movel, capaz de ser acionado em socorro da empresa,
quando isso se fizer necessário.
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d) Utilize trancas e fechaduras de boa qualidade. Adote o


sistema de segredos para as áreas mais sensíveis e importantes
da empresa.

e) Desenvolva campanhas educativas junto a dirigentes e


funcionários. Tente mantê-los como aliados na defesa do
patrimônio da instituição.

9.3 CONTROLE INTERNO

Faça também um levantamento do patrimônio móvel da empresa e


numere-os com etiquetas com a logomarca da organização. Isso costuma
desestimular furtos.

Faça um rígido controle dos materiais existentes nos depósitos e


almoxarifados, para evitar furtos ou desperdícios por parte de maus
funcionários.

O acesso a depósitos e almoxarifados deve ser restrito ao pessoal que


neles trabalham.

Todos os fornecedores e prestadores de serviço devem ser


cadastrados e as entradas e saídas da empresa devem ser registradas pela
Segurança.

De preferência, carros e caminhões devem ser inspecionados na


entrada e na saída, não apenas para conferir eventuais desvios de
materiais, como também para checar a possibilidade de ingresso não
autorizado de pessoas no interior da instituição, como ladrões,
seqüestradores, sabotadores ou terroristas.
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Realize constantes auditorias em todos os setores da empresa,


procurando rastrear a movimentação de bens ou valores, no sentido de
verificar possíveis casos de desvio ou má utilização.

9.4 CRIMES INFORMATIZADOS

É importante observar também que os crimes praticados através


dos sistemas informatizados estão se tornando cada vez mais comuns em
todos os segmentos sociais e empresariais, por isso a empresa deve adotar
medidas de segurança de dados, contratando profissionais especializados
para esse fim.

O sistema de informática de uma empresa pode ser violado ou


invadido, entre outras, pelas seguintes razões:

a) Desvio de dinheiro do caixa do estabelecimento.

b) Fraudes e adulterações, visando comprometer o bom


funcionamento da empresa.

c) Checar registros e informações sobre dirigentes,


pesquisadores e funcionários, com finalidades criminosas, como
roubá-los, seqüestrá-los ou assassiná-los.

d) Verificar relação de cientistas e pesquisadores, bem como


suas habilitações, para passar informações à concorrência, que
poderá tentar contrata-los, desfalcando assim a empresa
violada;

e) Copiar lista de clientes e fornecedores, para posterior prática


de concorrência desleal.
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f) Checar os eventos agendados pela empresa, com fins ilícitos,


como sabotagem, colocação de explosivos ou outras práticas
criminosas.

g) Comprometer e neutralizar o sistema, com a introdução de


vírus com alto poder de destruição.

Para evitar tais riscos, a empresa deve tomar as seguintes


providências, em relação a seus sistemas informatizados:

a) Só adquira computadores, softwares e outros equipamentos


diretamente de distribuidor autorizado, mediante o
fornecimento de nota fiscal. Resista à tentação de comprar
produtos contrabandeados e mais baratos, uma vez que eles já
podem vir “grampeados” até a empresa, o que facilitará o
serviço de eventuais fraudadores.

b) Contrate uma empresa especializada e idônea para


desenvolver uma Política de Segurança de Informações para a
empresa. Antes de contratá-la, faça uma investigação sobre suas
atividades. De preferência peça uma lista de clientes e procure
conversar com eles sobre a eficiência e honestidade da empresa.

c) A empresa contratada deverá apenas treinar o seu pessoal


para que a empresa possa implantar uma Política de Segurança
de Informações, mas nunca realizar essa tarefa de forma direta,
tomando conhecimento assim dos detalhes do funcionamento
do empresa.

9.5 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA


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A empresa deve dispor do maior número possível de


equipamentos de segurança. O mercado possui um número enorme desses
equipamentos e uma análise detalhada e individual de cada
estabelecimento é que vai determinar quais equipamentos poderão ser
utilizados. Aqui, no entanto, vamos nos ater a equipamentos básicos,
essências e até mesmo indispensáveis.

No que diz respeito à segurança das instalações da empresa,


basicamente dois equipamentos são necessários e, ao mesmo tempo,
indispensáveis: alarmes e sensores.

Igualmente, existe no mercado um número enorme desses


equipamentos. Uma análise mais aprofundada, feita por profissional
especializado é que vai determinar, exatamente, quais os tipos de
equipamentos adequados para cada organização. Nas ilustrações abaixo,
alguns modelos encontráveis no mercado:

Organograma de Segurança

Deve existir na empresa, uma central de Segurança, com um


sistema de monitoramento eletrônico, por imagem, das principais
dependências da empresa, conforme ilustração abaixo:

As principais áreas a serem monitoras, durante todo o período de


atividade da empresa, são as seguintes: portão de entrada, recepção,
estacionamentos, depósitos, vias públicas, linhas de produção, áreas
administrativas e outras áreas consideradas sensíveis ou importantes sob o
ponto de vista da segurança.

9.6 O APOIO DA POLÍCIA


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Mantenha um canal de comunicação eficiente com as autoridades


policiais da área, procurando obter delas informações sobre a criminalidade
da região e informando-as a respeito de qualquer suspeita sobre possível
ação de criminosos, bem como sobre os meios mais rápidos de contar com
seus serviços.

9.7 ILUMINAÇÃO E ENERGIA ELÉTRICA

A empresa deve tomar todas as providências necessárias quanto à


manutenção da segurança das instalações elétricas, evitando assim
acidentes e desperdícios, bem como garantindo a iluminação e o
fornecimento de energia elétrica em todos os ambientes.

Procure iluminar corretamente as áreas externas da empresa,


como pátios, jardins, calçadas, estacionamentos e outros ambientes,
evitando a existência de pontos escuros.

Como já foi dito, o ideal é que não haja grande quantidade de


árvores ou vegetações nos arredores da empresa.

No entanto, se você resolver mantê-los, providencie para que esses


locais estejam bem iluminados, evitando assim que possam servir de
esconderijo para criminosos.

A iluminação das vias públicas, nos arredores das instalações da


empresa também deve ser satisfatória. Em casos de deficiência, peça ajuda
à companhia de energia elétrica responsável pela área.

9.8 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA


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Instale sistemas de iluminação de emergência nos pontos sensíveis


da empresa, que possam ser acionados automaticamente, em casos de
queda de energia elétrica.

9.9 TREINAMENTO DE PESSOAL

O pessoal da manutenção deve estar em condições de


restabelecer, o mais rápido possível, o fornecimento de energia elétrica,
quando o problema for provocado por fatores internos.

O pessoal da Segurança, bem como dirigentes e funcionários


devem ser treinados em questões relacionadas com energia elétrica,
visando garantir a segurança e evitar desperdícios.

Não deixe a empresa no escuro com a desculpa de economizar.


Lembre-se sempre que os criminosos preferem agir nas sombras.

11.6 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA SEGURANÇA PATRIMONIAL

Toda atividade humana, para ser bem sucedida, deve basear-se em


princípios. Com a Segurança Patrimonial não é diferente. Regra geral, sete
são os princípios que regem as atividades de Segurança Patrimonial:

1º. Segurança é Prevenção

A segurança é sempre preventiva. Não há que se falar em


Segurança depois que os fatos aconteceram. A função principal da
Segurança é prever os riscos e perigos e, assim, evitá-los. Em última análise,
deve estar preparada para agir imediatamente após a ocorrência dos fatos
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danosos, restabelecendo a normalidade e retomando o controle da


situação.

2º. Prevenção é Treinamento

Se Segurança é prevenção, a melhor forma de obtê-la é através de


treinamentos constantes. O treinamento gera condicionamento, que, por
sua vez, gera disciplina, contribuindo assim para o desenvolvimento de
medidas preventivas, uma vez que as pessoas passam a conviver com a
idéia de uma situação ideal de segurança.

3º. O investimento em segurança é proporcional ao risco que se


corre.

Um dos grandes problemas das organizações empresariais é


justamente em relação aos investimentos em Segurança.

A tendência geral é economizar quando as coisas estão sob


controle e depois gastar excessivamente quando alguma coisa acontece no
ambiente, comprometendo a segurança.

O ideal é o equilíbrio. Não há porque a empresa gastar grandes


somas em Segurança se os riscos não são tão grandes. Por outro lado, não
deve omitir-se quanto a essa importante área com a desculpa de
economizar.

Uma Análise de Vulnerabilidades, feita por profissional qualificado


é que vai determinar o quanto gastar com Segurança. Qualquer coisa, além
disso, é desperdício e qualquer coisa aquém é omissão e irresponsabilidade.

4º. A Segurança não deve impedir nem dificultar a livre marcha da


empresa
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Não é preciso transformar a empresa num quartel ou delegacia de


polícia para que a Segurança seja eficiente. A atividade de Segurança é uma
“atividade meio”, que tem por função proteger a empresa para que ela
atinja sua “atividade fim”, que é a produção. Por isso, a Segurança deverá
ser eficiente e até rígida em determinadas situações, mas nunca autoritária
ou inibidora, a ponto de causar constrangimento às pessoas ou entraves no
processo produtivo.

5º. A Segurança sustenta-se numa burocracia eficiente

Inicialmente esse princípio pode parecer contraditório, uma vez


que as atividades de Segurança sempre lembram ação e operacionalidade
e não burocracia. No entanto, se essas ações e operações não forem devida
e corretamente planejadas, catalogadas, administradas e relatadas a
eficiência da segurança pode ficar comprometida. Por isso, Manter um
correto sistema de Administração da Segurança é de fundamental
importância para o sucesso nessa importante área da empresa.

6º. A Segurança deve estar integrada às outras áreas da empresa

A Segurança não deve funcionar como uma ilha dentro da


empresa, nem como um quartel ou delegacia de polícia, como já foi dito.
Ela deve estar integrada às outras áreas da empresa, prestando a elas um
serviço satisfatório e, em contra partida, recebendo delas apoio e
cooperação. É muito importante esclarecer às outras áreas da empresa os
detalhes das atividades da Segurança, bem como sua importância e
operacionalidade e como cada uma delas pode colaborar para que as
pessoas e as instalações da empresa estejam sempre protegidas e em
segurança.
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7º. A Segurança deve ser compreendida, admitida e aprovada por


todos.

Para que a Segurança seja eficiente, ela deve ser, primeiramente,


compreendida por todos, desde a alta direção até o mais modesto dos
funcionários do escalão inferior da empresa. Uma vez compreendida a
necessidade e as formas de atuação da Segurança, todos passam a admitir
sua necessidade. E, uma vez admitida sua necessidade, ela deve ser
aprovada por todos e, por via de conseqüência, todos devem colaborar com
ela e respeitar suas regras. Só assim será possível manter um sistema de
segurança eficiente no meio empresarial.

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