Você está na página 1de 5

Conceitos de Análise de

Riscos
Risco é a probabilidade de um evento acontecer, seja ele uma
ameaça, quando negativo, ou oportunidade, quando positivo. É o
resultado obtido pela efetividade do perigo. Perigo é uma ou mais
condições que têm o perfil de causar ou contribuir para que o Risco
aconteça. Não se mede e não há como eliminar o Risco. O Risco é
um evento, ele está lá e pode acontecer a qualquer momento.
Devemos trabalhar os Perigos. Esses devem ser mitigados,
prevenidos, analisados, mensurados e corrigidos. São eles que
ocasionam os Riscos.
Não devemos mensurar a queda de um paciente, por exemplo,
pois esse evento é um Risco. É um fato que pode acontecer.
Devemos mensurar e agir nas prevenções para que não aconteça
a queda do paciente. As prevenções devem ser nos Perigos que
podem levar a esse Risco.
Existem Perigos intoleráveis e tratáveis, porém existem Perigos
que devemos mantê-los em vigilância, mas não temos como
minimizá-los, pois são Perigos que dependem de terceiros
(pessoas ou serviços) e está acima de nossas prevenções. Por
existirem Perigos “toleráveis” é que os Riscos são eventos não
trabalháveis.
Já o dano é a gravidade da perda. As organizações possuem bens
tangíveis e intangíveis expostos à perda. As perdas podem ser
tangíveis, quando se referem a prejuízos mensuráveis, ou
intangíveis, quando se referem a elementos de difícil mensuração
como a imagem da empresa. As principais perdas em uma
empresa são: a) perdas humanas: perdas decorrentes de morte,
invalidez ou afastamento de funcionários, bem como indenizações
a dependentes e pagamento de honorários advocatícios; b) perdas
de tempo: perdas de tempo e produtividade por profissional não
treinado, equipamento danificado, baixa na moral da equipe; c)
perdas por danos à propriedade e bens não cobertos por seguros,
tais como a reposição de produto ou itens danificados; d) perdas
decorrentes de fraudes ou atos criminosos; e) custos com
investigação de acidentes, perito de defesa, ações corretivas,
honorários advocatícios, assistência emergencial; f) perdas por
danos causados a terceiros.
Acidente é toda ocorrência não programada que pode produzir
danos. É um acontecimento não previsto, ou se previsto, não é
possível precisar quando acontecerá. Há diferentes conceitos para
acidente, os principais são o legal e o prevencionista. Conceito
legal: acidente é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause morte, perda ou redução permanente ou
temporária da capacidade laboral para o trabalho. Conceito
prevencionista: acidente é uma ocorrência não programada,
inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal
de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil, lesões nos
trabalhadores ou danos materiais.
Já o incidente é qualquer evento ou fato negativo com potencial
para provocar danos, que por algum fator, não leva ao acidente.
Também denominado de quase acidente. Esse evento é muitas
vezes atribuído ao anjo da guarda. O estudo dos incidentes leva ao
conhecimento sobre as causas, que poderiam vir a tornar-se
acidentes.
A Figura 1 abaixo apresenta as relações dos conceitos de risco,
perigo, acidentes e incidentes.

Relação entre Riscos e Acidentes


Os riscos apresentam características diferenciadas em função do
ambiente de atuação da empresa e das suas próprias
características operacionais. Novos riscos surgem em novos tipos
de estruturas corporativas e mudanças na tecnologia da
informação. Os riscos podem ser classificados em: riscos
especulativos (ou dinâmicos) e riscos puros (ou estáticos). 
Os riscos especulativos envolvem uma possibilidade de ganho ou
de perda. Enquanto que os riscos puros envolvem somente
possibilidade de perda, não existindo nenhuma possibilidade de
ganho ou de lucro. 
A materialização dos riscos puros resultará em perdas. Os riscos
puros são classificados em riscos às propriedades, riscos às
pessoas e materiais e riscos de responsabilidade. Os riscos à
propriedade consideram as perdas oriundas de incêndios,
explosões, vandalismo, roubo, sabotagem, acidentes naturais e
danos a equipamentos e bens em geral. Os riscos relativos às
pessoas, referem-se a doenças ocupacionais ou acidentes de
trabalho que levam à incapacidade temporária, invalidez ou morte
de colaboradores. E, os riscos por responsabilidade, referem-se às
perdas causadas pelo pagamento de indenizações a terceiros,
responsabilidade ambiental, assim como pela qualidade e
segurança do produto ou serviço prestado.
No tocante ao ambiente de trabalho os riscos também podem ser
avaliados e na Figura 2 temos uma sumarização dos principais
tipos de riscos verificados. A NR 9 Programa De Prevenção De
Riscos Ambientais (norma disponível em
https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulam
entadoras/NR-09-atualizada-2019.pdf) define os limites toleráveis
dentro dos riscos apresentados e o Mapa de Riscos Ocupacionais
apresenta esse conjunto de cores apresentados nessa figura para
sinalização dos riscos.
Relação entre Riscos e Acidentes
Define-se a gestão de riscos como uma metodologia que visa
aumentar a confiança na capacidade de uma organização em
prever, priorizar e superar obstáculos para, como resultado, obter a
realização de suas metas. Ao mesmo tempo em que atua na
proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros da
empresa, preocupa-se, também, nas consequências de eventos
aleatórios que possam reduzir sua rentabilidade, sob forma de
danos físicos, financeiros ou responsabilidades para com terceiros.
Compreende-se, dessa forma, que os esforços na tentativa de
eliminar, reduzir, controlar ou ainda financiar os riscos, caso seja
economicamente viável, são de suma importância para o
desenvolvimento salutar de uma empresa. A forma de avaliar o
risco que a empresa possui é fazer a análise de risco que
basicamente tem as seguintes funções: a) identificar os perigos; b)
determinar quem pode ser afetado; c) analisar quantitativa e
qualitativamente os impactos; d) planejar as respostas (ações) e
controlar o risco.
 
Atividade Extra
Ler o artigo sobre Riscos e que é disponibilizado no site:
http://educacao.cemaden.gov.br/medialibrary_publication_attachment?
key=EDtGLgxTQiYlb8yFZUCUND1dSaw=
 

Referência Bibliográfica

ADAMS, John. Risco. Senac, 1° Ed., ISBN: 978-8573598025, 2009.

GALANTE, Erick. Princípios de Gestão de Riscos. Appris, 1° Ed.,


ISBN: 978-8581926674, 2015.
SANTOS, Junior, JUNIOR, Joubert e BENATTI, Andre. Gestão e
Indicadores em Segurança do Trabalho. Érica, 1° Ed., ISBN:
9788536529936, 2018.
GIROTRA, Karan e NETESSINE, Serguei. Gestão de Riscos nos
Modelos de Negócio. Elsevier, 1° Ed., ISBN: 978-8535282313,
2014.
TANQUE, Giovanil. Flexibilidade, Gestão de Riscos e Resiliência na
Cadeia de Suprimentos. Appris, 1° Ed., ASIN: B074VFQVLF,
2016.
ASSI, Marcos. Governança, Riscos e Compliance: Mudando a
Conduta nos Negócios. Saint Paul, 1° Ed., ASIN: B07MG7V8MC,
2018.
MARK. Robert, GALAI, D. e Crough. Fundamentos Da Gestão De
Risco. Qualitymark, 1° Ed., ISBN: 978-857303755, 2008.
OTHEDERALDO, Junior. As 11 Fragilidades Que Derrubam Sua
Empresa: Obra Inédita Sobre Gestão de Riscos Para Todas as
Empresas Especialmente às Pequenas e Médias. Amazon, 1° Ed.,
ASIN: B078XLM1DF, 2017.
KAERCHER, Adil e LUZ, Daniel. Gerenciamento de Riscos. Do Ponto
de Vista da Gestão da Produção. Interciência, 1° Ed., ISBN: 978-
8571933958, 2017.
BARALDI, Paulo. Gerenciamento de Riscos Empresariais. Campus. 3°
Ed., ISBN: 978-8535243017, 2010.
 

Você também pode gostar