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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

PARA EMPRESAS DE
RISCO GRAU 4
A MAPA OFERECE DADOS E INDICADORES PRECISOS
PARA PREVENIR ACIDENTES DE TRABALHO
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA
EMPRESAS DE RISCO GRAU 4
A MAPA OFERECE DADOS E INDICADORES PRECISOS
PARA PREVENIR ACIDENTES DE TRABALHO

Editora do material: Autora: Designer:


MAPA AVALIAÇÕES Wanessa Viegas Lemos Alexandre Viola
SUMÁRIO

1 ESTATÍSTICA DE ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL 6 COMO O MAPA TE AJUDA A DIMINUIR A EXPOSIÇÃO AO


RISCO?
2 O QUE SÃO GRAUS DE RISCO E COMO ELES SE CLASSIFICAM?
6.1 ESCALAS DE RISCO
2.1 RISCO GRAU 4
6.2 MODALIDADES DE APLICAÇÃO
3 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO
7 CONCLUSÃO
3.1 SEGURANÇA DO TRABALHO E PRÁTICAS ESG

4 AÇÕES BÁSICAS PARA PREVENIR ACIDENTES

5 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE


TRABALHO

5.1 QUAL O PAPEL DO PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL E DO RH?

5.2 COMO O RH PODE PROMOVER O BEM-ESTAR NO


TRABALHO?
1.INTRODUÇÃO
A saúde e a segurança da sua equipe é algo que deve estar sempre em pauta. É bem
verdade que os riscos são importantes para as decisões estratégicas, porém, são
também a principal causa de incertezas nas organizações.

Se pararmos para refletir, em maior ou menor grau, os colaboradores estão


sujeitos a riscos no ambiente de trabalho, sejam eles de teor físico,
ergonômico, biológico, químico ou acidental. De alguma forma, eles podem
comprometer a saúde emocional do indivíduo e acarretar em lesões a
longo prazo.

Diante disso, vale pensar o que as empresas podem fazer para prevenir acidentes de
trabalho e garantir a segurança e a saúde do profissional. E é aí que entra a
importância da avaliação psicológica dentro das organizações, principalmente para
aquelas classificadas como grau de risco 4.

Continue a leitura deste e-book sobre “Avaliação Psicológica para empresas de risco
grau 4” e entenda como perceber comportamentos que podem causar acidentes e
criar estratégias de prevenção.

Com isso, é possível construir um local sadio e seguro, evitando acidentes que podem
gerar custos na vida do acidentado e consequências para a empresa.

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1.1 ESTATÍSTICA DE ACIDENTES
DE TRABALHO NO BRASIL
Nas últimas décadas, assistimos a uma degradação do bem-estar e da saúde física e
emocional das pessoas, sobretudo no ambiente de trabalho. Isso acontece devido a
vários fatores, como a competitividade, pressão e a existência de metas cada vez mais
irreais. Esses pontos somados com outros problemas como a exposição ao risco
complicam a imagem e a produção das empresas.

Prova disso é que, em uma pesquisa rápida, é possível perceber que as estatísticas de
acidentes de trabalho em nosso país são alarmantes. Infelizmente, o Brasil é um dos
países que lideram o ranking com o maior número de trabalhadores formais acidentados
do mundo, com crescimento de 30% em óbitos e acidentes de trabalho em 2021 na
comparação com o ano de 2020.

Na verdade, são mais de 700 mil casos de acidentes no ambiente


corporativo registrados por ano no Brasil. Nos últimos dez anos, o Brasil
computou 22.954 mortes no mercado de trabalho formal.

Depois do início da pandemia, houve ainda um aumento de 26% nas concessões de


auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, devido aos transtornos oriundos da
inadaptação ao serviço remoto, do excesso de tarefas, entre outras causas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia que estresse, ansiedade, depressão e


outros transtornos afetam cerca de 264 milhões de pessoas no mundo, podendo
contribuir negativamente para a exposição de colaboradores ao risco, tanto físico
quanto, claro, emocional.
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Além do mais, essa realidade promove grande impacto para as empresas, já que a
economia global perde cerca de US$1 trilhão por ano em produtividade.

O fato é que muitos dos profissionais que se envolvem em acidentes no trabalho não
estão com a saúde emocional em dia. Atualmente, uma a cada cinco pessoas sofre com
alguma doença ocupacional e isso pode trazer, além de consequências diretas para o
trabalhador, prejuízos para a empresa.

Sabendo disso, é importante entender os graus de risco das empresas para, assim, poder
criar ações de prevenção.

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2. O QUE SÃO GRAUS DE RISCO
E COMO ELES SE CLASSIFICAM?
Você se perguntou como é classificada uma empresa quanto aos seus riscos
ocupacionais? Você sabia que a atividade econômica é capaz de influenciar no grau de
risco? Aliás, você sabe o que são os 4 graus de risco na Segurança do Trabalho?

Como dito, para garantir a segurança do trabalho e uma boa saúde da equipe, é preciso
entender o grau de risco a que ela está exposta. Esses riscos podem ser de caráter físico,
químico, biológico, ergonômicos e acidentais, mas, de toda forma, trazem danos ao
colaborador e à empresa. Veja só:

Risco físico
Fatores que englobam choques elétricos, movimentação de máquinas, barulho,
radiações ionizantes e vibrações.

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Risco químico
Contato com produtos corrosivos, gases, ácidos e materiais perigosos em geral.

Risco ergonômico
Englobam o esforço físico intenso, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia,
repetitividade e acomodação incorreta.

Risco de acidentes
Fruto de fatores como quedas ou ferimentos em razão do manuseio de objetos, por
exemplo.

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Mas o que é grau de risco? Ele é entendido como um número que varia
entre 1 e 4, sendo que o objetivo é avaliar o perigo que cada função
oferece. Então, quanto maior o grau, maior o risco.

Esse grau de risco é definido pelos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho ou, simplesmente, pela NR-4. Além disso,
leva em consideração a atividade principal de cada empresa, por meio da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Por exemplo, se a empresa possui grau de risco 1 (GR1), que é o mínimo, isso
significa que ela não apresenta atividades ou funções que possam expor os
colaboradores a riscos grandes. Pelo contrário, os riscos são muito improváveis e,
assim, a organização possui menos obrigações legais atreladas à segurança do
trabalho.

E assim sucessivamente. As empresas com grau de risco 2 (GR2) também


apresentam baixo risco, porém, em vez de riscos improváveis, esses são
classificados como “moderados”. Comparando-se com as organizações de GR1,
essas têm mais obrigações legais.

Já os ambientes corporativos de risco 3 (GR3) devem ficar atentos. Isso porque são
consideradas empresas de risco médio, ou seja, aquelas que expõem, de alguma
forma, os funcionários a riscos regulares.

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Por fim, existem as organizações que apresentam risco alto de acidentes de
trabalho, as de risco 4 (GR4), e é sobre elas que falaremos a seguir.

Não apresenta atividades ou Os riscos são muito


funções que possam expor improváveis.
Risco 1 os colaboradores a riscos
grandes.

Os riscos são baixos, mas, Os riscos são moderados.


comparando com as
Risco 2 organizações de GR1, essas
têm mais obrigações legais.

Sinal de alerta. São


consideradas empresas de Os riscos são regulares.
risco médio, ou seja, aquelas
Risco 3 que expõem, de alguma
forma, os funcionários a
riscos de forma constante.

Contemplam as atividades
mais perigosas e com maior Os riscos são altos,
índice de adversidades constantes e frequentes.
Risco 4 quando o assunto é
segurança.

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2.1 GRAU DE RISCO 4
Bom, já vimos que cada tipo de empresa expõe o trabalhador a riscos diferentes, e
isso impacta de alguma maneira na segurança do trabalho. Na verdade, o que muda
é o nível do “estrago”. Uma papelaria, por exemplo, não possui os mesmos tipos de
riscos e perigos se comparada a um hospital. Nem uma construção tem o mesmo
risco de uma empresa voltada para a educação.

As empresas classificadas com grau de risco 4 são aquelas que contemplam


as atividades mais perigosas e com maior índice de adversidades quando o
assunto é segurança. Esse tipo de organização coloca os funcionários em risco
constante e frequente.

Exemplos de acidentes graves são as quedas, choques elétricos, golpes


provocados por ferramentas, esmagamento, contusão, entre outros. Os setores
mais prejudicados, de forma geral, quando o assunto é acidente de trabalho, são os
hospitais, o comércio varejista, a administração pública, os correios e a construção.

Especificamente as empresas de alto risco são as do ramo de:

Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura;


Indústrias Extrativas;
Indústrias de Transformação;
Construção.

Diante disso, como identificar e conscientizar a equipe a respeito dos fatores de


risco presentes no ambiente de trabalho e buscar formas para minimizá-los?

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3. IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA
DO TRABALHO

Cuidar da segurança do trabalho de forma a prevenir acidentes com o colaborador


é um ponto de interesse e importância para as organizações.

Basicamente, podemos afirmar que a segurança do trabalho é o conjunto de


normas, atividades, medidas e ações de prevenção que garantem a segurança do
ambiente corporativo. O objetivo é claro: diminuir o índice de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais.

Em outras palavras, podemos dizer que a segurança do trabalho diz do que a


empresa deve fazer para proteger a equipe, de modo a oferecer um local saudável
para que as tarefas laborais sejam feitas da melhor maneira possível.

A área é crucial para qualquer empresa, uma vez que zela pela qualidade de vida,
segurança e influencia na produtividade como um todo. Na verdade, ela impacta
até mesmo na redução de custos, já que evita gastos com o tratamento de uma
pessoa que sofre acidente, por exemplo, e multas.

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3.1 SEGURANÇA DO TRABALHO
E PRÁTICAS ESG
Hoje em dia, as empresas e investidores em todo o mundo têm se
envolvido cada vez mais com o conceito de “investimento responsável”,
impulsionados pela crescente – e necessária – conscientização de
algumas questões, como comprometimento ambiental/social,
diversidade de gênero e transparência nas relações.

Se, no passado, as organizações mantinham o foco no crescimento e


na lucratividade, hoje o papel delas na sociedade vai muito mais além,
sendo as práticas ESG uma tendência que veio para ficar.

Para quem ainda não sabe, ESG nada mais é do que a sigla para
Environmental, Social and Governance, que, traduzida para o
português, significa: Meio Ambiente, Social e Governança. Ela surgiu
no mercado financeiro, em 2004, como uma maneira de medir o
impacto que as ações de sustentabilidade trazem nos resultados das
organizações.

Falando em saúde mental e segurança do trabalho, atualmente,


empresas que se destacam estão revendo políticas de horas
trabalhadas, pressão sobre resultados e interação com a liderança.
Olhar para o bem-estar da equipe se mostra fundamental,
principalmente neste momento pós-pandêmico.

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Além do mais, um ambiente saudável tornou-se condição indispensável para
o bem-estar. Pensando nisso, qual é a capacidade da empresa de mitigar
riscos? Por exemplo, uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito
estufa, eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes? As
ações sustentáveis fazem parte do dia a dia?

Para reduzir riscos e garantir a segurança no trabalho, a empresa precisa


contribuir ainda com ações que reduzam as desigualdades – sociais, raciais e
de gênero – e promovam mais equidade, de forma a criar um ambiente
corporativo diverso, com transparência e honestidade nos negócios.

Olhar para a própria equipe como humanos – muito além de resultados – é um


grande começo. Afinal, hoje em dia, não há mais espaço para empresas que
miram somente o lucro. Ou seja, é preciso agir contribuindo para a construção
de um local mais saudável, seguro e um mundo mais igualitário.

As organizações que incorporam as práticas ESG têm maior capacidade


de identificar os perigos associados aos seus negócios e definir controles
para gerenciá-los. Além disso, criam melhores condições de trabalho,
reduzem acidentes e doenças relacionadas à atividade, minimizam
custos e inatividade. Consequentemente, contam com maior
engajamento e motivação dos funcionários.

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4. AÇÕES BÁSICAS PARA
PREVENIR ACIDENTES

Verificar equipamentos, cuidar da ergonomia, saúde mental e manter o ambiente


em condições salubres são algumas das obrigações das instituições. Inclusive, é lei
proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Sabendo dos números
altos de acidentes laborais, uma boa gestão de pessoas deve apostar nas ações de
prevenção de segurança dentro da empresa.

A prevenção diminui a quantidade de multas e impostos a serem pagos ao


governo, podendo aumentar o desempenho, a motivação e o bem-estar da
equipe no serviço. Afinal, quando a empresa coloca a saúde do colaborador em
primeiro lugar, as pessoas passam a ter mais confiança no local de trabalho.

Inclusive, um funcionário ciente de que a empresa zela por seu bem-estar e


qualidade de vida, tende a ser muito mais motivado e disposto a retribuir com
qualidade e volume de produção.

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Veja algumas dicas do que fazer:

Oferecer EPIs, treinar a equipe e fiscalizar o uso.

Os acidentes de trabalho mais comuns giram em torno da falta ou do uso errado


dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Os EPIs vão desde calçados até óculos de proteção. Além disso, precisam ser
usados em ocasiões específicas para garantir a integridade física.

Cabe à empresa oferecer o material de forma adequada, realizar treinamento e


fiscalizar a equipe a fim de verificar se o uso está correto. Caso não esteja, é crucial
buscar entender o motivo. Por exemplo, existe algo na forma como o trabalho é
organizado que afeta a equipe?

Vale lembrar que os acidentes de trabalho não são apenas uma falha da equipe.
Pelo contrário, a empresa é responsável por garantir a segurança do trabalho.

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Oferecer um ambiente salubre e limpo.

Muitas empresas até dão importância para os EPIs, mas deixam de lado um
item básico: a salubridade. Algumas atividades expõem a pessoa a agentes
nocivos à saúde. Acima do limite, isso pode causar alergias, infecções ou
até mesmo desencadear outros tipos de doença.

Falando em doença, que tal manter o ambiente limpo e organizado para


manter a segurança do trabalho? Um local higienizado previne doenças,
aumenta a sensação de bem-estar, além de conservar materiais.

Fazer manutenção de maquinários.

Não é difícil ver por aí algum acidente causado por negligência no uso de
maquinário. Além disso, a falta de manutenção das máquinas pode
influenciar na produtividade da empresa. Isso porque, com o equipamento
parado, não é possível trabalhar.

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Oferecer treinamentos à equipe.

Uma pessoa que opera um maquinário precisa de treinamento para


exercer a função com qualidade. Afinal, isso evita acidentes de
trabalho. Hoje em dia, ficou até mais fácil treinar a equipe. A
empresa pode, por exemplo, optar por treinamentos presenciais ou
on-line, a depender da tarefa.

Vale lembrar também que os treinamentos costumam ter prazo de


validade. Então, fique atento aos prazos e faça a reciclagem do
profissional sempre que necessário. Mantê-los atualizados às
normas e aos treinamentos é uma ação que deve fazer parte da
cultura organizacional de qualquer empresa.

Somando-se a isso, os programas de prevenção de riscos e acidentes são uma forma de


tornar o ambiente de trabalho mais seguro e produtivo. A Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA), por exemplo, tem a finalidade de informar e
conscientizar os trabalhadores a respeito das Normas Regulamentadoras de segurança
e saúde no ambiente de trabalho.

Por fim, esses foram apenas alguns exemplos do que as empresas devem fazer para
conseguir bons resultados quanto à saúde e segurança da equipe. Mas você pode se
perguntar: como entender o profissional a fim de oferecer um ambiente seguro?

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5. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
DE TRABALHO
A avaliação psicológica pode ser entendida como um processo estruturado cujo
objetivo é investigar fenômenos psicológicos, como as características e
particularidades de um indivíduo ou de um grupo. Ela busca entender as
habilidades, comportamentos, traços e o potencial de cada pessoa.

É possível dizer que, com a avaliação psicológica, a empresa é capaz de identificar


traços de personalidade, bem como coletar dados acerca da inteligência, aspectos
emocionais, habilidades cognitivas, entre outros.

No âmbito corporativo, a avaliação psicológica é bastante útil. Um dos objetivos é


facilitar a tomada de decisão e, para isso, engloba a integração de informações que são
fruto de diversas fontes, como testes psicológicos, entrevistas, análises de
documentos, dinâmicas de grupo etc.

Além disso, ela norteia em que setor ou cargo o candidato à vaga pode trabalhar com as
características e habilidades que possui. Isso, inclusive, melhora os processos da
empresa, já que pode alavancar vendas, maximizar lucros, reduzir custos e reter
talentos.

Mas onde entra a prevenção de acidentes de trabalho? As atividades de prevenção


podem incluir a mudança no ambiente laboral, desde a inspeção dos equipamentos
até uma melhor gestão de clima organizacional, cultura e qualidade de vida para os
colaboradores.
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Para diminuir os índices de acidentes - e também o número de absenteísmo e
turnover - a empresa pode revisar os processos de contratação de funcionários por
meio da avaliação psicológica. Assim, poderá capacitá-los por meio de
treinamentos específicos e gerais, melhorando a sua formação e aumentando a
motivação.

Somando-se a isso, é possível investir no bem-estar e na redução de riscos por


meio de campanhas, ações ocupacionais que envolvam os colaboradores e seus
familiares em busca da resolução e prevenção nos aspectos sociais, psicológicos,
médicos e econômicos.

Dentro disso, o setor de RH tem um papel muito importante e influenciador. A forma


como as pessoas são geridas, a comunicação da empresa, os relacionamentos
interpessoais, o diálogo com a liderança e outras questões também podem
melhorar o ambiente físico, social e organizacional.

Ao melhorar o ambiente, o clima, a qualidade de vida, os procedimentos, o


conhecimento e o acompanhamento periódico, já temos meio caminho andado para
que os profissionais possam atuar de forma mais produtiva e segura, minimizando
a ocorrência dos acidentes de trabalho.

Vale lembrar que os resultados da avaliação psicológica devem levar em conta e


analisar o contexto histórico e social do profissional, bem como os seus efeitos
sobre ele. A proposta é que ela atue não apenas sobre o sujeito, mas de forma a
modificar os condicionantes que operam desde a formulação da demanda até o fim
do processo.

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5.1 QUAL O PAPEL DO PSICÓLOGO
ORGANIZACIONAL E DO RH?
Com o passar dos anos, o setor de Recursos Humanos das empresas foi deixando
de ser uma área com viés administrativo e assumiu um papel mais estratégico.
Hoje, promover a saúde física e emocional de toda a equipe é um dos objetivos do
RH. Isso inclui, por exemplo, contribuir no quesito segurança de forma a evitar
acidentes de trabalho.

Um dos seus papéis é mapear riscos e funções. Em outras palavras, é missão do


RH e do psicólogo organizacional adotar um conjunto de medidas para prevenir
acidentes e doenças ocupacionais, de maneira a preservar o bem-estar físico e
mental dos funcionários.

Com algumas ações, o setor pode capacitar o profissional a fim de que ele
desenvolva as suas tarefas sem colocar em risco a saúde, o que,
consequentemente, aumenta a motivação e a produtividade da empresa. Além
disso, ao diminuir os riscos, o trabalho se torna um local seguro e saudável, o que
também contribui para a redução do índice de absenteísmo e rotatividade.

Também é função da área planejar junto aos gestores programas de prevenção e


conscientização para manter a segurança dos colaboradores. O departamento
deve ter como propósito identificar os riscos iminentes de cada função e fiscalizar
para que as regras sejam cumpridas de forma a evitar acidentes.

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Além disso, organizações comprometidas se empenham em engajar também seus
colaboradores e instaurar uma forte cultura de prevenção e boas práticas. Para
isso, apostam em uma comunicação eficiente. Para contribuir para a saúde e
segurança de todos, RH e gestão devem caminhar lado a lado estimulando a equipe
a expressar opiniões e sugestões.

Afinal, o incentivo à participação leva uma sensação de pertencimento, fortalece a


autoestima dos funcionários e, assim, aumenta o comprometimento com a empresa
e demais colegas. Em resumo, colaboradores bem informados agem com maior
responsabilidade no ambiente de trabalho e conseguem influenciar positivamente
outros trabalhadores.

Somando-se a isso, é papel das corporações, geralmente do RH, promover cursos,


workshops e palestras específicas para cada setor/função. É necessário instruir o
funcionário a executar sua tarefa sem colocar em risco a sua segurança nem a de
seus companheiros de trabalho.

Por exemplo, em alguns cargos, é preciso o uso de equipamentos de proteção


individual (EPI) ou equipamentos de proteção coletiva (EPC). Sendo assim, o setor
deve garantir, junto das demais áreas, para que haja o treinamento sobre como
usar, manusear, cuidar do incentivo e fiscalização quanto ao uso correto.

Por fim, é de suma importância que o RH esteja empenhado em realizar processos


seletivos eficazes. Isso porque a qualidade e competência da equipe contratada
terão influência direta no desenvolvimento e aplicação de medidas de segurança.

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Outras dicas incluem:

Organizar um cronograma que estimule exames


periódicos, promovendo, por exemplo, campanhas de
vacinação;

Encorajar a prática de atividades físicas e a alimentação


balanceada, com foco em evitar açúcares, gorduras,
frituras e excesso de álcool;

Incentivar pequenas pausas durante o expediente para


tomar água e esticar as pernas;

Conversar com o diretor da empresa sobre a possibilidade


de implantar planos de saúde/odontológico.

Tais ações são preventivas quanto a doenças


ocupacionais, o que evita absenteísmo e acidentes. Vale
dizer que um RH bem estruturado e treinado faz uma
diferença enorme na construção de um ambiente de
trabalho saudável, com funcionários conscientes,
aplicados e motivados.

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5.2 COMO O RH PODE PROMOVER O
BEM-ESTAR NO TRABALHO?

O clima organizacional é um dos itens que contribuem para a qualidade de vida no


trabalho e, consequentemente, para a formação de profissionais mais conscientes.

Cientificamente, está comprovado que um bom ambiente laboral influencia no


comportamento do indivíduo. Sabendo disso, promover um ambiente corporativo
harmônico pode, até mesmo, contribuir para a prevenção de acidentes, diminuindo
a exposição ao risco.

A área de Recursos Humanos pode tentar entender, por exemplo, o que motiva
a equipe de determinada empresa. São os benefícios? As recompensas? Banco
de horas? Qual o nível de satisfação dos funcionários? Entender esses itens
pode abrir margem para a criação de melhorias para promover o bem-estar no
trabalho. Veja o que o RH pode fazer:

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Realizar pesquisas internas com os funcionários;

Promover eventos de qualidade de vida, como ioga e ginástica laboral;

Realizar treinamentos e eventos internos;

Melhorar o fluxo de informações na empresa;

Abrir espaço para feedback;

Monitorar insatisfações no ambiente de trabalho;

Oferecer um espaço de trabalho salubre e seguro;

Campanhas de conscientização;

Trabalhar a motivação da equipe.

Adotando essas estratégias, é possível deixar os colaboradores


mais à vontade e tranquilos para exercerem sua função,
potencializando a produtividade e os resultados.

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6. COMO O MAPA TE AJUDA A
DIMINUIR A EXPOSIÇÃO AO RISCO?
Quando falamos de empresas de risco 4, por exemplo, onde a exposição é maior,
assim como as obrigações legais relacionadas à saúde e segurança do trabalho, é
preciso que a organização tenha mais estratégias de prevenção e ação.

Uma delas pode ser a utilização de uma ferramenta de análise de pessoas, onde é
possível mapear com amplitude traços de personalidade.

Nesse sentido, a MAPA se posiciona como uma camada de inteligência


em ciências humanas aplicadas no entendimento de pessoas entre as
empresas, seus colaboradores ou candidatos. Acessamos pessoas
diretamente por nossa plataforma ou através de integrações com
outras tecnologias.

Em outras palavras, usamos uma metodologia completa para entender pessoas por
meio de ciência e dados. A nossa atuação engloba cultura organizacional,
liderança, segurança do trabalho, saúde emocional e muito mais.

Dentro da avaliação psicológica, oferecemos às empresas o teste de personalidade


MAPA, uma ferramenta 100% on-line que evidencia características emocionais,
motivacionais e atitudes de determinada pessoa ou grupo.

Nesse sentido, por meio de uma escala de autorrelato, o instrumento mostra como
os sujeitos tendem a se comportar em situações distintas, sendo crucial no
ambiente de trabalho.
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O teste de personalidade MAPA avalia um conjunto de construtos
organizadores da personalidade por meio de uma estrutura de fatores
testada empiricamente no Brasil. Esses fatores estão diretamente
relacionados a perfis de trabalho em empresas e incluem
comportamentos de segurança, produtividade, relacionamento
interpessoal e regulação emocional, entre outros.

Na verdade, a nossa ferramenta avalia até 48 traços, trazendo uma profunda


análise que pode auxiliar na tomada de decisões dentro da empresa, diminuindo o
índice de acidentes laborais.

Entre as vantagens, podemos dizer que o MAPA:

Conta com amostra 100% nacional, adequando-se à nossa realidade cultural;

É aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP);

Possui cinco estudos de validade e dois estudos de precisão;

É 100% online, com armazenamento dos testes na nuvem e backup constante;

Apresenta indicadores específicos para a avaliação de risco de acidentes de


trabalho. Sendo assim, verifica a suscetibilidade de o indivíduo se envolver em
situações de risco, sendo bastante eficaz para empresas que trabalham com grau
de risco 4.

Em resumo, trata-se de uma ferramenta embasada e ágil, seja nos recrutamentos e


seleções e/ou no planejamento de programas de desenvolvimento de pessoas.

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6.1 ESCALAS DE RISCO
O teste de personalidade MAPA pode ser uma ótima opção para ajudar a empresa a traçar
estratégias que ofereçam a segurança do trabalho.

O instrumento consegue elucidar diversos traços do colaborador, além de levar em conta as


suas características e competências dentro de um contexto. A metodologia pode traçar, por
exemplo, a propensão ao comportamento negligente devido a questões como desânimo,
ansiedade, entre outros fatores, como consumo exacerbado do álcool.

Além disso, permite entender a disposição física e as habilidades de cada um. Então, mais
do que ajudar a promover a segurança do trabalho, a solução oferece um combo que diz
respeito às potencialidades e pontos a melhorar da equipe.

Mais do que isso, pontua as características que funcionam como medidas de


proteção. Essas também podem impactar quando o assunto é promoção de
um ambiente saudável.

Com o teste, a empresa se torna capaz de definir as estratégias de


enfrentamento para garantir a segurança do trabalho. Mas como ele
funciona?

Em resumo, ele avalia cinco grandes grupos de competências:

Gestão
Relacionamento Interpessoal
Atividade
Corporais e de Risco
Autogestão

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Nas competências corporais e de risco, temos:

No último tópico, avaliamos as habilidades corporais com foco no desenvolvimento


psicomotor associado, principalmente, à motricidade grossa, cujo desfecho na vida
adulta é a facilitação de processos corporais globais e manuais que culminam na
redução do risco físico. Por exemplo, aqui avaliamos a prática de brincadeiras ou jogos
que expõem o colaborador a riscos corporais.

Da mesma forma, são avaliados o gosto pelo risco e velocidade, onde é possível
identificar a tendência a comportamento mais prudente ou não. Por exemplo, se o
colaborador tem gosto por aventuras perigosas ou situações arriscadas, bem como
pela sensação de agilidade.

Quanto um profissional é vulnerável? Quanto ele tem gosto por aventuras e situações
arriscadas? Quanto ele gosta de velocidade?

Todas essas dimensões são avaliadas, bem como outros comportamentos que
demonstram a propensão à ansiedade e depressão.

Os resultados gerados trazem profundidade de informações que facilitam tomadas de


decisões mais assertivas, alinhamento adequado nos momentos de contratação,
recolocações internas, construção de planos de desenvolvimento, alinhamento de fit
cultural, construção de diagnósticos organizacionais e entendimento de susceptibilidade a
comportamentos de risco.

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6.2 MODALIDADES DE APLICAÇÃO
O teste psicológico MAPA pode ser aplicado tanto em gestores quanto nos
colaboradores das áreas administrativas e técnicas.

Veja só:

Gestor Forma A
Gestor Forma B
Para cargo de liderança com
Para cargo de liderança sem
exposição ao risco.
exposição ao risco.
Competências Avaliadas:
Competências Avaliadas:
Competências de Gestão,
Competências de Gestão,
Competências para Atividade,
Competências para Atividade,
Competências de Autogestão,
Competências de Autogestão e
Competências de Relacionamento
Competências de Relacionamento
Interpessoal e Competências
Interpessoal.
Corporais e de Risco.

Administrativo Técnico
Para cargos administrativos, Para cargos com funções
financeiros, comerciais e atendimento operacionais ou técnicas com
ao público. exposição ao risco.
Competências Avaliadas: Competências Avaliadas:
Competências para Atividade, Competências para Atividade,
Competências de Autogestão e Competências de Autogestão,
Competências de Relacionamento Competências de Relacionamento
Interpessoal. Interpessoal, e Competências
Corporais e de Risco.
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7. CONCLUSÃO

Investir na prevenção de acidentes é o melhor caminho a ser tomado pelas


organizações, qualquer que seja a área de atuação.

Com a nossa ferramenta de avaliação da personalidade, queremos auxiliar


organizações onde o comportamento, a atenção, a cognição e a inteligência
emocional são essenciais para a preservação da vida.

Estamos onde o risco está presente e as avaliações psicológicas e psicossociais


são obrigatórias.

Entre em contato conosco!

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www.mapaavaliacoes.com.br

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